Capitulo 19 – n’A Toca



Capitulo 19 – n’A Toca


 


 


Depois que o filho de Harry nasceu as coisas ficaram um pouco complicadas para o moreno, que precisava se virar com o serviço no Departamento de Mistérios e as ações dos aurores, além do tempo que um bebê necessitava, com tudo isso acontecendo a caçada as horcruxes do Lorde das Trevas acabou ficando em segundo plano.


 


Não que ele houvesse negligenciado qualquer coisa relacionada a isso, mas o moreno apenas não podia dar a devida atenção que aqueles objetos necessitavam da parte dele, mas para compensar isso ele treinava implacavelmente na Sala de Treinamentos em sua mansão, pois devido ao feitiço de tempo que ele havia colocado no interior da mesma o moreno poderia treinar horas seguidas quando na verdade passariam poucos minutos na realidade.


 


Harry também havia requisitado cópias de jornais do Profeta Diário dos últimos quarenta anos, o moreno quase gemera quando recebera pilhas e mais pilhas de jornais em sua mansão, eles encheriam estantes e mais estantes de sua biblioteca, mas Harry os levou para a sala de treinamento onde ele poderia analisá-los mais rapidamente.


 


Como o filho do moreno e de Melissa havia nascido prematuro com pouco mais de sete meses, ele precisava de cuidados especiais e da total atenção da mãe, o que fazia o moreno ficar sempre em segundo plano, não que ele reclamasse, afinal o bebê que eles haviam gerado era muito mais importante do que qualquer outra coisa.


 


Em menos de dois meses o filho de Harry e Melissa já estava bastante saudável e o moreno pode enfim voltar a suas pesquisas sobre as horcruxes e os possíveis esconderijos que cada uma delas poderia estar, ele traçou planos para cada local conseguindo as plantas das casas, prédios e até mesmo de uma possível floresta e do próprio Banco Gringotts, afinal havia a possibilidade de uma das horcruxes estar escondida no cofre dos Lestrange.


 


Mas no decorrer desses dois meses Harry havia se aproximado bastante dos outros Potter e da família Black, Harry e Melissa acompanhados de seu filho haviam inclusive se encontrado para um domingo em família na semana anterior, onde estavam Lílian e Tiago com o pequeno Edward, além de Sirius e Marlene Black com a pequena Ângela Black, Alice e Frank Longbottom acompanhados de seu filho Neville e Remus Lupin.


 


Aquele fora um domingo bastante especial em que Harry pode esquecer um pouco sobre o que ele ainda precisava fazer e apenas curtir aquelas horas ao lado de pessoas que ele amava, o moreno pode conversar com seus pais e com seu padrinho como se fossem amigos e mesmo não podendo jamais revelar seu segredo para eles, Harry se contentava em estar apenas perto deles, sabendo que eles estavam vivos e bem.


 


Melissa havia se tornado bastante amiga de Lílian, Alice e de Marlene, e mesmo a loira sendo trouxa foi muito bem tratada por todos. Enquanto Harry estivera conversando com o pai e o padrinho ele observara como as crianças pareciam unidas, Ângela e Edward brincavam e riam ao lado de Neville, mas faltava algumas pessoas para aquela felicidade ser completa, desde que chegara Harry quase não tivera noticia dos Weasley.


 


Mal chegara a ver o patriarca no Ministério e sabia que estava na hora de dar um pouco mais de atenção para eles, principalmente para os dois filhos mais novos do casal, precisava aproximá-los do filho de Lílian e Tiago, assim como sabia que chegaria o momento que ele deveria procurar por Hermione, pois eles precisariam receber um treinamento em magia antes de serem encaminhados para Hogwarts.


 


Naquele momento Harry encaminhava-se para o Ministério da Magia com sua verdadeira aparência, pois havia concordado com a Ministra em aparecer publicamente e nada melhor do que estar ao lado da Ministra da Magia naquele momento, o moreno sabia que aquele dia fora o escolhido porque supostamente o inominável “Alex” estava em uma missão extremamente importante para o Ministério da Magia.


 


Mas foi com surpresa que o moreno entrou no elevador de funcionários e deparou-se com ninguém menos do que Arthur Weasley, afinal nos últimos dias estava pensando em alguma maneira de se aproximar do homem sem parecer suspeito e aquele momento pareceu cair como uma luva em sua mão, e ele não pensava em desperdiçar a oportunidade.


 


Foi somente quando as portas do elevador se fecharam que o moreno lembrou-se que deveria ter entrado pela entrada de visitantes, mas naquele momento ele deu de ombros sem se importar muito com o fato.


 


Na primeira parada do elevador quase todos os outros integrantes do Ministério que estavam dentro do elevador desceram, todos sendo ou aurores ou funcionários do departamento de Regulamentação em Magia.


 


- Oi, acho que eu não o conheço. – Arthur se adiantou e falou com o moreno que olhou surpreso para o ruivo que havia poupado Harry de dar uma boa desculpa para se aproximar dele e consequentemente de sua família depois.


 


- Acho que não. – disse Harry olhando para o homem com uma sobrancelha levantada, em seguida estendeu sua mão para ele dizendo. – Muito prazer, eu sou Harry Potter.


 


- Minha nossa. – exclamou Arthur parecendo ter levado um choque com a surpresa e os olhos do bruxo se arregalaram levemente enquanto observava mais atentamente o moreno, a única outra pessoa que ficara no elevador além dos dois olhou com os olhos esbugalhados para o moreno que fingiu que não havia percebido nada. – Você é mesmo Harry Potter? O mesmo Potter que venceu Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado?


 


- O mesmo. – respondeu Harry em tom de voz divertido, aquele tipo de reação antes não teria agradado o moreno, mas agora ele já nem se importava mais.


 


- Caramba, é uma honra conhecê-lo Senhor Potter. – Arthur disse com um sorriso no rosto e mal podendo acreditar que estava frente a frente com o moreno.


 


- Vou ficar agradecido se apenas me chamar de Harry, nada de Senhor. - Harry disse com um pequeno sorriso no rosto.


 


- Tudo bem então Harry. – concordou Arthur surpreso com o moreno, naquele momento as portas do elevador se abriram e o outro bruxo que se encontrava com eles saiu do choque produzido por saber que estava na presença do homem que havia derrotado o Lorde das Trevas, em seguida o bruxo saiu do elevador dirigindo-se para o setor onde trabalhava e o elevador voltou a se fechar, dessa vez com apenas Harry e Arthur Weasley em seu interior.


 


- Onde trabalha, Senhor Weasley? – perguntou Harry de maneira descontraída enquanto se acomodava contra o elevador para ficar de frente par ao ruivo.


 


- Ah, eu trabalho no departamento de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas. – disse o ruivo com os olhos brilhando de entusiasmo, algo que Harry reconheceu muito bem, afinal lembrava-se muito bem das vezes em que o homem a sua frente havia falado sobre os trouxas e elogiado a inteligência deles.


 


- Parece interessante. – disse Harry com sinceridade enquanto observava a diferença entre aquele Arthur Weasley e o que ele havia conhecido, aquele Arthur não tinha rugas no rosto e os cabelos ainda eram ruivos e não havia indicio de calvície ou de cabelos brancos. – Eu vivi em um orfanato trouxa até um ano atrás, então se quiser alguma informação é só me pedir que eu vou ter o maior prazer em lhe responder.


 


- Verdade? – perguntou Arthur com os olhos brilhando ainda mais do que antes, o moreno sabia que aquele era um golpe baixo, mas não havia uma melhor maneira de se aproximar da família Weasley e o moreno estava disposto a tudo.


 


- Sim, inclusive minha esposa é trouxa. – respondeu Harry com suavidade, não sabendo porque motivo revelara aquilo.


 


- Fascinante. – disse o Senhor Weasley e naquele momento os elevadores se abriram novamente no andar em que ficava o departamento em que Arthur trabalhava, o ruivo saiu do elevador apenas para se voltar para o moreno. – Eu sei que isso pode parecer estranho e vou entender se você recusar, mas não estaria interessado em almoçar lá em casa no domingo?


 


A pergunta do ruivo fez com que Harry ficasse sem fala por um segundo, afinal não esperava que as coisas seriam tão rápidas e fáceis, mas não podia desperdiçar a oportunidade única que havia se revelado diante dele.


 


- Minha casa é simples e eu e minha esposa não somos ricos e nem temos muito dinheiro, mas temos o suficiente para passarmos bem. – Arthur falou antes que o moreno pudesse responder. – É claro que o convite se estende a sua esposa também.


 


- Não quero incomodar sua esposa Arthur... – começou Harry fingindo estar hesitante enquanto olhava par ao bruxo a sal frente.


 


- Garanto que não será incomodo algum e Molly não vai se importar de termos visitas, na verdade acho que isso vai fazer bem para ela. – comentou o ruivo em voz pensativa olhando para o moreno. – Os irmãos dela foram assassinados pelos comensais da morte a poucos meses atrás e ela ainda não se recuperou muito bem.


 


- Entendo. – disse Harry com seriedade enquanto se amaldiçoava internamente, havia se esquecido que os irmãos da Senhora Weasley haviam sido assassinados poucos dias antes da queda de Voldemort, mas afastou aquele pensamento para o canto de sua mente, afinal o que estava feito não dava para ser remediado.


 


- Então, você aceita? – perguntou Arthur depois de alguns segundos em que o moreno estivera em silêncio. – Bem, se não quiser eu entendo e...


 


- Eu aceito, Senhor Weasley. – respondeu Harry cortando o homem que sorriu largamente antes de começar a se afastar.


 


- Eu e minha família moramos em Ottery St. Cathpole, na verdade um pouco afastado da cidade, não é difícil de encontrar. Ah, e me chame de Arthur. – disse o ruivo antes que as portas do elevador se fechassem e ele desaparecesse do campo de visão do moreno.


 


Enquanto o elevador se dirigia para o andar em que ficava o escritório da Ministra da Magia, Harry encontrava-se pensativo enquanto imaginava o que Emilia diria aos repórteres, o moreno sabia que essa reportagem era ao mesmo tempo boa e ruim, afinal Harry sabia que a imagem dele poderia dar segurança aos bruxos.


 


Não que ele gostasse de ser usado daquela maneira, mas sabia que era necessário para que não houvesse pânico entre a população bruxa. O problema era o lado negativo de se expor dessa maneira, pois os comensais da morte e os espiões que Voldemort havia infiltrado em vários lugares teriam acesso a quem ele era.


 


Mas nesse aspecto ele pensaria depois,pois naquele momento o elevador abriu as portas e a voz metálica indicou que ele encontrava-se no andar ministerial, em seguida o moreno dirigiu-se pelo enorme corredor até onde ele sabia que ficava o escritório da Ministra da Magia, mas antes que se adiantasse um dos assessores de Emilia o abordou.


 


- A Ministra o espera no auditório de reuniões Senhor Potter. – o homem disse em tom frio e calmo indicando uma porta a esquerda para o moreno.


 


Harry se dirigiu calmamente até a porta indicada sem nunca deixar de prestar atenção no homem a suas costas, pois se ele na verdade fosse um dos espiões de Voldemort e resolvesse atacá-lo o moreno estaria preparado.


 


O moreno bateu na porta e ouviu uma voz permitindo sua entrada e assim que ele abriu a porta viu o que parecia ser um auditório enorme, a frente do moreno se encontravam a Ministra da Magia, o Chefe dos Aurores, um homem que ele não conhecia e ninguém menos do o diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore.


 


Eles estavam sentados em uma mesa e o moreno percebeu que estavam esperando por ele, pois a frente havia dezenas de poltronas ocupadas por jornalistas e fotógrafos que se encontravam bastante agitados enquanto aguardavam que a entrevista começasse.


 


- Ah, Senhor Potter. – a voz da Ministra da Magia soou levemente alta e todos os jornalistas a ouviram e se viraram imediatamente para observarem o recém chegado, o moreno quase gemeu quando sentiu os flashes pipocarem em sua face.


 


- Senhora Ministra. – cumprimentou Harry de maneira respeitosa sabendo que cada um daqueles repórteres estava escrevendo febrilmente cada passo que ele dava ou cada uma de suas palavras, assim como as da Ministra.


 


- Que bom que chegou, estávamos apenas aguardando sua presença para começarmos. – disse Emilia em tom baixo.


 


- Então podemos começar logo, pois quando antes começarmos mais rápido poderei ir embora. – Harry disse em tom de voz simples e objetivo.


 


- Ótimo, por favor, me acompanhe. – disse a Ministra antes de se aproximar da mesa e indicar um lugar para o moreno, a poltrona ao lado direito de onde a Ministra estava sentada, o moreno sabia que aquela era uma honra concedida a muito poucas pessoas e normalmente quem ocupava aquele lugar ao lado do ministro era Dumbledore.


 


Com aquele simples gesto a Ministra da Magia estava relegando a Harry um papel muito mais importante do que o que o diretor de Hogwarts e apenas pela expressão contrariada que o diretor possuía, o moreno sabia que o velhote não havia gostado nem um pouco daquela situação, o que fez com que a entrevista se tornasse até mesmo interessante para o moreno que naquele momento ouvia a Ministra fazendo a introdução antes do inicio da entrevista.


 


Quando os jornalistas tiveram a permissão para fazerem perguntas, eles pareciam formigas lutando para quem perguntaria primeiro e foi necessário a intervenção de Emilia para que a entrevista seguisse pelo menos com um pouco de ordem, por isso os repórteres tiveram de levantarem as mãos e então a Ministra apontava um deles que faria a pergunta.


 


As perguntas giraram primeiro sobre o que o moreno havia feito no ataque de comensais da morte em uma cidade inglesa e depois no próprio Ministério da Magia onde ele salvara a vida da ministra para em seguida evoluírem para o que havia acontecido na noite em que Voldemort havia finalmente sido derrotado.


 


O moreno havia conversado com Lílian e Tiago, e juntos eles haviam decidido que seria melhor não revelar o verdadeiro motivo para Voldemort ter ido até aquela noite na casa onde os Potter estavam escondidos, por isso a versão oficial era de que o Lorde das Trevas tinha ido para matar um dos melhores aurores do Ministério da Magia e acontecera de Harry e a esposa estarem passando aquele dia na casa dos parentes.


 


Harry sabia que não poderia esconder o fato de ele e Melissa serem casados, afinal alguns repórteres haviam visto ele ir embora com uma loira grávida e somente isso já geraria boatos suficientes, por isso o moreno não ficou muito surpreso quando as perguntas avançaram para sua vida pessoal e sobre sua esposa e agora filho.


 


Mas Harry surpreendeu-se ao descobrir que uma certa jornalista havia obtido não apenas os dados sobre ele estar casado como também históricos dele e de Melissa do orfanato, o moreno olhou atentamente para a jornalista depois de ter respondido a pergunta que ela lhe fizera e o que descobriu na mente dela o deixou furioso.


 


O babaca do Dumbledore havia facilitado as coisas para Rita Skeeter, sabendo muito bem que a jornalista fuçaria até que conseguisse encontrar algo sujo sobre Harry, mas o que o velhote não sabia era que sua ficha era tão limpa quanto bunda de bebê, não havia nada que alguém pudesse encontrar sobre ele antes do ano anterior e o que houvesse seria tudo inventado.


 


No final o moreno estava satisfeito com o decorrer da entrevista, as informações mais importantes haviam sido ocultadas e pelo menos a curiosidade dos repórteres havia sido satisfeita, pelo menos por enquanto.


 


Durante a entrevista Harry recusara-se a descrever o que havia acontecido exatamente na batalha contra Voldemort e dera apenas informações incompletas deixando uma declaração no fim. Ele dissera que Voldemort havia sido derrotado e aquilo era o que importava.


======


 


 


Aquele domingo amanhecera ensolarado e o dia estava claro, a brisa refrescava o calor que fazia naquele inicio de verão. A toca agitada naquele dia, pois eles iriam receber convidados para o almoço daquele dia.


 


Desde que o dia amanhecera Molly Weasley se encontrava na cozinha preparando os mais variados pratos que o pouco dinheiro que ela e o marido tinham podia permitir, afinal eles iriam receber ninguém menos do que o homem que derrotara o temido bruxo das trevas que havia aterrorizado o mundo bruxo durante tantos anos.


 


Os filhos do casal Weasley estavam nos jardins brincando naquele momento, com a exceção da caçula da família que se entrava em um berço armado ali mesmo na cozinha onde Molly poderia ficar de olho em sua filha.


 


Arthur Weasley estava na garagem mexendo em um Ford Anglia que ele havia trazido para casa em um dia do mês anterior, o homem havia encontrado o carro abandonado e o trouxera para casa com a desculpa de estudá-lo, mas estava mais do que ansioso para testar alguns feitiços no carro, ele pensava inclusive em tornar o carro voador, mas isso iria requerer muitos feitiços e muita habilidade de quem fosse conjurar o encantamento e demoraria algum tempo.


 


Quando faltava aproximadamente uma hora para os convidados chegarem Molly ordenou aos filhos que eles fossem tomar banho, o que eles fizeram não sem resmungar bastante, em seguida a ruiva chamou o marido que estava concentrado na garagem e tomou um susto ao saber que já estava quase na hora do almoço.


 


Pouco antes do meio dia Harry e Melissa surgiram a cerca de quinhentos metros de onde ficava a toca, pois o moreno não queria assustar a família aparecendo em frente a casa deles, principalmente porque Harry sabia que existiam feitiços de proteção ao redor da Toca.


 


A loira vinha com o filho de ambos nos braços, ele estava profundamente adormecido, Harry sabia que em uma aparatação comum seu filho teria acordado e ficado enjoado, mas ele havia desenvolvido uma técnica diferente para aparatar e desaparatar, a aparatação comum forçava o ar e o cortava com força, já a maneira que Harry passara a utilizar se desviava e contornava o ar ao redor utilizando-o a seu favor e não contra.


 


Melissa havia ficado surpresa quando Harry informara a garota que eles iriam almoçar na casa de uma pessoa que ele conhecera no Ministério da Magia, no começo ela não quisera levar o filho de ambos, mas o moreno a convencera de levar o bebê.


 


- Tenho certeza que você vai gostar deles, Mel. – disse Harry andando lado a lado com a loira que ainda estava levemente contrariada com a decisão de levarem o filho de pouco mais de dois meses e meio a um almoço.


 


- Espero que sim. – disse Melissa olhando de relance para o marido, ele estava com uma das mãos apoiada em sua cintura e a outra levava uma sacola com alguns itens de emergência para o caso de o filho de ambos necessitar.


 


- Eles tem uma filha de um ano e meio mais ou menos, por isso não precisa se preocupar. – disse Harry sabendo a verdadeira preocupação que Melissa estava ocultando, afinal um bebê no meio de crianças mais velhas era sempre perigoso.


 


- Ainda não acredito que eles tenham sete filhos. – disse Melissa em tom levemente risonho, afinal ela já passava apuros com o filho recém nascido, imagine se tivesse que lidar com sete filhos andando ao redor dela o tempo inteiro.


 


- Nós também podemos ter sete se você quiser. – comentou Harry divertido enquanto olhava para a mulher que revirou os olhos e negou com a cabeça.


 


- Nem pensar. – disse Melissa em tom categórico no momento em que estavam se aproximando de uma casa que parecia ter sido antigamente algo que lembrava um enorme chiqueiro de pedra, onde foram acrescentados diversos cômodos aqui e ali até que ela atingisse os dois andares e para a loira foi difícil imaginar como aquela casa podia se manter de pé e não desabar, pois ela era tão torta que deveria ser sustentada por magia.


 


Haviam quatro chaminés encarrapitadas no alto do teto pintado de vermelho, também havia um letreiro torto que estava enfiado ao chão próximo a entrada onde era possível se ler A TOCA, em volta da porta de entrada encontrava-se uma variedade de botas de borracha e um caldeirão de ferro que estava enferrujado, também haviam várias galinhas castanhas e gordas que estavam espalhadas pelo jardim e ciscavam alegremente.


 


- O que você acha? – perguntou Harry em tom indefinido enquanto olhava de maneira nostálgica para a residência dos Weasley, nem imaginava o quanto havia sentido falta daquela casa e daquela família até aquele momento.


 


- É pitoresca. – disse Melissa com um sorriso enquanto admirava a casa dos amigos do marido, eles eram claramente pobres, mas isso não significava nada para a loira, afinal ela vivera num orfanato quase toda a sua vida até ir morar com o moreno de olhos verdes, em seguida Melissa acrescentou. – Mas maravilhosa ao mesmo tempo.


 


Naquele momento a porta da frente da casa se abriu revelando duas figuras, um homem alto e com os cabelos vermelhos saiu se aproximando do casal sendo seguida por uma mulher baixinha e rechonchuda.


 


- Harry, fico feliz que tenha vindo. – Arthur se adiantou e cumprimentou o moreno que retribuiu. – Quero que conheça minha esposa, Molly Weasley.


 


- É um prazer conhecê-lo Senhor Potter. – disse Molly adiantando-se e cumprimentando o moreno de maneira alegre o que fez um sorriso surgir nos lábios do moreno.


 


- Encantado em conhecê-la Senhora Weasley. – disse Harry em tom charmoso antes de beijar a mão da mulher em tom respeitoso e galante ao mesmo tempo, o que fez a Senhora Weasley corar de surpresa e Melissa revirar os olhos, em seguida o moreno apontou para a loira e disse. – Gostaria de lhes apresentar minha esposa, Melissa Potter.


 


- Senhora Potter. – Arthur adiantou-se e cumprimentou a loira que sorriu enquanto cumprimentava o homem com a mão direita e com a esquerda segurava o bebê.


 


- Como o nome do bebê? – Molly perguntou olhando encantada para o rostinho do pequeno ser que a loira segurava nos braços.


 


- É Brian, Brian Stuart Potter, nosso filho. – disse Harry passando a mão pela cintura da loira novamente enquanto observava a maneira como a senhora Weasley se aproximava para poder olhar mais de perto o filho do casal.


 


- Ele é lindo. – disse Molly completamente encantada com o bebê que dormia tranquilamente nos braços da mãe.


 


- Bem, mas vamos entrar. – disse Artur despertando a mulher do transe em que ela entrara enquanto admirava o bebê.


 


- Isso mesmo, vamos para dentro, o almoço já está pronto. – disse Molly virando-se e se dirigindo de volta para a casa e entrando em seguida, Arthur Weasley e os Potter acompanharam a mulher ruiva para dentro.


 


Ao mesmo tempo em que Harry e Melissa entravam na cozinha dos Weasley, que a loira observou ser um tanto pequena e apertada, no centro do aposento havia uma mesa de madeira muito escovada e algumas cadeiras também de madeira.


 


Melissa olhava a cozinha de maneira atenta, observou um relógio na parede em frente onde havia apenas um ponteiro e nenhum numero, o que ela achou estranho. No relógio estavam escritos diversas coisas diferentes em torno do mostrador, coisas como: Hora de fazer chá, Hora de dar comida as galinhas, Você está atrasado e Hora de dormir.


 


A lareira era enorme e era possível caber duas pessoas dentro dela, em cima da lareira havia um console com diversos livros arrumados em fileiras triplas e perfeitas, os títulos variavam e Melissa observou que eram todos sobre culinária.


 


Antes que a Senhora Weasley pudesse dizer que os convidados podiam se sentar os filhos apareceram na porta da cozinha animados com o almoço, mas pararam ao ver que os convidados do pai haviam chegado.


 


- Crianças, cumprimentem Harry e Melissa Potter. – disse Arthur em tom firme enquanto olhava para os filhos que arregalaram os olhos antes de dizerem todos juntos.


 


- É um prazer conhecê-los Senhor e Senhora Potter. – a voz dos garotos saiu em uma combinação perfeita.


 


- Ah, que bonitinhos. – Melissa falou em tom carinhoso enquanto olhava para os seis meninos enfileirados parecendo uma escadinha.


 


- Você fala isso porque ainda não viu do que eles são capazes. – Molly resmungou antes de olhar severamente para os filhos, o olhar da mulher era claro e advertia os filhos para não fazerem bagunça, mas o olhar da matriarca fez os meninos se encolherem levemente.


 


- Querida. – disse Arthur com um pequeno sorriso nos lábios antes de apontar cada um dos filhos enquanto falava os nomes deles. – Esses são Guilherme, Carlinhos, Percival, os gêmeos Fred e George, Ronald e nossa pequena filhinha Gina.


 


Essa ultima Arthur apresentou apontando para o pequeno berço improvisado que havia na cozinha onde uma pequena menina esforçava-se para olhar para os recém chegados, o moreno a observou e sentiu algo se remexer dentro de si próprio, mas o sentimento que uma vez ele nutrira pela ruiva já não existia mais, pelo menos ele não tinha mais nenhum desejo de homem por ela, o que ele julgava ser muito bom devido a situação.


 


Logo depois Harry e Melissa estavam sentados na mesa almoçando a maravilhosa comida que Molly Weasley havia preparado enquanto o filho dos dois encontrava-se no berço em que Gina estivera deitada, a menina agora encontrava-se em uma cadeira especial enquanto a mãe dava pequenas colheradas de comida para ela que ria divertida.


 


No geral o almoço foi extremamente agradável com Harry e Arthur conversando sobre banalidades e sobre os equipamentos dos trouxas, enquanto Molly e Melissa conversavam sobre os bebês e a loira recebia alguns conselhos da Senhora Weasley.


 


As crianças até que haviam se comportado razoavelmente bem pelo que Harry conhecia dos filhos dos Weasley, Gui e Carlinhos tentavam parecerem adultos perante o moreno que apenas sorria divertido para eles, durante a refeição aconteceram as perguntas que Harry já havia esperado por parte dos meninos.


 


O moreno respondeu calmamente todas elas, tomou cuidado nas perguntas que haviam se referido a queda de Voldemort e contou vagamente para eles como derrotara o Senhor das Trevas, Harry sabia que todo o mundo bruxo já deveria estar ciente da reportagem que havia saído no Profeta Diário, por isso entendia a curiosidade natural das crianças.


 


O almoço se estendeu e Harry e Melissa permaneceram durante boa parte da tarde com os Weasley, o moreno até se atreveu a brincar com os filhos dos Weasley. Mas o momento que deixou Harry mais feliz foi quando ele conseguiu ver Rabicho na sala da casa, o rato estava praticamente escondido entre os moveis da sala, mas Harry conseguia sentir qualquer tipo de magia ao seu redor e não era diferente com relação a animagia.


 


Por isso, sem que ninguém percebesse o moreno se movimentou pela sala fingindo que estava observando os objetos que estavam pendurados nas paredes enquanto que na realidade ele estava se aproximando de onde Rabicho estava escondido.


 


Então em um movimento calculado Harry sacou sua varinha e a apontou discretamente para o rato que observava com os olhos ávidos a conversa que estava acontecendo, o moreno executou um feitiço que imobilizou o rato e em seguida conjurou uma pequena jaula em volta do animago e também fez da jaula uma chave de portal que brilhou levemente no instante seguinte e desapareceu da casa dos Weasley.


 


O brilho da ativação da chave de portal não foi percebido pelos Weasley, pois o moreno encobrira o fato com seu corpo, Harry sabia exatamente onde Rabicho tinha parar e um sorriso de desprezo curvou os lábios do moreno pensando no interrogatório que ele faria do desgraçado antes de entregá-lo para Tiago e Sirius.


 


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Maluh Weasley Hale: Seja bem vinda, espero que continue gostando da fic. Beijos.


 


Kikawicca: espero que goste do capitulo, agora todo mundo sabe o nome do filho do Harry... Quanto as Horcruxes, no proximo capitulo já tem novidades sobre elas, a morte da Mel vai ser em breve, não sei exatamente quantos capítulos ela ainda vai estar viva. E o Harry realmente está “gostando” das artes das trevas. Abraços.


 


Anderson potter: a historia vai seguir por meses e anos, mas a partir de agora vai se mais espaçado e vou relatar apenas os fatos mais importantes, assim como um resumo do restante das coisas. O Malfoy realmente se ferrou legal, mas não ficou pobre não, apenas perdeu os objetos das trevas e vai precisar pagar uma pequena fortuna para se livrar da prisão, mas nada que a Fortuna dos  Malfoy não possa resistir. O nome do filho é Brian como ficou claro no capitulo, e o Harry já se tornou um dos melhores inomináveis sim, afinal poder ele tem de sobra. Abraços.


 


Toddy: Acho que nem preciso dizer o nome do filho do Harry, o Lucio levou a pior e se deu mal, mas nada que ele não possa dar a volta por cima, afinal de contas ele é um Malfoy e o dinheiro conta e muito no mundo bruxo. Abraços.


 


Larissa: O lance de Harry quebrar o juramento é maneira de falar, porque a culpa não será dele, mas a Mel vai morrer muito em breve. Beijos.


 


Brunacarvalho: que bom que gostou da fic, passei na sua fic e dei uma olhada, não preciso nem dizer que é muito boa, certo? PARABÉNS por ela. Beijos.


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.