Izabel Potter



Ao cumprir dos sonhos| Capítulo 38
Izabel Potter


Os últimos acontecimentos ainda tiveram grande repercussão durante os três meses que se seguiram. E a escalação de Harry Potter como o novo ministro da magia deixou o mundo bruxo em êxtase. Todos concordaram com a posse do novo ministro, visto que este sempre dedicou sua vida em salvar os demais. Seu trabalho também vinha sendo de grande ajuda no ministério. Portanto ninguém se opôs a tal.


O moreno entrou na cozinha, sorrindo ao ver a esposa sentada à mesa e apreciando uma grande fatia de bolo em seu prato. Entretanto a outra imagem que vira o fizera erguer as sobrancelhas. O pedaço de bolo de chocolate que havia no prato de James era maior que o da mãe. E a quantidade de comida que tinha em sua volta espalhadas sobre a mesa o deixara intrigado. 


- O que você tá fazendo? - Harry perguntou ao filho enquanto se aproximava.


- To comendo ué. – respondeu simplesmente, colocando uma generosa colherada de manteiga de amendoim sobre a fatia do bolo, assim como a mãe o fazia também. – Em solidariedade a mamãe, tá legal?


- James precisa repor as energias, os treinamentos mal começaram e ele já está exausto. Portanto, é bom que se alimente bem. – Hermione disse, e o marido a olhou curioso. – Mas uma besteirinha de vez em quando é permitida. 


- Se ele já está assim no começo não quero nem pensar daqui pra frente. - Harry murmurou, revirando os olhos. - Haja comida para abastecer essa casa. Que falta Hogwarts vai fazer. - emendou em tom de brincadeira. Mas por dentro sentia-se feliz por ter a presença do filho em casa com frequência de agora em diante.


- Que mão de vaca, está me renegando comida? – indagou James com a boca cheia.


- Eu não, você já está servido. - respondeu-o apontando para a quantidade de comida sobre a mesa, sentando-se ao lado de Hermione. - E me comove essa sua "solidariedade" com a sua mãe. Algo de se admirar.


- E eu não sou um querido filho? – o moreno indagou-se, rindo.


Hermione os acompanhou nas risadas, mas de repente, seu rosto se empalidecera. O sorriso murchara, e seu semblante se contraiu. Deixou o garfinho que iria levar à boca, sobre a mesa, e guiou uma das mãos até seu ventre. Gemeu, chamando atenção. 


- Hermione? - Harry a olhou, extremamente preocupado, assim como o James. Tocou o rosto descorado da esposa. - O que está sentindo?


Ela respirou profundamente, antes de encará-lo. Uma fina camada de suor se impregnava em sua testa.  E Hermione respirava com dificuldades. Apertou a borda da mesa, e também o tecido do seu vestido. James levantou-se e se aproximou da mãe, demasiado preocupado, então fitou ao pai. Esperava que Harry tivesse mais sangue frio nessa hora. A morena então gemera outra vez, e sentira um liquido frio ensopar seu vestido. 


- Acho... Acho que nossa filhinha quer nascer... – disse encarando o ministro. – Agora... Minha bolsa rompeu...


- O quê? - ele indagou surpreso. 


Imaginava que logo Izabel viria ao mundo, afinal Hermione entrara a poucos dias no nono mês de gravidez. No entanto, não esperava que fosse tão rápido. Respirou fundo, tentando amenizar seu nervosismo e pensando em algo para se fazer. Seu quinto filho estava a caminho e como sempre ficava nervoso e ao mesmo tempo eufórico diante aquela situação. 


- Sua mãe preparou uma mala. Está no nosso quarto, dentro do armário. Pegue e leve para o hospital, vou levá-la na frente. - ordenou a James, que já sabia perfeitamente que hospital seria. Harry retirou a varinha de suas vestes e em seguida tomou Hermione nos braços delicadamente, tentando não machucá-la.


Ela gemera alto desta vez, recostando a cabeça no peito dele, escondendo a face contorcida de dor. Ouviu James, chamar pelos irmãos, e então subir as escadas. Hermione tremia e suava, e cada vez mais as contrações aumentavam. Devia ter dito a Harry que se sentira mal durante o dia anterior. O passara com uma leve dor nas costas e algumas poucas falsas contrações. Mas não queria sobrecarregá-lo, se o ministério já o fazia. 


Harry a beijou na testa, tentando tranquilizá-la. Agradecia mentalmente por ser sábado e poder estar em casa para ajudá-la nesse momento. Principalmente para acompanhar o nascimento de sua filha. Caminhou até a porta e a abriu. Hermione gemera outra vez, apertando a camisa do marido entre os dedos com força. Harry desceu os degraus da varanda com cautela e então aparatou.


***


Seus olhos observavam admirados a pequena Izabel, em seus braços. Há tempos não sentia algo tão bonito e inocente assim. Analisava cada traço no rosto angelical de sua filha, notando o quanto ela era parecida com a mãe. E ele sorria quando ela fazia o menor movimento que fosse. Podia sentir as batidas do pequeno coração de Izabel em suas mãos. 


Olhou de relance para Hermione, que os fitava encantada. Seus olhos castanhos brilhavam com a chegada da nova integrante da família. Com Harry também era assim.


- Ela é linda. - ele murmurou, vendo-a abrir os pequenos olhos. Percebeu a cor que eles tinham e ficou satisfeito por Izabel ter quebrado aquela tradição. - Os olhos dela... São castanhos como os seus.


- Pelo menos a última tinha que herdar a cor dos meus olhos, você não concorda? – Hermione brincou, suspirando. Estava extremamente cansada, mas a aura do momento expirava qualquer resquício de exaustão. 


Harry sorriu assentindo, e entregou a filha recém-nascida aos braços maternos. Hermione a acolheu, beijando o topo de sua cabeçinha, repleta de fartos cabelos negros. Izabel mexera os dedinhos que sobressaíam da manta cor de rosa que a envolvia. 


Ali nos braços da mãe, era uma cena ainda mais linda de se ver.  


Harry suspirou fundo, mantendo aquele brilho de felicidade em seus olhos. Sentia-se completo em sua vida. Hermione lhe dera tudo que sempre desejara. Amizade, companheirismo, uma família linda e, acima de tudo, amor. E não tinha dúvidas de que sua vida não seria plena e feliz se não a tivesse do seu lado. Pois fora ao lado de Hermione que conquistou tudo. E assim seria para sempre.


Ele a beijou carinhosamente na testa, afagando os cabelos castanhos da esposa e voltando seu olhar para Izabel. A pequena bocejou, fazendo o casal sorrir. Tentara abrir novamente os pequenos olhos, mas desistira, e voltou a fechá-los. O sorriso dos lábios de Hermione crescera, e ela suspirou.


- Acho que Izzie também está cansada. – murmurou ternamente, enquanto erguia os olhos para o marido. – É muito agitação para uma recém-nascida. 


- Tenho certeza que assim como ela, você também quer descansar. - Harry disse, acariciando a face da esposa e beijando-a levemente nos lábios. - Eu cuido dela. Prometo que qualquer coisa vou te chamar. - garantiu, fazendo menção de pegar Izabel de volta em seus braços.


- Posso agüentar mais um pouco. – falou e sorriu. – Quero ficar com ela assim, juntinho de mim... Só mais um pouquinho... – acrescentou num bocejo. 


- Mione eu entendo que você queira ficar o tempo todo com ela nos braços. Mas realmente precisa descansar. - ele insistiu, pegando a filha nos braços. Hermione murmurou algo, protestando. - Nós vamos ficar aqui quando você acordar. Descanse agora.


A morena assentiu revirando os olhos, já cansados por conta do sono. Bocejou outra vez, e sua respiração tornava-se mais lenta e compassada. Harry sorriu, enquanto a esposa fechava os olhos, admitindo que precisasse realmente descansar. 


Ele voltou seus olhos para a pequena em seus braços. Sentou-se no sofá que tinha ali no quarto, observando atentamente Izabel adormecida em seus braços. Aquela sensação paterna o invadiu outra vez, por ter alguém tão pequeno e inocente em suas mãos novamente. Sentira isso na primeira vez, quando James nascera, e sempre o sentia novamente.


Seus dedos acariciaram os cabelos escuros de Izabel. E nem mesmo o som da porta sendo aberta o tirara daquele momento.


- Eu vou ver o nenê primeiro! – Lily exclamou, tomando a dianteira. Ela usava um vestido por cima de uma calça jeans e Harry erguera a sobrancelha ao vê-la daquele jeito. Seu olhar atraiu o do filho mais velho que sorriu sem jeito.


- Tentei fazê-la tirar a calça e ficar só com o vestido, mas... Essa baixinha é fogo! – comentou suspirando, dando passagem para Benjamim. 


- Coitada da Emma se vocês se casarem e tiverem filhos. - Harry murmurou, ignorando o muxoxo do filho ao voltar-se para os outros filhos. - Não façam barulho. Izabel e a mãe de vocês estão descansando.


- Eu quero ver esse nenê. – a pequenina disse, e aproximou-se de Harry. Subiu no sofá, e com curiosidade fitou a irmãzinha, nos braços do pai. Lily estreitou os olhos, e olhou cada um dos irmãos e depois voltou a olhar o ministro. – Quando a mamãe vai poder ir pá casa? Esse nenê vai ficar aqui?


- Sua mãe vai voltar pra casa em breve. - ele a respondeu com um tom de voz baixo para que não despertasse Hermione. - E Izabel, a nenê, vai pra casa com a gente. Ela não pode ficar aqui.


- Ela é tão linda. - Jared comentou, olhando para a pequena. - Se parece muito com a mamãe.


- Então ela é bonita que nem a mamãe. - Ben disse sorridente.


- Izabel quebrou a tradição dos olhos verdes. - o ministro sorriu, acarinhando a face da filha com a ponta dos dedos. - Os olhos dela são castanhos, como o da mãe. 


- Sim, ela é mesmo linda porque se parece com a mamãe. Só por isso. – James brincou, arrancando risos baixos dos outros irmãos.


Ele se aproximou mais, assim como Jared e Ben, para observar melhor o novo membro da família. Era mesmo uma graçinha de bebê. Lily saiu de fininho, sendo que ninguém notara que não estava mais sentada no sofá. Parou longe deles, e seus olhinhos estavam marejados. Cruzou os pequenos braços e sentou-se no chão. 


Ficaram assim por alguns minutos, procurando qualidades e apreciando cada gesto que Izabel fazia. Lily permanecia imóvel onde estava. Acostumara-se com o título de princesa da família. Era a caçula e tinha a atenção de todos. Agora, com a chegada da irmãzinha, perdera esse título. Harry perguntou algo para a filha, virando-se para olhá-la. Porém não a encontrou ao seu lado. Percorreu os olhos pelo quarto, encontrando-a sentada ao chão.


- Segure-a, com cuidado. - Harry entregou Izabel para James, levantando-se e caminhando até a outra filha. Abaixou para ficarem na mesma altura, fitando os olhos verdes marejados. - O que aconteceu, Lily?


- Não quero que esse nenê vai pra nossa casa, ninguém mais vai gostar de mim. Acho que vou ir morar com a vovó. – falou, tremendo o lábio. – Lá eles vão me achar princesa e vão cuidar de mim... Nem o Jimmy mais gosta de mim.  


- Meu amor, não vamos deixar de gostar de você porque Izabel chegou. Nós ainda te amamos. - acariciou a face de Lily. - Acontece que sua irmãzinha é pequena. E assim como você precisou um dia, ela agora vai precisar de cuidados e atenção. E pra mim você ainda é e sempre vai ser uma princesa.


- Não... – disse, e virou o rosto. 


- Lily, olha pra mim. - ele pediu, pacientemente. A garotinha hesitou por um momento, mas no fim cedeu ao pedido do pai. O moreno suspirou, desejando que Hermione estivesse acordada naquele momento para ajudá-lo. Ela era melhor nesses assuntos do que ele. - Eu te amo. Assim como eu amo seus irmãos. E nada vai mudar isso. Ninguém vai deixar de te amar ou esquecer-se de você por isso. Todos nós precisamos de você. Até mesmo Izabel vai precisar de uma irmã agora.


A menina ficou em silêncio. Nada respondera, mas via-se que estava chateada. Harry respirou fundo, pensando no quão difícil seria contornar essa situação. Sabia o quanto Lily tinha um gênio forte, e o quanto ela havia herdado de teimosia, tanto de sua parte quanto na de Hermione.  


Harry não sabia mais que argumentos usaria para convencê-la de suas palavras. E teria que tratar daquele assunto com Hermione depois. Apenas a beijou na testa, sorrindo para a filha.


- Vai deixar de me amar agora? - perguntou, fingindo tristeza.


- Não, só depois. – se atreveu a responder, e Harry sorriu. – Eu quero ir pá casa. 


- Paciência. Logo você vai. - Harry murmurou antes de se levantar, caminhando até James e pegando Izabel novamente. - Conversem com ela depois sobre isso. - disse ao filho.


***


Uma semana tinha se passado desde que Hermione voltou para casa com Izabel. E a rotina da família Potter mudara completamente outra vez com a chegada da pequena. Lily ainda não tinha dado o braço a torcer quanto ao ciúme que sentia com a atenção excessiva que a caçula recebia. E mesmo com as conversas frequentes que tinha com os pais e os irmãos não eram o suficiente para fazê-la mudar de idéia.


James, no entanto, conseguiu um dia de descanso onde poderia aproveitá-lo longe de toda a correria e a agitação que estava em casa. E talvez um reencontro com os amigos e a presença da namorada era tudo o que precisava no momento. Por isso a esperava ali, diante da entrada do Profeta Diário. 


- Quer agendar alguma entrevista para a primeira página, Sr. Potter? - a voz feminina atrás de si o fizera sorrir. James se virou, encontrando a morena lhe sorrindo. A admirou por um tempo, notando o vestido rosa justo e que a modelava perfeitamente por debaixo do casaco branco. Os cabelos soltos e cacheados nas pontas e a maquiagem leve realçando seu rosto.


- Vai publicar tudo que eu realmente disser? – indagou jocoso, ostentando um sorriso largo nos lábios. Emma arqueou a sobrancelha e se aproximou mais. – É que certas repórteres costumam inventar demais, aí só queria checar...


- Bom, eu ainda não sou uma repórter. - Emma disse, mordendo o lábio. - Mas posso me encarregar de que não inventem demais sobre a sua pessoa. Não se preocupe.


- Oh, meus agradecimentos, Senhorita Hard... – James murmurou, enlaçando-a pela cintura. Então a beijou de leve, quando seus corpos se uniram. – Pronta para nosso passeio? Porque eu não vejo a hora... Tá uma loucura lá em casa. Meu pai anda tomando umas doses extras de cafeína, e minha nem pode porque está amamentando Izabel. – emendou e rira. 


- Eu posso imaginar o quanto precisa disso. - ela riu, o beijando na face. - Mas estou pronta sim.


James esboçou um sorriso satisfeito antes de entrelaçar sua mão à da namorada. Caminharam juntos pelas ruas do Beco Diagonal. Marcaram de encontrarem os amigos em uma cafeteria bruxa que abriu ali a poucos dias. E assim que entraram no local, os encontrara sentados em uma das mesas ao fundo. Emma logo se aproximou, abraçando a amiga que não via há semanas


- Uh, você tá com uma cara horrível. - Marcus comentou enquanto cumprimentava o amigo. - Isso é o treinamento, carga de família ou judiação da Emma?


- Engraçado como sempre. - Emma retrucou ao lhe mandar língua em um gesto infantil, sentando ao lado do namorado.


- As duas primeiras coisas. – James respondeu suspirando. – Tente dormir numa casa com um recém-nascido, e sendo que você precise realmente dormir. Então você rola na cama até que o choro pare, ou o sono te apague. É terrível. 


- Vimos à foto que saiu no Profeta, sua irmãzinha é coisinha mais linda do mundo. – Kristen disse sorrindo, enquanto os amigos se sentavam com eles. 


- Herança de família. – o Potter respondeu divertido. 


- Convencido. - Marcus revirou os olhos, voltando-se para o amigo. - E como vai o treinamento no ministério?


- Cansativo. Puxado e... Cansativo. – brincou, sorrindo. – Não pensei que fosse ser assim. Mas estou me esforçando. Quem sabe um dia eu me acostume a estar um caco ambulante. 


- Um caco ambulante você sempre foi. Isso não há como negar. - o outro disse, rindo e recebendo um olhar sarcástico do amigo. - Mas não se preocupe. Seu estado deprimente irá piorar.


- Você é um ótimo amigo, sabia? - Emma o fitou, erguendo uma sobrancelha. 


- Isso ele sempre foi, não há como negar. – James replicou com ironia, arrancando risos das duas garotas.


- Obrigado pelo elogio. - o garoto exclamou, sorridente. Fitou o casal em sua frente. - Então, já marcaram o casório?


James rapidamente se enrijeceu com a pergunta do amigo, enquanto Emma se engasgava com o gole que tinha dado em seu café. A morena tossiu, recebendo leves tapas nas costas dados por Kristen. Marcus franziu o cenho diante aquela cena. 


- Ainda está cedo pra isso, não acha? - Emma murmurou enquanto respirava fundo. - James e eu passamos por uma saia justa à pouco tempo quando Lily fez essa pergunta. Ela falou até sobre bebês.


- E vocês dois, já marcaram a data do casório de vocês? – James indagou se refazendo do susto ao ouvir aquelas coisas. Parecia que Marcus tinha a idade de Lily, sempre fazendo perguntas constrangedoras.


Kristen olhou para o namorado, e assim como James, aquelas palavras lhe deixaram pálido. 


- Não estamos juntos há tanto tempo que nem vocês dois. - Marcus replicou, forçando um sorriso no momento.


- Isso não é desculpa, bobão. Vai deixar Kristen esperando pro resto da vida se continuar a pensar assim, aí virá alguém que a tome de você... – o ex-apanhador comentara, fazendo a ruiva corar.


- Bem, porque não mudamos de assunto? – ela insistiu, sem jeito.


- Então porque você já não pediu a Emma em casamento? - Marcus perguntou, ignorando a sugestão da namorada e esboçando um sorriso cínico. - Já devia ter feito isso. Afinal, faz pouco tempo que alguém tentou tirá-la de você.


Emma suspirou fundo, mexendo-se desconfortavelmente em sua cadeira. Esse era mais um dos motivos que não lhe agradava estar na presença de Marcus. Ele falava demais.


- Por acaso essa sua memória decadente já se esqueceu de Dimitri Russell? – alfinetou, sorrindo. – Harrison não beijou minha namorada, já o russo... – James emendou fazendo uma cara penalizada.


- Chega. Vamos mudar de assunto. - o outro retrucou, levemente irritado pela lembrança que James lhe trouxera. O Potter esboçou um sorriso vitorioso.


- Até que enfim! – Kristen exclamou tomando um gole de seu chá. – Eu consegui um estágio no St. Mungus. Não quis contar a vocês por carta, e sim pessoalmente.


- Sério? - Emma perguntou à amiga, sorridente, vendo-a assentir. - Kris isso é maravilhoso. - exclamou enquanto a abraçava. - Quando começa? Vou precisar de alguém que me cubra quando lançar uma azaração em Katia Skeeter. Não suporto aquela mulher. - revirou os olhos.


-Bem, eu começo na semana que vem, a lista de estagiários estava quase lotada, mas eu consegui. Estou tão feliz! – disse visivelmente mostrando tal sentimento no olhar. – E quanto a cobrir seu segredinho, pode contar comigo.


- E você, ô desocupado? Vai continuar recebendo mesada? – James perguntou a Marcus.


- Falou o convencido e futuro auror. - Marcus disse com ironia. - Vou fazer um teste para a área de mestrado no ministério. Se tudo der certo daqui alguns anos me torno um professor. Quem sabe de Hogwarts.


- Você professor? – o Potter perguntou surpreso. – Merlin tenha pena dos alunos. – acrescentou quando Marcus assentiu. 


- Cuidado. Posso ser professor dos seus filhos. - o ameaçou. - Não serei nada bondoso com eles se continuar me tratando dessa forma.


- Já tomei uma decisão, meus filhos não vão pra Hogwarts, mas se forem, é melhor você tomar cuidado. – retrucou cheio de pose. 


- E se as “crianças” não pararem, vão ficar de castigo. – Kristen comentou, cessando mais uma rodada de comentários dos dois rapazes.


- Como assim seus filhos não vão para Hogwarts? - Emma ergueu as sobrancelhas, olhando para o namorado. - Eles vão para onde?


- Pra casa da minha mãe... Ou para outra escola bruxa. Essa é fácil. – James respondeu.


- Merlin, você é cruel. - a morena murmurou, respirando fundo e fazendo o casal ao lado rir.


- Mas sei que vai me obrigar a mandá-los para Hogwarts, então, minha mãe não vai ter trabalho. – comentou sem perceber. Emma sorriu largamente. Era tão bom ouvir que fazia parte da vida futura de James. Seu coração até batera mais depressa. 


- Retiro o que eu disse. - ela murmurou ao se aproximar, beijando-o levemente nos lábios. Não podia esconder a felicidade em seus olhos castanhos. - Você não é cruel.


- Ah não comecem de novo. Por favor. - Marcus suplicou, fazendo uma careta ao fitar o casal. 


- Desculpe. - Emma disse ao se afastar do namorado.


***


O silêncio que reinou na casa indicava que Izabel finalmente tinha dormido. Ben e Lily tinham ido para a casa dos avós naquela tarde e só retornariam na manhã seguinte. Jared saiu de casa para visitar Kira. E a ausência de James dera uma certa oportunidade para que o casal pudesse aproveitar algumas horas de descanso. Algo que não tinham à algum tempo e era devidamente merecido.


Ouviu os sons de passos e logo a morena entrou na sala. Hermione largara-se no sofá, ao lado do marido que a acolheu em seus braços. Recebera um beijo carinhoso que ele lhe deu na testa, permanecendo alguns minutos em silêncio para que pudesse desfrutar da tranquilidade do ambiente em que estavam.


- Quanto tempo acha que ela vai ficar dormindo? - Harry perguntou para a esposa, acariciando seus cabelos castanhos.


- Bem, tecnicamente falando, acho que umas duas horas no máximo. Logo acorda pra mamar. – Hermione respondeu, suspirando, e fechando os olhos. – Acho que vou aproveitar e dormir um pouco. 


Ela o fazia sempre que Izabel dormia, era um modo de manter-se ativa para quando a garotinha estivesse acordada, além de manter-se assim para atender os outros filhos. Principalmente Lily, que exigia a mesma atenção. E desde que dera a luz, Harry era quem estava sendo negligenciado por sua falta de tempo. 


- Então descanse. - ele murmurou, vendo-a assentir. Porém o som da campainha a fez abrir os olhos. Hermione fizera menção de se levantar, mas Harry a impediu segurando seu braço. - Eu atendo a porta. Fica aqui. - sugeriu ao se levantar.


Hermione murmurou um agradecimento ao vê-lo se afastar, deitando no sofá em seguida. O moreno caminhou até a porta, desejando que não fosse uma visita longa e inesperada. Ele e Hermione precisavam de descanso e seja lá quem fosse, trataria de dispensar logo para que assim o fizesse. Abriu a porta, porém a pessoa que vira ali o deixou surpreso.


De fato era uma visita inesperada e extremamente desagradável. Há meses que não tinha contato diretamente com a ruiva. A via uma vez ou outra no ministério, mas sempre evitava um diálogo. Ainda estava furioso com a tentativa de Gina Weasley em destruir seu casamento. E o fato de vê-la ali, diante da porta de sua casa, pronta para atacar Hermione novamente foi o suficiente para que a raiva que tinha pela ruiva voltasse à tona.


- O que você quer? - perguntou em um tom seco de voz, encostando-se ao batente da porta. Não iria convidá-la para entrar. Ainda mais após saber o que ela fizera em sua causa durante sua ausência.


- Só quero conversar, acredite. – Gina disse num tom baixo, sem provocações ou nada do tipo. 


- Fala. - disse ao cruzar os braços, embora sua vontade fosse ignorá-la.


Gina suspirou fundo, aquele comportamento de Harry era totalmente aceitável, visto o que fizera. Até esperava mais, no entanto, o ministro mantinha o bom tom. Fitou-o, tomando coragem para se desculpar. O que para ela era algo extremamente complicado. Engolir o orgulho e admitir a derrota.


- Bem, só vim dizer que amanhã vou pros Estados Unidos. Aceitei um cargo lá. – contou erguendo a sobrancelha. – Sei que errei ultimamente, e queria me desculpasse por tudo. Por mais humilhante que seja, admito que o perdi há muito tempo atrás. 


- Em primeiro lugar, parabéns pelo cargo. - Harry disse indiferente. - Em segundo lugar, perdeu seu tempo. Não vou te desculpar.


- Certo. Eu não esperava outra coisa, mas achei que devia vir assim mesmo. Agi mal, e sinto muito por tudo que causei. Espero que você e Hermione estejam bem agora, e não se preocupe, não vou mais me intrometer nem causar mais intrigas. Eu prometo. – sorriu maliciosamente.


- Tira esse sorriso cínico da cara, Gina. - o moreno retrucou, não escondendo sua impaciência perante a ruiva. - Você quase acabou com o meu casamento. Não se importou comigo ou com a minha família. E como se não bastasse aproveitou da minha ausência pra vir até a minha casa ofender Hermione. Ficaremos bem agora que você vai embora.


- Tudo bem, Harry, não vou destruir sua família perfeita, eu tenho outros planos agora. E você não está mais neles. – Gina disse, mantendo a pose superior, embora estivesse por dentro receosa ante o olhar de Harry. – Foi bom revê-lo, assim enxerguei que minha vida é melhor sem você. Afinal, não sirvo para ser dona-de-casa, nem cuidar de cinco filhos. Tive o bastante por toda minha vida convivendo com a minha família. – sorriu outra vez. – Dê minhas lembranças a Hermione... 


Harry estreitou seus olhos sobre a ruiva. Sentiu a raiva começar a aflorar em toda sua pele. Odiava quando Gina tinha a ousadia de ofender sua família em sua presença. Segurou o braço da ruiva, sem se importar com a pressão que exercia ali.


- Você não vai ofender a minha família na minha presença. Muito menos na minha casa. - sibilou furioso entre dentes. - Sabe de uma coisa, Gina? Eu agradeço por ter percebido a tempo o tipo de mulher que você é. Se você conseguiu enxergar que a sua vida é melhor sem mim, eu já percebi há anos que a minha é muito melhor com Hermione. Porque ao seu lado ela seria um inferno.


- Se você acha... Bem, agora tenho que ir. Se não quis aceitar minhas desculpas o problema é seu. Até mais, Harry. – fizera menção de cumprimentá-lo, mas o moreno recuou, cruzando os braços. – Ok, bem hostil... – ela rira. – Até o Natal, se tudo der certo.


Então a ruiva, descera os degraus da varanda e aparatara, deixando-o ali, a fumegar de raiva. Entrou em casa, tentando dissipar aquele sentimento. Bufou, indignado, e parou quando vira Hermione sentada no sofá com Izabel no colo. 


Respirou fundo, desejando imensamente não rever Gina Weasley tão cedo ou do contrário perderia seu controle. Fechou os olhos por um momento deixando com que a raiva que sentia naquele momento se esvaísse. Quando conseguiu, abriu-os novamente para observar a imagem de Hermione com Izabel nos braços. E tudo o que tinha dito à Gina fizera sentido naquele momento.


Aproximou-se, sentando ao lado de Hermione. Mal podia imaginar como seria sua vida sem a presença da morena ao seu lado. E sentia-se feliz por ter percebido a tempo que Hermione era a mulher de sua vida.




N O T I N H A: Penúltimo capítulo postado, leitores. *-* E esse sim é o penúltimo.  A Jessy cometeu um errinho ao postar o 37 e falar que era o penúltimo. kkk Se não for eu pra escrever essa n/a ela se perde, tadinha. kk


Mas enfim, a fic está acabando pessoal. *chorando de emoção* O próximo capítulo já é o último.  E vai vir cheio de cenas lindas e cutes. Principalmente a cena Harry e Hermione. O que não pode faltar, é claro. *-*


Então comentem bastante que a gente posta o último capítulo rapidinho, ta bom? E se comentarem ainda mais, postamos a segunda fase de ao cumprir rapidinho também. \o/ Tudo depende de vocês. Então não nos deixem desapontadas, ta bom?


Beijo das autoras.



Os últimos acontecimentos ainda tiveram grande repercussão durante os três meses que se seguiram. E a escalação de Harry Potter como o novo ministro da magia deixou o mundo bruxo em êxtase. Todos concordaram com a posse do novo ministro, visto que este sempre dedicou sua vida em salvar os demais. Seu trabalho também vinha sendo de grande ajuda no ministério. Portanto ninguém se opôs a tal.

O moreno entrou na cozinha, sorrindo ao ver a esposa sentada à mesa e apreciando uma grande fatia de bolo em seu prato. Entretanto a outra imagem que vira o fizera erguer as sobrancelhas. O pedaço de bolo de chocolate que havia no prato de James era maior que o da mãe. E a quantidade de comida que tinha em sua volta espalhadas sobre a mesa o deixara intrigado. 

- O que você tá fazendo? - Harry perguntou ao filho enquanto se aproximava.

- To comendo ué. – respondeu simplesmente, colocando uma generosa colherada de manteiga de amendoim sobre a fatia do bolo, assim como a mãe o fazia também. – Em solidariedade a mamãe, tá legal?

- James precisa repor as energias, os treinamentos mal começaram e ele já está exausto. Portanto, é bom que se alimente bem. – Hermione disse, e o marido a olhou curioso. – Mas uma besteirinha de vez em quando é permitida. 

- Se ele já está assim no começo não quero nem pensar daqui pra frente. - Harry murmurou, revirando os olhos. - Haja comida para abastecer essa casa. Que falta Hogwarts vai fazer. - emendou em tom de brincadeira. Mas por dentro sentia-se feliz por ter a presença do filho em casa com frequência de agora em diante.

- Que mão de vaca, está me renegando comida? – indagou James com a boca cheia.

- Eu não, você já está servido. - respondeu-o apontando para a quantidade de comida sobre a mesa, sentando-se ao lado de Hermione. - E me comove essa sua "solidariedade" com a sua mãe. Algo de se admirar.

- E eu não sou um querido filho? – o moreno indagou-se, rindo.

Hermione os acompanhou nas risadas, mas de repente, seu rosto se empalidecera. O sorriso murchara, e seu semblante se contraiu. Deixou o garfinho que iria levar à boca, sobre a mesa, e guiou uma das mãos até seu ventre. Gemeu, chamando atenção. 

- Hermione? - Harry a olhou, extremamente preocupado, assim como o James. Tocou o rosto descorado da esposa. - O que está sentindo?

Ela respirou profundamente, antes de encará-lo. Uma fina camada de suor se impregnava em sua testa.  E Hermione respirava com dificuldades. Apertou a borda da mesa, e também o tecido do seu vestido. James levantou-se e se aproximou da mãe, demasiado preocupado, então fitou ao pai. Esperava que Harry tivesse mais sangue frio nessa hora. A morena então gemera outra vez, e sentira um liquido frio ensopar seu vestido. 

- Acho... Acho que nossa filhinha quer nascer... – disse encarando o ministro. – Agora... Minha bolsa rompeu...

- O quê? - ele indagou surpreso. 

Imaginava que logo Izabel viria ao mundo, afinal Hermione entrara a poucos dias no nono mês de gravidez. No entanto, não esperava que fosse tão rápido. Respirou fundo, tentando amenizar seu nervosismo e pensando em algo para se fazer. Seu quinto filho estava a caminho e como sempre ficava nervoso e ao mesmo tempo eufórico diante aquela situação. 

- Sua mãe preparou uma mala. Está no nosso quarto, dentro do armário. Pegue e leve para o hospital, vou levá-la na frente. - ordenou a James, que já sabia perfeitamente que hospital seria. Harry retirou a varinha de suas vestes e em seguida tomou Hermione nos braços delicadamente, tentando não machucá-la.

Ela gemera alto desta vez, recostando a cabeça no peito dele, escondendo a face contorcida de dor. Ouviu James, chamar pelos irmãos, e então subir as escadas. Hermione tremia e suava, e cada vez mais as contrações aumentavam. Devia ter dito a Harry que se sentira mal durante o dia anterior. O passara com uma leve dor nas costas e algumas poucas falsas contrações. Mas não queria sobrecarregá-lo, se o ministério já o fazia. 

Harry a beijou na testa, tentando tranquilizá-la. Agradecia mentalmente por ser sábado e poder estar em casa para ajudá-la nesse momento. Principalmente para acompanhar o nascimento de sua filha. Caminhou até a porta e a abriu. Hermione gemera outra vez, apertando a camisa do marido entre os dedos com força. Harry desceu os degraus da varanda com cautela e então aparatou.

***

Seus olhos observavam admirados a pequena Izabel, em seus braços. Há tempos não sentia algo tão bonito e inocente assim. Analisava cada traço no rosto angelical de sua filha, notando o quanto ela era parecida com a mãe. E ele sorria quando ela fazia o menor movimento que fosse. Podia sentir as batidas do pequeno coração de Izabel em suas mãos. 

Olhou de relance para Hermione, que os fitava encantada. Seus olhos castanhos brilhavam com a chegada da nova integrante da família. Com Harry também era assim.

- Ela é linda. - ele murmurou, vendo-a abrir os pequenos olhos. Percebeu a cor que eles tinham e ficou satisfeito por Izabel ter quebrado aquela tradição. - Os olhos dela... São castanhos como os seus.

- Pelo menos a última tinha que herdar a cor dos meus olhos, você não concorda? – Hermione brincou, suspirando. Estava extremamente cansada, mas a aura do momento expirava qualquer resquício de exaustão. 

Harry sorriu assentindo, e entregou a filha recém-nascida aos braços maternos. Hermione a acolheu, beijando o topo de sua cabeçinha, repleta de fartos cabelos negros. Izabel mexera os dedinhos que sobressaíam da manta cor de rosa que a envolvia. 

Ali nos braços da mãe, era uma cena ainda mais linda de se ver.  

Harry suspirou fundo, mantendo aquele brilho de felicidade em seus olhos. Sentia-se completo em sua vida. Hermione lhe dera tudo que sempre desejara. Amizade, companheirismo, uma família linda e, acima de tudo, amor. E não tinha dúvidas de que sua vida não seria plena e feliz se não a tivesse do seu lado. Pois fora ao lado de Hermione que conquistou tudo. E assim seria para sempre.

Ele a beijou carinhosamente na testa, afagando os cabelos castanhos da esposa e voltando seu olhar para Izabel. A pequena bocejou, fazendo o casal sorrir. Tentara abrir novamente os pequenos olhos, mas desistira, e voltou a fechá-los. O sorriso dos lábios de Hermione crescera, e ela suspirou.

- Acho que Izzie também está cansada. – murmurou ternamente, enquanto erguia os olhos para o marido. – É muito agitação para uma recém-nascida. 

- Tenho certeza que assim como ela, você também quer descansar. - Harry disse, acariciando a face da esposa e beijando-a levemente nos lábios. - Eu cuido dela. Prometo que qualquer coisa vou te chamar. - garantiu, fazendo menção de pegar Izabel de volta em seus braços.

- Posso agüentar mais um pouco. – falou e sorriu. – Quero ficar com ela assim, juntinho de mim... Só mais um pouquinho... – acrescentou num bocejo. 

- Mione eu entendo que você queira ficar o tempo todo com ela nos braços. Mas realmente precisa descansar. - ele insistiu, pegando a filha nos braços. Hermione murmurou algo, protestando. - Nós vamos ficar aqui quando você acordar. Descanse agora.

A morena assentiu revirando os olhos, já cansados por conta do sono. Bocejou outra vez, e sua respiração tornava-se mais lenta e compassada. Harry sorriu, enquanto a esposa fechava os olhos, admitindo que precisasse realmente descansar. 

Ele voltou seus olhos para a pequena em seus braços. Sentou-se no sofá que tinha ali no quarto, observando atentamente Izabel adormecida em seus braços. Aquela sensação paterna o invadiu outra vez, por ter alguém tão pequeno e inocente em suas mãos novamente. Sentira isso na primeira vez, quando James nascera, e sempre o sentia novamente.

Seus dedos acariciaram os cabelos escuros de Izabel. E nem mesmo o som da porta sendo aberta o tirara daquele momento.

- Eu vou ver o nenê primeiro! – Lily exclamou, tomando a dianteira. Ela usava um vestido por cima de uma calça jeans e Harry erguera a sobrancelha ao vê-la daquele jeito. Seu olhar atraiu o do filho mais velho que sorriu sem jeito.

- Tentei fazê-la tirar a calça e ficar só com o vestido, mas... Essa baixinha é fogo! – comentou suspirando, dando passagem para Benjamim. 

- Coitada da Emma se vocês se casarem e tiverem filhos. - Harry murmurou, ignorando o muxoxo do filho ao voltar-se para os outros filhos. - Não façam barulho. Izabel e a mãe de vocês estão descansando.

- Eu quero ver esse nenê. – a pequenina disse, e aproximou-se de Harry. Subiu no sofá, e com curiosidade fitou a irmãzinha, nos braços do pai. Lily estreitou os olhos, e olhou cada um dos irmãos e depois voltou a olhar o ministro. – Quando a mamãe vai poder ir pá casa? Esse nenê vai ficar aqui?

- Sua mãe vai voltar pra casa em breve. - ele a respondeu com um tom de voz baixo para que não despertasse Hermione. - E Izabel, a nenê, vai pra casa com a gente. Ela não pode ficar aqui.

- Ela é tão linda. - Jared comentou, olhando para a pequena. - Se parece muito com a mamãe.

- Então ela é bonita que nem a mamãe. - Ben disse sorridente.

- Izabel quebrou a tradição dos olhos verdes. - o ministro sorriu, acarinhando a face da filha com a ponta dos dedos. - Os olhos dela são castanhos, como o da mãe. 

- Sim, ela é mesmo linda porque se parece com a mamãe. Só por isso. – James brincou, arrancando risos baixos dos outros irmãos.

Ele se aproximou mais, assim como Jared e Ben, para observar melhor o novo membro da família. Era mesmo uma graçinha de bebê. Lily saiu de fininho, sendo que ninguém notara que não estava mais sentada no sofá. Parou longe deles, e seus olhinhos estavam marejados. Cruzou os pequenos braços e sentou-se no chão. 

Ficaram assim por alguns minutos, procurando qualidades e apreciando cada gesto que Izabel fazia. Lily permanecia imóvel onde estava. Acostumara-se com o título de princesa da família. Era a caçula e tinha a atenção de todos. Agora, com a chegada da irmãzinha, perdera esse título. Harry perguntou algo para a filha, virando-se para olhá-la. Porém não a encontrou ao seu lado. Percorreu os olhos pelo quarto, encontrando-a sentada ao chão.

- Segure-a, com cuidado. - Harry entregou Izabel para James, levantando-se e caminhando até a outra filha. Abaixou para ficarem na mesma altura, fitando os olhos verdes marejados. - O que aconteceu, Lily?

- Não quero que esse nenê vai pra nossa casa, ninguém mais vai gostar de mim. Acho que vou ir morar com a vovó. – falou, tremendo o lábio. – Lá eles vão me achar princesa e vão cuidar de mim... Nem o Jimmy mais gosta de mim.  

- Meu amor, não vamos deixar de gostar de você porque Izabel chegou. Nós ainda te amamos. - acariciou a face de Lily. - Acontece que sua irmãzinha é pequena. E assim como você precisou um dia, ela agora vai precisar de cuidados e atenção. E pra mim você ainda é e sempre vai ser uma princesa.

- Não... – disse, e virou o rosto. 

- Lily, olha pra mim. - ele pediu, pacientemente. A garotinha hesitou por um momento, mas no fim cedeu ao pedido do pai. O moreno suspirou, desejando que Hermione estivesse acordada naquele momento para ajudá-lo. Ela era melhor nesses assuntos do que ele. - Eu te amo. Assim como eu amo seus irmãos. E nada vai mudar isso. Ninguém vai deixar de te amar ou esquecer-se de você por isso. Todos nós precisamos de você. Até mesmo Izabel vai precisar de uma irmã agora.

A menina ficou em silêncio. Nada respondera, mas via-se que estava chateada. Harry respirou fundo, pensando no quão difícil seria contornar essa situação. Sabia o quanto Lily tinha um gênio forte, e o quanto ela havia herdado de teimosia, tanto de sua parte quanto na de Hermione.  

Harry não sabia mais que argumentos usaria para convencê-la de suas palavras. E teria que tratar daquele assunto com Hermione depois. Apenas a beijou na testa, sorrindo para a filha.

- Vai deixar de me amar agora? - perguntou, fingindo tristeza.

- Não, só depois. – se atreveu a responder, e Harry sorriu. – Eu quero ir pá casa. 

- Paciência. Logo você vai. - Harry murmurou antes de se levantar, caminhando até James e pegando Izabel novamente. - Conversem com ela depois sobre isso. - disse ao filho.

***

Uma semana tinha se passado desde que Hermione voltou para casa com Izabel. E a rotina da família Potter mudara completamente outra vez com a chegada da pequena. Lily ainda não tinha dado o braço a torcer quanto ao ciúme que sentia com a atenção excessiva que a caçula recebia. E mesmo com as conversas frequentes que tinha com os pais e os irmãos não eram o suficiente para fazê-la mudar de idéia.

James, no entanto, conseguiu um dia de descanso onde poderia aproveitá-lo longe de toda a correria e a agitação que estava em casa. E talvez um reencontro com os amigos e a presença da namorada era tudo o que precisava no momento. Por isso a esperava ali, diante da entrada do Profeta Diário. 

- Quer agendar alguma entrevista para a primeira página, Sr. Potter? - a voz feminina atrás de si o fizera sorrir. James se virou, encontrando a morena lhe sorrindo. A admirou por um tempo, notando o vestido rosa justo e que a modelava perfeitamente por debaixo do casaco branco. Os cabelos soltos e cacheados nas pontas e a maquiagem leve realçando seu rosto.

- Vai publicar tudo que eu realmente disser? – indagou jocoso, ostentando um sorriso largo nos lábios. Emma arqueou a sobrancelha e se aproximou mais. – É que certas repórteres costumam inventar demais, aí só queria checar...

- Bom, eu ainda não sou uma repórter. - Emma disse, mordendo o lábio. - Mas posso me encarregar de que não inventem demais sobre a sua pessoa. Não se preocupe.

- Oh, meus agradecimentos, Senhorita Hard... – James murmurou, enlaçando-a pela cintura. Então a beijou de leve, quando seus corpos se uniram. – Pronta para nosso passeio? Porque eu não vejo a hora... Tá uma loucura lá em casa. Meu pai anda tomando umas doses extras de cafeína, e minha nem pode porque está amamentando Izabel. – emendou e rira. 

- Eu posso imaginar o quanto precisa disso. - ela riu, o beijando na face. - Mas estou pronta sim.

James esboçou um sorriso satisfeito antes de entrelaçar sua mão à da namorada. Caminharam juntos pelas ruas do Beco Diagonal. Marcaram de encontrarem os amigos em uma cafeteria bruxa que abriu ali a poucos dias. E assim que entraram no local, os encontrara sentados em uma das mesas ao fundo. Emma logo se aproximou, abraçando a amiga que não via há semanas

- Uh, você tá com uma cara horrível. - Marcus comentou enquanto cumprimentava o amigo. - Isso é o treinamento, carga de família ou judiação da Emma?

- Engraçado como sempre. - Emma retrucou ao lhe mandar língua em um gesto infantil, sentando ao lado do namorado.

- As duas primeiras coisas. – James respondeu suspirando. – Tente dormir numa casa com um recém-nascido, e sendo que você precise realmente dormir. Então você rola na cama até que o choro pare, ou o sono te apague. É terrível. 

- Vimos à foto que saiu no Profeta, sua irmãzinha é coisinha mais linda do mundo. – Kristen disse sorrindo, enquanto os amigos se sentavam com eles. 

- Herança de família. – o Potter respondeu divertido. 

- Convencido. - Marcus revirou os olhos, voltando-se para o amigo. - E como vai o treinamento no ministério?

- Cansativo. Puxado e... Cansativo. – brincou, sorrindo. – Não pensei que fosse ser assim. Mas estou me esforçando. Quem sabe um dia eu me acostume a estar um caco ambulante. 

- Um caco ambulante você sempre foi. Isso não há como negar. - o outro disse, rindo e recebendo um olhar sarcástico do amigo. - Mas não se preocupe. Seu estado deprimente irá piorar.

- Você é um ótimo amigo, sabia? - Emma o fitou, erguendo uma sobrancelha. 

- Isso ele sempre foi, não há como negar. – James replicou com ironia, arrancando risos das duas garotas.

- Obrigado pelo elogio. - o garoto exclamou, sorridente. Fitou o casal em sua frente. - Então, já marcaram o casório?

James rapidamente se enrijeceu com a pergunta do amigo, enquanto Emma se engasgava com o gole que tinha dado em seu café. A morena tossiu, recebendo leves tapas nas costas dados por Kristen. Marcus franziu o cenho diante aquela cena. 

- Ainda está cedo pra isso, não acha? - Emma murmurou enquanto respirava fundo. - James e eu passamos por uma saia justa à pouco tempo quando Lily fez essa pergunta. Ela falou até sobre bebês.

- E vocês dois, já marcaram a data do casório de vocês? – James indagou se refazendo do susto ao ouvir aquelas coisas. Parecia que Marcus tinha a idade de Lily, sempre fazendo perguntas constrangedoras.

Kristen olhou para o namorado, e assim como James, aquelas palavras lhe deixaram pálido. 

- Não estamos juntos há tanto tempo que nem vocês dois. - Marcus replicou, forçando um sorriso no momento.

- Isso não é desculpa, bobão. Vai deixar Kristen esperando pro resto da vida se continuar a pensar assim, aí virá alguém que a tome de você... – o ex-apanhador comentara, fazendo a ruiva corar.

- Bem, porque não mudamos de assunto? – ela insistiu, sem jeito.

- Então porque você já não pediu a Emma em casamento? - Marcus perguntou, ignorando a sugestão da namorada e esboçando um sorriso cínico. - Já devia ter feito isso. Afinal, faz pouco tempo que alguém tentou tirá-la de você.

Emma suspirou fundo, mexendo-se desconfortavelmente em sua cadeira. Esse era mais um dos motivos que não lhe agradava estar na presença de Marcus. Ele falava demais.

- Por acaso essa sua memória decadente já se esqueceu de Dimitri Russell? – alfinetou, sorrindo. – Harrison não beijou minha namorada, já o russo... – James emendou fazendo uma cara penalizada.

- Chega. Vamos mudar de assunto. - o outro retrucou, levemente irritado pela lembrança que James lhe trouxera. O Potter esboçou um sorriso vitorioso.

- Até que enfim! – Kristen exclamou tomando um gole de seu chá. – Eu consegui um estágio no St. Mungus. Não quis contar a vocês por carta, e sim pessoalmente.

- Sério? - Emma perguntou à amiga, sorridente, vendo-a assentir. - Kris isso é maravilhoso. - exclamou enquanto a abraçava. - Quando começa? Vou precisar de alguém que me cubra quando lançar uma azaração em Katia Skeeter. Não suporto aquela mulher. - revirou os olhos.

-Bem, eu começo na semana que vem, a lista de estagiários estava quase lotada, mas eu consegui. Estou tão feliz! – disse visivelmente mostrando tal sentimento no olhar. – E quanto a cobrir seu segredinho, pode contar comigo.

- E você, ô desocupado? Vai continuar recebendo mesada? – James perguntou a Marcus.

- Falou o convencido e futuro auror. - Marcus disse com ironia. - Vou fazer um teste para a área de mestrado no ministério. Se tudo der certo daqui alguns anos me torno um professor. Quem sabe de Hogwarts.

- Você professor? – o Potter perguntou surpreso. – Merlin tenha pena dos alunos. – acrescentou quando Marcus assentiu. 

- Cuidado. Posso ser professor dos seus filhos. - o ameaçou. - Não serei nada bondoso com eles se continuar me tratando dessa forma.

- Já tomei uma decisão, meus filhos não vão pra Hogwarts, mas se forem, é melhor você tomar cuidado. – retrucou cheio de pose. 

- E se as “crianças” não pararem, vão ficar de castigo. – Kristen comentou, cessando mais uma rodada de comentários dos dois rapazes.

- Como assim seus filhos não vão para Hogwarts? - Emma ergueu as sobrancelhas, olhando para o namorado. - Eles vão para onde?

- Pra casa da minha mãe... Ou para outra escola bruxa. Essa é fácil. – James respondeu.

- Merlin, você é cruel. - a morena murmurou, respirando fundo e fazendo o casal ao lado rir.

- Mas sei que vai me obrigar a mandá-los para Hogwarts, então, minha mãe não vai ter trabalho. – comentou sem perceber. Emma sorriu largamente. Era tão bom ouvir que fazia parte da vida futura de James. Seu coração até batera mais depressa. 

- Retiro o que eu disse. - ela murmurou ao se aproximar, beijando-o levemente nos lábios. Não podia esconder a felicidade em seus olhos castanhos. - Você não é cruel.

- Ah não comecem de novo. Por favor. - Marcus suplicou, fazendo uma careta ao fitar o casal. 

- Desculpe. - Emma disse ao se afastar do namorado.

***

O silêncio que reinou na casa indicava que Izabel finalmente tinha dormido. Ben e Lily tinham ido para a casa dos avós naquela tarde e só retornariam na manhã seguinte. Jared saiu de casa para visitar Kira. E a ausência de James dera uma certa oportunidade para que o casal pudesse aproveitar algumas horas de descanso. Algo que não tinham à algum tempo e era devidamente merecido.

Ouviu os sons de passos e logo a morena entrou na sala. Hermione largara-se no sofá, ao lado do marido que a acolheu em seus braços. Recebera um beijo carinhoso que ele lhe deu na testa, permanecendo alguns minutos em silêncio para que pudesse desfrutar da tranquilidade do ambiente em que estavam.

- Quanto tempo acha que ela vai ficar dormindo? - Harry perguntou para a esposa, acariciando seus cabelos castanhos.

- Bem, tecnicamente falando, acho que umas duas horas no máximo. Logo acorda pra mamar. – Hermione respondeu, suspirando, e fechando os olhos. – Acho que vou aproveitar e dormir um pouco. 

Ela o fazia sempre que Izabel dormia, era um modo de manter-se ativa para quando a garotinha estivesse acordada, além de manter-se assim para atender os outros filhos. Principalmente Lily, que exigia a mesma atenção. E desde que dera a luz, Harry era quem estava sendo negligenciado por sua falta de tempo. 

- Então descanse. - ele murmurou, vendo-a assentir. Porém o som da campainha a fez abrir os olhos. Hermione fizera menção de se levantar, mas Harry a impediu segurando seu braço. - Eu atendo a porta. Fica aqui. - sugeriu ao se levantar.

Hermione murmurou um agradecimento ao vê-lo se afastar, deitando no sofá em seguida. O moreno caminhou até a porta, desejando que não fosse uma visita longa e inesperada. Ele e Hermione precisavam de descanso e seja lá quem fosse, trataria de dispensar logo para que assim o fizesse. Abriu a porta, porém a pessoa que vira ali o deixou surpreso.

De fato era uma visita inesperada e extremamente desagradável. Há meses que não tinha contato diretamente com a ruiva. A via uma vez ou outra no ministério, mas sempre evitava um diálogo. Ainda estava furioso com a tentativa de Gina Weasley em destruir seu casamento. E o fato de vê-la ali, diante da porta de sua casa, pronta para atacar Hermione novamente foi o suficiente para que a raiva que tinha pela ruiva voltasse à tona.

- O que você quer? - perguntou em um tom seco de voz, encostando-se ao batente da porta. Não iria convidá-la para entrar. Ainda mais após saber o que ela fizera em sua causa durante sua ausência.

- Só quero conversar, acredite. – Gina disse num tom baixo, sem provocações ou nada do tipo. 

- Fala. - disse ao cruzar os braços, embora sua vontade fosse ignorá-la.

Gina suspirou fundo, aquele comportamento de Harry era totalmente aceitável, visto o que fizera. Até esperava mais, no entanto, o ministro mantinha o bom tom. Fitou-o, tomando coragem para se desculpar. O que para ela era algo extremamente complicado. Engolir o orgulho e admitir a derrota.

- Bem, só vim dizer que amanhã vou pros Estados Unidos. Aceitei um cargo lá. – contou erguendo a sobrancelha. – Sei que errei ultimamente, e queria me desculpasse por tudo. Por mais humilhante que seja, admito que o perdi há muito tempo atrás. 

- Em primeiro lugar, parabéns pelo cargo. - Harry disse indiferente. - Em segundo lugar, perdeu seu tempo. Não vou te desculpar.

- Certo. Eu não esperava outra coisa, mas achei que devia vir assim mesmo. Agi mal, e sinto muito por tudo que causei. Espero que você e Hermione estejam bem agora, e não se preocupe, não vou mais me intrometer nem causar mais intrigas. Eu prometo. – sorriu maliciosamente.

- Tira esse sorriso cínico da cara, Gina. - o moreno retrucou, não escondendo sua impaciência perante a ruiva. - Você quase acabou com o meu casamento. Não se importou comigo ou com a minha família. E como se não bastasse aproveitou da minha ausência pra vir até a minha casa ofender Hermione. Ficaremos bem agora que você vai embora.

- Tudo bem, Harry, não vou destruir sua família perfeita, eu tenho outros planos agora. E você não está mais neles. – Gina disse, mantendo a pose superior, embora estivesse por dentro receosa ante o olhar de Harry. – Foi bom revê-lo, assim enxerguei que minha vida é melhor sem você. Afinal, não sirvo para ser dona-de-casa, nem cuidar de cinco filhos. Tive o bastante por toda minha vida convivendo com a minha família. – sorriu outra vez. – Dê minhas lembranças a Hermione... 

Harry estreitou seus olhos sobre a ruiva. Sentiu a raiva começar a aflorar em toda sua pele. Odiava quando Gina tinha a ousadia de ofender sua família em sua presença. Segurou o braço da ruiva, sem se importar com a pressão que exercia ali.

- Você não vai ofender a minha família na minha presença. Muito menos na minha casa. - sibilou furioso entre dentes. - Sabe de uma coisa, Gina? Eu agradeço por ter percebido a tempo o tipo de mulher que você é. Se você conseguiu enxergar que a sua vida é melhor sem mim, eu já percebi há anos que a minha é muito melhor com Hermione. Porque ao seu lado ela seria um inferno.

- Se você acha... Bem, agora tenho que ir. Se não quis aceitar minhas desculpas o problema é seu. Até mais, Harry. – fizera menção de cumprimentá-lo, mas o moreno recuou, cruzando os braços. – Ok, bem hostil... – ela rira. – Até o Natal, se tudo der certo.

Então a ruiva, descera os degraus da varanda e aparatara, deixando-o ali, a fumegar de raiva. Entrou em casa, tentando dissipar aquele sentimento. Bufou, indignado, e parou quando vira Hermione sentada no sofá com Izabel no colo. 

Respirou fundo, desejando imensamente não rever Gina Weasley tão cedo ou do contrário perderia seu controle. Fechou os olhos por um momento deixando com que a raiva que sentia naquele momento se esvaísse. Quando conseguiu, abriu-os novamente para observar a imagem de Hermione com Izabel nos braços. E tudo o que tinha dito à Gina fizera sentido naquele momento.

Aproximou-se, sentando ao lado de Hermione. Mal podia imaginar como seria sua vida sem a presença da morena ao seu lado. E sentia-se feliz por ter percebido a tempo que Hermione era a mulher de sua vida.

N O T I N H A: Penúltimo capítulo postado, leitores. *-* E esse sim é o penúltimo.  A Jessy cometeu um errinho ao postar o 37 e falar que era o penúltimo. kkk Se não for eu pra escrever essa n/a ela se perde, tadinha. kk

Mas enfim, a fic está acabando pessoal. *chorando de emoção* O próximo capítulo já é o último.  E vai vir cheio de cenas lindas e cutes. Principalmente a cena Harry e Hermione. O que não pode faltar, é claro. *-*

Então comentem bastante que a gente posta o último capítulo rapidinho, ta bom? E se comentarem ainda mais, postamos a segunda fase de ao cumprir rapidinho também. \o/ Tudo depende de vocês. Então não nos deixem desapontadas, ta bom?

Beijo das autoras.

 

 

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Comentários (8)

  • Isis Brito

    AMEI!!  A Lily com ciúmes... O Harry cada vez mais apaixonado pela família e pela Mione... *-* AAHHH! Mata a Gina! Ela não tá fazendo nenhuma falta mesmo... =D

    2011-08-16
  • Gabriela

    oount meu deus, a lily ficou com ciumes *-*pooxa, como assim já está acabando essa fase ? Mas é como dizem.. tudo que é bom dura o tempo necessario para ser inesquecivel.  No inicio achei muito estranha a atitude da Gina, mas depois ela voltou com as mesmas atitudes de antes [/idiota] Não sei pq, mas acho que a proxima fase vai ser muito mais focada no James. Na nova vida dele como auror. E seria lindo se tivesse alguma missão do James com o Harry *-* Esperando ansiosamente pelo ultimo capitulo, e pelo primeiro também !  

    2011-08-16
  • Pacoalina

    lindo como sempre!

    2011-08-15
  • Andressa Araujo

    Essa Gina sempre sinica... posta maisssss

    2011-08-15
  • Karina.

    ENTÃO, eu amei o capítulo como sempre *-*'E a filha da mãe da Gina ainda teve a coragem de aparecer, essa #$¨% !!Enfim, eu senti as dores da Lily, tadinha gente tiraram o lugar dela de única x.x KAOPAKOPAKOP' espero que o próximo não demore, estou bastante ansiosa *-*'

    2011-08-14
  • rosana franco

    Livre da Gina pelo menos por enquanto mas sinto que ainda vou ouvir falar dela na continuação.

    2011-08-14
  • Carolzinha Gregol

    Acreditem ou não, mas chorei por causa do ciumes da Lily hahaha eu nem sei porque, fiquei com uma dó dela e nem sei porque isso, isso é revoltante! Tadinho do james sendo colocado contra a soleira para casar com a Emma hahahaha adorei o capitulo, o nascimento ficou lindo, tudo ficou lindo, quero ver a Lily baixando a guarda logo *-* e espero que a cena seja linda sério.

    2011-08-14
  • Taís e Jessy

    Jess aqui, respondendo aos leitores. Como devem saber eu preciso de um lembrol! KKKK Então vou respondê-los aqui mesmo.   rosana franco : O casal Potter, tinha 21 anos quando o James nasceu! E agora no momento atual da fic eles tem 37 anos.  matthew malfoy: Ain, obrigada pelo seu comentário, amamos! Quanto ao pedido do James, ainda vai demorar um tiquinho, até mesmo porque a Hermione (jess) surta com isso. O filhotinho dela se casando é demais para seus nervos. KKK. E o nome Izabel, surgiu porque eu gosto bastante desse nome. E vamos combinar, é melhor do que Rosa. KKKK Não tem nenhum significado especial, só porque gosto dele.   Isis Brito da Silva: Isis, flor, vai ser com Z mesmo. Porque já tem bastante coisa escrita assim, e mesmo que diga que poderiamos trocar rapidinho, eu não tenho word no meu note ainda KKKK. Espero que supere o Izabel com Z. kkkk. Então é isso pessoinhas lindas, até o próximo capt! Que é o ultimo, eu não errei dessa vez, mas gente eu faço Letras, não matemática! KKK. Beijos e Feliz dias dos pais pro Harry e pro Rony, e pra todos os pais de "HP"né gente.

    2011-08-14
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