O DIÁRIO DE DUMBLEDORE



CAPÍTULO 5:

O DIÁRIO DE DUMBLEDORE


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_Leia mais - o Sr.Weasley se aproximando um pouco pediu.

Harry foleando as primeiras páginas se deparou com uma folha cheia de anotações, rabiscos, setas, alguns desenhos sem sentido. Lendo ao centro se virou para os outros.

_Ele supeitava aonde estaria todos os Horcruxes, me disse uma vez que todo o tempo que estava passando fora de Hogwarts nos dois últimos anos era porque estava pesquisando.

_Tem alguma coisa aí? - Tonks perguntou - Alguma coisa que possa nos ajudar?

Harry olhou novamente para o diário, o silêncio de todos na esperança de boas notícias.

_Ele colocou sete itens no centro da folha...alguns rabiscos, setas, nomes sem sentido, outros completando outros...

_Por isso queria que alguém trouxesse Harry aqui, ele queria que encontrasse o diário.

_Exatamente - Lupin disse se voltando para o diário nas mãos de Harry - Tem algo aí que pode nos ajudar, tenho certeza. Harry... - ele chamou e os olhos de Harry correram de imediato na direção do professor - Tem algo sobre a Taça?

_Tem - Harry consultando um dos setes objetos no centro da folha disse - Tem várias setas. Aqui diz Taça de Helga Hufflepuff, Câmara dos Irmãos Mágicos. É a primeira suspeita dele.

_Câmara dos Irmãos Mágicos, alguém sabe aonde fica? - o Sr.Weasley indagou em meio ao silêncio.

_Bom - Hermione disse e vários olhares correram em sua direção - Aquela estátua, aquela estátua que fica no Átrio do Ministério da Magia, se chama Os Irmão Mágicos, só se tiver algo relacionado.

_Mas o que haveria a estátua há haver com tudo isso? - Rony murmurou - Deve ser só o nome mesmo...

_Tem algo aqui - Harry disse e seguindo uma seta que vinha de Taça de Helga Hufflepuff: Câmara dos Irmãos Mágicos, chegou a uma anotação, apenas duas palavras, "duende vivo". - Ele escreveu aqui "Duende vivo".
_Isso não ajuda muito - Rony desanimado disse.

_Claro que ajuda! - Hermione exclamou. - Basta irmos até o Ministério da Magia - disse - Lá precisaremos usar um feitiço de animação no duende da estátua, ele nos ensinará como chegar na Câmara.

_Perfeito! - Slughorn batendo palmas exclamou - Você é um tanto hein!
Hermione corou embora não escondesse um claro sorriso de satisfação.
_Vamos está noite - Moody disse em tom de quem não pergunta.

_Só uma coisa - Harry disse - Eu primeiro quero visitar os túmulos do meu pai...

O Sr.Weasley, Quim e Slughorn trocaram rápidos olhares.

_São aqueles - Horácio disse apontando para duas lápides, uma ao lado da outra, mais ao fundo, no cemitério da vila.

Harry se aproximando se abaixou, Quim lhe trouxe algumas flores que colhera em um jardim próximo.

_Obrigado - Harry agradeceu apanhando algumas rosas e colocando no túmulo de sua mãe, as restante no túmulo de seu pai. - Vai dar tudo certo - ele disse em voz baixa - Nós vamos conseguir, Dumbledore não está mais conosco , mas vai dar certo, ele deixou um diário, acho que vai ajudar, eu prometo, prometo que vou vingar aquela noite, eu sei que não podemos trazer vocês de volta, mas preciso vingar.

Harry correu seus olhos pelos dois túmulos, o deu seu pai, Tiago Potter, continha a data de nascimento e a data de morte, o de sua mãe por sua vez somente continha a de nascimento, não continha a de morte.

Sem realmente se importar com isso Harry se levantou e foi rumo a todos que aguardavam em silêncio mais atrás. Horácio mais ao lado segurava uma velha bota com vários cadarços soltos.

_É um portal - ele disse em direção a Harry - Iremos aparatar na entrada do Ministério...

Todos se aproximaram da bota.

_Quando disser três. Um...

Harry se aproximou um pouco mais.

_Dois...

Desviou um olhar as lápides de seus pais, as flores balançando em meio a ventania.

_TRÊS! - sentiu uma alavanca lhe puxar com força, como se algo lhe puxasse pelo estômago.

Passando por um redemoinho de cores, sons e imagens que corriam velozmente sob as figuras de Moody, Quim, Lupin, Hermione, Rony, Tonks, Slughorn e Sr.Weasley caiu em um chão gélido, em um beco, ali perto, na saída do beco, muitos trouxas que passavam apressados sem nem ao menos olhar para dentro. Uma cabine destruída mais ao canto, as paredes todas grafitadas.

Harry imediatamente se lembrou de quando estivera ali para sua audiência com o Sr.Weasley. Quando estivera ali com alguns membros da AD para "buscar" Sirius.

_Vocês primeiros - o Sr.Weasley disse enquanto Harry, Horácio, Hermione, Rony, Lupin e Tonks adentravam a cabine. - Bom, seis... - discou no telefone - dois... quatro...e mais um quatro... e mais um dois...

_Bem vindos ao Ministério da Magia - uma voz tranquila de mulher disse - Por favor, informem seus nomes e o objetivo da visita.

_Arthur Weasley, Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas, estou acompanhando Quim Shaklebolt, Auror do Quartel General, Harry Potter, Hermione Granger, Ronald Weasley, Horácio Slughorn, Remo Lupin, Alastor Moody e Nimphadora Tonks. Viemos falar com o duende dos Irmãos Mágicos.

_Obrigada - a voz tranquila disse - Visitantes, por favor apanhem o crachá e prendam-o ao peito de suas vestes. - Como acontecera quando Harry estivera ali pela primeira vez ouviu-se um clique e um rumorejo e diversas coisas sairam pela ranhura de metal por onde normalmente sairiam as moedas excedentes.

_"Conversa à J.Horner"? - Hermione comentou lendo o objetivo que havia sido descrito no cartão. - O que é o J?

_James - a voz no telefone respondeu. - Por favor passem pela pesagem de varinhas caso forem acessar a área de elevadores ou os Departamentos, o Ministério da Magia agradece.

_O.K - Harry disse e a cabine começou sua decida, a luz do Átrio iluminando aos poucos os pés de todos.

Harry durante a decida pode ver imensas chamas verdes explodirem nas lareiras, a estátua dos irmãos mágicos, bem distante, no alto, imponente, protetora.

_Vamos, os outros chegarão daqui a pouco - Horácio abrindo a porta da cabine saiu primeiramente indo de imediato rumo a estátua.

_Slughorn! - a voz de Rufus Scrimgeour, o Ministro da Magia, exclamou.

_Rufus! - Slughorn o cumprimentou trocando aperto de mãos. Os olhos de Rufus correram rapidamente dos de Slughorn para os de Harry.

_O que vieram fazer a essa hora no Ministério da Magia?

_Ah, admito que é uma longa história - Horácio respondeu.

_Estava de saída - Rufus disse - Mas adoraria ouvir.

_Melhor não - Harry cortou educadamente.

_Potter - Rufus extendeu sua mão para cumprimentá-lo. - Não estão com tempo para contar?

_É - Harry disse apressado.

_Como sempre você me privando de certas repostas não é Potter, mais uma vez me remete a Dumbledore.

Harry não pode deixar de sorrir, um sorriso rápido de quem se honra ao ser comparado à Alvo Dumbledore.

_E aonde estavam indo?

_Precisamos falar com o duende da fonte - Hermione disse em voz baixa, as lareiras nas paredes explodindo intensamente, milhares de aurores chegando e saindo todo o momento.

_Você? - Rufus disse sobressaltando sua sombrancelha - Eu já a vi, mas não lem...

_Granger - Hermione falou - Hermione Granger.

_Ah sim sim Srta.G-Granger..., é assim?

Hermione assentiu com a cabeça.

_O que desejam com Horner?

_Rufus! - Dawlish, um bruxo negro de vestes vinho chamou muito longe chegando ao Ministério apressado. - Depressa!

Rufus desviando um olhar à Horácio e Harry saiu na direção do auror, o mesmo trazia algo que segurava em invisível nas mãos.

_Está oculto por uma capa de invisibilidade - Horácio disse velozmente olhando na direção dos dois bruxos.

_Bom, melhor irmos - Harry disse querendo apressar.

_Não - Slughorn falou abruptamente - Pelas barbas de Merlim, é um corpo!
Hermione desviou rapidamente seus olhos na direção do auror e do Ministro. Ambos partiam agora para uma sala mais ao lado, uma sala com uma porta negra fechada. Adentrando, os dois fecharam a mesma.

_Era um corpo, um cadáver...

Horácio apanhando sua varinha foi rumo a porta.

_Alorromorra! - a porta se escancarou.

_Slughorn! - Dawlish disparou surpreso - O que pensa que está fazendo?!

_Quem é? - Horácio perguntou indo em direção ao corpo agora estatelado no chão. - Fechem a porta - pediu no momento seguinte à Rony. Com o fechamento da porta, a pequena sala se irrompeu em luzes pelos diversos castiçais que ali continham.

_Ah Meu Deus! - Hermione exclamou vendo a faceta do corpo.

_O que foi? - Harry perguntou de imediato - Quem é?

_O mataram... - Horácio disse se abaixando. Harry não conseguia ver quem era, Rufus e Dawlish estavam bem a sua frente. - Foi morto por um lobisomem.

_Foi encontrado aonde? - Rufus perguntou ao auror.

_Aos arredores da caverna de Greyback, no Cemitério de Stoddard Withers.
Harry desviou um olhar à Hermione e Rony. Voldemort e seus Comensais realmente haviam passado pelo Cemitério rumo a Caverna, haviam executado seu plano.

_Perto da Caverna de Greyback? - Horácio indagou em um tom fraco de voz.

_É, o coveiro disse que havia muito sangue, estava muito próximo a uma bruxa, Amaggie Furmart Moody.

_Mãe do Moody... - Harry murmurou para si.

_Exatamente Potter - Rufus disse - Mãe de Alastor Moody.

_Mais que nunca precisamos partir! - Horácio disse agora parecendo apavorado - Eles sabem! Eles sabem de tudo, eles sabem os caminhos que estamos seguindo, ele estão nos seguindo.

_Eles quem? - Rufus indagou um pouco irritado.

_Ele foi morto - Slughorn disse e o silêncio dominou o cômodo - Draco Malfoy foi morto por Fenrir Greyback.

Rufus, o auror, Lupin, Tonks, Rony e Harry estatelaram seus olhos.
_Draco Malfoy foi morto por Fenrir Greyback a mando de Você-Sabe-Quem!
Houve outro choque. Harry desviou seu olhar ao corpo, os cabelos loiros platinados caidos muito pouco pelo chão estavam vermelhos, uma longa poça de sangue correndo pelo cômodo.

_E sabe porque Voldemort mandou matarem Malfoy?

_Isso não é verdade! - Dawlish disparou - Não acredite nisso senhor!

_Cale-se Dawlish! - Slughorn disparou - Ou pensarei que é um Comensal de Voldemort.

_Como ousa pronunciar esse nome em minha presença! - Rufus vociferou apanhando sua varinha.

_Malfoy foi morto - Horácio disse e o silêncio foi dominador - Porque ele foi a mando de Você-Sabe-Quem pronto a matar Dumbledore, pronto a matá-lo após uma armadilha, após um veneno que Dumbledore havia tomado, um veneno na esperança de que pudesse destruir um Horcruxe...

_JÁ BASTA! - Rufus bradou.

_Malfoy foi morto por não ter conseguido matar Dumbledore, foi morto por que já não era expressamente necessário ao Lorde das Trevas, Severo Snape precisou fazer o serviço...

_Você está insinuando que V-O-L-D-E-M-O-R-T repartiu sua alma? - Rufus no pico de sua fúria indagou.

_Em sete partes - Horácio respondeu tão lentamente quanto fora a pergunta. - E sabe o que viemos fazer hoje aqui?

_Buscar um Horcruxe? - Dawlish sugeriu.

_Não - Horácio disse - Viemos pedir que o duende nos leve à Câmara dos Irmãos Mágicos, lá, há um desses setes Horcruxes, a taça de Helga Hufflepuff.

_Isso é falso! - Rufus trovejou crédulo.

_Então porque estaríamos aqui a essa hora querendo falar com um duende em forma de estátua?

_Em sete partes? - Rufus repetiu não podendo acreditar.

_Exatas sete partes.

_Três destruídas - Harry falou, apesar de seu baixo tom de voz, sua fala dominou o cômodo - Nos resta quatro a destruir ainda, estamos indo à busca.

_Você-Sabe-Quem, ele, quer dizer, ele é imortal neste momento?

_Sim - Lupin disse embora aparentasse, e bastante claro, seu choque pela morte de Malfoy.

_Não podemos esperar mais - Slughorn disse - Temos de ir.

A porta se abriu e a face de Moody surgiu diante de todos.

_Falaram que vocês estavam aqui.

_Já estamos de saída Alastor.

Ao lado do restante que aguardava em frente a estátua dos Irmãos Mágicos, todos pararam. Moody apanhando sua varinha fez um movimento no ar e o duende, em um salto, pousou as suas frentes, dourado, vivo, como se jamais tivesse sido uma estátua.

_Horner? - Slughorn lhe indagou.

_Certamente.

_Precisamos que nos leve, agora se possível, a Câmara dos Irmãos Mágicos, sabe como chegar lá?

_Ah sim sim, Alvo Dumbledore me pediu uma vez que o levasse até lá.
Harry fitou a estátua por poucos segundos.

_Você sabe o que ele foi fazer lá?

_Disse que havia uma maldição - o duende abaixou seu tom para continuar - Disse que precisava destruir, que não poderia partir sem conseguir.

_E você sabe se ele conseguiu?

_Não - o duende respondeu - Havia uma criatura, uma criatura que ele tinha que matar, mas não conseguiu.

Todos se entreolharam, parecia haver mais mistério envolvendo a câmara do que jamais haviam imaginado.

_Então pode nos levar agora?

_Posso - o duende disse - Me sigam.

O duende se voltou rumo a uma porta que ficava mais ao lado, próximo as lareiras, abrindo-a adentrou o cômodo, um local cheio de pilhas de papel, escrivaninhas e muitos recados presos nas paredes.

_Aqui - o duende disse indo rumo a um bilhete vermelho preso bem ao centro de uma das paredes - Vocês tem de tocar ao mesmo tempo, é uma chave do portal, vamos cair muito perto da câmara. Quando disser três todos tocamos.

_Certo - Harry disse se aproximando. Todos executando o mesmo movimento.

_Um...

Todos os olhos atentos.

_Dois...

A respiração devagar para não perder a contagem.

_TRÊS!

Harry sentiu o mesmo puxão que sentira quando utilizara a bota de Horácio, se vendo em meio as explosões de luzes, imagens, faces, e muitos objetos que deviam ser outras chaves do portal caiu em um local aonde a ventania era extrema. Em meio a noite havia milhares de montanhas que se perdiam pela neblina, montanhas negras infinitas, mais a frente, um caminho em meio a rochas altas.

_Por aqui - o duende disse descendo pelo caminho. A ventania extraordinariamente forte.

_Horner - Lupin chamou e no mesmo instante que o duende prosseguia seu caminho se virou - Você sabe qual foi a criatura que Dumbledore teve de enfrentar, essa que ele não conseguiu?

O duende parou seu caminho. Por um segundo Harry achou que ele seria levado pela ventania.

_Um Glover...

Lupin paralisou.

_Tem um Glover ai dentro? - Slughorn assombrado perguntou.

_Tem, ele protege os Irmãos Mágicos.

Harry franziu a testa, não estava entendendo muito bem.

_O que é um Glover? - indagou.

_Não queira saber Potter - Moody respondeu com seu olho elétrico girando menos do que o normal.

_Irmãos Mágicos - Hermione repetiu - Os Irmãos Mágicos estão realmente ai, quero dizer, eles existem mesmo?

_Certamente - o duende respondeu.

_Mas eu li que é lenda, eles não podem, não é possível no mundo da magia...

_Sim, eles conseguem - o duende interrompeu educadamente.

_Se for assim Dumbledore pode estar vivo - Hermione falou e todos lhe olharam com surpresa - Irmãos Mágicos são dois bruxos gêmeos que guardam uma magia, uma magia presa em uma criatura realmente poderosa, acho que no caso o Glover, essa magia traz de volta a vida todo aquele que deixou um pedaço de sua alma no Glover. Dumbledore deve ter deixado um pedaço quando veio aqui, outro motivo para ter se rendido ao anel de Gaunt, ele não iria se sacrificar, sacrificar sua mão, sem saber que poderia voltar algum dia.



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