Simplesmente.



Ao cumprir dos sonhos | Capítulo 11.


Simplesmente.




Desceu completamente satisfeita para o salão comunal no dia seguinte. Kristen passara a noite suspirando, entusiasmada pelo convite que recebera de Marcus para a visita em Hogsmead. Emma sorriu vitoriosa, o mérito da felicidade da amiga era todo seu.


Poucas pessoas estavam no salão comunal naquele momento, mas ficara satisfeita por encontrá-lo assim. Ocupou uma das cadeiras próximas à janela, contemplando o dia de sol que fazia fora do castelo. Seria uma injustiça desperdiçá-lo dentro do castelo.


- Sonhando acordada? – a voz implicante de Jenna, encheu aos ouvidos de Emma.


- Talvez. - Emma respirou fundo, virando para olhar a garota e tentando manter a calma. - Não preciso estar dormindo pra sonhar.


- Sim, isso prova o quanto você é ridícula. Perde seu tempo tendo ilusões... – desdenhou a garota de cabelos negros.


- Jenna se a sua intenção é me tirar do sério vai perder o seu tempo. - Emma sorriu. - Não sou de perder a calma fácil e não será você que irá conseguir essa proeza.


- Oh, querida, não se julgue tão importante. – ela riu, mostrando a dentição branca. Os lábios vermelhos eram puro veneno.


- O que eu fiz pra você? - Perguntou se levantando e fitando a garota. - Jamais trocamos uma palavra, Jenna. Por que agora não perde a oportunidade de me infernizar?


- Apenas teve a infelicidade de entrar no meu caminho, e sabe Emma, eu não meço esforços para conseguir o que eu quero. Eu não me importo em quem tenho que pisar para alcançar meus objetivos. – Jenna falou, em tom imponente. – E adivinha o que eu quero?


Emma contraiu os lábios, sentindo um leve tremor em seu corpo. Sabia a resposta, mas não podia deixar de perguntar. Precisava perguntar.


- O que você quer? - Perguntou em um sussurro.


- James. Eu o quero, e vou ter. – disse resoluta, num sorriso diabólico.


- Não vou discutir isso com você. - Emma desviou seu olhar, visivelmente abalada.


- Não precisamos discutir. – Jenna falou. - Eu já disse, o quero e vou ter. E não me importo em roubá-lo de você, afinal, James merece alguém a altura dele... Não uma rélis garotinha.


- Se eu sou uma rélis garotinha... - Emma cruzou os braços, sentindo a paciência que lutara tanto para manter se esvair. - Por que ele se interessou por mim e não por você?


- Está aí uma boa pergunta... – ela riu cinicamente. – Quando James perceber o erro que está cometendo se envolvendo com alguém tão sem graça, vai te deixar, pode ter certeza. Garotos como ele não foram feitos para garotinhas como você...


- Cala a boca, O'malley. - Sibilou Emma furiosa ao passar pela garota.


Jenna gargalhou, e então ficou séria outra vez.


- Você não me assusta... – sussurrou para Emma. Chegou perto dela e continuou. – Aproveite enquanto pode, sonhe acordada enquanto é tempo, pois isso logo vai acabar. Até logo queridinha...


Acenou e sorriu maldosamente, e sumiu por entre o retrato da mulher gorda, deixando-a a remoer sua raiva e receio.


Emma se largou em poltrona, abaixando a cabeça. As palavras de Jenna ainda ecoavam em sua mente e a machucara profundamente. Talvez fosse verdade. Afinal, já se perguntara várias vezes o que James vira nela.


Perdida em tais pensamentos, sem ao menos perceber, uma lágrima percorreu sua face.


James descia as escadas assoviando, contente naquele inicio de manhã. Colocou as mãos nos bolsos, e terminou o lance de degraus rapidamente. Seu sorriso aumentara ao avistar Emma de costas, provavelmente admirando a paisagem. Coisa que ele mesmo fizera da janela do dormitório.


Chegou mais perto dela, e velozmente notou os ombros trêmulos. Tocou levemente nos ombros da namorada, fazendo-a se sobressaltar.


- Emmy? – chamou-a.


- Oi. - Emma enxugou seu rosto rapidamente, se levantando e forçando um sorriso. - Estava te esperando para irmos juntos tomar café.


- Aconteceu alguma coisa? Porque está chorando? Eu não demorei tanto assim... – disse tentando arrancar um sorriso dela.


- Não foi você. - Respondeu enxugando outra lágrima de seu rosto. - E eu não estou chorando.


- E como explica essas lágrimas e os olhos vermelhos? – indagou tocando em seu rosto.


- Não é nada. - Sussurrou desviando seu olhar para baixo.


- É melhor me contar, moçinha, ou não saímos daqui hoje. – disse em tom divertido, mas mostrando ao mesmo tempo uma seriedade comum. – Hum, o que me diz?


Emma suspirou, se dando por vencida ao levantar sua cabeça e olhá-lo nos olhos.


- Jenna O'malley veio falar comigo há pouco. Ela disse que quer você e que não vai medir esforços para te ter. Disse também que você vai perceber logo a rélis garotinha que eu sou e vai se render aos braços dela.


- Que piada! – exclamou no fundo irritado. – E você acreditou nisso? – ela o olhou triste. – Emmy, eu não sou um troféu, ou algo parecido, nunca vou ficar com Jenna. E você sabe por quê.


- O problema não é esse James. Essa garota não vai parar de me infernizar. Não vai parar de nos infernizar.


Ele bufou, passando as mãos entre os cabelos. Emma tinha razão, aquela garota não pararia.


- É só agente ignorar. – disse imaginando ser uma solução eficaz.


- Como se fosse fácil. - Emma murmurou sarcástica. - Não vou engolir os insultos daquela cretina outra vez.


- Não tenho idéia melhor, não uma que não seja letal. – disse, arrancando agora, um sorriso de Emma.


- Será que... - Emma começou, receosa. - Se eu te fizer uma pergunta, você vai ficar com raiva de mim?


- Vamos ver... – cruzou os braços, o sorriso perdendo-se. – Pergunte, antes que eu me arrependa.


- Por que eu e não a O'malley? - Perguntou rapidamente.


- Emmy, você sabe o porquê disso. – ele começou carinhoso. – Eu te amo, e não só porque você é linda por fora, mas como por dentro. Aquela garota idiota, é oca, não tem nada que me atraia.


- Gostei da resposta. - Emma sorriu ao puxá-lo pela gravata, beijando-o levemente. - Me desculpa pela pergunta.


- Sim, eu desculpo, mas só se me der um beijo... Um beijo de verdade. – ronronou, sorrindo.


- Você não se contenta com pouco não é mesmo? - Indagou entre uma risada, vendo-o negar com a cabeça.


Emma acariciou a face do moreno, suspirando ao vê-lo fechar os olhos. Amava James demais para se deixar abalar por uma garota. Pressionou seus lábios aos dele, dando início ao beijo.


Com intimidade o moreno conduziu o carinho, até ouvi-la suspirar presa em seus lábios. As mãos firmaram-se na cintura pequena de Emma, e juntou-a rente a ele. Recebendo-a da mesma forma com que ela o fazia.


Os dedos de Emma bagunçavam cada vez mais os cabelos do moreno, arranhando de leve sua nuca. Sentiu-o aumentar a pressão em sua cintura, puxando-a para mais perto. Respirou fundo ao senti-lo dar uma leve mordida em seu lábio.


- Emmy... – murmurou James, ofegante, quando “deixou-a” escapar.


- Desculpa. - Sussurrou roçando seus lábios aos dele, prendendo os cabelos entre os dedos. - É difícil resistir a você.


- Eu sei... – ele sorriu maroto.


- Estraga prazeres. - Disse entre dentes dar um beliscão na barriga do namorado.


- Eu não diria isso, senhorita. – falou, rindo. – Isso não é bem verdade.


- Fica quieto vai. - Retrucou Emma revirando os olhos, rindo.


- Tudo bem, vamos tomar café?


- É uma ótima idéia. - Emma sorriu.


...




Passou seu braço em volta da cintura da esposa, encostando seu queixo no ombro. Ela parecia envolvida em girar a grossa aliança de ouro que ele mantinha em seu dedo. A bandeja de café da manhã estava no chão, próxima à lareira assim como eles.


O moreno estava encostado na mesa de centro da sala, com Hermione entre suas pernas e encostada em seu corpo. Seria mais um daqueles dias em que poderiam ficar a sós e aproveitarem o momento. Algumas chamas da lareira aqueciam o casal no momento.


- Tá pensando no que? - Sussurrou beijando-a no pescoço, fazendo uma suave caricia no braço da morena.


- Em você... – ela respondeu, sorrindo.


- No quê exatamente? - Perguntou sorrindo, prosseguindo com a carícia.


- No quanto eu sou feliz ao seu lado. – disse, suspirando. – E que eu não poderia desejar outra pessoa para mim.


- Eu fico muito feliz em saber que pensa assim. - Harry a beijou na face. - Não poderia ter escolhido outra pessoa além de você também. Você foi à melhor coisa que já me aconteceu.


- Digo o mesmo querido. Não imagino minha vida sem você nela. Nos momentos difíceis, nos bons e agradáveis. Você sempre está nas minhas lembranças. – disse apaixonada.


- Até mesmo naquela em que você teve que voar com o Bicuço? - Harry sorriu maroto, sentindo-a estremecer.


- Quando era preciso, eu... Bem, enfrentava tudo. Até voar num hipogrifo para salvar o Sirius que injustamente foi preso. – disse e riu. – Mas estava contigo, e meu medo foi diminuindo.


- Que ótimo. - Harry afagou os cabelos da esposa, sentindo o doce aroma que exalavam.


- Imagine se não tivesse me beijado naquele dia... – Hermione comentou distraída. – Nossas vidas seriam muito diferentes agora.


- Concordo. Graças a Merlin tive coragem de tomar a iniciativa naquele dia. - O moreno sorriu assim que a lembrança viera em sua mente.




FlashBack


"Caminhavam juntos, lado a lado, pela trilha estreita coberta pela neve. Esta mesma caía em flocos sobre suas cabeças. Hermione ajeitou mais o casaco azul, abotoando-o quase até o pescoço. Os pequenos botões distraiam seu acompanhante, este calçava as luvas vermelhas que levava no bolso da calça.


A morena sorrira, atraindo então o olhar do rapaz.


- Estou feliz que tenhamos voltado para Hogwarts. – ela comentou.


- Você não é a única Mione. - Harry sorriu ao colocar as mãos nos bolsos do casaco. - É bom estar em casa novamente.


- Sim, nunca me senti mais em casa do que aqui. - disse sorrindo. – E estou ainda mais feliz por estarmos vivos... Por você estar vivo.


- Voldemort faz parte do passado agora. - O moreno suspirou, aliviado. - De um passado negro no qual eu quero fazer o possível para esquecê-lo.


- E vai esquecer... – Hermione murmurou. – Agora você é só mais um adolescente descobrindo a vida. – emendou numa brincadeira.


- Comecei por uma ótima descoberta ao terminar meu namoro com a Gina. - Ele disse em um tom irônico, percorrendo seu olhar pelo extenso gramado que agora recebia um imenso tapete branco de neve.


- Terminou com ela? – perguntou um tanto assombrada.


- Ontem à noite, depois que você e Rony foram se deitar. - Respondeu imaginando que ela faria a pergunta na qual temia. Precisava encontrar as palavras certas para respondê-la.


- Eu sinto muito, Harry. Você gostava muito dela, deve estar sentido. – disse, virando o rosto para encará-lo. Não conseguia entender, mas sentia-se um tanto contente por isso.


- Não estou sentido por mim, mas por ela. - Harry interrompeu a caminhada. - Gina parecia inconformada. Disse coisas sem nexo, que não aceitaria me perder. Mas eu me sinto livre por ter tomado a decisão certa.


Hermione sorriu fino, e pousou sua mão sobre o braço de Harry.


- Estou feliz, por não se sentir culpado, nem nada do tipo. Eu mesma estou pensando em dar um basta na minha... Na minha quase relação com Rony. – confessou, corada. – Sabe, não fomos feito um pro outro, e não quero me amarrar a alguém por conta de alguns hormônios e imaturidade. E além do mais, ele parece estar se desinteressando...


- Fico feliz por isso. - Harry sorriu, notando o olhar confuso que ela lhe lançara. Ele coçou a nuca, desviando seu olhar. - Feliz por você pensar assim. Tomar essa decisão também.


- Er… Porque terminou com Gina? – perguntou curiosa.


- Porque Gina não era tudo que eu imaginava. - Respondeu com clareza, deixando-a surpresa. - Gina não esteve do meu lado quando eu mais precisei. Gina não me apoiava ou me dizia o certo ou errado ao se fazer. Gina não se arriscava por mim. Gina não estava ao meu lado quando destruí Voldemort. Gina não fazia parte dos meus momentos tristes ou felizes.


Hermione o fitava concentrada em suas palavras, sentia o coração quase explodir. Parecia que Harry estava falando aquilo com intenções ocultas, as palavras serviam exatamente para ela. Tanto estava concentrada, que não via o chão que pisava.


- Eu levei certo tempo para perceber isso. - Harry deu um passo à frente em direção de Hermione, olhando-a nos olhos. - Mas ainda bem que não percebi tarde demais.


- Tem razão... – apenas murmurou perdida nos olhos verdes profundos. Nunca reparara tanto neles como agora.


Harry se aproximou, sentindo-se confiante em prosseguir. Suas palavras causavam um efeito visível em Hermione, que lhe dava incentivo para revelar de uma vez seus sentimentos. Levou uma mão na face da garota, acariciando-a. Seus olhos penetraram nos castanhos, perdendo-se em uma explosão de euforia e paixão ao mesmo tempo.


- Eu terminei com a Gina por sua causa, Mione. - Sussurrou Harry.


- Por... Por minha causa? – perguntou atônita. – Por quê?


- Porque você é tudo que eu imaginava. - Ele sorriu diante da expressão surpresa da garota. - Porque você esteve ao meu lado quando eu mais precisei. Porque você me apoiava e dizia o certo ou errado ao se fazer. Porque você se arriscava por mim. Porque você estava do meu lado quando destruí Voldemort. Você fazia e ainda faz parte dos meus momentos tristes ou felizes.


Hermione sorriu encabulada, sem conseguir mexer qualquer músculo do corpo. Sentiu que ele se aproximara mais, ao passo que nenhuma distância existia entre eles. A mão dele lhe acariciou suavemente o rosto quente, mesmo em meio aquele inverno rigoroso.


- Eu... Eu não esperava por isso... – murmurou, fechando os olhos.


- Eu to apaixonado por você, Mione.


Harry sorriu ao vê-la de olhos fechados, seu olhar recaindo sobre os lábios rosados da garota. Aproximou lentamente, sentindo os flocos de neve caindo sobre eles com mais intensidade. Pressionou seus lábios aos dela, sutilmente ao envolvê-la em seu corpo com o outro braço livre. Harry então deu início a um beijo suave, mas apaixonado.


O primeiro de muitos, o qual tinha um gosto especial, exatamente por ser assim...


Ela agarrou-se a Harry, sentindo o intenso pressionar de lábios. O beijo se incendiara tão rapidamente, que suas pernas tremiam, mas tampouco era por conta do frio. As batidas do coração se tornaram frenéticas, e mal contidas.


Harry teve que abafar um ofego em sua garganta ao sentir o choque que a língua de Hermione lhe causara. Não sentia tamanho calor de felicidade dentro de si desde a última batalha. Ter os lábios de Hermione sobre os seus lhe despertara sensações que jamais sentira antes e que, apenas ela, era capaz de produzi-las.


Já ofegantes, desprenderam os lábios, deixando os suspiros serem ouvidos juntamente com o vento que zuniu. A morena abriu os olhos, e fitou Harry a encará-la intensamente.


- Merlin... – ela murmurou. – O que foi que aconteceu aqui? – indagou mais para si, no entanto, fora num tom alto demais.


- Nos beijamos. - Harry sorriu ao responder em um tom sábio, colocando uma mecha de cabelo da garota atrás da orelha.


- Não era pra ser tão alto... – comentou envergonhada.


- Sobre o que você se refere? - O garoto disse com ar maroto. - Sobre o beijo ou sobre o que você perguntou a Merlin?


- Engraçadinho... – sussurrou, rindo. – Eu estou confusa... Céus! Eu não consigo pensar em nada!


- Mione eu... - Harry suspirou, seu semblante divertido dando lugar ao sério ao olhá-la. - Talvez eu tenha te assustado em dizer tudo assim de uma vez. Mas eu não podia mais continuar ao seu lado sem poder revelar o que eu sinto sobre você.


- Não me assustou, digo, estou um pouco assustada. Mas maravilhada com tudo que disse.


- Maravilhada? - Ele perguntou com um pequeno sorriso no canto dos lábios.


Hermione assentiu, sorrindo assim como ele.


- Sim, maravilhada. Inebriada, e acima de tudo, honrada. – disse orgulhosa por Harry revelar-se a ela.


- Mais alguma coisa que queira acrescentar? - Harry perguntou olhando-a nos olhos.


- Sinto o mesmo que você. – disse sem rodeios.


- Mione eu não sou tão inteligente quanto você. - Ele sorriu ao arrancar uma risada da garota. - Se puder ser específica, eu agradeceria.


- Ora, eu estou apaixonada por você, seu bobo...


- Minha lenta capacidade para raciocínio agradece. - Sussurrou o moreno puxando-a pela cintura antes de beijá-la novamente."


FlashBack




Hermione notou o minuto de silêncio do marido, e o fitou de esgueira.


- No que estava pensando, meu amor? – ela indagou.


- No quanto foi difícil arrancar um 'estou apaixonada por você' da sua pessoa. - Harry a olhou, sorrindo.


- Eu estava com vergonha. – respondeu rindo.  – Mas agora digo sempre, mas digo que te amo.


- Ao acaso tem vergonha de ouvir isso ainda? - Perguntou beijando-a no pescoço.


- Não... Mas você se lembrou do nosso primeiro beijo? Que nostálgico. – ela riu.


- Nostálgico? - Harry interrompeu os beijos, olhando-a e erguendo uma sobrancelha.


- Um pouco, mas eu gosto disso. Você nunca se esquece das coisas importantes.


- Eu ainda não entendi o nostálgico. - Comentou Harry mordendo o próprio lábio, confuso ao olhar para frente.


A morena riu, trocando de posição, ao passo que cada uma de suas pernas ocupava um dos lados de Harry. Ele tocou suas coxas, e Hermione suspirou.


- Esqueça isso, meu amor... – roçou os lábios contra os dele.


- Esquecer o quê? - Sussurrou arrancando um sorriso da morena, mordendo o lábio inferior dela de leva. Suas mãos passeavam lentamente pelas coxas, deixando um rastro marcado a fogo por onde passava.


- O nostálgico... – murmurou.


- Já esqueci. - Harry deslizou seus lábios para o pescoço alvo de Hermione, mordendo-o lentamente.


As mãos dela deslizaram por entre os cabelos do moreno, puxando-os de leve ao senti-lo apertar sua cintura. Harry desceu os beijos lentamente para o busto, fazendo-a arfar. Pressionou mais seu corpo ao dela, sentindo-se perder o controle mais uma vez no corpo de Hermione.


- Percebo que esqueceu mesmo... – sussurrou em seu ouvido.


Harry apenas emitiu um baixo som ao deslizar suas mãos até a coxa de Hermione, erguendo a barra da camisola que ela ainda vestia. Sentiu as mãos dela deslizando por seu tórax e começar a abrir sua camisa. Seus lábios beijaram a curva do pescoço, subindo até a orelha do moreno e mordendo-a de leve, deixando-o arrepiado.


Sem muita pressa, ele erguia a camisola da mulher apertando e acariciando-a onde suas mãos podiam alcançar. Com a ajuda dela ele se livrou da camisa que usava, se deliciando com as sensações que ela despertara em si ao arranhar seu tórax. Não demorou para que Hermione se livrasse de sua camisola, ofegando quando os lábios de Harry lhe beijara delicadamente nos seios, sugando-os e aproveitando o gosto doce que ela tinha e o deixava fora de si.


Ela gemeu, cravando as unhas nos ombros largos do moreno, fazendo com que ele gemesse também. Em alguns minutos as peças de roupas estavam espalhadas pelo chão da sala, os corpos de ambos suavam e exalavam o prazer daquele momento. Harry inverteu a posição ao deitá-la sobre o tapete, ficando sobre ela. Tornou a beijá-la nos lábios, lenta e carinhosamente, deslizando suavemente para o corpo caloroso de Hermione.


A morena gemeu novamente contra os lábios de Harry ao arquear o quadril, fazendo com que ele ofegasse e lhe apertasse a cintura para estimular seus movimentos. Movimentos lentos se deram início, tornando tudo em uma dança sensual na qual ambos protagonizavam.


Hermione jogou a cabeça para trás ao passar suas pernas em volta da cintura dele quando o moreno aumentou o ritmo de seus movimentos. Suas unhas arranharam as costas de Harry com mais força do que o costume, fazendo-o gemer devido à ardência que lhe causara tal ato.


As estocadas que ele investira foram mais rápidas e mais prazerosas, fazendo com que Hermione arqueasse as costas ao atingir o clímax. Harry a acompanhou no mesmo instante, invadido por uma onda de excitação quando a morena gemera alto. A respiração de ambos estava irregular, os corpos transbordavam aquele momento de paixão que acontecera.


...


 


O garoto não tinha a menor idéia de quantas vezes tornara a ler aquela frase, mas tinha certa noção de quantas vezes seus olhos deixaram de ler o livro sobre a mesa para observar o rosto da garota em sua frente. Ele sorriu ao apoiar o seu rosto na mão, admirando-a e suspirando baixo para que ela não percebesse.


A loira parecia bem concentrada no que escrevia em seu pergaminho e não notara o olhar dele sobre si. Os olhos dele desceram para o colar que ela usava e o pingente mantinha uma luz azul clara, sinal de que ela estava bem e calma. Talvez uma tarde de estudos no salão comunal a deixasse daquela forma.


Somente quando levantou seu olhar do pergaminho para procurar um livro que ela percebera o olhar do moreno sobre si e o sorriso nos lábios, deixando-a encabulada.


- Está com alguma dúvida? – Kira perguntou rindo.


- Talvez. - Jared sorriu, se ajeitando na cadeira.


- Então me diga Senhor Potter, que imprecisão tem sua mente? – voltou a perguntar, divertida, enquanto pegava o livro e o colocava diante de si, na superfície da mesa.


- Por que você é tão linda? - Perguntou olhando-a nos olhos.


- Jared... – murmurou corando, vendo-o sorrir. – Essa eu não sei responder.


- Então eu posso tentar outra? - Perguntou vendo-a assentir. - Por que eu sou tão apaixonado por você?


- Será que é porque eu sou tão apaixonada quanto você? – respondeu com outra pergunta.


- É uma resposta persuasiva. - O moreno sorriu ao acariciar o rosto dela.


- É minha vez... – disse. – Porque você é tão maravilhoso?


- Não sou maravilhoso. - Jared desviou o olhar, constrangido pelo elogio.


- Resposta errada, Jar! – ela disse fazendo uma leve careta engraçada. – Tente outra vez...


- Está bem. - Concordou rindo, puxando sua cadeira e colocando ao lado da loira. Passou seu braço pelo ombro da garota, tocando-a no queixo. - Acho que me tornei maravilhoso quando ficamos mais próximos.


- Aceito essa resposta. – falou, pousando sua mão sobre a dele. Seus olhos foram dos dele para o livro que estava aberto. – Parece que não conseguiu estudar muito, ainda está no começo.


- Não muito. - Jared olhou para o livro que lia. - É um pouco difícil estudar com você do meu lado. - Falou sincero ao erguer seu olhar para os olhos da loira.


Kira suspirou, encantada com tudo que o namorado dizia. Ter Jared assim era a melhor coisa que poderia desejar. Era tudo que precisava em sua vida. Ele a fazia sorrir apenas por olhá-la, fazia sentir coisas e seu coração disparar quando a tocava. E seus olhos emanavam um grande sentimento, o qual ela sentia-se imensamente envaidecida de ser todo dela.


- Então vamos fazer uma pausa, assim pode se concentrar mais. – sugeriu, encostando sua boca a dele.


- Ótima idéia. - Jared sussurrou antes de beijá-la.


O garoto acariciou a nuca de Kira lentamente ao aprofundar o beijo. A mão que ela pousara sobre a sua ele a entrelaçou, sincronizando o beijo com calma. Tudo o que estudara durante a tarde esvaiu em sua mente, dando lugar para os sentimentos em relação à Kira.


Ela aproveitou tudo que podia extrair daquele beijo. O arrepio. O sabor dos lábios dele. O compassar frenético do coração.


Jared a beijou com mais vontade, dando vazão a um sentimento que desconhecia, fazendo-a suspirar, e acompanhá-lo no ritmo mais veloz. Ambos alheios a tudo em sua volta.


Ele mordiscou de leve o lábio da garota, fazendo com que ela acariciasse sua nuca entre os cabelos. Porém, um comentário fez com que ambos despertassem do momento e Jared sentisse uma vontade de esganá-lo.


- E eu que pensei que você era lerdo. – sorriu James maroto. – Irmão, você me orgulha!


- Azarei Merlin na minha outra vida. - Comentou Jared após um longo suspiro, olhando para o irmão. - Tá fazendo o quê aqui?


- Salão comunal da grifinória... Lugar público, eu sou grifinório... O que acha? – indagou o moreno risonho.


Jared coçou o queixo ao notar que Kira voltara sua atenção novamente para procurar o livro. O garoto respirou fundo, voltando sua atenção para James.


- Por que você está aqui? - Ergueu uma sobrancelha. - Tá muito na minha cola não acha?


- Estou te preparando para quando for encarar a fera... – falou se referindo a mãe. Sempre que tinha uma oportunidade, gostava de comentar algo assim, para ver o irmão se alarmar.


- James, qual é. - Jared revirou os olhos. – Eu estou tentando ao máximo não pensar nisso e você não está me ajudando.


- Foi mal. – retratou-se. – Bem, eu estava te procurando porque queria que me fizesse um imenso favor. Pra compensar a dica que eu te dei... Lembra?


Jared notou o olhar interessado de Kira para si e ele sorriu amarelo ao se levantar e puxar James pelo braço até o outro lado do salão comunal.


- Kira não sabe que você me deu a dica. - Rispidou recebendo um olhar maroto do irmão. - Merlin me ajude que eu não me arrependa. O que você quer?


- Calma aí, nervosinho. – James disse e riu. – Quero que você faça um dever de poções para mim. Eu quero muito encontrar com a Emma hoje à noite, e adivinha? Bem no dia que eu iria fazer o dever. E o seboso está pegando no meu pé, então pensei... – colocou a mão sobre o ombro do irmão. – Jared adora poções, e está me devendo uma não é? Então poderia fazer isso pra mim...


- James. - Jared soltou um muxoxo, respirando fundo. - Será que você não consegue viver uma hora sequer longe da Emma?


- Não, e você consegue ficar uma hora longe da Kira? – retrucou, erguendo a sobrancelha.


- Me tira uma dúvida. - O mais novo cruzou os braços, fugindo da pergunta que recebera. - Você e Emma estão no último ano, tem as mesmas matérias. Você tem que fazer esse trabalho de poções. Como você vai encontrá-la se ela tem de fazê-lo também?


- É que Emma já fez o dela... Sabe como eu sou. Eu me esqueci do maldito dever. – respondeu. – Pô, Jared, me quebra esse galho!


- Está bem. - Concordou arrancando um sorriso do irmão. - Mas apenas porque eu estou te devendo essa. Você sabe que não sou a favor disso.


- Você é até legal, Jared. – disse James sorrindo.


- Não adianta me barganhar. - Jared cutucou o irmão mais velho. - Será que... - Ele começou com receio. - Será que eu posso te fazer uma pergunta?


- Vai lá, pergunte. Você merece...


- Quando você e a Emma estão a sós... - Jared desviou seu olhar, constrangido. - E estão se beijando, o que você sente?


James gargalhou, e o irmão o olhou sério, e apreensivo.


- Desculpe... Ainda bem que perguntou para mim. Eu cometi a burrice de perguntar pro papai. – disse e riu ainda mais. – Você quer dizer, sente coisas...


- Isso. - Confirmou olhando para Kira, que lia um grosso livro sobre a mesa.


- Você sente que seu corpo está chamas, não é? – indagou com um sorriso malicioso. – E a água que vai apagar o incêndio está bem diante de você... – emendou e riu. – O papai disse isso para mim.


- Sim, mas... - Jared riu, tentando não chamar atenção. - Mas eu estou perguntando pra você.


- Bem, eu... – coçou a nuca. – Me sinto nas nuvens, e isso antes de meu corpo arder num certo lugar. – emendou e riu, com a cara que o irmão fizera. – Você, também sente isso?


- Exato. - Jared corou ao confirmar. - E o que você faz... Pra se controlar?


- Não dá pra controlar. Então quando as coisas ficam incontroláveis eu peço um tempo... – comentou a esmo. – E se isso não funcionar, eu corro pro banheiro e tomo um banho bem frio.


- É uma ótima sugestão. - Jared coçou a própria nuca. - Obrigado.


- De nada, mas só dessa vez. Eu sei o quanto é terrível. Só tenha paciência se Kira não deixar você... – sorriu. – Não deixar você avançar um pouquinho.


- Eu terei. Claro que terei. - Jared deu um leve tapa no braço do irmão. - Entrego seu dever de poções amanhã pela manhã. - Completou antes de se afastar.






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N/A: Capítulo 11 postado.
E esperamos que tenham gostado.
Agora, queremos comentários. Somos exigentes. E precisamos de motivação para continuar escrevendo. kkkk
Como já dissemos antes, estamos terminando a fic. E vocês ainda estão no capítulo 10.
Então comentem bastante que logo postamos mais capítulos pra vocês.

Já passaram no blog da nossa fic de Supernatural? Quem não passou, vai lá. A fic é maaraa gente. Ainda mais pra quem curte essa série mara. *-*
http://theeyespn.blogspot.com/

Ah. Sem querer passar vontade em vocês, nem nada.
Mas lembram quando dissemos que tinha um capítulo só H/Hr. Então, ele é o próximo.
Comentem bastante que ele vem voando. kkk

Beijo das autoras.



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31/05/2010.

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