DUELOS, LEMBRANÇAS E VITÓRIAS



CAPÍTULO 19:

DUELOS, LEMBRANÇAS E VITÓRIAS


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_Eu não acredito! - Rony disparou chegando aos terrenos de Hogwarts - Ficamos em último lugar!

_Não - Dino Thomas rebateu - Em penúltimo...

_Ah sim! - Rony que parecia decidido a discutir o assunto com alguém retorquiu - A Karkonicova foi derrotada e ai sim ficamos com o penúltimo...

Enquanto Rony e Dino seguiam discutindo a tarefa pelos terrenos Hermione puxou Harry pelas vestes, todos os alunos seguindo caminho.

_Olha só quem está ali - ela apontou para o negro e estrelado céu, os terrenos esbranquiçados pela neve, a cabana de Hagrid, fumegante, mais ao fundo, toda branca.

Harry olhando para aonde Hermione apontava viu um vulto branco passar velozmente, poderia ser comparado a uma bolinha de neve se vista distante, Harry imediatamente pode notar que era Edwiges, a ave vinha voando parecendo realmente veloz.

_Hei - Harry chamou em meio aos alunos e a ave voou até seu ombro, uma carta no bico - Pode deixar - disse enquanto retirava e via a coruja voar pelo céu riscando-o como um fio branco.

_Melhor ler lá dentro - Hermione falou, Harry apenas acenou positivamente e adentrou o castelo.
Chegando a torre de Grifinória aonde todos foram adormecer, somente ele, Hermione e Rony se mantiveram, Rony, ainda, nem ao menos sabia da carta.

_Quem teria enviado uma carta pela Edwiges? - ele perguntou, Hermione achou de imediato uma excelente pergunta.

_Vamos ver - Harry murmurou, as chamas da lareira brilhando em seus olhos, a neve caindo pela janela e todo o frio parecendo correr pelas paredes como a figura dos quadros. Abrindo a carta, olhou pelas negras linhas e leu, o silêncio absoluto.

“Caro Harry Potter
Escrevo-lhe está carta para nos encontrarmos, soube que esteve a procura de Peverell e penso que além de Lorde Voldemort apenas ele sabia qual é o Horcruxe, aquele quarto objeto sagrado de Gryffindor, suspeito que tenho boas notícias a lhe dar, enviarei-lhe outra carta através da mesma coruja negra após a Final do Campeonato de Quadribol, aguarde no vestuário, você a recebera e logo em seguida nos encontraremos, agradecendo, me despeço.”


_Nossa, ele sabe qual o objeto sagrado do Gryffindor - Rony murmurou.

_Perigoso - Hermione disse - Iremos com você certamente - Harry acenou positivamente - Embora seja perigoso, avisaremos a Slughorn e os outros para ficarem de guarda escondidos, pode ser uma armadilha de Você-Sabe-Quem, cuidaremos disso amanhã, preciso dormir agora...

_Também já vou - Rony falou - Você vem?

_Daqui a pouco - Harry olhando para as chamas na lareira disse.

Harry aproveitando a saída de Rony e Hermione olhou para a carta novamente e se levantando seguiu para a janela, os flocos de neve caindo, formando a branca camada por todo o terreno.

Houve um rangido leve mais atrás e uma bruxa surgiu, vinha sozinha, estava chegando naquele momento.

Harry não notou que alguém vinha chegando, segurava a carta e pensava somente quando chegara à Hogwarts pela primeira vez, quando vira o rosto de sua mãe pela primeira vez no espelho de Ojesed, pensou se a viria novamente caso morresse.

_Pensando? - uma voz perguntou mais atrás.

Harry se virou, Catherine Leblanc parada, os olhos o fitando.

_É - respondeu - E você?

_Acabei de chegar - Catherine disse, seu inglês muito bom - Você gosta de olhar a neve?

Harry sorriu.

_A época de natal sempre foi meio difícil pra mim, me faz lembrar que não tenho família pra comemorar...

_Sabe - Catherine sentando em uma das poltronas em frente a lareira falou - Eu não tenho os meus pais também, moro com meus avós e meus tios...

Harry se sentando em uma poltrona perto disse:

_Seus pais morreram há muito tempo?

_Ah sim, muitos anos, eles morreram de Varíola de Dragão, é uma doença que há alguns anos foi muito perigosa, hoje, é muito difícil pegar...

_Seus pais trabalhavam com dragões?

_Sim - Catherina um pouco mais acomodada respondeu - Eles trabalhavam com dragões na França, depois foram para Romênia, eu nasci na Romênia, mas logo eles morreram e tive que ir para França morar com meus avós e tios.

_Você não gosta dos seus avós?

_Não é a mesma coisa - Catherina parecendo triste falou, ela olhava, naquele momento, para suas mãos cobertas por verdes luvas de dragão - Minha mãe foi uma das melhores jogadoras de quadribol da França e diziam que ela era uma pessoa muito forte, muito determinada, eu prometi que seria tão boa quanto ela, tão forte.

Harry sorriu.

_Quê foi? - Catherine alegre perguntou, as dançantes chamas na lareira iluminando seu rosto pela metade.

_Acontece a mesma coisa comigo - Harry falou - Meu pai foi um dos melhores apanhadores de Hogwarts e eu sempre penso que quero ser tão bom quanto ele foi.

Catherina pareceu surpresa com semelhança, desviando seu olhar rapidamente para alguns enfeites natalinos posto pelos elfos na torre perguntou, sua voz ainda muito calma.

_Você passa o natal com quem, já que seus pais, bem, não estão mais aqui?

_Bom - Harry respondeu - Eu passo em um lugar aonde a família do Rony Weasley, um amigo meu, passa, eles são a minha família.

_Eu conheci a avó do Rony - Catherine surpreendo à Harry disse - Ela trabalhou muito com dragões na Romênia, ela infelizmente morreu de Varíola na mesma época que meus pais.

_Sério? - Harry com as csmbrancelhas sobressaltadas disse.

_Ah sim, eu sei que um dos irmãos do Ony trabalha lá também.

Harry sorriu diante da pronúncia errada do nome de Rony.

_O Carlinhos - disse.

_Isso! - Catherine assentiu - Ele mesmo, eu tenho uma foto com ele quando eu era muito pequena, ele é um pouco mais velho que eu, aparece meus avós e os avós dele, tiramos no dia em que me despedi da Romênia.

_Nossa - Harry falou - Isso é incrível.

_Eu gostava muito dele - Catherine disse - Ele estava de férias de Hogwarts, sempre ia para Romênia olhar os dragões, ele me mostrou um Dente-de-Víbora-Peruano, muito rápido sabe...

Harry sorriu, se lembrou de que um dos usos do sangue de dragão era a velocidade que o sangue de Dente-de-Víbora-Peruano trazia a quem bebia.

_Bom Harry, vou dormir - Catherine disse - Foi bom falar com você.

_Também - Harry murmurou.

Enquanto Catherine subia pelas escadas rumo ao dormitório feminino aonde as meninas de Beauxbatons haviam se acomodado ele fitou a lareira por alguns segundos e se perguntou se tinha a verdadeira noção de que pessoas tão distantes podessem se conhecer tanto.

_Eu adoro esses bolinhos sabe - Rony com a voz engrolada disse.

_Finalmente! - Hermione chegando com uma pesada bolsa a mesa disse.

_O que foi? - Harry do outro lado da mesa perguntou.

_Vai haver uma visita à Hogsmeade, esse final de semana, queria muito comprar umas outras penas, as que estou usando são horríveis...

_H-Hogsmeade? - Rony com a voz ainda engrolada repetiu.

_Não fale com a boca cheia! - Hermione crédula disse. - Bom, de toda forma, meu duelo é antes do final de semana, assim não precisarei ficar preocupada por muitos dias...

_Você vai contra quem mesmo? - Harry perguntou.

_Richard Flint - Hermione respondeu - Não sei se a alto-estima dele está muito elevada sabe, ele não foi muito bem na primeira tarefa...

_Ah sabemos disso - Dino muito próximo falou e logo ele ao lado de Simas e Rony dispararam em uma nova discussão aonde falavam rapidamente de todos os erros que Richard cometera na primeira tarefa.

_Hermione Granger? - uma menina loira, de cabelos longos e muito pequena indagou chegando até Hermione que ainda estava de pé.

_Sim, porque?

_Eu vim trazer um recado...

Hermione sobressaltou as sombrancelhas por um instante.
_E de quem é o recado?

_Da Mirella Delamaghna, ela pediu que a encontrasse depois do expediente, no banheiro feminino do quarto andar.

Hermione olhou para a pequena bruxa com atenção e somente disse:
_Tudo bem, diga que estarei lá.
_Certo.

_Nem sempre de feitiços vocês deverão sempre contar para se derrotar as trevas - Tolkien iniciou a aula - Há muitas coisas que ocultam as trevas, nem sempre o Lumus clareara um corredor se você estiver cego, nem sempre um Crovotus causara dor se você não atingir seu oponente ou ao menos querer lhe causar dor, o mesmo que acontece com Cruciatus, o que quero lhes dizer - Tolkien caminhava pela sala naquele momento, Lupin e Moody haviam ido capturar alguns poucos Esqueletics para uma próxima aula. - É que tudo isso que disse agora é algo extremamente óbvio, você jamais causaria dor com uma Azaração Mortal se não atingisse o seu alvo, são coisas óbvias e no pior momento as coisas mais óbvias são as mais importantes, o que quero, finalmente lhes expicar é que nas trevas nem sempre a luz é mais importante, nem sempre queimar o seu oponente - Tolkien deu uma risada que fez com que metade das garotas, e quase todas de Beauxbatons, suspirassem - é o principal. Existe algo pouco valorizado nas lutas e que poderia virar tudo a nosso favor, esse algo tão pouco valorizado é o amor, vocês podem achar que é besteira, o amor não tortura o seu oponente e nem o mata, muito menos o faz desistir das trevas, mas faz com que você, o guerreiro, seja muito mais poderoso do que o seu adversário, seja magnânimo, seja superior e isso lhe trara a vitória, jamais esqueçam do que estou dizendo, o amor é o ponto principal para se derrotar as trevas, é o principal... - Tolkien desviou um olhar à Harry.

Harry ainda desconhecia o fato do porque Tolkien ser apenas dois anos mais velho que ele e ser tão sábio e habilidoso como qualquer auror, ainda mais tendo ordem de merlim com primeira classe.

_Existem pessoas que nascem com o talento - Hermione disse diante da pergunta de Harry.

_Você não está sendo racional - Rony parecendo incomodado com a paixonite de Hermione disse.

_Então tudo bem! - Hermione parou no meio do corredor, olhando para Rony e Harry com seriedade - O que vocês querem que eu diga? Que ele é um vampiro que usa a poção da juventude há mais de vinte anos e que com o sangue que tomou de bruxos habilidosos jamais envelheceu e se tornou sábio, não me façam dizer besteiras, isso é impossível, Tolkien é bom porque ele é e pronto!

_Harry! - Luna chegando a cena disse, havia acabado de sair da sala de Feitiços mais ao lado.

_Ah Hermione, vamos - Rony chamou e ambos partiram do corredor, iriam para os terrenos de Hogwarts, a próxima aula seria a de Herbologia.

_O que foi Luna? - Harry se aproximando da bruxa perguntou.

_Quero que fique com isso - Luna extendeu um frasco, havia um conteúdo prateado brilhante dentro - Você deve guardar bem, vai precisar daqui alguns dias...

Harry apanhando o frasco empurrado por Luna a olhou surpreso.
_Como assim daqui alguns dias, o que é isso?

_Não agora - Luna falou - Eu não sei se vou ter a chance pra explicar, mas lembre-se, quando você receber a carta, você poderá ver a memória...

_Que memória? - Harry confuso indagou.

_Essa ai - Luna apontou para o frasco - É uma memória, você vai entender quando a ver.

_E que carta é essa que eu vou receber?

_Acalme-se - Luna parecendo agitada falou - Você vai receber no tempo certo.

_E porque você não vai ter tempo de me explicar?

Luna apenas se virou e olhando rapidamente para Harry seguiu o caminho defronte silenciosa.

_PORQUE? - Harry gritou.

_Vamos demorar para nos vermos de novo...

Harry realmente estava confuso, recebera uma carta anônima na noite passada e agora Luna lhe dizia que não se viriam tão cedo, alguma coisa iria acontecer.

_Não se esqueçam de cortá-las rapidamente, os espinhos contém venenos... - a Profa.Sprout dizia animada.

Os dias passaram velozmente ao longo de um ritmo de duelos e aulas bastante acelerado, na quinta de manhã, o dia em que Hermione duelaria, ela se viu tão atribulada com os deveres de Transfiguração que mal pode pensar no assunto e quando se deu por conta, Harry e Rony a vinham alertando que estava atrasada havia vinte minutos.

_Porque vocês não me avisaram! - ela disparou, Harry e Rony se entreolharam.

_Nós avisamos, você que nos ignorou..

_Ah sim - Hermione sem atenção falou verificando se sua varinha estava no bolso e partindo rapidamente rumo ao quadro da Mulher Gorda.

_CORVINAL VENCE! - Tolkien anunciava em meio a multidão de um milhão de bruxos, a roda de fogo azul enquanto o duelo finalizava. - TEREMOS AGORA UM IMPORTANTE DUELO, GRIFINÓRIA ESTÁ MUITO PRÓXIMA DA PRIMEIRA COLOCAÇÃO E NO MESMO INSTANTE PODE PERDER O SEGUNDO LUGAR PARA SONSERINA, ESSE DUELO DECIDIRA ENFIM QUAL A POSIÇÃO QUE GRIFINÓRIA ESTARA! VOCÊS ESTÃO PRONTOS PARA UM DUELOS DOS BONS?
Harry pensou que seu ouvido fosse estourar, a gritaria foi extraordinária. Hermione chegava naquele momento, a arredoma de fogo, que voltara a sua cor original, vermelho.

Harry e Rony se aproximavam, em meio a platéia para ver o duelo muito próximo.

_DE UM LADO, O PRIMEIRO CAMPEÃO DE HOGWARTS, QUE GARANTIU O QUARTO LUGAR PARA NOSSA ESCOLA, FALO DE RRRRRRRRRRRRRRRRRRRICHARD FLINT REPRESENTANDO SONSERINA! - somente os alunos de Sonserina e boa parte da multidão aplaudiram a chegada de Richard, o membro mais popular de Sonserina.
_ENQUANTO HOGWARTS VEM COM UMA DAS ALUNAS MAIS HÁBEIS DE GRIFINÓRIA, SENHORAS E SENHORES, HHHHHHHHHHHHERMIONE GRANGER!

Hermione realmente notou a multidão que a assistia naquele segundo pois os gritos para sua chegada haviam sido extraordinariamente maiores aos de Richard.

_CUMPRIMEMTEM-SE! - Tolkien ordenou e sob um silêncio aonde as chamas explodiam, Hermione e Richard se cumprimentaram velozmente. - RETORNEM AOS SEUS LUGARES, QUANDO CONTAR TRÊS PODEM COMEÇAR...

Hermione chegando ao seu lugar se prontou para lutar.
_UM... - houve um silêncio absoluto tomado pela ansiedade - DOIS... - todos prenderam a respiração - TRÊS!

_EVETSTASERIM! - Richard bradou.

_PROTEGO! - Hermione ricocheteou atingindo Richard no peito, os gritos impressionados dominando a luta - EFFIGY!

_EFFIGY! - os dois feitiços explodiram. - EFFIGY! - Richard disparou e no mesmo instante Hermione projetou um movimento no ar repelindo com velocidade, os gritos explodiram.

_EXPELLIARMUS! - jatos de fogo dispararam.

_PROTEGO! ACRATUS! EFFIGY! - além do primeiro feitiço ricocheteado, os dois seguintes acertaram Hermione em cheio fazendo-a rodopiar rapidamente pelo ar e cair parecendo ofegante e com fortes dores no peito e na perna direita.

_EXPELLIARMUS! - ela disparou porém Richard dissipou.

_RICTUSEMPRA!

_EFFIGY! - os dois feitiços cruzaram explodindo em jatos vermelhos que voaram pelo ar quase atingindo a multidão que correu aonde eles cairiam. - ACRATUS! - Hermione foi novamente atingida, Harry pode notar que Rony se mexia nervoso ao lado, olhava para Richard com ódio, um ódio que se unia a perca na primeira tarefa.

_ESTUPEFAÇA! - Hermione caiu com as mãos elevadas ao peito, ela parecia querer se levantar, as mãos trêmulas. - ESTUPEFAÇA! - Hermione caiu novamente abatida antes mesmo de ter se levantado por completo.

_JÁ CHEGA! - Rony gritou e pulando a barreira de fogo apanhou sua varinha. - RICTUSEMPRA! - um jato roxo disparou contra Richard que caiu com um forte grito de dor.

_NÃO PODE! - Tolkien bradou furioso - GRIFINÓRIA PER...

_COMO OUSA SEU IDIOTA! - um garoto da Sonserina disparou e pulando a barreira de fogo disparou extraordinariamente veloz um jato vermelho contra Rony que caiu desmaiado.

Harry com uma fúria que disparou em seu peito pulou a barreira de fogo e com, varinhas já em mãos gritou:

_ACTION PERINA! - um jato negro disparou contra o garoto de Sonserina fazendo-o rodopiar para fora do círculo de fogo e caindo em meio a multidão.

_EVETSTASERIM! - um outro membro de Sonserina gritou chegando a plataforma, o raio cruzou o ar voando velozmente contra Harry.

_PROTEGO! - disparou dissipando o raio.

_ACTION PERINA! - vociferou.

_ACTION PERINA! - o bruxo também vociferou. Os dois raios negros cruzaram a plataforma e atingindo os dois lados os fizeram rodopiar caindo no gramado abaixo.

Hermione já estava de pé ao mesmo tempo que Richard do outro lado.

_NÃO SE DEVE DEFENDER SANGUES-RUINS! - Richard no pico de sua fúria disparou, a multidão surpresa com as palavras que usara - ACTION PELLIARMUS! - o raio de fogo disparou.

_PROTEGO! - Hermione cravou e o feitiço foi rapidamente dissipado - SANGUE-RUIM! - ela gritou - ESTUPEFAÇA! ESTUPEFAÇA! ESTUPEFAÇA! - três jatos velozes dispararam contra Richard que atingido rodopiou no ar e ali mesmo já foi atingido pelo segundo e quase caido ao chão pelo terceiro, sendo assim derrotado.

_GRIFINÓRIA VENCE! - Tolkien enunciou.

_EXPELLIARMUS! - o membro que atacara Harry gritou voltando a luta. Harry de pé elevou sua varinha:

_EXPELLIARMUS! - os dois raios de fogo dispararam como dragões pela plataforma, extremamente velozes.

_CHEGA! - Tolkien trovejou e apanhando sua varinha em uma velocidade impossível de ser vista dissipou os dois raios com um único movimento, elevando sua varinha ao alto disparou um raio de fogo que explodiu iluminando todo o negro céu, a multidão perplexa com o efeito do feitiço. - EU - ele falou bem lentamente e todos o ouviram, o silêncio de um milhão de bruxos absoluto - DISSE CHEGA.

Não houve um suspiro sequer diante da ordem do professor.

_Ele mereceu! - Hermione disparou - Ele teve a ousadia...

_Nós sabemos - Rony falou - Nós sabemos.

Hermione bastante machucada, sentada na enfermaria aonde um elfo lhe atendia olhou para Harry e Rony com fraternidade.

_Obrigada - disse - Eu sei o que você fizeram, defendendo um ao outro...

_Não foi nada - Harry falou enquanto um outro elfo passava um líquido verde em seu braço, aonde havia um corte fundo. - Hermione - ele disse - Você foi ao encontro com a Mirella?

_Ah sim - Hermione respondeu com simplicidade - Assim que saímos da aula de Poções, vocês não notaram que eu afastei pois estavam distraídos com aquela figurinha horrível que o Neville ganhou do Slughorn...

_E o que ela queria? - Rony perguntou ao mesmo tempo que Hermione lhe lançou um olhar feio - Se posso perguntar é claro.

_Na hora certa vocês saberão - respondeu.

_Estou começando a ficar confuso - Harry falou - Eu recebo uma carta aonde não há o nome de quem a escreveu, depois a Luna vem com um frasco com uma lembrança que só posso ver depois de receber uma carta e agora você com “Na hora certa vocês saberão”, não sei o que está acontecendo.
_Na hora certa você saberá - Rony brincou.

_HOGSMEADE POR AQUI! HOGSMEADE, ALUNOS POR AQUI, VISITANTES POR ALI! - Filch e Hagrid se viam loucos dividindo os bruxos, os um milhão iriam à Hogsmeade, poucas vezes ela estava aberta a um público de tão grande porte e do outro lado dos esbranquiçados campos os alunos partiam com seus casacos grossos e suas quentes leves.

Os campos de Hogwarts, jamais haviam sido vistos como naquele momento, era uma alegria tão imensa, uma vivacidade tão inegual e uma magia tão intensa que era impossível se esquecer do sorriso das crianças correndo pela neve rumo a entrada de Hogsmeade com seus pais, ou até mesmo os russos com seu inglês complicado falando entre si (o que parecia engraçado a quem ouvia), até mesmo os pássaros negros que voavam piando seus tristes cantos pareciam mais bonitos. Os sereianos, no lago pulavam de vez em quando, enquanto os milhares de bruxos sorriam, alguns contando as poucas moedas que continham, outros muito pobres mal possuiam agasalho e outros tão alegres que se uniam para as vezes, em meio ao caminho, parar e fazer um passo de dança que lembrava, com perfeição, aos feitos pelos Leprecheauns na Copa Mundial.

Não havia, em sequer momento da história, uma cena tão fantástica como a que Harry via naquele momento, ele podia ver as marcas dos pés que os bruxos vinham deixando pela neve, ou até mesmo a torre de corujas estar cercada de corujas que voavam a todo momento, mas nada o fazia esquecer de que todos ao seu lado, caminhavam com seus pais pelos terrenos, todos perguntando se podiam beber uma cerveja amanteigada ou se podessem comprar um barato artefato na Zonko's, até mesmo a mais simples barra de chocolate na Dedosdemel. Ele jamais perguntara isso a ninguém, ele jamais tivera um pai para ensinar a jogar quadribol, uma mãe para lhe lhe dizer como se vestir, ou avó que pudesse lhe contar todos os feitos de sua vida, jamais tivera, jamais teria e jamais poderia ter.

_DEDOSDEMEL EM PROMOÇÃO! - um bruxo gritava em meio a multidão na entrada de Hogsmeade.

_VENHA, VENHA, VENHA PARA A ZONKO'S! ZONKO'S! ZONKO'S! - outro com vestes roxas com uma figura viva que ficava rindo loucamente chamava.

_Vamos a Zonko's? - Rony perguntou.

_Não não - Harry disse - Eu quero andar por ai...

_Hum, vamos então - Rony decepcionado murmurou.

_Rony - Hermione sussurrou - Se você não percebeu, ele quer ir sozinho...

_Ah - Rony falou não disfarçando sua animação momentânea - Então até mais.

Harry somente acenou.

_Qual o problema dele? - Harry pode ouvi-lo cochichar.

Harry caminhou por entre os bruxos até chegar a um banco muito distante, aonde percebeu que estava bastante próximo a Casa dos Gritos, se sentando olhou para a neve e logo em seguida para a montanha de árvores esbranquiçadas mais a sua frente.

_Ahan - uma voz disse se aproximando - Achei o Sr.Harry Potter solitário! - Gina em tom alegre falou.

_Oi Gina - Harry falou, embora não quisesse, sua voz saiu desanimada e triste, como se sentia naquele momento.

_Se quiser posso ir embora - Gina decepcionada falou enquanto parava de se aproximar.

_Não - Harry falou - Desculpa...

Gina se sentando no banco olhou para Harry, estava claramente triste, porém, naquele momento em que se olharam, ele sorriu.

_O que foi? - Gina perguntou - O que está acontecendo?

_Nada - Harry mentiu - Estou ótimo.

Foi a vez de Gina sorrir.

_Sempre que você diz estar ótimo tem algo de errado ai, sabe, ai dentro... - e apontou com uma das mãos cobertas para o coração de Harry. - Pode dizer, ou não confia mais?

_Claro que sim - Harry disse no mesmo instante - Mas você não ia entender, sabe, você tem uma família grande e tantos irmãos e seus pa...

_Já entendi! - Gina abraçando Harry falou - Já entendi, você está chateado por não ter uma família...

Harry se chocou com a franqueza de Gina.

_Mas você tem - ela concertou no mesmo segundo - Você tem a nós, você faz parte da nossa família, e ainda tem Lupin, Moody, Tonks...

_Mas não é a mesma coisa - Harry falou - Eu poderia ficar com você, mas tem um milhão de bruxos aqui do lado que se nos visse juntos não daria para em uma semana você ser atacada em uma armadilha ou coisa pior...

_Já disse que não tenho medo - Gina retorquiu.

_Você não tem medo, mas eu tenho - Harry falou - Sirius também não tinha medo e morreu...

_Mas a situação é diferente, eu não vou sair por ai lutando com Comensais da morte.

_Pode ser pior - Harry disse - Eu não posso perder mais alguém...
_Você não vai - Gina lhe abraçando novamente falou - Não vai...

Se levantando olhou para as árvores, Harry teve a sensação de que ela estava com os olhos húmidos.

_Quando quiser me ver, vou estar...bom, vou estar...

Harry sorriu.

_Você vai me encontrar - Gina triste falou - Você sempre vai saber me encontrar quando quiser - e partiu pela neve.

Harry ainda olhando para a neve se lembrou de quando olhara para a imagem de seus pais no espelho de Ojesed, quando Hagrid lhe entregara o albúm com a foto, quando vira a face dos dois na luta contra Voldemort, todas as vezes que os vira, os vira sem os poder realmente ver.

Quantas noites ainda poderia sonhar com sua mãe lhe protegendo aquela noite, lhe cuidando durante o primeiro ano, lhe zelando com os olhos, lhe dando o amor que o protegera das trevas. Quantas noites poderia pensar se chegara a ser brilhante como seu pai, o quanto poderiam ter falado juntos, quantas dúvidas que ninguém poderia lhe responder e somente ele lhe poderia dizer, quantos dias ele teria de sonhar que somente com a morte os poderia ver novamente.

Jamais se esqueceria da vida que eles haviam o dado, da força, do espírito e da honra, da esperança, dos sonhos infinitos e das dores jamais abatidas, dos sacríficios jamais deixados pelo guerreiro jamais derrotado. Jamais esqueceria, que como as crianças que corria pelas neves com seus pais, ele poderia sorrir, ele poderia abraçar quem o amasse, ele poderia voar pelas estrelas como qualquer um que sempre tivera pais, ele sempre poderia ser aquele bruxo com uma magia infinita, com uma magia que todos teriam de seus pais.

Jamais poderia abraçar sua mãe, jamais poderia olhar profundamente nos olhos de seu pai, jamais poderia nadar pelas águas ou correr pela neve com eles o protegendo, com eles o observando, jamais os teria em um jogo de quadribol, jamais o viria sorrir ou ao menos chorar, ou o impedi-lo de fazer algo, jamais os poderia dizer como os ama, como os agradece por tudo, como os amaria, jamais teria pais, jamais os teria, jamais... - uma lágrima correu dos olhos de Harry e caindo nas esbranquiçadas neve desapareceu, suas mãos, cobertas pelas luvas, lhe cobriram o rosto, Gina muito longe se aproximou correndo, Harry se levantou no mesmo instante e a abraçou, a abraçou muito, como se jamais se fossem ver novamente, Harry chorou.

_Você vai conseguir - ela disse firme, com esperança, com fé - Você vai, você vai Harry, eu vou estar aqui, eu vou, sempre vou estar aqui, sempre!

_Obrigado! - Harry disse, não se importava de chorar - Obrigado! Obrigado! Obrigado! - e deu um rápido beijo em Gina, ambos chorando, muito próximos, se olharam, se beijaram, se beijaram como a muito tempo estavam impedidos, se beijaram como se ali Harry pudesse encontrar todas as respostas para as suas perguntas, como se toda a dor desaparecesse, como se toda a esperança lhe crescesse no peito, como se todo o sacrifício valesse a pena.

_Você vai conseguir! - Gina repetiu, as lágrimas pelo seu rosto - Você vai, você vai!

_Olha só, a Di-Lua, a lunática da Corvinal - um garoto magro da Sonserina disparou assim que Luna se aproximou do Três Vassouras.

_Qual o problema? - Neville logo ao lado gritou, seu nariz vermelho devido a gripe o deixando meio fanho.

_Qual é esquisito - o garoto ao lado de vários amigos gordos disse - Vai proteger a louca vai?

Neville nervoso virou um repentin soco com fúria, Luna no mesmo instante apanhou sua varinha, parecia mais lunática do que nunca, estava com um pássaro empalhado preso ao ombro como se fosse uma coruja negra de grandes olhos.

_Não mexe com ela - Neville disse e todos os amigos do bruxo abatido avançaram vorazes.

_O que está havendo? - Tolkien se aproximando repentinamente disse e todos se afastaram - Eu perguntei o que está havendo? - seus olhos azuis correram por todos questionando-os.

_Nada - um dos garotos, que lembrava muito a Duda, disse - Só estávamos conversando...

_Vão conversar em outro lugar - Tolkien cortou.

_Certo - o mesmo bruxo falou - Venha Longbottom, vamos conversar...

_Não - Tolkien cortou novamente - Longbottom virá comigo enquanto vocês vão para outro lugar...

Harry pode notar que assim que os membros de Sonserina se afastaram Tolkien deu um sorridente toque com as mãos para Neville, apoiando, e muito, o ato que acabara de fazer.

Encontrando sua namorada, Susana, Tolkien, com ela, partiu para adentrar finalmente o Três Vassouras, Neville e Luna também adentraram juntos. Harry pode ver que Neville recebera um beijo na bochecha de Luna, o que o deixara muito vermelho, assim como seu nariz.

_NÃO! NÃO E NÃO! - Lynch gritava durante um dos mais importantes treinos antes do jogo decisivo que ocorreria no próximo final de semana - ERNESTO VOCÊ TEM QUE ACERTAR NOSSOS ADVERSÁRIOS E NÃO NOSSOS ARTILHEIROS, VOCÊ JÁ MARCOU, SÓ HOJE, TRÊS GOLS COM OS BALAÇOS!

_DESCULPA LYNCH, VOU ME CONCENTRAR!

_FAÇA ISSO RÁPIDO POR FAVOR!

Harry, em meio aos flocos de neve, voava pelo céu na busca ao pomo, como o céu todo estava acinzentado e o frio se via atordoante, voar com velocidade somente piorava, o que definitivamente lhe impedia de fazer manobras mais velozes.

_ESQUEÇA OS FLOCOS DE NEVE HARRY! - Lynch bradava - O POMO É DOURADO E NÃO BRANCO!

Harry acordou na manhã do último jogo do campeonato com dois pontos extremos lhe rodeando a cabeça, o primeiro, a ansiedade por ser o maior jogo de sua vida e também o último, o segundo, a ansiedade, pois encontraria no final do jogo o dono da carta anônima que recebera.

_Pronto para jogar? - Neville na cama ao lado perguntou animado, ele, parecia desde que defendera Luna em Hogsmeade, muito mais feliz do que sempre fora.

_Quase - Harry respondeu - Neville - disse - Você e a Luna... - Neville o olhou sério e desconcertado ao mesmo tempo - Vocês estão juntos?

_Ah... - Neville ficou extremamente vermelho - Eu gosto dela e...

_Vamos Harry - Rony o chamou interrompendo Neville.

_Eu torço por vocês - Harry falou - Muito.

_Ah - Neville não poderia ficar mais vermelho do que estava - O-Obrigado.

Os jogadores de Hogwarts e Durmstrang foram recebidos, aquela manhã, por explosões de palmas enquanto do lado de fora, nos terrenos, o barulho era incrível, a animação já era inegualável.

_E então Harry, preparado? - Hermione excepcionalmente animada perguntou a mesa - O que vai querer comer?

_Ah não não - Harry falou antes mesmo de se sentar - Acho que vou dar uma volta.

_Tudo bem - Hermione disse e logo adentrou uma conversa agitada entre várias garotas de Grifinória e Beauxbatons.

Harry, em meio a olhares alegres pelas mesas saiu para os terrenos, ali, quem o via batia palmas.

_Olha papai, é o Harry Potter! - um menino com uma camisa escrita “Potter é o melhor” gritou assim que o viu.

Harry seguindo seu caminho por entre as milhares de barracas e pessoas vinha na busca a encontrar um lugar aonde poderia ficar só, pelo ar os bruxos que voavam soltavam pós que ganhavam vida se tornando figuras dançantes. As barracas, ao longo de milhares de corredores pareciam labirintos fusionados, algumas barracas tinham até dois andares.

_Pode me dar uma autógrafo? - um menino pequeno, muito parecido com Dênis Creeve disse. Harry assinando devolveu o pedaço de pergaminho com a pena.

_Olha só, EU CONSEGUI, EU CONSEGUI! - o menino se unindo a um grupo de colegas pequenos disse, Harry pode ver ele ganhando alguns nuques, como se houvessem apostado que conseguiria o autógrafo.

_Potter! Potter! - uma mulher de cabelos cacheados castanhos surgiu, uma pena de repetição rápida voando ao seu lado e um fotógrafo mais atrás - Uma foto por favor, para o Profeta!

Harry surpreso parou de andar e no mesmo instante dois flashes dispararam em sua direção.

_Posso fazer algumas perguntas?

Harry acenou positivamente com a cabeça, logo ali ao lado estava Richard Flint e Anne Karkonicova, ambos sendo entrevistados por outros dois reporteres do Profeta.

_Como é a sensação de ser primordial na final do Campeonato?

_Bom - Harry foi cercado por várias figuras vivas feitas de pó que cantando alegre voaram rapidamente - Eu sempre gostei de quadribol, é muito legal...
_E como está a expectativa de participar do Torneio, você estará na Tarefa mais importante não é?

_Acho que vai ser bom, quando chegar a hora...

_BALGSHOT! - um dos reporteres, o que entrevistava Karkonicova gritou longe - Uma foto dos três campeões!

Harry, Richard e Anne foram rapidamente reunidos e diversos flashes dispararam.

_Obrigado - Anita Balgshot disse a Harry indo a uma concentração de bruxos irlandeses que cantarolavam uma canção animada.

_Oi - um bruxo disse parando defronte à Harry, tinha a mesma idade que Harry - Estudo em Biddulph, gostaria de saber se você é Harry Potter?

_Sou - Harry surpreso respondeu - Porque?

_O Tolkien o está esperando, venha comigo, ele o quer falar.

_Certo - Harry falou e logo em seguida saiu a seguir o bruxo, andando por em meio a milhares de bruxos que corriam pelos caminhos chegaram a uma barraca.

_Eu sempre acreditei em você - o bruxo disse, parecia uma versão menos rígida de Percy - Há dois anos o Profeta dizia coisas de você, mas nunca acreditei, eu presenciei o Olho Tonto capturando um Comensal há aguns anos, sempre acreditei que era só uma questão de tempo para Você-Sabe-Quem voltar...

_Nossa, obrigado - Harry falou.

_Um autógrafo? - um menino ruivo que lembrava a Rony em miniatura pediu, a folha de pergaminho que entregou à Harry já estava quase preenchida por outros autógrafos, Harry pode ver a letra de Hermione perdida em meio a tantas.

_Ele o está esperando aqui, por favor entre.

Harry adentrando a barraca ficou defornte a Tolkien, estava a revirar um baú cheio de objetos antigos, por um bom tempo não notou a chegada de Harry.

_Tolkien? - Harry disse.

_Ah Harry! - ele disse se levantando rapidamente - Te encontraram.

Harry se aproximando notou que a barraca era quase igual a que passara com os Weasley na Copa Mundial.

_Hermione me disse que você recebeu uma carta misteriosa - Tolkien começou - É verdade?

Harry assentiu com a cabeça.

_Não havia mesmo o nome de quem a escreveu?

_Não, só pediu que o encontrasse depois do jogo.

_Penso que não deveria ir, isso pode ser perigoso, uma armadilha, existem milhares de bruxos ai fora e dúvido que pelo menos uns vintes seguidores de Voldemort estão por ai planejando algo, embora dúvido que consigam.

_É algo importante - Harry disse - Eu preciso ir.

_Pensei que não recuaria - Tolkien falou - Sabe, você é de Grifinória, tem coragem, iria de qualquer forma, sendo assim terei de ir com você.
_Tudo bem - Harry falou.

_Você suspeita de alguém? - Tolkien indagou.

_Não - Harry respondeu - Para falar a verdade, nem parei para pensar quem poderia ter enviado.

_Penso que possa ser Aberforth Dumbledore, mas deixemos as conclusões precepitadas para depois, mais a noite veremos.

Harry novamente assentiu com a cabeça.

Na altura de oito horas, o estádio explodia em fogos e os gritos eram, sem dúvida, os mais fortes até ali.

O time de Hogwarts adentrou o vestuário aquela noite extremamente concentrados ao mesmo tempo que sérios, nem ao menos um sorriso podia ser visto no rosto dos jogadores, Harry teve a certeza, de que como estava acontecendo consigo, todos estavam com o coração acelerado e a ansiedade quase gritando mais alto que todo o corpo.

_Vamos nos unir - Lynch disse e todos se uniram em um grande círculo, o silêncio absoluto. Naquele exato momento, o time Irlandês adentrou o vestiário, antes da final do campeonato haveria o jogo Irlanda versus França. Se unindo ao círculo, todos os jogadores deram as mãos e o silêncio se tornou de forma definitiva absoluta.

_Queria ouvir algo de cada um - Lynch disse - Para esse último jogo, queria algo de dentro do coração. Mirella, pode começar?

Mirella acenando positivamente com a cabeça respirou fundo e disse, Harry logo ao lado seria o próximo:

_Queria agradecer à todos por terem estado comigo por todo este tempo e quero dizer que jamais vou esquecer de como vocês foram a minha família, tanto no jogo quanto nos treinos, obrigada por tudo, obrigada mesmo.

Harry notando que todos estavam com os olhos fechados fechou os seus e respirando fundo, falou, em meio ao silêncio.

_O fim... - respirou novamente, como se pesasse dizer - Ou o começo, depende de como todos vermos, eu lembro quando começamos e estamos agora, concluindo. Eu lembro do Ernesto caindo da vassoura depois de ter se assustado com um balaço, bom, ele nunca mais chegou perto de um balaço depois disso - quase todos riram com a lembrança - Do Dino, com medo de cair na hora de defender o gol segurar nas balizas, nossa, a primeira vez que fez isso foi engraçado - Dino riu intensamente - Eu lembro da Mirella quando foi fazer seu primeiro ataque armado e não sabia se deveria ir a frente ou atrás do Richard e ficava disputando velocidade com ele, as vezes como se fossem de times rivais, ela quase o atingiu da primeira vez que ele foi a frente dela.Talvez o melhor momento foi o próprio Lynch que estava voando e observando o time ter colidido na torre da Corvinal e cair abatido, você ficou por boas horas na enfermaria - Lynch riu muito dessa lembrança - Eu lembro de quase tudo e lembro principalmente que para todos nós este será o último jogo de Quadribol, o último, que jamais pisaremos nesse gramado diante dos olhos de tantas pessoas e lembro, que vamos, e devemos vencer para sairmos como vencedores de todos esses jogos. Eu sei que cada um fara o seu melhor e eu tenho ainda mais certeza de que quando voarmos por aquele campo está noite seremos os mais incríveis, os mais velozes e os melhores, o time mais unido e o mais surpreendente, não importa como, mas tenho certeza que seremos, agora já posso, pois tenho ainda mais certeza, esse não é o fim, é só o começo, um bom começo.

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