A POÇÃO DA MORTE



CAPÍTULO 22:

A POÇÃO DA MORTE


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_Mas é incrível - Harry sussurrou enquanto se aproximava da cama, seus olhos fitando o rosto da bruxa, as mãos gélidas se tocando, não era Luna, tão pouco Fleur, mas uma bruxa que parecia, e muito, a sua mãe jovem, de uma semelhança gigantesca, inegual. Estava defronte a sua mãe jovem.

_E então? - o Curandeiro perguntou - A reconhece?

Harry acenou negativamente com a cabeça, o bruxo extremamente dececpionado.

_Ela não sobrevivera a tempo para acharmos alguém de sua família...

_Eu autorizo - Harry falou olhando para a bruxa com surpresa - Eu faço o que for preciso, ela não vai morrer.

_Mas você não é da família...

_E se não há tempo - os olhos de Harry encontraram o do Curandeiro - Eu serei a família dela está noite.

Embora parecesse recuar a idéia, o bruxo se viu diante da aceitação, a bruxa morreria do contrário.

_Muito bem - disse e Harry sorriu - Espere alguns minutos, fique a vontade, hoje, faremos tudo para salvá-la...

Harry se voltando a bruxa apanhou a sua mão e sentindo algo gélido que pareceu correr por todo seu corpo disse, mesmo sabendo que não ouviria:

_Vai dar certo, você vai ver, vai dar certo.

Vendo que havia uma cadeira mais ao lado se sentou no mesmo instante que gritos de urgência rasgaram o corredor, alguém muito ferido parecia estar chegando.

Harry ansioso olhou novamente para a bruxa, poderia ter feito aquele movimento diversas vezes porém o Curandeiro adentrando o quarto com velocidade foi diretamente em sua direção:

_Um caso muito grave - disse se referindo ao bruxo que acabara de chegar - Um risco, precisaremos mudar de quarto, os desse corredor estão cheios e não podemos perder tempo o levando para baixo...

_Certo - Harry falou - Senhor - disse logo em seguida olhando para o Curandeiro - O que vai precisar para que a Poção seja aplicada?

_Do seu sangue.

Harry fitou o bruxo com surpresa, a chegada de uma Enfermeira os informando que deveriam partir para o quarto defronte imediatamente.

_Há somente essa opção? - perguntou.

O Curandeiro acenou positivamente com a cabeça.

Harry alcançando o quarto defronte se sentou em uma cadeira muito próxima a duas outras camas, nessas, por sua vez, haviam bruxos que pareciam bastante adoentados.

_Está com ela? - o bruxo da cama mais próxima indagou. Harry pode, naquele momento, perceber que o ao lado se via dormindo.

_Sim - respondeu com a voz fraca.

_Eu sei que não está - o bruxo murmurou, seus olhos claros fitando os de Harry por um momento - Ela não têm família, morava com os padrinhos, mas eles faleceram de Varíola de Dragão há muitos anos, quando ela era muito pequena, hoje em dia, acho que não têm ninguém.

Harry somente continuou a olhar o bruxo, não podia acreditar que ele sabia tanto.

_Eu também tive Varíola - disse triste prosseguiu, Harry se surpreendendo, Varíola de Dragão era uma doença altamente contagiosa - Mas não se assuste, estou curado, preciso ficar mais alguns dias para me recuperar, é um tratamento muito forte, muitas poções em diversas fases da lua, acho que você sabe...

Harry manteve o olhar, apenas isso, não encontrava, diante da situação, nenhum motivo para interromper o conto.

_Eu recebi essa carta - e o bruxo lhe mostrou uma bela carta com uma letra fina - Há muitos anos, quando cheguei ao hospital, nunca tive a chance de ler, minha esposa, que infelizmente não resistiu a doença parece ter me dito que era da minha filha, que era uma carta que ela havia me escrito ao saber que eu havia falecido, algo que disseram a ela quando pequena para que se acostumasse com a idéia de não ter pais, sinceramente chegaram a achar que morreria e como ela não podia me visitar para não se expor ao risco, cresceu sob essa mentira. Mas hoje, agora que posso ouvi-la, agora que posso saber o que está escrito, poderia?

O bruxo extendeu a carta em uma de suas mãos a Harry e com os olhos brilhando aguardou que ele a lesse.

Harry, por sua vez, extremamente surpreso e honrado por aquilo, extendeu o envelope jamais aberto e se viu defronte a um pergaminho com poucas linhas.

“Papai
A vovó me disse que o senhor não está mais conosco, que foi ajudar outras pessoas lá em cima, no céu, eu acredito no que me dizem mas algo que sinto me diz que ainda vou rever o senhor antes desse dia final chegar. Eu lhe escrevo essa carta no Natal para que possamos ficar sempre juntos, coloco também a foto que tiramos assim que me despedi da Romênia. Mande um abraço para mamãe, escreverei outra carta para ela, mas tenho medo que a coruja dela se perca. Me despedindo, de todo coração, espero que, alguma dia, possamos nos rever e que tudo seja como no começo, com amor, Catherine Leblanc.”


Harry fitou as duas últimas palavras da carta com um choque tão profundo que sentiu um peso imenso em conseguir respirar. Estava diante do pai de Catherine Leblanc, o pai que lhe dissera estar morto, que morrera por Varíola na Romênia.

Apanhando a foto no envelope suas mãos a seguraram com pesar, ali, estava a foto que ela havia o descrito durante o seu último dia na Romênia, a foto na qual podia-se ver a avó de Rony, Carlinhos, os pais e avós de Catherine, ela e Carlinhos, muito pequenos, como ela dissera.

Harry deixou, por um breve momento, a carta e a foto cairem de suas mãos.

_Aconteceu algo? - o bruxo parecendo preocupado perguntou.

_O senhor é pai de Catherine Leblanc?

O bruxo sorriu.

_Você a conhece?

Antes mesmo que Harry pudesse responder a porta da Enfermaria se abriu e Catherine acompanhada de uma bruxa de longos cabelos prateados avançou pelo quarto procurando alguém.

O bruxo na cama a fitou com os olhos mais brilhantes que Harry já vira em toda sua vida, brilhavam como as chamas mais dançantes e belas de todas.

Assim que Catherine se virou, se virou para o seu pai, estando defrontes ela levou suas mãos a boca, houve um grande choque acompanhado de um disparar de choro por parte de filha para pai, pessoas que haviam se visto por muito pouco na vida, pessoas que haviam se reencontrado, pessoas unidas pela coragem, pela vitória, pelo amor.

_P-Pai? - ela vagarosamente perguntou enquanto caminhava pela Enfermaria com as mãos trêmulas, a surpresa extrema, as lágrimas cobrindo a dor, a falsa perda.

Olhando para seu pai, Catherine avançou, avançou até a cama, aonde, com a respiração acelerada, segurando a mão de seu pai, após anos, o beijou com os olhos fechados, as lágrimas caindo, abraçando-o em seguida pareceu sentir a fusão de sentimentos jamais unidos. Harry pode notar que a velha bruxa em um choque profundo chorava de uma emoção inatingível.

_O s-senhor - Catherine gaguejou - V-v-vivo... - e soltou um riso fantástico, um riso de alegria infinita, de alegria inegual.

Harry se levantando da cadeira caminhou pelo quarto e apanhando a carta com a foto colocou-a na cabiceira da cama.

_Sr.Potter por favor - um bruxo chegando a porta chamou, trazia uma grande prancheta com centenas de nomes.

Desviando um olhar a Catherine Harry sorriu, se despedindo, logo em seguida, do bruxo sorriu novamente e deixando a Enfermaria caminhou como se algo extraordinário houvesse acontecido consigo, algo que o completara infinitamente.

_Vamos retirar o sangue? - perguntou.

_Sim, é por aqui...

_O senhor por gentilzea volte a Enfermaria, nos resta apenas assinar um papel e estará livre.

Harry assentindo voltou ao quarto, ali, Catherine e a bruxa de cabelos prateados rodeavam a cama, muitas flores bonitas naquele momento. Seguindo para uma cadeira ao lado da bruxa desconhecida se sentou, deveria esperar a aplicação imediata da poção.

_Meu pai me disse - Catherine enquanto se sentava em uma cadeira logo ao lado disse - Ele me contou que você leu a carta para ele...

Harry sorriu.

_Eu nem acreditei quando vi seu nome lá - falou.

_Eu não tenho como explicar - Catherine disse - Quando me disseram que meu pai estava vivo, que ele estava aqui...

_Quem te contou?

_A Minerva, ela recebeu uma coruja do hospital avisando.

_Parece que tudo pode acontecer - Harry murmurou e seus olhos correram na direção da bruxa mais ao lado - Uns dias alguns outros dias outros.

_Você fez a coisa certa - Hermione disse enquanto caminhavam para as masmorras.

_Aproveita Harry - Rony murmurou - Quando Hermione diz que fizemos algo certo é para comemorar.

Hermione pareceu decididamente vermelha diante desse comentário.

_Não é todo dia que doamos nosso sangue a quem nem ao menos conhecemos, eu acho que você tomou a decisão que deveria ter tomado.

_Hermione! - uma voz chamou mais ao fundo - Hermione!

Harry se virando ficou defronte a Mirella Delamangha, estava chamando Hermione muito atrás.

Deixando um até logo Hermione se afastou com pressa.

_Ela deve estar aprontando alguma - Rony disse parecendo bastante incomodado - Faz semanas que ela e essa Mirella estão se encontrando quase todos os dias, deve ter algo ai.

_A segunda tarefa está chegando - Harry disse - Mirella vai representar Hogwarts, deve estar tentando pedir ajuda à Hermione.

_Mas bem a Hermione? Sabe, ela é de Corvinal e a maioria dos alunos de lá poderia dar uma ajuda a ela...

Harry desviou um olhar à Rony, ele estava sendo infantil.

_Bom, de toda forma é estranho.

_Ontem - Harry falou antes de chegarem a sala de poções - Eu tive a impressão de que ela lia um livro de Poções, sabe, aquele que usamos para fazer a Polisuco...

_Você acha que pode ser algo importante?

_O livro se chama Poções Muy Potentes e não saberemos se os senhores não entrarem - Slughorn surgindo a porta disse.

Harry seguindo para a sequência de lugares de Grifinória se sentou enquanto aguardava o início da aula. Hermione, muito pouco tempo depois, adentrando a sala com Mirella, trazia um longo pergaminho enrolado nas mãos.

Assim que todos se viram acomodados Slughorn com um movimento rápido da varinha trancou a porta de entrada e assustando alguns com o movimento se voltou ao armário, aonde levitando revelou à todos um pequeno baú de ouro com detalhes vermelhos e o levando até a uma longa mesa cheia de poções no centro da sala se virou, o silêncio absoluto. Com um novo movimento no ar que projetou uma língua de fogo, o jato disparou até o objeto e escancarando-o diversos ruídos metálicos como de trancas se abrindo surgiram revelando uma almofada vermelha, muito empoeirada, um pequeno frasco bem ao centro, em pouca quantidade um líquido negro e vermelho que parecia decididamente diferente de todos os outros.

_Winguardium Leviosa! - Slughorn enunciou e levitando o frasco o mostrou à todos - Quem poderia me dizer o que é isso?

Ninguém pareceu ousar ou se arriscar, nem mesmo Hermione aparentava saber qual era o líquido, a poção.

_Isso - Slughorn apontando com sua varinha para o frasco empoeirado disse - É a poção mais perigosa do nosso mundo...

Harry como muitos engoliu seco.

_Existe apenas uma no mundo - os olhos de Slughorn correram pelos alunos vagarosamente - E estamos diante dela nesse exato momento. Alguém se arriscaria?

Ninguém respondeu novamente.

_Existem segredos no Ministério - prosseguiu, os alunos extasiados - Que arrepiariam qualquer um de vocês, mas existe um, um realmente poderoso e extremo, que poderia somente ser quebrado com está poção...

Os olhos de Hermione correram pelos de Rony e Harry.

_O amor é algo muito complexo - Slughorn caminhando pela sala prosseguiu - Mas não tão quanto algo que enfrentamos na vida, que todos nós, consequente do que fazemos, enfrentamos e isso sim é o mais complexo, e o mais misterioso segredo da magia.

Slughorn passando entre as mesas de Grifinória e Agatston mostrou o frasco, o líquido parecia realmente diferente, algo brilhante, algo belo.

_Jamais conseguiram retirar uma gota sequer do dragão mais perigoso que se tem conhecimento, nenhuma após terem a conseguido para está poção, agora lhes pergunto, para quem realmente tem o dom para responder, qual o dragão mais perigoso do mundo?

_O Chifre Irlandês de Calda Vermelha - Hermione respondeu - Um dragão...

_Vampiro - Slughorn completou - Sim, Dragão Vampiro... - todos se entreolharam, Rony pareceu o único a não se surpreender com essa revelação - Na verdade, esse dragão, um animago de magia desconhecida, se tratava de um bruxo chamado Sir Herbert Varney que ficou conhecido após atacar bruxas nas noites de Londres, as lendas contam e sinceramente acredito, que ele atingiu a forma animaga de um dragão sem nem ao menos querer, se tornando uma criatura de extremo poder, de extremas habilidades e de um sangue de poderes capazes de trazer a morte ou a imortalidade...

_E ele ainda existe? - um bruxo de Durmstrang indagou.

_Ah não não - Slughorn respondeu - Assim que foi capturado pelo Esquadrão de Criaturas Mágicas, foi morto, o sangue? Dissipado por completo, algo repleto de magia negra, afirmado ser a fonte de rituais milenares, embora, como tenha-os dito, nenhuma gota com excecão da usada nesta poção foi conseguida...

_Qual o efeito dessa poção? - um bruxo de cabelos negros curtos perguntou mais ao fundo, de Bounstouns.

_Ela o fornece, com apenas uma gota, um poder capaz de resistir aos mais poderosos encantamentos conhecidos, à rituais, às trevas em especial...

_Por exemplo - uma menina de Beauxbatons pediu.

_Se você estiver sob efeito dessa poção e for atingido por uma Avada Kedavra ou Lócus Cáveres não morrera, o feitiço deslizara pelo seu corpo como se nada tivesse acontecido.

_Você se torna invencível? - Neville indagou.

_Muito mais que isso - Slughorn em tom misterioso respondeu - Não esperem ser invencíveis com isso, mas esperem ser muito mais do que a magia já conheceu, algo que somente o segredo guardado no Ministério poderia quebrar, testar realmente...

_E qual o nome dessa poção? - o mesmo bruxo de Durmstrang perguntou.

_A Poção da Morte - vários olhares foram trocados - Usar essa poção pode lhe trazer um limite jamais conhecido na magia, porém ao mesmo tempo a morte, e uma morte muito, mas muito dolorosa, dizem ser o preço a ser pago para bebê-la...

Harry notou o olhar de Slughorn pousar sob o seu por alguns segundos, havia algo oculto naquela poção, algo que não revelara a todos.

Aproveitando que muitos alunos haviam deixado o castelo para, sob a proteção dos trasgos, caminharem pelos terrenos, Harry e Hermione fizeram o mesmo, Rony viria logo em seguida, trazendo um jogo de bruxo para jogar com Simas, Neville e mais um batalhão de alunos de Bounstouns que pareciam bastantes competitivos.

_Harry - Hermione disse, o campo esbranquiçado banhado pela lua, o lago, refletindo todo o estrelado céu - Eu preciso te dizer uma coisa.

Harry parou, Hermione também, muito distante, em meio ao frio, a chaminé de Hagrid fumegava incansável, com suas longas nuvens acizentadas que ppareciam sobrevoar a Floresta Proibida. Do outro, a torre de Astronomia, a torre na qual Dumbledore despencara, a torre na qual uma fraca luz dourada jazia.

_Pode dizer - falou.

Hermione voltando a caminhar olhou para o céu e depois para a Floresta Proibida, os navios de Durmstrang, em uma parte sombria do lado parecendo assustadores.

_Antes mesmo de conhecer você - disse enquanto Harry também voltava a caminhar - Eu li alguns artigos sobre sua vida, alguns artigos interessantes...

Harry franziu a testa.

_Muitos deles alegavam que Você-Sabe-Quem somente havia perdido seus poderes devido ao amor de sua mãe, e estavam certos...

Harry a olhou, parecia receosa.

_Todos sabemos que essa é a explicação certa - falou em voz baixa - Voldemort disse isso no Cemitério...

Hermione pareceu se assutar repentinamente com a pronúncia do nome.

_Você vai entender quando terminar...

Harry continuou, calado, parecia algo bastante sério.

_Um desses artigos que li me pareceu um pouco mais seguro e detalhado comparado aos restantes, e foi o único, que trouxe uma possibilidade de ligação entre você e sua mãe, uma forma de você ter sempre o amor de sua mãe, aquele amor que o salvou...

Harry se manteve quieto.

_Essa ligação - Hermione prosseguiu - Sempre me fez questionar sobre a verdade, se realmente você poderia ter algum elo com sua mãe, algo parecido, algo que os unisse e receio...

Harry a olhou profundamente, Hermione parecia realmente preocupada com o que iria dizer.

_Que seja verdade...

Harry sentiu algo gelado correr por seu corpo, como se tivesse mergulhado no lago tão próximo.

_Eu preferi ter certeza antes e descobrir muitos detalhes importantes que me fizessem levar a essa conclusão, e os achei, detalhes que comprovam que seus olhos, os olhos que tanto se parecem os de sua mãe, são o elo de ligação entre você e ela...

Harry por um momento se lembrou do momento em que Sirius lhe dissera como seus olhos pareciam os de sua mãe, como eram de uma semelhança assustadora.

_Vocês sempre serão ligados - Hermione disse - Pelos olhos...

_Dumbledore sempre comparou - Harry calmo disse - Os meus olhos com os de minha mãe.

_Ele devia saber ou suspeitar...

_Quando voltei para a casa dos Dursley - Harry continuou - Eu ouvi você falando com a minha tia sobre meus olhos, como se parecessem ter certeza de algo.

_Sua tia sempre desconfiou de alguma ligação, ela me disse que muitas vezes, quando o olhava profundamente via os olhos de sua mãe, via os olhos de Lílian, ela pensou que poderia haver alguma ligação entre vocês, uma espécie de amor desconhecido unido pela morte...

_Você disse - Harry falou enquanto voltava a caminhar - Que vários detalhes importantes a haviam levado a isso...

_Sim - Hermione continuou - O mais importante, com certeza, aconteceu quando você estava lutando para que Você-Sabe-Quem não penetrasse em sua mente, naquela época ele tentou fazer mais, ele tentou invadir sua alma, possui-la, mas não conseguiu, e sabe porque?

Harry deu-se de ombros.

_Porque a proteção de sua mãe o fez não poder passar além dos olhos, o protegeu das trevas, você sentia vontade de atacar, matar o Dumbledore, porque toda a maldade, toda ela estava concentrada nos olhos, uma maldade que não pode avançar com a proteção.

_Você deveria escrever um livro - Harry sorriu.

_Sobre você?

_Ah não não - Harry negou sorridente - Talvez a Skeeter conseguisse fazer isso, mas acho que você poderia escrever sobre tudo o que sabe, daria um bom livro.

Hermione riu.

_Dessa vez, eu poderia chamá-lo de Harry Potter: A Questão dos Olhos.

_Acho só o final melhor - Harry brincou.

_Está certo - Hermione alegre disse - Ficamos com apenas A Questão dos Olhos.

A neve, naquele momento, começava a cair em flocos bastante pequenos, o Salgueiro Lutador, esbranquiçado, muito ao fundo trazia a Harry boas lembranças, talvez dolorosas, mas boas.

_O Natal está chegando - disse com a voz triste - O último em Hogwarts.
Hermione respirou fundo.

_Nunca será o último - e sorriu - Sempre haverá mais um dia depois do final, sempre, basta acreditar.

Foi a vez de Harry sorrir, Hermione dissera quase a mesma coisa que a Sra.Longbottom, por pouco poderia confundir o modo que as duas haviam dito.

_Harry! Harry! Harry! - Colin Creeve, que parecia ter aderido a sua máquina fotográfica novamente o chamava enquano vinha se aproximando. Harry se virando ficou defronte a um flashe que disparou velozmente - Deixaram isso na Salão Comunal, perto da lareira, o Nick encontrou, mas não sabia aonde você estava, parece ser uma carta...

Harry apanhando o pergaminho nas mãos de Colin foi novamente surpreendido por mais um flashe.

_Ah - ele disse - Hermione... - assim que Hermione se virou mais um flashe disparou - A Mirella Delamangha estava te procurando, parece que encontrou a pele de arabambóia...

_Não acredito! - Hermione exclamou parecendo ter ficado extremamente feliz - Harry, vou ter que ir... - se despedindo partiu pelos terrenos animada, Colin Creeve mais atrás tirando fotos de vários alunos que pareciam se assustar, e muito, com os flashes disparados.

Harry, abrindo o envelope se deparou com uma letra que vira apenas uma vez.

“Infelizmente você faltou ao nosso encontro após a final do Campeonato Mundial de Quadribol e penso que não lhe daria outra chance se não fosse realmente importante.

Diante de uma visita marcada para alguns dias antes do Natal, todos os alunos poderão ir a Hogsmeade, nos encontraremos lá, no Cabeça de Javali, como já disse, será a sua última chance de tomar conhecimento do que sei. Venha sozinho, ninguém deverá estar por perto e nem próximo ao pub, não se arrisque.”


Harry olhando para os lados fitou a carta por alguns segundos e a guardando se lembrou de que com o sumiço de Fleur e Luna se esquecera por completo do encontro com o bruxo.

Estando ciente de que deveria avisar a Tolkien, voltou ao castelo com velocidade e imediatamente rumou para o terceiro andar, ali, muitos alunos se aglomeravam para adentrar a sala de Feitiços.

_Harry - uma voz o chamou mais atrás, em tom alegre. Se virando Harry ficou defronte a Tolkien, vinha chegando ao corredor naquele exato momento, uma suja caixa de maderia nas mãos - Veio fazer as aulas extras com o Lupin?

Harry desviando um olhar a aglomeração de alunos deu-se de ombros.

_Bom - Tolkien disse - Lupin está dando aulas extras essa semana sobre algumas criaturas, hoje é sobre os Bicho-Papões, dizem que as aulas estão realmente muito boas...

Harry se lembrando, por um breve momento, da aula que tivera com Lupin no seu terceiro ano acenou negativamente com a cabeça.

_Se não veio para a aula, subiu até aqui porque?

Apanhando a carta do bolso Harry mostrou-a a Tolkien.

_Ah sim, entre - abrindo a porta com rapidez Tolkien pediu. Deixando a caixa de madeira sob a primeira mesa que viu, pediu que Harry entrasse. - É daquele bruxo?

_Sim.

Apanhando a carta, Tolkien a leu com atenção, Harry pode notar que ele lia cada linha pelo menos duas vezes, sendo as últimas três vezes.

_Parece que ele sabia que eu ia com você no primeiro encontro...

_É.

_Há muito perigo nisso. Ele o ameaçou, não claramente, mas fez.

_Mas eu vou - Harry disse - Eu quero ir, deve ser algo importante.

_Claro que sim - Tolkien murmurou - Mas não estara sozinho como ele quer...

Harry fitando o bruxo por alguns segundos indagou:

_Há algo que possa ser feito?

Tolkien mostrou a caixa.

_Há sempre muito mais na magia do que se pode esperar, acho que isso chegou na hora certa...

Harry apenas olhou para a caixa, não possuia a menor idéia do que estava ocultado ali.

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