Capitulo 24 – Uma Horcrux Dest



Capitulo 24 – Uma Horcrux Destruída!


 


 


Uma semana depois que aconteceu a festa de aniversário de um ano de Brian, o moreno finalmente terminou de realizar as pesquisas nos arquivos que tinha na Sala de Treinamento e Harry já tinha um plano de ação traçado para cada local que ele suspeitava que as Horcruxes pudessem se encontrar escondidas.


 


Harry até mesmo havia cogitado a possibilidade de haver uma horcrux no interior do Ministério da Magia, afinal Voldemort poderia muito bem esconder um daqueles objetos bem debaixo do nariz do Ministro, além do Lorde das Trevas ter tido muitos espiões dentro do Ministério que poderiam muito bem ter colocado o objeto lá dentro, mas Harry descartou essa possibilidade devido ao fato de que Voldemort não seria tolo em deixar mais uma de suas horcruxes sem nenhuma proteção mágica poderosa, mas mesmo assim Harry verificou alguns setores do Ministério da Magia apenas por precaução não encontrando nada.


 


Tendo terminado de traçar os possíveis locais onde as horcruxes encontravam-se escondidas o moreno de olhos verdes resolveu começar a visitar os locais em que ele suspeitava de serem esconderijos de alguma horcrux, afinal antes de invadir o local para confirmar as suas suspeitas o moreno pretendia identificar cada local com cem por cento de certeza.


 


A primeira parada do moreno foi o orfanato onde Voldemort fora criado, o moreno tinha certeza absoluta que não encontraria nada no local, mas não custava nada verificar todas as possibilidades que haviam surgido.


 


O orfanato ainda existia no mesmo local, mas não era mais dirigido pela mulher que Harry havia visto nas lembranças de Dumbledore, embora esse detalhe realmente não importasse nem um pouco para o moreno.


 


Harry rastreou o orfanato de cima a baixo procurando por qualquer vestígio de magia negra que pudesse estar oculta no local ou então algum objeto que exalasse o mínimo possível de magia das trevas, afinal de contas não importava quantos feitiços de ocultação você lançasse em um local ou objeto, sempre haveria os vestígios dela para aqueles que soubessem o que e onde procurar por esses pequenos vestígios.


 


No decorrer do mês seguinte o moreno percorreu cada um dos possíveis lugares que ele havia traçado para a possibilidade de haver uma horcrux escondida e por isso foi capaz de excluir muitos desses lugares que não apresentavam nem mesmo um sinal de magia negra, o que deixava claro que não havia horcrux no local.


 


É claro que três dos lugares que o moreno suspeitava de serem esconderijos das horcruxes não puderam ser visitados e inspecionados por Harry.


 


O primeiro lugar era a loja Borgin & Burks que ficava na Travessa do Tranco e que por motivos óbvios não poderia ser rastreada através dos feitiços que o moreno vinha utilizando, afinal de contas aquela loja era infestada de magia negra.


 


O segundo lugar era a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Harry tinha uma grande suspeita de que o Lorde das Trevas havia conseguido esconder um dos objetos contendo sua alma na escola, era um lugar de extrema importância para Voldemort, o único problema seria a maneira como o Lorde das Trevas teria conseguido entrar na escola sendo que o moreno duvidava muito que Voldemort soubesse sobre as passagens secretas, Harry duvidava inclusive que Rabicho houvesse dito algo sobre isso para Voldemort, afinal não era uma informação tão relevante assim para os comensais da morte passarem para o Lorde Negro.


 


Mas como Harry sabia que Voldemort havia estado dentro do castelo de Hogwarts quando era adulto para pedir emprego a Dumbledore, o moreno sabia muito bem que o Lorde das Trevas poderia ter escondido a horcrux tanto na entrada dele no castelo como no momento em que ele saíra depois de ter tido a vaga para Professor de DCAT recusada pelo diretor de Hogwarts da época, no caso Alvo Dumbledore.


 


Não seria muito difícil esconder algo dentro de Hogwarts, afinal o castelo possuía centenas de corredores e becos em seu interior, salas e mais salas secretas que serviriam perfeitamente para os planos do Lorde das Trevas de manter uma Horcrux oculta, inclusive a entrada para a Câmara Secreta ficava no caminho para a Sala do Diretor, também seria fácil para Voldemort fazer um pequeno desvio e se encaminhar para o corredor do sétimo andar onde ficava a entrada para a Sala Precisa, um local mais do que perfeito para se esconder algum objeto, nesse instante o moreno pensou na vez em que escondera o livro de poções do Príncipe Mestiço, o dia em que ele havia atingido Draco Malfoy de jeito com um feitiço negro.


 


Aquela era uma possibilidade que Harry não queria cogitar, pois caso Voldemort houvesse realmente escondido uma horcrux dentro da Sala Precisa, seria extremamente difícil encontrá-la, pois ela podia se abrir para diversos comandos diferentes, além é claro de que seria muito complicado de procurar se apenas ele pedisse uma sala onde se pudesse esconder alguma coisa como quando fizera para esconder o Livro do Príncipe, afinal quando a porta se abrira revelara um local tão grande ou maior do que o Salão Principal de Hogwarts.


 


Uma entrada rápida por uma das passagens secretas poderia não adiantar muita coisa e talvez ele precisasse de tempo para procurar, além da possibilidade da horcrux poder estar escondida em qualquer outro lugar do castelo de Hogwarts.


 


Harry sabia que a única possibilidade real de que ele entrasse em Hogwarts e pudesse procurar sem parecer suspeito era entrando como um professor, algo que ele nem mesmo havia cogitado até aquele momento.


 


Mas aquela horcruxe ele deixaria para procurar apenas quando já estivesse em posse dos outros objetos do Lorde das Trevas e com todos devidamente destruídos, afinal não queria arriscar em se tornar um professor em Hogwarts naquele momento, tudo aconteceria quando ele planejasse e podia esperar até que Edward e seu próprio filho estivessem estudando no castelo antes de se candidatar a uma vaga no corpo docente.


 


Foram poucos os lugares que Harry visitara e que encontrara vestígios de Magia Negra em seus interiores e ele pretendia visitar cada um deles a partir daquele momento, quanto ao fato da destruição das horcruxes o moreno havia descoberto que uma Maldição da Morte poderia muito bem acabar com a parte da alma que havia no interior do objeto, já que a maldição mortal apenas matava o que estava vivo ela não causaria dano aos objetos, pois os mesmos não sofreriam o impacto total da maldição visto que possuíam uma parte de alma.


 


Harry pretendia começar a colocar seus planos em ação o mais cedo possível, mas antes ele precisava testar sua teoria sobre a Maldição da Morte e inclusive ele possuía uma das horcruxes apenas esperando para ser testada.


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O sol estava se pondo naquele momento nos terrenos do castelo de Hogwarts, os estudantes naquele instante dirigiam-se para o Salão Principal onde fariam a última refeição do dia antes de se encaminharem para seus salões comunais.


 


No dia anterior havia sido dia dos namorados e a empolgação dos alunos ainda era possível ser vista por causa da visita que eles tiveram no povoado de Hogsmeade onde puderam se divertir e namorarem a vontade.


 


Naquele dia em especial uma pessoa não iria participar do banquete daquela noite, essa pessoa encontrava-se perfeitamente acomodada em seu escritório no alto de uma das torres do castelo, essa mesma pessoa tratava-se de ninguém menos do que o diretor de Hogwarts que naquele momento levantava-se da sua cadeira em frente a sua mesa e dirigia-se até sua janela para em seguida passar a observar o pôr-do-sol.


 


Enquanto observava a esfera amarelo-alaranjada desaparecendo naquele momento, Alvo Dumbledore encontrava-se perdido em seus próprios pensamentos que naquele momento envolviam algumas pessoas em especial, em primeiro lugar vinha a incógnita que Harry Potter era, sendo seguido imediatamente pela mulher dele, pela Ministra da Magia e pelo próprio Lorde das Trevas que ainda encontrava-se desaparecido, mas que segundo fontes que o diretor pusera atrás do rastro deixado por Voldemort, o mesmo encontrava-se escondido em uma floresta ao sul da Albânia, onde o diretor não pretendia perturbar o espectro ao qual Voldemort havia se tornado, afinal um confronto naquele momento poderia ser catastrófico.


 


Mas quanto a Voldemort, Dumbledore deixaria para se preocupar com o Lorde das Trevas quando o momento chegasse, o problema mais imediato que ele tinha era a Ministra da Magia e o cretino do Harry Potter.


 


Emilia Bagnoud havia feito algumas modificações drásticas durante o último ano de seu mandato, mudanças que Dumbledore admirava secretamente, mas que se remoia de raiva pelo fato das idéias não terem sido dadas por ele e sim pelo Potter, que parecia ter se tornado o conselheiro pessoal da Ministra da Magia visto que segundo as informações que o diretor conseguira todas as modificações aconteceram porque Harry Potter sugerira aquilo a Ministra, começando pelo novo instrutor dos aurores...


 


Segundo o que Alastor vinha lhe informando o auror americano era um excelente duelista e tinha conhecimentos em magia impressionantes, o desempenho de todos os aurores havia praticamente dobrado desde que o americano tinha assumido o posto de treinamento do esquadrão, nem mesmo Moody parecia estar aborrecido por ter sido relegado a segunda opção e portanto tendo de voltar a treinar severamente, principalmente pelo fato de Alastor Moody ser o Chefe do Quartel Geral dos Aurores.


 


Não havia maneira alguma de Emilia Bagnoud se curvar a ele e Dumbledore sabia disso, todas as tentativas que ele fizera antes e depois que Voldemort havia sido derrotado foram frustradas, a única possibilidade de conseguir controlar o Ministério seria através do próprio Ministro ou Ministra, mas a aquela oportunidade Dumbledore perdera quando Harry Potter havia metido o nariz onde não devia e salvado a vida de Emilia.


 


Suspirando Dumbledore voltou-se novamente para o interior de sua sala e dirigiu-se novamente para sua mesa onde sentou-se na poltrona confortável enquanto continuava pensando nas possibilidades para o futuro próximo.


 


O diretor havia procurado alguns de seus contatos tanto no mundo bruxo como no trouxa e pedira informações sobre a vida de Harry Potter, por onde ele andara e o que havia feito durante sua vida, mas mesmo com o fim da guerra e podendo dispor de mais dinheiro para pagar caçadores de recompensas ninguém fora capaz de descobrir nada novo sobre o garoto, ele tinha ficha limpa em tudo quanto é lugar.


 


Nem mesmo a esposa dele possuía alguma mácula no nome, ela fora abandonada no orfanato quando não passava de um bebê e permanecera lá sua vida inteira antes de sair do orfanato para viver com Harry Potter, Dumbledore esperava encontrar qualquer coisa que pudesse encontrar para poder chantagear o garoto, mas não conseguira nada, o que o deixava frustrado e sem saber exatamente como proceder.


 


E se tinha uma coisa que o diretor de Hogwarts odiava realmente era ficar sem saber como proceder em qualquer situação, não gostava de não possuir nenhum controle sobre o que aconteceria dali para frente e para piorar ainda mais as coisas, Dumbledore ficara sabendo da aproximação de Harry Potter com quatro famílias que faziam parte da Ordem da Fênix e que naquele momento pareciam confiar cegamente no garoto, mas quanto a isso Dumbledore também não podia fazer absolutamente nada que pudesse impedir aquela aproximação.


 


Dumbledore permaneceu naquela linha de pensamento por quase duas horas mais antes de ser bruscamente interrompido por uma batida alta e seca na porta de sua sala, naquelas duas horas o diretor não havia conseguido chegar a nenhuma conclusão ou solução possível para o problema que ele enfrentava naquele momento, por isso suspirando o diretor deu permissão para quem batera na porta adentrar sua sala e quando viu os professores atravessando o umbral da porta o diretor lembrou-se da reunião que estava marcada para aquela noite, perdido em seus pensamentos Dumbledore havia se esquecido que durante aquele dia ele e os professores se reuniriam para conversar sobre o comportamento e as notas dos alunos até aquele momento do período letivo, reuniões anuais que sempre davam dor de cabeça ao diretor de Hogwarts.


 


Depois que todos os professores se sentaram o diretor balançou a cabeça de um lado para o outro para espantar os pensamentos e em seguida ele se concentrou nas expressões do corpo docente de Hogwarts e então preparou-se, pois aquela noite seria longa.


======


 


 


No mesmo momento em que o diretor de Hogwarts estava iniciando sua reunião com os professores de Hogwarts, Harry Potter estava sentado na mesa de jantar de sua casa acompanhado por sua esposa e por seu filho de um ano e um mês, o moreno de olhos verdes já havia terminado de jantar e apenas observava enquanto Melissa dava de comer para o filho deles, o bebê parecia mais do que animado e as vezes fazia biquinho de propósito enquanto balançava a cabeça negando a colherada de comida que Melissa levava a boca dele.


 


- Você tem não tem jeito mesmo... – disse Melissa rindo enquanto tentava inutilmente fazer com que mais uma colherada de comida entrasse na boca do filho, mas o garotinho se recusava terminantemente a comer.


 


- Deixe-o, Mel. – murmurou Harry escondendo um pequeno sorriso nos lábios enquanto observava aquela cena, cenas domésticas ainda o deixavam levemente incomodado e se sentindo alheio aquilo tudo, como se não pertencesse aquele lugar.


 


- Aposto como ele vai acordar com fome mais tarde. – resmungou Melissa embora ela estivesse sorrindo quando olhou para o moreno de olhos verdes.


 


- Provavelmente. – concordou Harry balançando a cabeça em tom despreocupado, ele não entendia muita coisa sobre o conceito de uma vida familiar, mas estava tentando aprender a se comportar como um bom pai, é claro que naquele momento ele já estava mais a vontade no papel do que durante os primeiros meses quando estivera lidando com tantas mudanças diferentes que mal tinha tempo para pensar nos problemas sérios que possuía.


 


- Você vai testar aquela teoria hoje, não é mesmo? – perguntou Melissa olhando intensamente para o moreno que piscou os olhos e encarou a loira com estranheza até que lembrou-se que era naquela noite que ele tentaria destruir a Horcruxe que havia no Diário de Tom Riddle, onde ele veria se ele podia destruir a alma de Voldemort sem acabar danificando o objeto.


 


- Sim. – respondeu o moreno assumindo um tom mais sério enquanto levantava-se da mesa com cuidado. – Acho que vou fazer isso agora mesmo.


 


- Vou com você. – disse Melissa em tom simples enquanto se levantava da cadeira em que estivera sentada.


 


- Mel... – começou Harry, mas foi interrompido pela voz da esposa que tinha se virado para ele encarando-o diretamente nos olhos.


 


- Vou ficar com você, Harry. – disse Melissa em tom sério. - Sei que você disse que o que faria é totalmente seguro, mas às vezes o inevitável acaba acontecendo e se algo acontecer com você eu quero estar lá dentro para poder te ajudar.


 


- Tudo bem. – suspirou Harry sabendo que se proibisse de entrar naquela sala eles acabariam ficando alguns dias sem se falar, Melissa podia ser bastante teimosa quando queria. – Mas primeiro vamos colocar o Brian para dormir.


 


- Claro. – concordou Melissa retirando o filho que estava sentado em uma cadeira especial para crianças pequenas e observava curiosamente o interlúdio entre os pais. – Me espere aqui, volto em alguns minutos.


 


Harry permaneceu apenas por alguns minutos no andar de baixo esperando por Melissa quando resolveu subir para ver o motivo da esposa demorar tanto, embora ele soubesse que às vezes não era nenhuma tarefa fácil colocar Brian para dormir.


 


Quando o moreno aproximou-se do quarto que seu filho ocupava, ele pode constatar que Brian realmente ainda não havia dormido e que estava dando muito trabalho para Melissa que naquele momento se preparava para contar uma história para o bebê, o moreno reconheceu o pequeno livro que ela segurava na mão, um livro que ele próprio havia lido pelo menos duas vezes, Melissa segurava um exemplar de “Os Contos de Beedle, o Bardo”.


 


- Era uma vez um velho bruxo muito bondoso que usava a magia com generosidade e sabedoria para beneficiar seus vizinhos... – começou Melissa a ler após abrir o livro, a voz dela ecoava de maneira melódica e suave, Harry reconheceu a história apenas pelo primeiro parágrafo, aquele era o conto “O Bruxo e o Caldeirão Saltitante”. – em vez de revelar a verdadeira fonte do seu poder, ele fingia que suas poções, amuletos e antídotos saíam prontos de um pequeno caldeirão a que ele chamava de sua panelinha da sorte. De muitos quilômetros ao redor, as pessoas vinham lhe trazer seus problemas e o bruxo, muito prazerosamente, dava uma rápida mexida em sua panelinha e resolvia tudo no mesmo momento...


 


Harry continuou parado do lado de fora dói quarto do filho enquanto escutava a voz suave e macia de Melissa soar de dentro do quarto enquanto ela lia um dos contos infantis que os bruxos normalmente liam para seus filhos, o moreno também sabia que a garota tinha comprado alguns livros com histórias infantis trouxas e que as lia alternadamente para Brian, em um intento de fazer com que o filho conhecesse as duas culturas ao mesmo tempo.


 


Pouco depois de Melissa ter terminado de contar aquele conto, Brian já encontrava-se completamente adormecido e então Melissa saiu do quarto surpreendendo-se ao encontrar o marido recostado contra a parede e parecendo muito confortável.


 


- Está aí a muito tempo? – perguntou ela em tom suave e calmo enquanto se aproximava do marido e se recostava contra ele.


 


- Desde o começo do conto. – respondeu Harry enquanto instintivamente uma de suas mãos segurava firmemente a loira pela cintura, sempre quando eles encontravam-se assim tão perto um do outro o moreno não resistia a tocar aquela garota que na verdade já era uma mulher feita, inclusive era mãe de um filho, mas mesmo assim o moreno sempre que a olhava via a mesma loira impetuosa que entrara naquele quarto no orfanato e o agarrara.


 


- Vamos descer então? – perguntou Melissa sabendo que o marido estava preocupado com o sucesso daquela noite, não que ela soubesse exatamente para o que aquelas pesquisas que ele vinha fazendo serviriam, mas Melissa sabia sobre os objetos onde Voldemort havia colocado partes da alma dele e que segundo o moreno eram imprescindíveis que aqueles objetos fossem destruídos o mais rápido possível.


 


- Claro. – concordou Harry com um aceno de cabeça enquanto Melissa se afastava levemente do marido, mas em seguida Harry chamou em tom alto. – Dik?


 


- Sim meu senhor? – a voz do elfo doméstico soou logo depois do barulho característico da aparatação élfica.


 


- Gostaria que você ficasse de olho em Brian enquanto eu e minha esposa estaremos na Sala de Treinamento. – disse Harry em tom neutro e baixo enquanto olhava para o elfo que já se encontrava naquela mansão quando ele a havia ocupado.


 


- Será uma honra meu senhor. – murmurou o elfo doméstico fazendo uma reverência profunda para Harry e depois outra para Melissa antes de entrar no quarto onde Brian encontrava-se completamente adormecido.


 


- Agora podemos ir. – disse Harry sorrindo para Melissa enquanto entrelaçava sua mão com a da esposa e em seguida caminhavam para a escadaria que os levaria para bem próximo da sala de treinamento.


 


Em poucos minutos os dois já se encontravam no interior do local tão bem conhecido pelo casal, Melissa não viu nada novo do que ela havia visto nos últimos dias e meses, afinal de contas sempre que podia ela dava uma olhada nas anotações que o marido fazia sobre as pesquisas, Melissa admitia que ficara fascinada e amedrontada com a vida do tal de Lorde Voldemort, nunca imaginara que alguém pudesse ser tão macabro como aquele bruxo parecia ser.


 


- Então, como você vai fazer? – perguntou Melissa enquanto via o marido folhear distraidamente um livro grosso que encontrava-se em cima da mesa no canto daquela sala. – Sem ser o que você vai tentar fazer agora, como você destruiria uma dessas horcruxes?


 


- Eu poderia utilizar veneno fresco de uma acromântula que é bem difícil de se conseguir ou talvez uma presa de um basilisco repleta de veneno, que também não se encontra em qualquer lugar... – respondeu Harry distraidamente pensando na maneira em que ele havia destruído o Diário de Tom Riddle em seu segundo ano na Câmara Secreta enquanto ao mesmo tempo passava novamente os olhos sobre o texto que falava sobre as diferentes maneiras de dividir a alma de alguém, bem como os inconvenientes desse processo. – O Friendfyre, ou Fogo Amaldiçoado como também é chamado, também seria uma boa opção, pois é uma das únicas substancias capaz de destruir uma horcrux. Eu também poderia utilizar uma arma mágica de grande poder, mas todos esses processos causariam dano físico no objeto e isso é justamente o que eu não quero que aconteça. Todos esses meios destruiriam o recipiente onde a alma está alojada e consequentemente a própria alma seria destruída no processo, mas eu quero preservar os objetos.


 


- Por isso você vai utilizar a Maldição da Morte? – perguntou Melissa em tom curioso, afinal apesar dela ser completamente trouxa a garota tinha um conhecimento impressionante sobre magia, principalmente sobre o que ela descobrira lendo os milhares de livros que Harry possuía em sua biblioteca.


 


- Sim, segundo o que eu andei pesquisando a maldição mortal funcionaria para o que eu quero. – disse Harry assentindo enquanto voltava-se para olhar a mulher que o estava encarando. – Como eu estou tentando destruir apenas a alma contida no objeto e não o próprio objeto, a maldição da morte deverá matar tudo o que é vivo e o pedaço de uma alma é uma parte de um ser humano vivo, portanto vulnerável a um ataque como esse.


 


- Mas essas tais horcruxes devem ter algum tipo de proteção extra além dos encantamentos protetores que provavelmente existirão nos locais onde estarão escondidos. – disse Melissa pensativamente, o que fez um sorriso levemente orgulhoso surgir nos lábios de Harry, afinal de contas Melissa podia ser trouxa, mas era bem mais inteligente que a maioria dos bruxos.


 


- Com certeza cada horcruxe terá um tipo de proteção nos objetos, algo que possa machucar fisicamente quem tocar o objeto diretamente ou então quando o pedaço de alma se sentir ameaçado, mas o feitiço de proteção provavelmente vai morrer junto com o pedaço de alma quando eu utilizar a maldição da morte. – respondeu Harry enigmaticamente enquanto se encaminhava até o armário onde ele colocara o Diário de Tom Riddle ao lado do falso medalhão, em seguida o moreno abriu o armário e retirou o diário do interior e em seguida transfigurou uma pena que ele havia pegado em cima da mesa em uma espécie de pedestal onde ele depositou o diário calmamente. – Mas esse diário não possui nenhum feitiço de proteção extra, embora aja um Feitiço de Ocultamento nele, feito para disfarçar a presença de magia das trevas.


 


- Então vamos acabar com isso logo. – disse Melissa aproximando-se e pegando um frasco com uma poção azulada que havia em cima da mesa, como trouxa ela não poderia fazer muito por Harry caso alguma coisa mais grave acontecesse com ele, por sorte o moreno havia desenvolvido aquela poção que curava todos os tipos de machucados, tanto internos quanto externos, algo pelo qual Melissa agradecia mentalmente.


 


- Quero que você fique próxima da porta, Melissa. – ordenou Harry apontando a mão em direção a porta, a loira obedeceu seu marido sem nem mesmo questionar e se recostou contra a porta de madeira e observou o momento em que ele utilizou a varinha para conjurar uma espécie de barreira esbranquiçada e transparente que separou o interior da sala em dois, ela já estava para reclamar quando Harry falou novamente. – Não precisa se preocupar Mel, eu apenas estou pensando na sua proteção, se algo grave acontece comigo a barreira irá se desfazer imediatamente e você poderá me auxiliar, está bem?


 


- Tudo bem, Harry. – disse Melissa mesmo não gostando muito daquilo, afinal sabia que por ela ser trouxa poderia sofrer danos bem maiores se entrasse em contato com magia negra muito poderosa como aquela parecia ser.


 


Harry voltou seus olhos para o Diário de Tom Riddle que parecia estar apenas esperando por ele, em seguida o moreno moveu sua varinha e desfez o Feitiço de Ocultamento que havia naquele objeto, imediatamente o moreno sentiu a poderosa presença maligna que aquele pedaço da alma de Voldemort exalava.


 


Do lado de fora da barreira, Melissa sentiu os pelos de sua nuca se arrepiarem completamente com toda aquela maldade que exalava, mesmo com a proteção conjurada pelo marido ela podia sentir aquilo, era uma sensação horrível que de alguma maneira lhe causava um asco imenso, como se aquilo fosse simplesmente nojento, diferente de Harry que não sentiu nada demais com toda aquela maldade, de certa maneira até mesmo se sentia atraído por todo aquele poder, mesmo sendo maligna aquela era uma força poderosa.


 


Um frio apossou-se da espinha de Melissa enquanto observava a maneira calma com que o marido reagia a toda aquela magia negra, viu os movimentos lentos e calculados que Harry fez enquanto erguia a varinha e a apontava diretamente para o diário.


 


- Avada Kedavra. – a voz de Harry soou fria e indiferente, fazia muito tempo que ele aprendera a utilizar as maldições imperdoáveis e se fosse necessário jamais hesitaria em utilizá-las não importando em quem fosse, mas naquele momento ele simplesmente queria matar aquele pedaço de alma de Voldemort.


 


O clarão verde que disparou da varinha do moreno acertou diretamente o diário que estava em cima do pedestal transfigurado por Harry, aquela Sala de Treinamento pareceu tremer com força quando o clarão verde expandiu-se por todos os lados da sala cegando momentaneamente Harry e Melissa, embora o moreno nem mesmo tivesse piscado os olhos enquanto Melissa os fechava fortemente, logo em seguida o clarão passou e quando Harry encarou novamente o diário um fiapo de fumaça negra estava saindo do objeto que ainda encontrava-se completamente intacto, um segundo depois um forte redemoinho de energia disparou do diário atingindo o moreno diretamente fazendo com que os cabelos negros e rebeldes ficassem mais arrepiados e balançassem enquanto ele cambaleava para trás levemente desorientado.


 


Aquela força mágica girou através da sala chocando-se duas vezes seguidas com o escudo que o moreno havia conjurado para em seguida voltar a acertar o corpo de Harry afetando assim os sentidos do moreno de olhos verdes que procurou se concentrar no que estava acontecendo e firmou-se novamente em seus próprios pés, em seguida Harry apontou novamente a varinha dessa vez para o redemoinho de energia e gritou a maldição da morte com raiva fazendo um jato de luz verde disparar de sua varinha atingindo o centro da energia mágica que simplesmente implodiu enquanto um lamento agoniado soava pelo interior da sala, então o redemoinho simplesmente cessou fazendo a sala voltar a quietude anterior.


 


Harry voltou seus olhos para o outro lado da sala e viu Melissa escorada a porta da sala olhando para ele com os olhos esbugalhados de medo e terror, então o moreno apontou a varinha e cancelou o feitiço de proteção que havia no meio da sala, no momento seguinte o moreno precisou segurar o corpo de Melissa que havia simplesmente se jogado contra ele, Harry pode ouvir um soluço baixo e sentido vindo de seu peito onde a cabeça de Melissa havia se enterrado.


 


- Tudo bem, Mel. – sussurrou Harry ainda um pouco atordoado pelo que havia acontecido ao destruir aquela horcruxe, não tinha esperado por uma reação tão violenta como aquela, afinal da outra vez que ele destruíra o diário não tivera tantas dificuldades como dessa vez, o que o deixava bastante intrigado e preocupado.


 


- Eu senti tanto medo... – murmurou Melissa levantando a cabeça e permitindo que o marido visse as lágrimas que já rolavam pelos belos olhos azuis dela.


 


- Já passou. – sussurrou novamente o moreno enquanto voltava a abraçar a esposa conseguindo acalmá-la depois de alguns minutos.


 


- Como conseguiu suportar toda aquela magia negra que atingiu você em cheio? – perguntou Melissa curiosa.


 


- Eu tenho um poder mágico muito elevado e por isso posso suportar grandes cargas de magia. – respondeu o moreno em uma meia verdade, afinal não fora apenas por causa desse motivo que ele não sofrera nenhum dano recebendo toda a magia negra que havia no pedaço de alma do Lorde das Trevas, ele não queria preocupar Melissa dizendo a ela que tinha uma aptidão impressionante para a parte negra da magia e nem mesmo que às vezes era difícil resistir a todo aquele poder que corria livremente no interior de suas veias.


 


- E o diário? – perguntou Melissa desviando os olhos do marido e procurando o objeto com os olhos e localizando-o no mesmo local em que Harry o havia deixado antes de executar a maldição da morte contra ele.


 


- Vamos ver. – sussurrou Harry enquanto se levantava e dirigia-se até o pedestal executando um feitiço de rastreamento não encontrando mais nenhum vestígio de magia negra naquele objeto. – A alma de Voldemort foi destruída e agora isso não passa de um diário velho.


 


Em seguida o moreno pegou o objeto e distraidamente o abriu começando a folhear as folhas e deparando-se com um verdadeiro diário, apenas observando de leve o moreno calculou que a horcrux havia sido feita depois que Voldemort concluíra Hogwarts já que o diário terminava com o relato da formatura do Lorde Negro, não que o moreno houvesse lido qualquer passagem, mas ele fora direto a te a última anotação, aquele diário serviria para comprovar as teorias que ele havia formado sobre a vida estudantil de Voldemort baseado nas informações escolares que havia conseguido através dos registros de Hogwarts.


 


- Minha teoria estava realmente certa, apenas vou precisar me preparar para as possíveis defesas que esses objetos possam ter. – murmurou Harry colocando o diário em cima da mesa e fazendo um movimento com a varinha transformou o pedaço novamente em uma pena colocando-a no mesmo lugar que estava antes. – Vamos para cama meu amor, vamos aproveitar que Dik estará cuidando do pequeno Brian e então curtir algumas horas apenas nós dois...


 


- Parece uma excelente idéia para mim. – afirmou Melissa sedutoramente deixando o frasco de poção onde o havia pegado e em seguida saindo com Harry pela porta da Sala de Treinamento, em poucos minutos o casal já se encontrava no quarto em que dividiam na mansão, ambos completamente concentrados nos corpos um do outro.


 


Já de madrugada o moreno ainda permanecia acordado enquanto Melissa dormia silenciosamente depois de terem passado as horas anteriores amando-se com paixão, mas Harry permanecera acordado e naquele momento pensava sobre o que havia acontecido quando destruíra o pedaço de alma de Voldemort contido no diário.


 


As coisas não haviam saído exatamente como ele planejara e isso o deixava frustrado por não ter previsto uma reação mágica como aquela, em poucos minutos em que encontrava-se perdido em seus próprios pensamentos o moreno havia chegado a diversas teorias diferentes sobre o que poderia ter acarretado aquela reação...


 


Em primeiro lugar, o diário que ele havia destruído no interior da Câmara Secreta durante seu segundo ano em Hogwarts provavelmente encontrava-se vulnerável a ataques já que a “essência” da alma estava no espectro de Tom Riddle que tinha aparecido para Harry quando o moreno encontrara o corpo inconsciente de Gina.


 


Embora a possibilidade de que não houvesse ocorrido nenhuma reação mágica daquela vez também pudesse ser devido ao fato de Harry ter atingido diretamente o recipiente da alma do Lorde das Trevas, destruindo assim o pedaço de alma.


 


De qualquer maneira, nada daquilo importava realmente para Harry, pois a verdade era que uma das Horcruxes de Voldemort estava destruída e em breve ele pretendia destruir mais pedaços da alma maldita do Lorde das Trevas.


 


No dia seguinte ele iria visitar o local onde Voldemort trabalhara antes de desaparecer, a Borgin & Burkes era sua próxima parada na busca pelas horcruxes e mesmo o moreno tendo a impressão de que Voldemort jamais seria tão burro a ponto de esconder um objeto precioso em uma loja onde muitas pessoas circulavam, era preciso descartar todas as possibilidades que haviam se apresentado a ele e se não conseguisse nada na loja como ele já esperava, então Harry iria invadir a Mansão dos Black que ficava no Largo Grimmauld.


 


Com aquelas decisões tomadas e então sabendo que precisava dormir pelo menos umas duas horas Harry virou-se na cama ficando de lado e então abraçou Melissa que estava adormecida, o moreno a aconchegou contra si sentindo a maciez do corpo da esposa, em poucos momentos o moreno sentiu o sono chegando e logo encontrava-se adormecido.


 


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Kika.Cerridween: não vai ser tão simples o Harry se entender com seu possível par, mas isso ainda vai demorar um pouco para ser revelado.... O Brian não vai morrer não, não precisa se preocupar. O Harry não destruiu a horcrux que ele havia achado porque ele queria encontrar uma maneira de destruir a alma de Voldemort sem acabar danificando o objeto.. em dois ou três capítulos vai ter muita ação e depois disso será questão de tempo até Voldemort ressurgir e a guerra estourar novamente.... Obrigado por me desejar boa sorte, talvez eu precise nessas ultimas provas. Beijos.


 


 


 


 

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