Capitulo 18 – Diário e Bebê



N/A: Galera, esse capitulo é dedicado ao Anderson potter, que foi o responsável pelo comentário numero cem. Espero que gostem.


 


 


 


Capitulo 18 – Diário e Bebê


 


 


Após o ataque a Godric’s Hollow e a notícia de que Voldemort havia sido finalmente derrotado as coisas no mundo bruxo começaram a se acalmar, afinal a pior ameaça não existia mais. As noticias sobre os comensais da morte que foram presos corriam pelo mundo bruxo, todos comentavam sobre a prisão de Belatriz Lestrange que estava sendo intitulada como a comensal da morte mais leal ao Lorde das Trevas, fora o que ela dissera em seu julgamento.


 


Como Harry previra, a prisão do filho de Bartolomeu Crouch abalou as estruturas do ministério da magia, pois tratava-se do filho de um alto funcionário, embora o que tenha surpreendido realmente a muitos foi a delação que Igor Karkaroff fez em seu julgamento, com o depoimento do bruxo muitas pessoas foram presas, incluindo Augusto Rockwood, renomado funcionário do Ministério da Magia e que trabalhava no Departamento de Mistérios.


 


Harry fora trabalhar normalmente nos dias seguintes aos acontecimentos na casa dos Potter e na casa dos Longbottom, pois como ele trabalhava disfarçado ninguém o conhecia dentro do ministério, com exceção é claro de Lílian e Tiago Potter, além de seu Chefe, Liam Hargrave.


 


Nos dias que se seguiram ao acontecido com Frank e Alice Longbottom, muitos comensais foram julgados e condenados a prisão perpetua em Azkaban, mas alguns como Lucius Malfoy conseguiram enganar os membros do ministério da magia e alegaram estarem sobre o efeito da maldição imperdoável Império.


 


Era óbvio para Harry que também correra muito dinheiro por baixo das coisas, afinal ninguém podia ser tão tolo ao ponto de acreditar em uma coisa tão óbvia quanto o fato de ele ter sido coagido a matar pessoas.


 


Nos meses em que passara trabalhando no Departamento de Mistérios, Harry se tornara um dos principais inomináveis, chegando inclusive a tornar-se tão bom quanto Lílian que era considerada a melhor inominável do mundo, embora ela estivesse sobre disfarce ali dentro, uma bela loira de olhos azuis que respondia pelo nome de Mia.


 


Com o status de um dos melhores inomináveis o moreno também ganhou a responsabilidade de junto com Lílian irem as batidas que os aurores estavam realizando nas casas dos comensais da morte. A primeira residência que eles invadiram foi a Mansão Malfoy.


 


Era o que o moreno esperava de uma mansão que pertencia a uma família de sangue puro, a casa lembrava em muito a mansão dos Black no Largo Grimmauld. Quadros de bruxos espalhados por todos os lados, centenas de estatuas pela casa, até mesmo algumas armaduras, mas diferente da casa que fora sede da ordem, a Mansão Malfoy reluzia a beleza e luxo, a riqueza estava explicita em cada quadro e em cada canto daquele lugar.


 


Lucius Malfoy havia oferecido sua residência para que os aurores investigassem a presença de objetos que possuíam magia negra, o patriarca dos Malfoy abriu a mansão para que os aurores e os dois inomináveis entrassem, pois como Harry tinha certeza eles não encontrariam nada na casa dos Malfoy, pois tudo estava devidamente escondido em um compartimento secreto embaixo da casa, o que incluía o Diário de Tom Riddle.


 


Embora Lílian fosse uma inominável excelente não possuía o treinamento militar e de combate que Harry havia tido nos últimos tempos, nem os pequenos truques que o moreno aprendera a identificar e a contornar, por isso ela jamais encontraria nenhum objeto que possuísse Artes das Trevas, porque apenas alguém que soubesse utilizar as artes negras conseguiria identificar os feitiços protetores que Lucius Malfoy havia colocado ao redor da mansão.


 


Enquanto os aurores e Lílian vasculhavam andar por andar da Mansão assim como cada quarto do lugar, Harry olhava o primeiro andar encontrando alguns poucos objetos e que nem assim eram realmente interessantes, ele estava utilizando uma de suas habilidades raras que fazia com que ele fosse capaz de detectar magia negra.


 


E foi somente por isso que Harry descobriu onde ficava a entrada para o compartimento secreto de Lucius Malfoy, que ficava embaixo da sala de visitas que havia na mansão. O moreno reparara na maneira como o Senhor Malfoy o acompanhara com o olhar desde o momento em que ele se movimentara para a sala de visitas, Harry lembrava-se claramente do que Draco Malfoy havia dito para ele e Rony no segundo ano de ambos, quando ele e o Weasley haviam utilizado a poção polissuco e haviam entrado na masmorra da sonserina para ver se conseguiam descobrir quem era o Herdeiro de Salazar Sonserina.


 


- Porque você não acompanha os outros? – perguntou Lucius Malfoy com a voz cheia de arrogância, mas Harry detectou um pouco de medo no patriarca dos Malfoy, o que o fez sorrir internamente sabendo o motivo daquilo.


 


- Eles estão ocupados. – respondeu Harry em tom frio e indiferente enquanto andava calmamente pela sala de visitas, na verdade estava testando o chão, pois a cada passo que dava ele pisava levemente mais forte até que finalmente um barulho de eco foi possível de se ouvir pela sala no momento em que Harry pisava com mais força onde estava um tapete que o moreno julgou ser persa pelo estilo de pintura.


 


- Hum. – resmungou Harry em um tom que acreditou ser de curiosidade enquanto levantava os olhos para Lucius Malfoy que estava com as mãos crispadas e o olhava com ódio, o que fez o moreno abrir um pequeno sorriso.


 


O moreno afastou-se de onde localizara o compartimento secreto sem nem mesmo desviar os olhos de Lucius Malfoy, sabia que podia esperar qualquer movimento do homem, afinal era um maldito comensal da morte e um dos melhores. Apontou sua varinha em direção ao tapete persa no chão e com um rápido movimento afastou o tapete do chão revelando então o chão completamente liso e sem nenhuma entrada.


 


Enquanto olhava com curiosidade para aquilo o moreno percebeu um sorriso discreto nos olhos de Lucius Malfoy, mas Harry não deu muita atenção para o homem, pois continuou olhando para o chão com uma curiosidade extrema, naquele momento Lílian e os outros aurores apareceram descendo as escadas.


 


- Está tudo limpo Alex. – disse Lílian se referindo a Harry, aquele era o nome que ele utilizava enquanto estava trabalhando no ministério. A inominável se aproximou de Harry enquanto os aurores rodeavam a sala esperando para ver o que deveriam fazer, pois mesmo que muitos deles não gostassem estavam sob as ordens dos dois inomináveis. Lílian aproximou-se até ficar ao lado de Harry e olhou para o chão exatamente onde Harry tinha o olhar fixo. – O que foi Alex? O que está acontecendo, não tem nada aí?


 


Harry virou seus olhos para Lílian e ambos se encararam por alguns segundos antes do moreno voltar a observar o chão e em seguida apontou novamente a varinha para o piso de madeira de mogno e murmurando um pequeno encantamento um jato de luz branca disparou da varinha do moreno acertando o chão que passou a brilhar fortemente deixando muitos surpresos, naquele momento Lucius Malfoy enrijeceu completamente o corpo e ficou tenso, fato percebido não apenas pelos dois inomináveis como também por todos os aurores presentes.


 


Assim que o brilho acabou foi possível observar algo como um borrão no piso de madeira e embora o feitiço de Harry não houvesse conseguido quebrar a magia, foi o bastante para ser possível verificar que havia algo escondido ali. Naquele momento Harry ergueu a cabeça e sorriu zombeteiramente para Lucius Malfoy antes de fazer um movimento circular com o pulso girando a varinha e lançando um feixe prateado que acertou o piso no local onde estava meio borrado e em menos de dois segundos foi possível ouvir o barulho de algo se rachando.


 


De repente a luz prateada brilhou em um tom mais forte desaparecendo repentinamente e revelando o que parecia um alçapão oculto, havia uma espécie de maçaneta que permitiria que eles puxassem o alçapão de madeira.


 


Harry ergueu os olhos e viu Lucius Malfoy se segurando para não xingar, mas o olhar que ele lançava seria capaz de executar uma maldição da morte sem nem mesmo piscar. Harry podia sentir a magia que exalava não apenas de Lucius, mas como também da mulher dele e do filho de quase dois anos que estavam em um dos aposentos da Mansão.


 


- Ora, ora, o que temos aqui? – perguntou Harry em um tom de voz surpresa enquanto olhava para Lílian que tinha uma expressão de quem havia acabado de ganhar o melhor presente de natal e em seguida o moreno olhou novamente para Malfoy.


 


- Fiquem de olho nele. – Lílian ordenou para o grupo de aurores que apenas acenaram afirmativamente enquanto a inominável levava a mão para começar a puxar o alçapão, mas Harry a interrompeu segurando o braço dela.


 


- Espere Mia, pode haver feitiços protetores. – disse Harry em tom baixo e calmo fazendo Lílian engolir em seco pelo leve descuido.


 


Em seguida Harry executou um pequeno encantamento que rastreava todo tipo de magia defensiva que era utilizada em um certo objeto ou lugar, havia se interessado por esse tipo de magia por causa das horcruxes e não se arrependia da escolha.


 


Em menos de um minuto Harry conseguiu neutralizar todos os encantamentos defensivos que estavam protegendo a sala secreta e então ele mesmo levou a mão direita até a argola de metal e em seguida puxou-a com força destravando e abrindo o alçapão. Assim que o moreno terminou de puxar a abertura da sala secreta e esta caiu com um baque surdo no chão de madeira ao lado, eles puderam observar uma escada que dava para um nível abaixo.


 


- Encontramos alguma coisa. – disse Harry para Lílian com um sorriso nos lábios, a ruiva também estava sorrindo.


 


- Você desse primeiro. – Lílian falou em tom firme, teoricamente ela era quem dava as ordens, mas sabia que o moreno era mais poderoso que ela. – Você descobriu esse tesouro escondido, então faça as honras.


 


- Você manda. – disse Harry com um sorriso brincando nos lábios enquanto se posicionava e começava a descer a escada em seguida, sempre concentrado na magia que corria ao seu redor, mas como ele não queria arriscar apontou sua varinha para o interior da sala e murmurou o feitiço de luz que iluminou todo o interior do aposento.


 


Não havendo mais nada que temer o moreno terminou de descer as escadas enquanto ainda estava apontando sua varinha para o interior da sala, vendo tantos objetos diferentes que o deixou surpreso, por mais que soubesse que encontrariam alguns tesouros não imaginava uma vasta coleção de livros de magia negra e outros objetos.


 


- Pode descer Mia. – gritou Harry olhando por um instante para cima antes de se afastar da escada e foi quando iluminou o canto da sala que o moreno percebeu haverem tochas nas paredes, sem pensar Harry executou um movimento de mão realizando um feitiço de fogo não-verbal e sem varinha, todas as tochas que existiam no interior do aposento se acenderam imediatamente fazendo com que o interior do lugar ficasse claro como o dia.


 


Harry deixou seus olhos percorrerem o interior da sala, encontrando várias estantes que estavam abarrotadas de livros de magia negra, a maioria extremamente rara e de edições muito limitadas, havia coleções inteiras sobre criaturas das trevas e uma outra coleção que falava sobre poções negras e malditas, algo que o moreno achou interessante.


 


Em um canto da sala ele pode perceber algumas prateleiras de madeira que sustentavam peças de todos os tipos de materiais diferentes, em um deles o moreno reconheceu o que era para ser a mão da gloria que ele lembrava que Malfoy havia utilizado para facilitar a entrada dos comensais da morte no castelo na noite em que Dumbledore fora morto.


 


Ele sentiu o momento em que Lílian se colocou ao seu lado e examinou o lugar com os olhos, ela parecia verdadeiramente impressionada com a quantidade e a qualidade dos objetos e dos livros de artes das trevas.


 


- É muita coisa. – sussurrou Lílian com um tom levemente satisfeito que Harry entendeu perfeitamente o motivo, sabia que sua mãe sempre fora atormentada por Lucius e pelos outros sonserinos na época da escola e aquele era o momento do revide, mas o moreno não era tão otimista quanto a sua mãe e sabia que o Malfoy não seria preso por causa daquilo.


 


- Ele vai se safar. – disse Harry virando os olhos para Lílian que ficou um pouco confusa naquele momento.


 


- Porque? – perguntou Lílian um pouco desnorteada pela afirmação do companheiro ao lado dela. – Nós o pegamos.


 


- Não Mia, não o pegamos. – disse Harry balançando a cabeça e olhando firmemente para a mulher. – Ele é um homem poderoso e rico que tem muitos amigos dentro do Ministério da Magia, ele vai alegar qualquer coisa e os juizes bruxos vão concordar com alguma punição leve, como doar uma quantidade de dinheiro substancial para alguma entidade carente ou qualquer outra coisa parecida com isso, mas ele vai se safar, colecionar objetos das trevas é um crime leve comparado com o que nós temos conseguido atualmente.


 


- Porcaria. – sussurrou Lílian em tom baixo sabendo que o moreno tinha razão, afinal os Malfoy eram muito influentes e ricos, apenas um crime grave poderia acarretar em uma prisão naquela família, o que queria dizer assassinato.


 


- Vamos dar uma olhada nessas coisas. – disse Harry com um pouco de ansiedade, embora sua voz fosse completamente impassível. – Mas tome cuidado, pois podem haver outros feitiços defensivos que estão ocultos.


 


- Pode deixar. – Lílian disse em tom firme e começou a vasculhar os objetos que estavam nas estantes e nas prateleiras.


 


Harry começou a caminhar entre as estantes de livros olhando cuidadosamente cada um dos exemplares, eventualmente ele pegava um ou outro para analisar mais detalhadamente, pelo menos os que chamavam a atenção do moreno.


 


Aquela com certeza era uma das coleções de livros sobre magia negra e magia avançada mais completa que ele já havia visto, embora a sua própria fosse ainda maior do que aquela, mas mesmo assim ali havia alguns livros raros que ele próprio não possuía.


 


Quando chegou ao final da estante de livros o moreno olhou para a frente percebendo que o lugar era ainda maior do que ele havia pensado a princípio, no canto da parede diretamente a sua frente havia uma estante muito bem trabalhada em madeira de mogno, com portinholas de vidro, ela parecia brilhar de tão limpa e impecável.


 


Isso realmente chamou a atenção do moreno que dirigiu-se para lá a passos lentos, mas parou quando uma espécie de alarme soou em sua cabeça, sabia que era seu instinto lhe avisando do perigo e o moreno costumava seguir sempre seu instinto.


 


Harry apontou sua varinha em direção a estante de vidro e murmurou um feitiço de rastreamento, o feixe amarelo rodeou a estante e ficou brilhando por alguns segundos antes de desaparecer, mas havia conseguido localizar um forte feitiço defensivo que normalmente necessitaria de uma espécie de senha para ser desativado, mas Harry conhecia alguns truques que foram capazes de enganar o feitiço de proteção.


 


Assim que o feitiço foi desativado o moreno voltou a se aproximar da estante de vidro e ali ele encontrou as verdadeiras relíquias de artes das trevas da Família Malfoy, havia muitos objetos de magia negra valiosos, mas Harry concentrou-se apenas no pequeno caderno envelhecido que havia na prateleira mais alta da estante, ele estava devidamente colocado em um pequeno pedestal para livros, e como estava fechado o moreno pode ver a palavra “Diário” escrita claramente na capa dura do livro que tinha uma aparência bastante gasta.


 


Harry levou suas mãos até a prateleira e abriu as portinholas de vidro para em seguida pegar cuidadosamente o que ele sabia ser o diário de Voldemort, mas apenas para conferir ele abriu na contra capa e encontrou o nome de Tom Riddle gravado, exatamente como ele se lembrava de seu segundo ano.


 


O Diário parecia pulsar em suas mãos o que dava ainda mais certeza ao moreno de que se tratava de uma das partes da alma do Lorde das Trevas, embora por precaução ele tenha executado um feitiço que identificava o tipo de magia negra que existia em um determinado objeto, tendo então a certeza de que se tratava de uma parte da alma de Voldemort.


 


Sorrindo discretamente, Harry colocou o diário dentro de seu sobretudo e fechou novamente as portinholas de vidro e passou a olhar normalmente o restante dos objetos, mas ele já havia conseguido o que queria.


 


No final, Lílian e Harry apreenderam a maioria dos objetos que havia naquela sala secreta, pois havia alguns que não possuíam magia negra ou que não causariam dano físico a alguém, com a ajuda dos aurores eles colocaram todos os objetos dentro de baús enfeitiçados e os levaram para o Ministério da Magia, os encaminhando para o Setor de Apreensão de Objetos das Trevas que ficava no Departamento de Mistérios.


 


Como era de se esperar aquilo não foi o suficiente para causar a prisão de Lucius Malfoy, mas ele acabou tendo que pagar uma considerável fortuna como multa ao Hospital St. Mungus por colecionar objetos de magia negra, embora não sem antes precisar encher os bolsos de algumas pessoas dentro do Ministério.


 


Quando Harry chegou em casa naquela noite ele foi diretamente para a sala em que utilizava para treinar e colocou o diário de Tom Riddle dentro de uma estante nos fundos do lugar, onde ficavam alguns livros antigos, em seguida colocou alguns feitiços protetores ao redor do objeto, afinal não queria que Melissa acabasse pegando aquele diário como Gina fizera.


 


Enquanto saia da sala de treinamento Harry pensava nas melhores maneiras para destruir aquele objeto maldito, mas ele mesmo encontrara poucas opções, uma poção que custava muito caro devido a seus ingredientes raríssimos, veneno de basilisco ou veneno de acromântula, ou ainda o chamado Fogo do Inferno, mas esse feitiço era extremamente complicado e o moreno ainda não tinha domínio completo sobre ele, mas teria de conseguir logo para poder destruir as Horcruxes que ele encontrasse, afinal não podia deixá-las inteiras por muito tempo.


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Na manhã seguinte a ida na mansão Malfoy foi a vez dos aurores invadirem a Mansão dos Lestrange, embora tenha sido necessário desativar dezenas de feitiços protetores que rodeavam a mansão, mas como os moradores daquela casa acreditavam estar completamente seguros não haviam protegido o lugar com um Feitiço Fidelius.


 


Dessa vez o moreno não estava designado para ir até a Mansão dos Lestrange, mas pediu a seu chefe que o designasse junto com os outros dois inomináveis responsáveis pela invasão da casa, Liam acabou concordando mesmo achando estranho o pedido de um de seus melhores inomináveis, mas também não fez mais perguntas.


 


A invasão foi um pouco mais complicada do que todos esperavam, o que incluía o moreno. Apesar de não haver um feitiço fidelius escondendo a mansão, existiam vários feitiços de ocultamento e proteção em volta do local onde a mansão ficava.


 


Ela podia ser localizada normalmente, somente não era possível entrar nela sem acabar sofrendo uma morte terrível, foram necessários os esforços de Harry e dos dois outros inomináveis juntos para conseguirem quebrar todas as barreiras de proteção que havia em volta da região onde ficava a casa dos Lestrange.


 


Mas os esforços foram recompensados quando a enorme mansão ficou visível para todos eles e eles finalmente conseguiram adentrar a casa, Harry nunca pensou que veria um lugar que fosse mais sombrio e tenebroso do que a Mansão dos Black no Largo Grimmauld, mas estava enganado e percebeu isso enquanto olhava o interior da entrada da mansão, aquele lugar exalava magia das trevas, embora apenas ele conseguisse sentir aquilo.


 


O lugar estava repleto de objetos de artes das trevas e livros de magia negra, os aurores e os inomináveis fizeram a festa com a quantidade de artefatos que havia no lugar, diferentemente dos Malfoy, os Lestrange evidenciavam que eram adeptos das artes das trevas em todos os lados da mansão.


 


Harry analisou cada objeto que havia no interior da mansão procurando ansiosamente por algum objeto que pudesse conter um pedaço da alma maldita do Lorde das Trevas, mas acabou ficando frustrado quando não encontrou nada do tipo.


 


Mas foi quando saíram da mansão e retornaram para o Ministério da Magia que o moreno lembrou-se de um lugar muito mais seguro do que qualquer outro, pois não haveria melhor lugar para esconder um objeto de grande valor do que no Gringotts.


 


Sabia que o banco bruxo não era invulnerável, pois ele já fora invadido pelo próprio Lorde das Trevas quando ele tentou roubar a pedra filosofal, mas seria extremamente complicado ter acesso ao cofre dos Lestrange.


 


Harry sabia que seria praticamente impossível conseguir esse acesso sem roubar o conteúdo, mas ainda havia a possibilidade de Voldemort não ter deixado nenhum de seus objetos com Belatriz, embora o moreno duvidasse muito dessa possibilidade, pois se ele confiou uma de suas relíquias para Lucius, provavelmente deveria ter confiado uma a sua mais fiel comensal.


 


Mas ele invadiria o Gringotts apenas como ultima opção, afinal muita coisa poderia sair errada e ele poderia acabar sendo preso, o que não seria nem um pouco agradável por causa do que ele ainda precisava fazer, por isso iria atrás das outras horcruxes primeiro, se não conseguisse encontrar ela em lugar algum, então retornaria para essa opção e tentaria conseguir entra no cofre dos Lestange de alguma maneira, apenas por precaução Harry iria começar a traçar alguns planos para essa possibilidade.


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Mas o momento que fez Harry ter os melhores e os piores momentos de sua vida foi sem dúvida o dia em que a bolsa de Melissa estourou e ele precisou levá-la imediatamente para o hospital bruxo, eles haviam discutido e concordado que seria melhor que ela desse a luz no hospital bruxo que possuía mais recursos que o trouxa.


 


Acontecera no final de novembro, eles estavam deitados na cama e o moreno já estava praticamente adormecido quando a loira gritou que a bolsa havia acabado de se romper, o moreno imediatamente entrou em pânico, primeiro porque o medo invadiu o corpo dele, pois sabia que Melissa ainda não tinha nove meses de gestação, e em segundo lugar porque tudo o que ele havia lido nos livros desapareceu da mente dele tão rápido que o imobilizou.


 


- Harry! – gritou Melissa despertando o moreno do leve transe em que ele havia entrado olhando para o nada.


 


- O que? – gritou o moreno de volta voltando seus olhos verdes arregalados para a loira que naquele momento tinha uma careta na face.


 


- Droga Harry, estou dando a luz a nosso filho... – grunhiu Melissa enquanto olhava para o moreno de olhos arregalados a sua frente, em seguida a loira respirou fundo antes de falar novamente. – Será que você pode se concentrar por um momento e me levar para o hospital?


 


- Hospital? – repetiu Harry olhando anda atordoado para o rosto, em seguida o moreno percebeu subitamente as implicações daquela situação e levantou-se de um pulo da cama e indo diretamente até o guarda-roupa onde pegou uma calça jeans e uma camiseta, vestindo as peças de roupa em seguida, olhou para a loira e percebeu que ela ainda estava de camisola, mas naquele momento não importava muito.


 


Para o moreno os acontecimentos foram bastante rápidos a partir daquele momento, em um momento ele já tinha pegado Melissa nos braços e se encaminhado para a lareira que havia no quarto deles, a única lareira alem da que existia na sala de estar que era interligada com a rede de flú, embora houvesse uma senha para qualquer um que quisesse acessar a lareira de fora.


 


Eles chegaram ao Hospital St. Mungus logo depois e o moreno se dirigiu imediatamente para a recepcionista que estava de plantão naquele horário, a mulher que não deveria ter mais que vinte anos percebeu imediatamente do que se tratava e chamou duas enfermeiras com a voz magicamente amplificada ordenando em seguida que a sala de parto fosse preparada, Harry apenas agradeceu com um sorriso.


 


No momento seguinte duas mulheres vestidas de branco apareceram empurrando uma maca, ao lado delas vinha uma mulher usando um jaleco e um crachá de médica, o moreno julgou que talvez ela fosse uma obstetra.


 


- Boa noite. – a mulher disse olhando para Harry com um sorriso enquanto as duas enfermeiras indicavam a maca e logo depois ele depositava Melissa calmamente. – Eu me chamo Maurin, Doutora Maurin.


 


- Eu sou Harry. – disse o moreno com a voz revelando um pouco da ansiedade que estava sentindo naquele momento.


 


- É pai de primeira viagem Harry? – perguntou a Doutora Maurin não estranhando o rapaz a sua frente não ter revelado o sobrenome, pois normalmente os homens esqueciam dos detalhes mais triviais naqueles momentos.


 


- Sim. – concordou o moreno que não havia dito seu sobrenome de propósito, afinal não queria chamar nenhuma atenção naquele momento.


 


- Vamos para a sala de parto numero dois. – disse a Doutora para as duas enfermeiras que começaram a empurrar a maca sendo acompanhadas pela doutora.


 


- Espera. – gritou Harry fazendo com que as duas enfermeiras parassem no mesmo lugar e em seguida o moreno estava caminhando ao lado das mulheres enquanto segurava firmemente a mão da loira. – Mel... Mel, você está bem?


 


- Sim, estou.  –respondeu Melissa abrindo um pequeno sorriso apesar da careta dolorida que ela fez no momento em que uma contração a rasgou por dentro.


 


- O que você tem? – perguntou Harry com preocupação percebendo a careta de dor que Melissa fizera quando sorrira.


 


- Ela está com as contrações, Harry. – respondeu a Doutora Maurin antes que Melissa dissesse, pois ela novamente fizera outra careta. – Não se preocupe, isso é comum antes do parto acontecer, o corpo dela está se preparando para o nascimento.


 


- Vai nascer Harry... – a voz da loira soou levemente rouca enquanto duas lágrimas começaram a deslizar pelos belos olhos azuis da loira.


 


- Sim Mel, nosso filho ou filha vai nascer. – disse Harry se inclinando e beijando a loira nos lábios antes de beijar a bochecha dela em um gesto de carinho.


 


- Senhor, precisamos levar sua esposa para a sala de parto agora. – disse uma das enfermeiras em tom de voz firme.


 


- Eu vou junto. – disse Harry determinado olhando para a doutora que balançou a cabeça negativamente.


 


- Sinto muito Harry, mas não é permitido que o pai esteja presente na hora do nascimento. – disse a Doutora Maurin e quando viu que o moreno a sua frente iria insistir ela disse. – São normas do próprio hospital.


 


- Certo. – grunhiu Harry em tom frio antes de voltar os olhos para a loira que tinha outra careta no rosto. – Até daqui a pouco Mel.


 


- Ahan, até... – respondeu a loira com a voz baixinha enquanto se afastava na maca, mas o moreno ainda pode ouvir a seguinte frase da loira. – Você verá eu e o nosso filho...


 


Harry soltou o ar com força de seus pulmões assim que viu a doutora desaparecer por portas duplas com a maca onde Melissa estava deitada. Ela havia ido, estava a caminho da mesa de parto e tudo o que restava para ele fazer era esperar, expeliu com violência o ar novamente antes de se lembrar de Lílian e Tiago, queria compartilhar aquele momento com os pais, mesmo eles não sabendo quem ele era de verdade.


 


Pegando a varinha ele concentrou-se e executou um feitiço patrono e concentrando-se na mensagem que queria transmitir enviou o animal prateado para a casa dos Potter, em seguida ele recostou-se contra a parede e fechou os olhos lembrando-se dos livros que lera e que comentavam que aquela espera poderia ser bem curta como também bastante longa, ficou nesses pensamentos por vários minutos.


 


- Harry. – uma voz feminina chamou seu nome e quando o moreno olhou para o final do corredor viu Lílian caminhando em sua direção.


 


- Que bom que veio Lílian. – disse Harry com um suspiro, estava tentando ser forte, mas sabia que até mesmo durante o processo de gravidez ocorriam mortes, nada era cem por cento garantido e ele tinha medo que acontecesse com ele.


 


- Como ela estava, Harry? Você falou com ela? – perguntou a ruiva com um tom de voz preocupado na voz.


 


- Ah, ela estava bastante bem tirando as contrações, ela entrou a poucos minutos na sala. – respondeu Harry vagamente.


 


- Vem, vamos até a sala de espera, os outros estão lá. – a ruiva disse pegando na mão do moreno e o puxando pelo caminho que ela havia feito até onde ele estava.


 


- Que outros? – perguntou Harry em tom de voz curioso, afinal havia chamado apenas Lílian e Tiago, não havia avisado mais ninguém.


 


- Tiago, Remus, Sirius e Marlene, assim como a filhinha do Sirius e o Edward. – respondeu Lílian olhando de repente para Harry. – Quando recebemos seu patrono eu e o Tiago avisamos os outros, achamos que seria bom eles estarem aqui, mas se não me desculpe...


 


- Não, tudo bem Lílian. – disse Harry balançando a cabeça, afinal seria bom começar a interagir com eles desde cedo, pelo menos seu filho teria alguns amigos.


 


Quando eles chegaram a sala de espera todos estavam calmamente sentados nos bancos que havia na sala, assim que Harry e Lílian entraram foram abordados pelas pessoas dentro da sala, Tiago e Sirius queriam saber como ele estava, pois já haviam passado pela mesma situação em que o moreno se encontrava e sabiam muito bem como era complicado esperar.


 


Marlene ficou mais interessada em perguntar sobre Melissa e sobre como a garota estava quando entrou na sala de maternidade, o moreno foi apresentado a filha do casal Black, Ângela Black, que aprecia extremamente comportada sentada no banco e olhando para os adultos, Harry calculou que ela deveria ter dois anos de idade ou um pouco mais já que falava quase normalmente, o que era um grande feito para uma criança.


 


As horas passaram rapidamente enquanto eles conversavam na sala de espera, Harry de vez em quando caminhava de um lado ao outro da sala, odiando cada segundo que precisava esperar, ele se considerava um cara paciente, mas aquilo já havia ultrapassado todos os seus limites e ele estava a ponto de ir até a maternidade e invadir o lugar a força quando a Doutora Maurin abriu a porta da sala de espera fazendo Harry quase voar em cima dela.


 


- Então? – perguntou Harry revelando sua ansiedade e preocupação na voz enquanto olhava atentamente para o semblante da medi-bruxa tentando descobrir pela expressão dela alguma coisa, mas seus medos de que alguma coisa saíra errado dissiparam-se quando a medi-bruxa sorriu largamente antes de falar.


 


- Meus parabéns papai, é um garoto muito sadio, pelo menos a julgar pela maneira como gritou quando nasceu. – gracejou a medi-bruxa olhando sorridente para o moreno.


 


- isso, mais um Potter no mundo. – gritou Tiago as costas do moreno fazendo Lílian revirar os olhos, mas a medi-bruxa entrecerrou os olhos analiticamente e de repente arregalou os olhos azuis olhando espantada para o moreno.


 


- Você disse que seu nome era Harry... – sussurrou a medi-bruxa pra si mesma antes de exclamar alto. – Merlin, você é Harry Potter.


 


- Sim, sou eu. – retrucou Harry sem se importar com a declaração da medi-bruxa. – Será que eu posso ir até lá agora?


 


- É claro. – disse a medi-bruxa sorrindo mais largamente naquele momento antes de exclamar. – Puxa vida, acabei de trazer ao mundo o filho de Harry Potter.


 


Harry acompanhou a medi-bruxa pelos corredores do hospital até a maternidade, local que ele lembrava-se muito bem do dia em que fizera Lílian mudar o nome do filho dela, momentos depois Harry entrava no quarto onde Melissa havia sido instalada depois de ter dado a luz ao filho de ambos, ela estava com a aparência extremamente cansada e esgotada, mas segurava firmemente um pequeno embrulho nos braços.


 


- Nosso bebê Harry... – sussurrou Melissa quando o viu entrando pela porta, as lágrimas escorriam livremente pela face da loira.


 


- Sim Mel, ele é nosso. – disse Harry se aproximando e dando um beijo na testa da mulher e depois no rostinho do bebê.


 


Um sentimento intenso preenchia o peito do moreno, algo que ele nunca havia sentido antes, pois pela primeira vez na sua vida ele tinha uma família, uma família que era apenas dele e de ninguém mais, naquele momento fez um juramento silencioso de que não deixaria ninguém machucar sua família, nunca.


 


O moreno apenas não sabia que futuramente ele falharia com esse juramento.


 


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Kikawicca: que bom que gostou da fic, fico feliz que a historia tenha agradado tanto. O Harry voltou decidido a ser outra pessoa e se tornar mais poderoso, conseguiu as duas embora ainda esteja bem longe de ser tão forte como Voldemort é, o Lorde Negro somente foi derrotado porque subestimou o inimigo, o que não acontecerá duas vezes. O Dumbledore vai ter seu tempo e o Harry ainda vai castigar o velho um pouquinho, mas Dumbledore não vai morrer, pelo menos não nas mãos do Harry. A morte da Melissa está planejada para daqui a quatro capítulos se eu não me engano. Beijos meus e da Nick.


 


Anderson potter: com certeza que os garotos vão ser treinados, Harry sentiu na pele o que era uma vida sem preparação. O filho do Harry vai sim ser um bruxo. Parabéns pelo comentário numero cem fera. Um premio? Ano sei cara, me diz você...


 


 


 


 

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