Capitulo 20 – O Medalhão Falso



N/A: capitulo baseado no livro Harry Potter e o Príncipe Mestiço. Capitulo 26.


 


 


Capitulo 20 – O Medalhão Falso


 


 


Naquela noite logo depois que Harry e Melissa haviam chegado da casa dos Weasley, o moreno de olhos verdes permanecera pensativo na sala da mansão enquanto a loira colocava o pequeno Brian para dormir.


 


Na verdade estava se lembrando da caverna onde ele e Dumbledore haviam entrado para pegar o medalhão de Salazar Slytherin, o moreno não sabia se ele ainda estaria lá ou se o tal de RAB já o teria pegado, mas precisava se certificar.


 


O problema era aquela poção esverdeada que havia na bacia, aquilo era um obstáculo que o moreno sabia que não poderia evitar ou contornar, pois a poção deveria ser ingerida por alguém, ele até mesmo pensara em conjurar algum animal, mas não funcionaria e a poção detectaria o corpo falso instantaneamente.


 


Talvez ele não fosse entregar Rabicho para Tiago e Sirius no final das contas, o moreno sabia que era um pouco cruel de sua parte, mas não tinha muitas opções, por isso utilizaria o rato para poder pegar o medalhão de dentro da bacia na caverna, seja o verdadeiro ou o falso.


 


Harry sabia que também precisava começar imediatamente a tentar descobrir quem era o tal RAB, o moreno já havia chegado a conclusão de que se tratava ou de algum comensal da morte ou de alguém ligado a Voldemort.


 


A lista de associados conhecidos de Voldemort não seria difícil de se conseguir, tudo o que ele precisaria fazer era pedir para a Ministra a lista dos comensais da morte que haviam sido presos, dos que estavam mortos, daqueles que haviam sido inocentados das acusações alegando estarem sobre a maldição império e também dos associados que pegaram penas leves, o moreno sabia que essa lista ele poderia conseguir rapidamente.


 


Depois que a conseguisse ele apenas precisaria levantar a ficha de cada um deles para tentar descobrir qual deles poderia ser o RAB, o moreno sabia que aquelas três letras poderiam ser as iniciais de alguém ou talvez fosse mesmo um apelido.


 


O moreno foi retirado de seus pensamentos pela voz de Melissa e quando Harry virou-se se deparou com a garota o olhando da entrada da sala de estar.


 


- Você está bem, Harry? – Melissa perguntou preocupada enquanto olhava para o semblante carregado que o moreno possuía.


 


- Estou Mel. – disse Harry forçando um sorriso no rosto enquanto observava a loira caminhando até onde ele estava.


 


- O que está preocupando você? – perguntou Melissa assim que esteve próxima do moreno que apenas suspirou.


 


- Muitas coisas me preocupam. – declarou Harry erguendo a mão e retirando uma mecha de cabelos loiros que estava no rosto da loira. – Mas o que está me martelando agora são problemas que eu preciso resolver o quanto antes.


 


- Tão sério assim? – perguntou Melissa em tom preocupado olhando para o rosto do moreno, sabia que Harry tinha muitos segredos e entendia aquilo, ela não o forçava a revelar nada para ela, principalmente porque sabia que o moreno não gostava de preocupar os outros e sempre procurava resolver tudo sozinho.


 


- Um pouco. – respondeu Harry calmamente pensando nos inferis que haviam na caverna, mas o pensamento de ver o desgraçado do rato sofrendo depois de começar a beber aquela poção fez um sorriso maldoso aparecer no rosto do moreno, a loira percebeu o sorriso perverso que Harry ostentava e sorriu também, pois quando Harry sorria daquela maneira queria dizer que alguém não se daria bem naquela noite.


 


- Vê se não demora, hein. – disse Melissa beijando o moreno, Harry retribuiu o beijo avidamente enquanto enlaçava a loira.


 


- Não se preocupe Mel, vai dar tudo certo. – disse Harry quando se afastou da loira que apenas sorriu para o moreno.


 


- Eu sei que vai. – disse Melissa beijando o moreno novamente antes de se virar e dirigir-se para as escadas que a levariam para o quarto de ambos.


 


Harry observou enquanto a garota subia as escadas, o moreno tinha os olhos fixos na maneira como os quadris de Melissa se moviam conforme ela andava e se movimentava, por um momento a convicção do moreno em ir atrás do medalhão naquela noite ficou seriamente abalada enquanto Harry esforçava-se para não seguir a esposa.


 


Balançando a cabeça Harry se virou e começou a caminhar em direção a porta lateral da sala de estar e em seguida se dirigiu até onde ficava a sala que ele utilizava para treinar, logo em seguida o moreno já se encontrava no interior da mesma e se dirigia até uma mesa no canto próximo ao armário onde ele havia guardado o diário de Tom Riddle.


 


Em cima da mesa encontrava-se a gaiola que ele havia conjurado em volta de Rabicho, o rato se movimentava freneticamente e o moreno percebeu a agitação e o medo que exalaram do rato quando o mesmo o percebeu se aproximando.


 


- Olá Rabicho. – disse Harry em tom frio olhando para o rato com um sorriso perverso e malvado, algo que fez o ratinho ficar trêmulo, o moreno sorriu quando viu o pânico que exalava do rato. - O que foi? Surpreso por eu saber quem você é na realidade?


 


Harry sorriu debochadamente em direção ao rato enquanto se dirigia até o lado da mesa em direção ao armário que ele protegera com magia, em seguida verificou que o diário ainda estava intacto e bem guardado.


 


Harry começou a retirar calmamente o sobretudo que estava vestindo assim como a calça jeans e a camisa azul que estava usando, em seguida o moreno conjurou roupas negras no lugar das anteriores e utilizando alguns feitiços de transfiguração alterou um pouco sua aparência, afinal não queria ser reconhecido caso alguém o visse.


 


Agora o moreno estava com os cabelos ruivos compridos e os olhos azuis, em seguida o moreno foi até a gaiola em que Rabicho estava preso e o ergueu facilmente, o moreno olhou para o rato e sorriu com desprezo.


 


- Hoje você vai se dar mal Rabicho. – disse Harry friamente e percebeu o pânico e o medo do rato aumentarem ainda mais, o que o fez sorrir satisfeito com aquela reação. – Mas primeiro vamos fazer um pequeno passeio.


 


Harry pegou a jaula com a mão esquerda e se dirigiu até o local onde ele podia aparatar, era o único lugar da mansão que apenas ele poderia aparatar tanto de dentro para fora como de fora para dentro, qualquer outro que tentasse aparatar naquele local acabaria despedaçado devido a todos os feitiços protetores que ele havia colocado ao redor da sala e da casa.


 


O moreno queria e muito interrogar Rabicho, mas sabia que não teria muito tempo para se divertir com o rato como ele realmente queria, por isso se contentaria utilizando legilimência antes que forçasse o rato a beber o líquido daquela poção.


 


Assim que chegou ao local que podia aparatar o moreno concentrou-se no exato local em que ele e Dumbledore haviam surgido na noite em que haviam ido até a caverna e no instante seguinte desapareceu com um estalo seco e no instante seguinte já conseguia sentir o cheiro de sal e o barulho das ondas.


 


Uma brisa suave e gelada atravessava o local e fez com que os cabelos de Harry se despenteassem enquanto ele observava o mar enluarado e o céu cheio de estrelas naquele momento, aquela noite era extremamente parecida com a noite em que ele estivera ali com o diretor de Hogwarts, com a diferença de que naquele momento estava mais frio.


 


Harry havia aparecido no alto de uma rocha escura sob a qual a água do mar espumava e se revolvia, o moreno olhou por sobre seu ombro para ver o penhasco que se erguia escarpado, negro e indistinto. Haviam poucas rochas como aquela em que o moreno havia aparecido, rochas de pareciam ter se destacado da face do penhasco em algum momento do passado, aquela era uma paisagem verdadeiramente desolada e agreste.


 


- Sabe onde estamos Rabicho? – perguntou Harry em tom debochado olhando de relance para o rato que parecia inquieto. – Não? Sabia que seu querido Lordezinho já esteve neste mesmo penhasco quando era apenas um garoto?


 


Harry sabia que não receberia uma resposta, afinal Rabicho estava em sua forma animaga, por isso o moreno começou a se aproximar vagarosamente da borda da rocha onde vários nichos pontudos serviam para apoiar os pés e davam acesso as pedras arredondadas e semi-submersas na água junto ao paredão rochoso, como Harry bem se lembrava aquela poderia ser uma descida bastante traiçoeira e o moreno movia-se com um pouco de lentidão devido a gaiola que trazia em sua mão esquerda, as pedras um pouco mais abaixo escorregavam devido a quantidade de água do mar e o moreno sentia os salpicos de água salgada e gelada baterem em seu rosto.


 


- Lumus Máxima. – exclamou Harry apontando a varinha em direção ao paredão que havia logo a sal frente, devido a forte intensidade do feitiço a parede negra iluminou-se totalmente, assim como dezenas de pontinhos de luz dourada faiscaram na superfície mais escura da água a menos de um metro abaixo de onde ele estava, a fissura no penhasco onde um vulto de água redemoinhava estava exatamente como ele se lembrava. – O que você acha de darmos um bom mergulho Rabicho? Espero que saiba prender o fôlego em sua forma animaga.


 


No momento seguinte Harry deslizou pela pedra até que caiu no mar e em seguida começou a nadar rapidamente em direção a fenda na face do penhasco, enquanto deixava sua varinha presa em seus dentes iluminando o caminho.


 


A água estava extremamente gelada e arrepiou o corpo de Harry, as suas roupas ficaram bastante pesadas de água que enfunavam-se em torno dele e tentavam puxá-lo para o fundo, respirando profundamente o ar ao redor o moreno nadou em direção a um pequeno rastro de luz bruxuleante que sua varinha fazia à medida em que ele adentrava a caverna.


 


A fenda da caverna logo se alargou formando um túnel escuro que Harry sabia que se encheria de água em época de maré alta, as paredes estavam limosas e tinham menos de um metro entre si, elas refulgiam como piche molhado a medida que a luz da varinha de Harry as iluminavam, o moreno observou atentamente todo o ambiente ao seu redor e depois de verificar se Rabicho ainda estava vivo dirigiu-se para frente.


 


Um pouco mais para dentro a passagem fez uma curva para a esquerda e Harry viu que estava se embrenhando profundamente dentro da caverna, exatamente como ele lembrava-se. Harry continuou nadando de maneira calma e compassada, afinal não precisava correr nenhum risco desnecessário, mas as pontas de seus dedos já começavam a ficar dormentes devido a água gelada enquanto roçava pela rocha úmida e áspera.


 


Um pouco mais para frente o moreno chegou ao final da passagem e deparou-se com alguns degraus que conduziam a uma abertura ampla, subindo vagarosamente a escada enquanto sentia a água escorrendo de suas vestes encharcadas e em seguida emergiu tremendo de maneira descontrolada enquanto sentia o ar gelado.


 


Rapidamente Harry sacou sua varinha e com um movimento rápido secou suas roupas e as deixou bastante aquecidas, em seguida apontou a varinha para Rabicho e também o secou, afinal não queria correr o risco do rato morrer antes da hora.


 


O moreno observou as paredes e o teto em seguida, lembrava-se claramente de Dumbledore agitando a varinha em frente a elas tentando descobrir os encantamentos que protegiam o lugar. Enquanto se aproximava mais Harry sentia os pelos de sua nuca arrepiando-se, mas o moreno não precisou dessa sensação ou de mais nada para reconhecer a forte magia negra que exalava do local, a magia negra ali era quase palpável.


 


Agora Harry entendia exatamente o que Dumbledore havia feito na noite em que eles estiveram ali naquela caverna, afinal os feitiços protetores e desilusórios que haviam na caverna eram complexos e poderosos.


 


O moreno sabia exatamente onde o diretor havia encontrado a passagem naquela antecâmara, a passagem que dava acesso a câmara interior, por isso Harry dirigiu-se para o local da parede da caverna onde ele achava que era o mesmo onde Dumbledore encontrara a entrada e em seguida o moreno apontou a varinha para a parede e então murmurou algumas palavras em uma língua antiga enquanto com utilizava um feitiço de levitação sem varinha para manter a gaiola de Rabicho no ar e colocava sua mão esquerda na parede.


 


Um feixe esbranquiçado disparou da varinha de Harry atingindo a parede onde ele tateava, afinal Harry sabia que mais de quinze anos recebendo água todos os dias poderia alterar o formato da caverna, mas por fim o moreno encontrou uma textura diferente na rocha.


 


Harry afastou-se um pouco da parede enegrecida e lisa, em seguida apontou sua varinha para a parede rochosa e murmurando um pequeno encantamento o moreno movimentou a varinha fazendo um raio perolado disparar dela e chocar-se contra a parede, então apareceu o contorno do arco fulgurante e branco, para logo em seguida desaparecer deixando a rocha novamente tão nua e sólida quanto estava antes.


 


- Você sabia que para passarmos temos que oferecer uma oferta em sangue Rabicho? – perguntou Harry inesperadamente enquanto pegava a gaiola do rato e a trazia até a altura de seus olhos, o moreno quase sorriu prazerosamente ao ouvir o guincho de medo que o rato gordo emitiu. – Não se preocupe rato nojento, eu não vou usar o seu.


 


Harry colocou a varinha no cós da calça que estava utilizando e começou a procurar algo dentro de suas vestes até que acabou encontrando, quando o moreno retirou a mão trazia nela um fraquinho de vidro contendo um liquido vermelho escarlate.


 


- Sabe de quem é esse sangue, Rabicho? – perguntou Harry olhando de relance para o rato. – Ah, você não se importa não é mesmo? Não faz muita diferença mesmo, mas eu peguei essa amostra de sangue de um comensal da morte que eu matei a algum tempo atrás, sabia que seria muito útil para o dia em que eu quisesse vir aqui.


 


Harry abriu o vidro e em seguida jogou metade do conteúdo que havia dentro do frasco em direção a parede que ficou manchada com o sangue, no instante seguinte o contorno fulgurante de um arco reapareceu na parede e daquela vez não se apagou, a rocha suja e salpicada de sangue havia simplesmente desaparecido e deixado uma abertura para o interior da verdadeira caverna que encontrava-se na mais completa escuridão.


 


Sem pensar muito Harry atravessou a passagem no arco e deparou-se com a cena extraordinária que ele recordava muito bem, ele estava a beira de um lago extremamente grande e negro, o lago era tão vasto que o moreno não conseguia divisar suas margens que encontravam-se a distancia, a caverna era tão alta que seu teto não era possível de se observar.


 


Harry sorriu ligeiramente quando percebeu a luz verde e indistinta que brilhava ao longe, a luz refletia-se na água imóvel abaixo, aquela luz esverdeada e a luz que saia da varinha do moreno eram as únicas coisas a romper o negrume veludoso da caverna, mas mesmo assim mal era possível discernir algo a alguns palmos de distancia.


 


O moreno sabia muito bem que aquela escuridão era muito mais densa do que uma escuridão comum, o que provava que era efeito de magia negra, Harry também sabia que Voldemort havia utilizado aquele tipo de magia negra para esconder os inferis que haviam dentro do lago, o que de certa maneira era muito inteligente da parte dele.


 


Harry começou a caminhar ao redor do lago, pois sabia muito bem que se encostasse na água os inferis seriam “acordados”, os passos do moreno ecoavam fortes e secos na estreita orla de pedra que contornava o lago.


 


O moreno caminhou por um longo caminho em completo silêncio e enquanto caminhava Harry lembrou-se nitidamente a idiotice que ele fizera ao tentar convocar a possível horcruxe que estava escondida na caverna.


 


Harry podia ver claramente a coisa grande e clara que irrompera de dentro da água com um forte estrondo, o moreno lembrava-se com nitidez o medo que sentira quando saltara assustado e chocara-se contra a parede da caverna, o coração dele naquele momento retumbava loucamente parecendo que saltaria de seu peito.


 


Uma risada baixa escapou dos lábios do moreno ao lembrar-se daquilo, naquela época não passava de adolescente sendo manipulado o tempo todo, ainda era difícil para ele acreditar que nunca havia percebido como era simplesmente conduzido pelo diretor, mas o moreno desculpava a si mesmo, afinal aquela era uma época ruim para ele e o moreno estivera dependendo de algo em que se apoiar e Dumbledore era a melhor opção.


 


De relance o moreno olhou para a superfície vítrea, escura e brilhante do lago que escondia um exercito de inferis.


 


De repente o moreno estacou no mesmo lugar sentindo a forte magia que havia a menos de um metro a sua frente, Harry sabia que havia chegado exatamente no mesmo lugar em que o diretor encontrara a corrente protegida por um feitiço de desilusão.


 


Cuidadosamente o moreno adiantou-se e depois de executar outro feitiço de levitação na gaiola de Rabicho o moreno ergueu a mão esquerda e passou-a pelo ar até que por fim encontrou o que procurava e fechou sua mão ao redor da corrente.


 


Harry observou que suas botas de couro negras chegavam praticamente ao limite da rocha que o separava do lago, no momento seguinte o moreno ergueu sua mão direita apontando-a exatamente aonde sua outra mão se encontrava e depois de murmurar um feitiço a corrente grossa de cobre esverdeado, o moreno observou a corrente aparecendo em toda sua extensão, desde sua mão até o fundo do lago.


 


Utilizando um feitiço não verbal a corrente passou a deslizar por sua mão esquerda rapidamente para se amontoar no chão a seus pés com um forte ruído metálico, ao poucos o moreno observou o contorno do barco surgindo através da água, em poucos segundos uma proa fantasmagórica de um barquinho pequeno veio a superfície, o barco era tão verde e brilhante quando a corrente, o barco veio flutuando até o ponto da margem em que Harry estava parado.


 


Harry adentrou o barco segurando a gaiola de Rabicho e assim que esteve dentro do barquinho moveu sua varinha executando um feitiço de levitação e trazendo a corrente enrolada para depositá-la no fundo do barco, o moreno sentou-se calmamente no barquinho e imediatamente ele colocou-se em movimento.


 


Como tudo encontrava-se no mais absoluto silêncio era possível ouvir o sussurro da proa cortando a água do lago, o baquinho deslocava-se sem nenhuma ajuda, era como se uma corda invisível estivesse puxando o barco em direção a luz esverdeada no centro da caverna.


 


Em poucos segundos Harry deixou de avistar as paredes da caverna, olhando para a água do lago o moreno viu o reflexo dourado que o feitiço de iluminação em sua varinha produzia, os reflexos dourados cintilavam e faiscavam conforme o barco avançava pelo lago, então o moreno conseguiu ver o que estivera procurando nos últimos segundos, uma mão branca como mármore boiando a poucos centímetros da superfície.


 


- Ei Rabicho, olha só isso. – Harry disse colocando a gaiola do rato bem próximo da superfície para que os corpos dos inferis pudesse ficar visível aos olhos do animago, um sorriso maldoso surgiu nos lábios do moreno quando o rato viu os corpos e guinchou completamente assustado. – Sabe o que são não sabe Rabicho? Sim, são inferis. Foi seu lorde quem os colocou ai, seria uma pena que você acabasse caindo ocasionalmente ai dentro e se transformasse em comida de morto-vivo. Embora talvez fosse muito interessante ver eles se alimentando.


 


Harry riu baixinho quando observou o pavor nos olhos arregalados do rato, é óbvio que não deixaria o rato cair dentro da água, afinal precisava dele para beber aquela poção esverdeada, mas nada impedia o moreno de assustar aquele traidor maldito.


 


O moreno olhou novamente para a luz verde no centro do enorme lago ignorando os leves guinchos assustados que o rato emitia cada vez que passavam por um cadáver no lago negro, a luz verde parecia cada vez maior o que mostrava ao moreno que estavam quase chegando centro daquele mar negro e escuro.


 


Poucos segundos depois o barco parou subitamente quando bateu suavemente em alguma coisa que o moreno não viu a principio, mas que ele sabia muito bem ser uma pequena ilhota de rocha lisa no centro do lago.


 


Cuidando para não encostar na água Harry desembarcou com a gaiola do rato ainda em sua mão esquerda, a pequena ilha não era maior do que uma sala de aula, era apenas uma extensão de rocha plana e escura em que não encontravam-se nada exceto a fonte daquela luz esverdeada que ele tão bem conhecia.


 


O moreno aproximou-se da bacia de pedra muito parecida com uma penseira que estava apoiada sobre um pequeno pedestal e que emitia uma forte luz esverdeada, quando o moreno chegou ao lado da bacia pode finalmente olhar novamente para o líquido verde-esmeralda que emitia uma forte luz fosforescente.


 


O moreno levou instintivamente a mão até a bacia e tentou tocar o líquido esverdeado apenas para constatar a barreira invisível que o impedia de completar a ação, o moreno encontrava apenas u mar mais sólido e inflexível.


 


Lembrando-se do que Dumbledore fizera quando estiveram ali, o moreno tentou atravessar o liquido da bacia sem precisar bebê-lo, conjurou diversos feitiços que havia aprendido, o que incluía alguns truques, mas acabou não dando certo, o que Harry já esperava que acontecesse, afinal aquela era a ultima barreira que protegia a horcruxe de Voldemort e o Lorde das Trevas deveria ter colocado os mais poderosos encantamentos para impedir que alguém retirasse a poção sem que primeiro bebesse o líquido esverdeado.


 


Em seguida Harry colocou a gaiola de Rabicho no chão e afastando-se levemente murmurou um feitiço que fez com que a gaiola desaparecesse deixando o rato completamente livre, como Harry imaginava o rato tentou escapar, mas o moreno apenas movimentou a varinha em direção ao animal gorducho que paralisou, em seguida o moreno murmurou um feitiço que fez com que Rabicho fosse voltando imediatamente a forma humana.


 


Harry observou a figura do rato odioso que o olhava completamente assustado e apavorado, os olhos de Rabicho percorriam todo o lugar a procurava de uma rota de fuga, mas a única maneira de sair dali era pelo barquinho que encontrava-se as costas do moreno, embora o comensal pudesse tentar a sorte atravessando o lago a nado.


 


- Acho que você não vai querer entrar nesse lago Rabicho, afinal você viu o que tem lá dentro. – disse Harry calmamente olhando para o rato.


 


- Como... como sabia que... era eu? – perguntou Rabicho tremendo enquanto olhava de um lado para o outro.


 


- Isso não importa agora. – disse Harry dando de ombros enquanto olhava friamente para o comensal. – Vamos fazer um trato Rabicho.


 


- Que trato? – perguntou Rabicho olhando cautelosamente para o homem a sua frente, afinal sabia do que ele era capaz, o vira em combate contra o Lorde das Trevas.


 


- Você responde minhas perguntas e me ajuda a pegar um objeto que está dentro daquela bacia, então eu juro que não mando você para a cadeia ou te entrego para Sirius e Tiago. – Harry falou olhando friamente para o rato a sua frente.


 


- Você não vai me prender? – perguntou Rabicho olhando esperançoso para o homem a sua frente. – Nem me entregar para eles?


 


- Se você responder minhas perguntas e me ajudar. – concordou Harry em tom frio e baixo olhando para Rabicho. – Juro pelo meu sangue que você não vai para a prisão ou que um de seus amigos vá matá-lo.


 


- O que quer saber? – perguntou Rabicho com a voz trêmula enquanto olhava para o homem que havia derrotado o Lorde das Trevas.


 


- Tudo. – disse Harry simplesmente olhando para Rabicho que tremeu devido a intensidade do olhar do moreno. – Quero saber tudo o que você sabe sobre Voldemort e os comensais da morte, todos os nomes que você conhece, todos os planos de Voldemort que ele não pode executar, os esconderijos, em resumo, tudo.


 


- Tu-tudo bem. – gaguejou Rabicho sabendo que não tinha uma oportunidade melhor do que essa que o bruxo a sua frente lhe oferecia.


 


- E não minta para mim Rabicho, pois eu vou saber se o fizer. – disse Harry em tom frio e perigoso enquanto olhava para o rato a sua frente, mas em seguida o moreno balançou a cabeça. – Esqueça, eu vou fazer do meu jeito.


 


Aproximando-se rapidamente de Rabicho, o moreno o agarrou pela gola da camisa suja que o rato usava e antes que o rato pudesse esboçar qualquer reação o moreno executou o feitiço de legilimência e adentrou a mente dele.


 


Foi como adentrar a mente de um louco, as cenas eram um pouco confusas no inicio e as memórias pareciam misturadas, então o moreno concentrou-se e aumentou a intensidade do feitiço conseguindo focalizar melhor.


 


Então Harry pode observar os anos de Rabicho em Hogwarts, as aventuras que ele vivera com os amigos, as travessuras que eles fizeram juntos, mas também descobriu quando o rato fora aliciado para entrar para os comensais da morte, fora Belatriz Lestrange quem seduzira o rato para as artes negras, na época ainda Belatriz Black.


 


A mente de Rabicho era uma confusão completa, mas Harry conseguiu extrair cada pequena informação que o rato possuía, desde as coisas mais simples as mais complexas, o moreno descobriu que Rabicho era um bruxo até que razoavelmente poderoso depois que fora iniciado nas artes das trevas, mas mesmo assim não passava de um fracote.


 


Harry descobriu tudo sobre o rato em poucos minutos e quando o largou o moreno sentia a repugnância tomar conta dele como uma doença, saber que Rabicho havia traído os amigos e se bandeado para o lado de Voldemort apenas para ter um pouco mais de poder o deixava repugnado, mas o que o deixou com mais ódio foi descobrir que aquele rato maldito tinha desejo sexual por sua mãe, não era nada agradável descobrir que um ser daqueles sonhava com sua mãe daquela maneira, somente por isso o moreno iria matar aquele desgraçado.


 


Pegando Rabicho pela gola da camisa novamente, dessa vez utilizando de um pouco mais de violência, Harry puxou o rato até próximo a bacia que continha a poção e conjurou uma taça de prata recolhendo-a com a mão da varinha.


 


- Só mais uma coisa Rabicho... – disse Harry soltando o rato por um momento e olhando-o com frieza, o rato estava com os olhos repletos de medo.


 


- O-o quê? – perguntou Rabicho tremendo fortemente, aqueles olhos verdes e frios estavam dando mais medo nele do que os olhos vermelhos de seu lorde.


 


- Onde você escondeu a varinha de Voldemort? – perguntou Harry com frieza, sabia a resposta, mas queria ouvi-la da boca de Rabicho, o mesmo havia estremecido quando o moreno falara o nome do Lorde das Trevas.


 


- No bosque próximo a casa dos Weasley. – respondeu Rabicho tremendo levemente sob os olhos verdes e intensos do bruxo a sua frente. – Na parte sul da propriedade tem uma árvore de maças, é a única naquele local, as outras macieiras ficam na parte norte da casa, a varinha está embaixo das raízes da arvore, é fácil de achar.


 


- Sei. – respondeu Harry em tom frio sem deixar transparecer que sabia que o rato idiota havia mentido para ele, em seguida o moreno estendeu o cálice de prata que havia conjurado e o entregou-a a Rabicho que pegou de maneira hesitante o objeto.


 


- O que eu faço? – perguntou Rabicho tremendo imperceptivelmente, pois já imaginava o que deveria fazer.


 


- Beber a poção. – disse Harry em tom de voz firme olhando com uma sobrancelha arqueada quando viu a negação nos olhos do rato. – Eu sou mais poderoso do que você e o único apto a nos tirar dessa caverna impregnada de magia negra, então beba logo essa merda e eu juro a você que vou nos tirar vivos daqui de dentro.


 


- E se isso me matar? – perguntou Rabicho em tom gaguejante olhando de olhos arregalados para o líquido esverdeado dentro da bacia.


 


- Não sei porque não uso logo uma maldição imperius em você. – disse Harry em tom zombeteiro olhando para Rabicho, mas era apenas um blefe, pois Harry queria que o rato sofresse enquanto bebia a poção, o que não aconteceria se ele estivesse sobre o efeito da maldição do controle. – Esse lugar foi magicamente enfeitiçado por Voldemort e o objeto que está no fundo dessa bacia é uma relíquia extremamente poderosa que pertence ao seu lorde. Não sei se você percebeu, mas o acesso a esse lugar é extremamente complicado e apenas um bruxo muito capacitado poderia atravessar os desafios de proteção que Voldemort colocou no percurso até aqui, é óbvio que Voldemort jamais imaginou que alguém além dele poderia chegar até aqui, mas se preveniu para o caso de alguém conseguir. Eu acho que Voldemort não iria querer matar imediatamente a pessoa que conseguisse encontrar essa ilha, pois ele iria querer manter essa pessoa viva tempo o suficiente para descobrir como ela conseguiu penetrar tão profundamente em suas defesas e, o que é bem mais importante, porque essa pessoa queria esvaziar essa bacia, afinal ele acredita que ninguém saiba seu segredinho.


 


- Que segredo? – perguntou Rabicho subitamente bastante interessado no assunto, afinal se o lorde possuía um segredo certamente era algo muito importante.


 


- Isso não é importante agora. – Harry disse indiferente. – Tudo o que esta poção fará com você é deixá-lo bastante fraco para que possa levar a Horcruxe, você provavelmente vai ficar paralisado para executar qualquer feitiço e esquecerá qualquer coisa que fosse fazer, é por isso que eu estou aqui, entendeu?


 


Rabicho ficou em silêncio por alguns segundos apenas encarando a poção, até que por fim suspirou sabendo que ele não tinha muita escolha e em seguida mergulhou a taça de prata na poção, quando a taça encheu até a borda Rabicho a levou até sua boca esvaziando a taça em seguida, imediatamente Rabicho sentiu algo arder dentro de si, mas era bastante suportável e por isso levou novamente a taça até a bacia e sorveu mais uma vez todo o conteúdo.


 


Harry sabia que chegaria o momento em que Rabicho não conseguiria mais tomar o liquido, o que aconteceu logo após a terceira taça de poção que ele bebeu, enquanto o rato baixava a mão com a taça ele fraquejou e cambaleou levemente para a frente, os olhos de Rabicho estavam fechados e ele começou a tremer levemente enquanto a respiração dele ficava ofegante, o moreno sorriu debochadamente sabendo muito bem que as alucinações começariam em breve, pois a poção agia de maneira parecida com o efeito dos dementadores.


 


O moreno observou como a boca de Rabicho abriu-se em algo que lembrava muito um esgar de pânico, Harry sabia que o rato deveria estar tendo as visões mais tenebrosas da vida dele o que o divertia em demasia.


 


Harry pegou a taça de prata da mão de Rabicho antes que ele acabasse derrubando-a no chão, em seguida o moreno enfiou a taça dentro da bacia e pegou mais da poção e colocou a taça na boca de Rabicho forçando o líquido a descer pela boca dele.


 


- Não, por favor, não. – a voz de Rabicho parecia mais o lamento de uma criança assustada naquele momento.


 


Harry ignorou o lamento de Rabicho e fez com que ele bebesse toda a poção que havia na taça, para logo em seguida mergulhar novamente a taça no líquido verde e forçar mais da poção pela boca de Rabicho.


 


- Não quero, chega. – choramingou Rabicho com a voz assustada enquanto o corpo tremia violentamente, mas ele não conseguia se mover do lugar, o rosto de Rabicho estava pálido. – Não gosto disso, por favor, pare.


 


- Já está acabando Pettigrew. – disse Harry forçando mais uma taça cheia de poção contra os lábios contraídos de Rabicho.


 


- Não... – gemeu Rabicho tremendo depois de mais um gole da poção. – Não quero mais, me deixe em paz, chega...


 


Se Harry não conhecesse a mente mesquinha e nojenta de Rabicho até poderia ter sentido um pouco de pena pelo obvio sofrimento que ele estava sentindo naquele momento, mas na verdade o tempo todo Harry ostentava um sorriso de apreciação nos lábios.


 


- Já chega, faça isso parar, dói muito... – Rabicho gemia fracamente mal conseguindo protestar devido ao que sentia. – Não, não, não, não posso mais, não me force mais...


 


- Sim, beba mais um pouco Rabicho. – disse Harry em voz alta e fria enquanto observava que a bacia agora tinha um pouco menos da metade da poção.


 


De maneira obediente Rabicho continuou bebendo todo o líquido que Harry estava lhe oferecendo, mas após mais algumas taças Rabicho caiu de joelhos tremendo de maneira descontrolada enquanto choramingava.


 


- Tiago, me perdoe... – a voz de Rabicho fez Harry hesitar por um segundo enquanto enchia novamente a taça com poção. – É tudo minha culpa, tudo culpa minha, sinto muito Tiago... Me perdoe Sirius, me perdoe por traí-los. Por favor, chega, eu sei que errei, por favor chega disse, pare e eu prometo que nunca mais farei nada...


 


Harry enfiou a taça na boca de Rabicho forçando o liquido a descer pela garganta dele, Pettigrew encolheu-se e começou a se mexer como se naquele momento estivesse sendo brutalmente torturado por alguém invisível.


 


- Não os machuque, não os machuque mais, por favor... – pediu Pettigrew com a voz tremula e baixa. – Me perdoe Tiago...


 


Harry continuou forçando Rabicho a beber da poção, nos intervalos em que o moreno enchia a taça com mais poção o animago berrava e choramingava enquanto esmurrava o chão pedindo perdão e implorando para que ele parasse.


 


Em um dado momento o moreno sentiu a taça raspar no fundo da bacia e soube que enfim o líquido estava terminando, por isso quando encheu novamente a taça e levou aos lábios de Rabicho o moreno soube que enfim ele poderia constatar o que havia dentro da bacia.


 


- Chega. – berrou Rabicho violentamente enquanto socava o chão. – Quero morrer. Me mate, pare com isso, por favor, me mate!


 


Nesse momento Harry sorriu zombeteiramente quando terminou de enfiar o restante da poção na boca de Rabicho, o mesmo caiu de borco no chão completamente imóvel, em seguida o moreno o virou de barriga para cima utilizando seu pé, os olhos do animago estavam fechado e a boca encontrava-se ligeiramente aberta.


 


- Enervate. – exclamou Harry baixinho apontando sua varinha para o peito de Rabicho, um lampejo vermelho disparou da varinha do moreno atingindo o animago em cheio, o mesmo abriu os olhos e piscou olhando confusamente para Harry.


 


- Água. – a voz de Rabicho encontrava-se completamente fraca, o moreno olhou divertidamente para o homem gorducho deitado a seus pés, afinal já esperava por aquele pedido, um plano muito bem elaborado por Voldemort para forçar alguém a beber a água do lago atraindo então a ira dos inferis contra a pessoa.


 


Ignorando o pedido de Rabicho o moreno dirigiu-se até a bacia e olhou em seu interior encontrando o já esperado medalhão de ouro dentro da bacia, o S de Salazar Slytherin muito bem visível, mas também era esperado que aquele medalhão era falso, o que Harry constatou realmente assim que tocou no objeto.


 


Harry não pretendia dar água para Rabicho pelo simples fato de que isso iria atrair a atenção dos inferis para eles, mas percebeu que era tarde demais, pois os mortos-vivos começavam a aparecer vindos das águas escuras e profundas e foi somente nesse momento que ele percebeu que o rato havia se rastejado até a margem do lago e agora bebia sorvos da água do lago.


 


- Imbecil. – rosnou Harry enquanto se aproximava do idiota e o agarrava pela roupa bem a tempo de evitar que ele fosse pego por uma mão cadavérica.


 


Agora a superfície do lago não era mais uma espécie de espelho, pois revolvia-se e para todos os lados que o moreno olhava cabeças e mãos brancas cadavéricas emergiam da água, eram os mais variados corpos, de homens, mulheres e até mesmo crianças, os olhos eram encovados e cegos, mas eles moviam-se em direção a rocha.


 


- Olha o que fez idiota. – grunhiu Harry enquanto vários inferis já estavam subindo na rocha, cravando as mãos ossudas na superfície escorregadia, os olhos cegos e encovados estavam fixos onde estavam Harry e Rabicho, os trapos que eles vestiam estavam encharcados e arrastavam pelo chão, com um menear de sua varinha o moreno fez os mais próximos saírem voando pelo ar até caírem novamente dentro do lago.


 


Harry pensou seriamente em deixar Rabicho ali dentro para que os inferis pudessem fazer a festa com ele, mas então lembrou-se que havia prometido que o tiraria com vida dali de dentro e que não o entregaria aos aurores ou aos amigos sedentos por sangue.


 


Afastando-se levemente de Rabicho, Harry movimentou sua varinha em um giro de pulso circular e no momento seguinte o fogo irrompeu de sua varinha varrendo a escuridão e iluminando completamente a caverna.


 


O fogo jorrou através de Harry atingindo os inferis mais próximos e fazendo com que eles se incendiassem imediatamente, os guinchos que os mortos soltavam deixou Harry um pouco surpreso, pois imaginara que eles não sentiam nada.


 


Os mortos-vivos começaram a se afastar de onde o moreno se encontrava e passaram a colidirem uns com os outros enquanto tentavam fugir do fogo conjurado por Harry, o moreno fez um movimento de leve com sua varinha e o fogo circulou ao redor de Harry e Rabicho que olhava completamente apavorado para o poderoso feitiço que Harry havia executado, em seguida o moreno segurou Rabicho pelo braço e o puxou em direção ao barquinho.


 


Harry sabia que Rabicho estava tão fraco que o feitiço que Voldemort lançara no barco não faria nenhum efeito e eles poderiam atravessar o lago tranquilamente, os inferis mergulharam nas águas geladas para fugirem do circulo de fogo que agora rodeava o barco.


 


Assim que os dois estavam acomodados e espremidos no barco o mesmo começou a se movimentar deslocando-se pela água escura afastando-se da rocha que estava fracamente iluminada pelo feitiço de fogo que ainda circulava ao redor do barquinho, o moreno observou que os inferis estavam embaixo do barquinho, mas eles não se atreviam a emergir por causa do fogo.


 


Depois de algum tempo eles tocaram na margem oposta com uma leve batida, o moreno desceu primeiro e praticamente puxou Rabicho para fora do barco, mal o moreno terminara de puxar o animago e cancelar o feitiço que havia mantido enquanto atravessavam a extensão do lago, o barco simplesmente afundou no lago.


 


- Eu não posso... – Harry ouviu a voz fraca de Rabicho e virou-se para olhar o rato bem a tempo de vê-lo despencar no chão.


 


- Merda. – suspirou Harry enquanto se aproximava de Rabicho e o puxava pelo braço forçando-o a ficar em pé. – Vamos sair desse lugar de uma vez.


 


Em seguida começou a andar pela margem de onde viera cuidando para não acabar encostando na água do lago, os passos de Rabicho eram arrastados enquanto encaminhavam-se para a saída da caverna, mas quando chegaram ao final o moreno descobriu o que esperava, a passagem havia sido bloqueada novamente, por isso retirou novamente o frasco de vidro que continha sangue e o jogou novamente contra a parede fazendo o arco abrir-se instantaneamente, em seguida Harry puxou Rabicho e eles atravessaram a caverna externa.


 


Ainda amparando Rabicho pelo braço Harry entrou na água gelada novamente e em poucos minutos os dois precisaram mergulhar novamente até que Harry conseguiu finalmente encontrar a saliência pela qual havia entrado, puxando Rabicho pelo braço o moreno conseguiu subir na rocha sobre a qual havia surgido e no instante seguinte um estalo seco ocorreu e Harry e Rabicho não estavam mais naquele lugar.


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Kikawicca: realmente o Harry é um pouco manipulador se você observar, mas ele sempre faz isso pensando nas melhores possibilidades dos outros sobreviverem. Quando a Mel morrer ele vai... Bem, isso somente quando acontecer, afinal não posso adiantar o que eu sei se não estragaria a surpresa. Quanto aos capítulos mais lights, eles são um pouco necessários, afinal a guerra acabou e os comensais da morte estão em sua maioria presos, portanto não há muita coisa para acontecer, e também não podemos adiantar a historia, pois ela precisa seguir seu curso, é claro que a partir do próximo capitulo vai ocorrer um espaçamento de tempo maior, e vamos colocar apenas os fatos mais importantes. Abraços meus e beijos da Nick.


 


xXxXxXxX: Ai cara, que bom que gostou do capitulo. Quanto a fic O Vingador, se for a James V Potter, eu já olhei ela vagamente, mas ainda não tive tempo para ler ela mais detalhadamente, até porque acredito que esteja no prólogo. Se não for essa, então me avise. Olha cara, quanto ao Edward no primeiro ano, posso adiantar que haverá algumas cenas no castelo e tudo mais, mas o enfoque principal da fic não será nos garotos e sim no Harry mesmo. Já adianto também que o Edward não vai saber que ele na verdade é o Harry... os garotos vão ter participações na fic, mas nada muito além do normal, até porque a atenção de Voldemort será em Harry mesmo. Quanto ao filho do Harry, Brian, ele vai estudar em Hogwarts normalmente e vai ser amigo da Gina, vão estar na mesma classe embora a ruiva seja alguns meses mais velha.


Ai fera, não tenho certeza, mas acho que você era o GutoRo7, se não for me desculpe. Abraços cara. Beijos da Nick.


Ah cara, a Nick não tem msn, mas ela usa o e-mail que eu utilizei no cadastro da Feb, que não é meu verdadeiro msn. Então se quiser mandar algum tipo de mensagem para ela pode ser nesse, mas não garanto que ela responda cara, porque cá entre nós ela não leva muito jeito nos computadores e entra no e-mail apenas de vez em quando. Abraços.


 


Silvia Cecil: a calmaria realmente as vezes precede a tempestade, mas dessa vez não haverá muita tempestade não, pelo menos por enquanto, mas as  coisas vão esquentar pra valer quando Voldemort ressurgir. Beijos.


 


 


 


 


Próximas Atualizações: Dark Angel – O Inimigo dos Deuses e Apocalipse – O Anjo Negro.


 

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