Capitulo 15 – Ele está morto!



Capitulo 15 – Ele está morto!


 


 


Alvo Dumbledore estava confortavelmente sentado na mesa dos professores no salão principal de Hogwarts, a festa de Haloween seguia animadamente e os estudantes estavam alegres mesmo naqueles tempos sombrios em que eles viviam.


 


O diretor de Hogwarts estava um pouco preocupado com aquele silêncio que Voldemort colocara, não que os comensais não continuassem atacando, apenas que a intensidade deles havia diminuído drasticamente, como se Voldemort estivesse preparando algo grandioso para muito em breve, o que era provavelmente verdade.


 


Segundo Severo Snape, o espião que ele tinha nas fileiras do Lorde das Trevas, Voldemort estava bastante ansioso com algo enquanto preparava seus comensais. E pelo que pudera entender do que Snape havia dito, o Lorde das Trevas esperava não ter mais ninguém que pudesse derrotá-lo muito em breve, o que significava que provavelmente haveria uma tentativa de ataque contra os Potter, mas quanto aquilo Dumbledore estava tranqüilo, afinal eles estavam escondidos e protegidos de uma maneira que nem mesmo Voldemort poderia atingir a família.


 


Naquele instante Alastor Moody adentrou pela porta lateral do salão principal andando de maneira apressada e pela expressão preocupada e urgente que o auror demonstrava Dumbledore soube que a coisa não seria boa, e mesmo que o diretor não houvesse visto a expressão do auror ele já saberia que algo não andava bem, pois apenas com em casos urgentes Moody utilizava a lareira secreta que ligava o Ministério a Hogwarts.


 


- Alastor. – Dumbledore havia se levantado e se encaminhado até o auror preocupado que parou em frente ao diretor. – O que houve?


 


- Detectamos feitiços proibidos e alguns mais antigos sendo utilizados no povoado de Godric’s Hollow, também captamos maldições imperdoáveis e magia negra poderosa. – Declarou Moody sem preâmbulos enquanto se encaminhava para fora do salão principal pelo mesmo local em que entrara, mas desta vez acompanhado pelo diretor.


 


- Não pode ser onde os Potter estão. – disse Dumbledore firmemente enquanto balançava a cabeça. – Eles estão protegidos sob o feitiço do fiel do segredo e tenho certeza que Sirius Black não trairia Tiago Potter.


 


- Eu não sei, mas já deixei uma equipe em alerta máximo no Ministério, inclusive alguns membros da Ordem. – Moody falou enquanto entrava na lareira secreta e pegava o pó de flú. – Eles estão prontos e assim que chegarmos partiremos para o povoado, pois acredito que o próprio Você-Sabe-Quem esteja no local.


 


- Ok, então vamos. – Dumbledore falou preocupado, pois se Voldemort realmente estivesse em Godric’s Hollow, então os Potter estavam em perigo e ele precisava assegurar a sobrevivência de Edward, pois o garoto seria a chave para o futuro da guerra, um futuro onde ele novamente seria aclamado como o herói do mundo mágico.


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Lílian observava a luta que se desenvolvia entre seu marido e Harry contra o Lorde das Trevas e após um poderoso feitiço ter sido lançado pelo Lorde Negro e depois de Harry se desviar dele atingindo assim a parede da casa que começou a desmoronar foi que a ruiva percebeu que em breve a casa estaria em pedaços e Edward ainda estava lá dentro.


 


Movida por uma força desconhecida até então por Lílian ela avançou rapidamente em direção a casa adentrando ao lugar que já estava tremendo fortemente, não se importando com os pedaços de destroços que começaram a cair do teto a ruiva correu diretamente até a cozinha onde ela havia deixado seu filho.


 


Entrou no local e se dirigiu até onde Edward estava chorando aos berros, ajoelhando-se ao lado da mesa onde havia deixado o filho protegido e assim que desfez o feitiço de proteção que ela havia colocado ao redor do pequeno bebê o pegou nos braços e depois de apertá-lo fortemente começando a acalmá-lo em seguida.


 


- A mamãe está aqui filho. – sussurrou Lílian calmamente, mesmo que por dentro estivesse tremendo de medo.


 


O barulho da batalha era possível de se ouvir de onde ela se encontrava e Lílian apenas podia imaginar o que estava acontecendo, enquanto rezava para que o marido e Harry estivessem bem e que eles conseguissem vencer o Lorde Negro, mesmo que essa possibilidade fosse muito fraca, afinal eles estavam duelando com o maior bruxo das trevas que já se teve notícia e que ninguém além de Dumbledore realmente conseguia enfrentar, exceto é claro Harry que havia atingido o bruxo das trevas pouco tempo atrás no Ministério Bruxo.


 


A mulher estava prestes a se levantar com o filho nos braços para se dirigir para o lado de fora onde poderia ver o que estava acontecendo quando um forte barulho de explosão soou ao mesmo tempo em que a casa estremecia fortemente e tudo ao redor começava a despencar ao redor de onde Lílian estava e quando ela tentou correr em direção a porta uma parte do teto despencou bem em frente aos olhos da ruiva bloqueando-lhe o caminho.


 


Com o teto desabando ao seu redor Lílian fez a única coisa que achou racional naquele momento, virou as costas e correu rapidamente até a mesa e entrando embaixo da mesma no exato instante em que as paredes ruíram e o teto finalmente cedeu caindo por cima da mesa em que a ruiva estava escondida com seu pequeno bebê.


 


Lílian sabia que a mesa não resistiria ao peso dos entulhos que desabavam, por isso soltou o filho no chão e o protegeu com seus braços e seu corpo no instante em que as pernas metálicas da mesa começaram a ceder e vergaram lentamente deixando a ruiva em pânico, desesperada por salvar pelo menos a vida do filho a mulher apertou firmemente a varinha em sua mão enquanto pensava em um encantamento que protegesse o filho.


 


Sabia que não poderia utilizar um feitiço escudo ou um outro protetor, pois os objetos sólidos atravessavam os escudos mágicos com bastante facilidade, afinal aquela era uma das leis fundamentais da magia e qualquer bruxo saberia sobre elas.


 


Quando as pernas de ferro da mesa rangeram perigosamente Lílian entrou em desespero e sem nenhuma idéia boa o bastante que ajudasse a ela a salvar a vida dela e do filho a ruiva optou pela única possibilidade que lhe vinha a mente e que certamente salvaria apenas o seu filho, mas por ele ela morreria contente.


 


A ruiva utilizou alguns encantamentos para transformar em estacas de madeira alguns pedaços de pedra do teto que estavam ao alcance de sua mão, em seguida os colocou rapidamente em uma posição que bloqueariam o caminho para que Edward não fosse esmagado quando a mesa cedesse finalmente e desabasse sobre eles o que ela sentia que estava prestes a acontecer, por isso sem tempo a perder a ruiva fez um breve movimento com a varinha enquanto sussurrava.


 


- Steel. – a voz da ruiva soou fraca e baixinha devido ao cansaço que ela já sentia, em seguida uma luz acinzentada brilhou nas estacas de madeira que em poucos segundos transformaram-se em estacas de aço puro.


 


Lílian sorriu pelo sucesso de seu trabalho enquanto a inconsciência chegava para ela rapidamente, mas antes que ela encontrasse a escuridão que a esperava a ruiva ouviu o barulho da mesa cedendo sobre o peso de todas as centenas de quilos que estavam por cima dela naquele momento e antes de desmaiar Lílian sentiu fortes dores na parte inferior de seu corpo e soube que suas pernas haviam sido esmagadas pelo peso dos entulhos, mas aquele era um preço pequeno que ela pagaria de bom grado pela vida do filho.


 


O último pensamento coerente de Lílian Potter foi o desejo de que o marido e Harry houvessem conseguido vencer o temido Lorde das Trevas.


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Um pouco afastado de Godric’s Hollow, Sirius tentava desesperadamente fazer com que sua moto voasse mais rapidamente, mas com aquele vento que batia furiosamente estava sendo quase impossível aumentar a velocidade.


 


Ele queria forçar mais ainda sua moto, mas o animago sabia perfeitamente bem que sua moto voadora se encontrava em seu limite máximo e dificilmente haveria uma maneira para que ela voasse mais rápido.


 


Quando finalmente Sirius adentrou aos arredores do povoado onde os amigos estavam escondidos parecia que haviam se passado varias horas desde que ele saíra da casa em que Rabicho estava escondido, naquele momento Sirius começou a descer rapidamente enquanto o local onde deveria existir a casa de seus amigos ficava visível.


 


O vento era gélido e arrepiante, mas antes mesmo de que Sirius conseguisse ter uma visão completa do quadro sobre o que acontecera naquele local, o animago sentiu uma onda de pavor mórbido maior do que qualquer coisa que ele já houvera sentido em toda sua vida, foi naquele instante que ele percebeu a verdade nua e crua que caiu em cima dele como se fosse uma bomba. Pedro, aquele que eles consideravam um amigo, os havia traído e entregado a localização de onde Lílian e Tiago Potter estavam escondidos com o filho.


 


Antes mesmo de pousar sua moto uma cena chamou sua atenção, um grupo de bruxos havia aparatado próximo do local onde ficava a entrada da casa dos Potter e imediatamente eles lançaram dezenas de feitiços contra alguém que caminhava pelos escombros da casa.


 


Somente naquele instante Sirius saiu do torpor que a dor da traição e do medo o haviam causado e pode visualizar o que realmente acontecia e não o que seu subconsciente temia que tivesse acontecido, viu o homem que estava encapuzado desviar-se da maioria dos feitiços, mas ele ainda acabou sendo atingido por um jato azulado que o arremessou violentamente para trás, em seguida escutou a voz de seu amigo Pontas gritando contra Dumbledore, assim como Lílian berrava para os bruxos enquanto corria para o estranho que parecia estar morto.


 


Então a verdade varreu o corpo de Sirius enquanto o alivio o inundava de uma maneira forte e selvagem. Seus amigos estavam vivos, quase gritou em alegria, mas ficou em silêncio ao perceber que Pontas parecia furioso com Dumbledore, por isso Sirius aproximou-se para tentar entender o que estava acontecendo e o pouco que ouviu foi o suficiente para o animago saber que o homem encapuzado fora responsável por salvar a vida de seus amigos, o que por siso já o deixava com uma gratidão imensa para com ele.


 


Foi com surpresa que descobriu que o estranho se parecia muito com Tiago fisicamente, o que o fez perceber que ele na certa era um Potter, apenas estranhou o motivo de nunca o ter conhecido antes, então lembrou-se de uma conversa que tivera com os pais de Tiago a quase um ano quando fora comunicado de um parente que estava perdido, o filho do sobrinho de Joseph Potter, o garoto ao qual ele nunca havia visto, pelo menos não até agora.


 


Ouviu a conversa sobre o estado de coma do garoto e temeu por ele, mas então seus pensamentos e seus olhos foram atraídos por uma voz feminina que gritava algo e quando Sirius descobriu a fonte dos gritos ficou surpreso com o que viu.


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Harry estava se sentindo extremamente fraco naquele momento, a energia que ele utilizara durante a batalha contra Voldemort praticamente o esgotara e se ele ainda não havia se entregado ao cansaço e a inconsciência era pelo simples motivo de que o desespero não o permitira, afinal sua “mãe” e “ele” próprio estavam soterrados embaixo dos escombros do que uma vez fora o esconderijo da Família Potter.


 


Tiago por sua vez mostrava-se desesperado enquanto movimentava a varinha rapidamente levitando pedaços de escombros e os arremessando para onde uma vez estiveram os jardins da casa, ao contrário de Tiago, Harry retirava escombro por escombro de maneira calma e controlada, pois sabia que o desespero não ajudaria em nada e apenas atrapalharia todo o trabalho que eles ainda tinham pela frente antes de achar Lílian.


 


Harry tinha a impressão de que Lílian provavelmente estaria no local onde ela escondera o pequeno Edward e se ele não estava enganado a mulher havia deixado o filho protegido na cozinha da casa, com isso em mente Harry avançou calmamente para o local onde imaginava que uma vez fora a cozinha da casa.


 


O moreno de olhos verdes retirava um pedaço enorme do que uma vez fora o teto da casa quando ouviu um pequeno choro de criança seguido por uma vozinha de bebê chamando pela mãe, instantaneamente alerta Harry voltou-se para onde Tiago estava.


 


- Acho que os achei Tiago. – Harry falou em voz alta fazendo com que o auror virasse a cabeça em direção de onde Harry estava tão rapidamente que foi possível ouvir o barulho do leve estralo que o pescoço do homem fez.


 


- Onde? – perguntou Tiago desesperado quando chegou próximo ao garoto percebendo que não havia nenhum vestígio da mulher e do filho por perto.


 


- Eles estão por aqui, eu escutei a voz do Edward. – respondeu Harry calmamente enquanto levitava outro pedaço de escombro e o arremessava em direção aos jardins que naquele momento encontravam-se repletos de escombros.


 


Balançando a cabeça afirmativamente e resolvendo confiar no homem que salvara sua vida aquela noite duas vezes, Tiago começou a trabalhar ao lado de Harry na retira dos entulhos e aos poucos foram fazendo progressos até que o próprio Tiago conseguiu ouvir a voz do filho muito próxima, naquele momento ele quase perdeu o equilíbrio emocional, mas conseguiu se controlar afinal a vida de sua mulher e de seu filho estavam em risco.


 


- Espere. – Harry falou de repente enquanto fechava os olhos e se concentrava na energia vital ao seu redor.


 


- Esperar o que Harry? – Tiago rosnou em voz alta e furiosa. – Será que você não percebe que cada segundo pode custar a vida da minha família?


 


- Papa? – a voz chorosa de Edward chamou de um local bem em frente aos dois homens, exatamente no local onde ele e Harry estavam retirando os entulhos.


 


- Filho? – chamou Tiago enquanto lágrimas enchiam os olhos do auror que deu um passo para frente enquanto erguia a varinha pronto para retirar os escombros que o estava separando de seu pequeno filho, mas foi interrompido pela mão de Harry que o segurou pelo braço e quando Tiago tentou se desvencilhar o moreno de olhos verdes o segurou com mais força. – Me larga Harry, eu preciso ajudar meu filho.


 


- Lílian está com Edward. – disse Harry com voz calma e firme fazendo os olhos do auror brilharem em algo quase a contentamento, mas quando Harry voltou a falar a voz dele estava objetiva e fria. – Ela está inconsciente e muito fraca, perdeu bastante sangue e se retirarmos aquele escombro de cima dela, provavelmente ela morrerá de hemorragia.


 


- Merlin. – Tiago sussurrou com voz incrédula enquanto entrava em completo desespero e seus olhos se enchiam de lágrimas.


 


- Se fizer o que eu disser tudo dará certo. – falou Harry novamente soltando o braço de Tiago que apenas acenou em concordância com a cabeça, pois se encontrava incapaz de articular uma palavra sequer. – Ótimo, eu não sei exatamente como Lílian está e nem o Edward, então eu preciso que no momento em que eu retirar os escombros você retire Edward de perto da mãe imediatamente, depois eu me encarrego de ajudá-la, entendeu?


 


- Sim. – respondeu simplesmente Tiago não confiando em sua voz para dizer nada mais do que aquilo, pois apenas de imaginar o que podia acontecer com sua esposa o fazia ficar completamente paralisado pela dor.


 


Harry respirou fundo enquanto dava dois passos para frente e apontava a varinha para o local onde sabia que se encontravam Lílian e o pequeno Edward, sentiu Tiago se aproximar e se colocar ao seu lado e depois de mais um segundo Harry fez um rápido giro com sua mão movimentando a varinha enquanto pronunciava um feitiço de levitação que fez com que os escombros flutuassem a cerca de um metro de altura e em seguida Harry moveu bruscamente a varinha jogando os escombros para longe das duas pessoas que ali estavam.


 


O barulho do golpe seco que os escombros fizeram ao se chocar com o chão reverberaram pelo local enquanto Harry e Tiago avançavam rapidamente os poucos metros que os separavam de Lílian e de Edward.


 


Assim que foi possível ver onde se encontravam exatamente Lílian e Edward, Tiago avançou os poucos metros que o separavam de sua família e quando viu os estado em que sua mulher se encontrava desejou se ajoelhar ao lado dela e a pegar no colo, mas como Harry havia ordenado ele limitou-se a pegar Edward e o afastar da mãe, logo depois o auror afastou-se dois metros de onde sua esposa estava e sentou-se no chão com o filho enquanto olhava Harry que havia corrido ao lado dele e se ajoelhado ao lado do corpo imóvel de Lílian.


 


- Mama... – chamou Edward tentando se soltar dos braços de Tiago que o apertou com mais força contra seu corpo.


 


- Eu sei meu filho. – sussurrou Tiago, pois ele também queria se aproximar de Lílian, mas sabia que Harry estava certo.


 


Assim que Harry ajoelhou-se ao lado do corpo de Lílian ele apontou a varinha em direção da mulher ruiva enquanto executava feitiços de cura não-verbais. A primeira coisa que ele fez foi estancar o sangramento e interromper a hemorragia externa, mas o moreno sentia que a hemorragia também ocorria internamente, por isso precisava agir rápido ou então Lílian acabaria morrendo em poucos minutos.


 


- Weize. – sussurrou Harry e um jato branco perolado saiu de sua varinha percorrendo o corpo da ruiva que brilhou em um tom de branco fantasmagórico enquanto o feitiço de cura percorria todo o corpo dela.


 


Aquele era um feitiço restaurador que curava qualquer nervo que houvesse se rompido internamente ou qualquer outro ferimento interno que existisse no corpo da vítima, inclusive a hemorragia interna estava sendo curada naquele momento.


 


Harry sabia que Lílian estava com as duas pernas esmagadas e enquanto o feitiço restaurador reparava os danos causados nas pernas da ruiva, o moreno pensava na melhor maneira de remendar os ossos quebrados e esmagados, uma imagem nada agradável de seu segundo ano em Hogwarts invadiu sua mente e ele precisou fechar os olhos com força para espantar os flashes que o abordavam, aquele tipo de feitiço era o único que ele não gostava de realizar, afinal suas lembranças e recordações eram péssimas, mas forçando a si mesmo o moreno ergueu a varinha dessa vez apontando para as pernas da mulher.


 


- Curian Kell. – as palavras do moreno não passaram de um sussurro e Tiago que estava a menos de três metros de onde o moreno de olhos verdes estava não pode ouvi-las, em seguida um feixe de luz amarelada partiu da varinha de Harry atingindo as pernas de Lílian e as envolvendo, no mesmo momento a mulher despertou gritando pela dor que estava sendo causada devido ao processo de recuperação dos ossos dela.


 


Com a mão esquerda Harry segurou no tórax de Lílian impedindo-a de se levantar e executando também um feitiço de paralisação nas pernas da ruiva, menos de dois segundos depois Lílian desabou pesadamente para trás arfando fortemente enquanto o feitiço de cura terminava de remendar os ossos das pernas dela.


 


- Tudo bem Lílian. – disse Harry abaixando a varinha e também respirando um pouco forçadamente devido a seu intenso desgaste mágico.


 


- Edward... – Lílian falou desesperada enquanto olhava para todos os lados até que os olhos verdes da mulher pousaram nas figuras recortadas do marido e do filho caminhando até onde ela se encontrava e assim que Tiago esteve perto o bastante da mulher ajoelhou-se ao lado dela abraçando-a de maneira apertada.


 


Harry levantou-se vagarosamente enquanto que a família estava reunida, Lílian e Tiago choravam agarrados um ao outro e sussurravam palavras que Harry não pode ouvir e secretamente ele nem mesmo queria ouvir.


 


O moreno de olhos verdes afastou-se levemente do casal e ficou a cerca de cinco metros de onde eles estavam, a varinha ainda estava firmemente apertada enquanto Harry tentava desesperadamente recuperar as forças, sentia que desmaiaria a qualquer segundo.


 


Enquanto os três Potter ainda encontravam-se abraçados Harry percebeu que ainda estava utilizando o sobretudo negro e o capuz cobria seu rosto inteiramente, o que o fez sorrir ligeiramente ao mesmo tempo que escutava um barulho de motor a distancia e depois de um segundo compreendeu o que aquele barulho significava e um sorriso pequeno brincou nos lábios do moreno que virou-se para os três Potter.


 


Harry estava pensando em lhes avisar que Sirius estava chegando, mas naquele exato momento Dumbledore aparatou bem em frente aonde uma vez existia a casa dos Potter, junto com o diretor de Hogwarts haviam algumas outras pessoas, em sua maioria membros da Ordem da Fênix. Quando o diretor pousou os olhos na Família Potter abraçada e em seguida viu a figura de Harry se aproximando dos três e com a varinha firmemente segura em sua mão direita, Dumbledore interpretou as coisas erroneamente, assim como os outros bruxos que o acompanhavam que imediatamente apontaram as varinhas contra o garoto.


 


No momento em que todos os bruxos que haviam aparatado no local apontavam a varinha contra Harry e gritavam diversos feitiços diferentes, Lílian e Tiago perceberam a chegada de Dumbledore e dos outros, mas perceberam tarde demais que o grupo de bruxos pretendia atacar Harry provavelmente imaginando que ele os estava atacando, e quando gritaram não para o grupo os feitiços já haviam sido disparados contra Harry.


 


Devido ao cansaço e o desgaste mágico que Harry sofrera, o moreno não tinha poder o bastante para se defender dos diversos feitiços que foram lançados contra ele, por isso optou pela única alternativa que lhe sobrara além de ser atingido implacavelmente por eles. O moreno de olhos verdes se jogou para seu lado esquerdo desviando-se de quase todos os feitiços, mas devido aos destroços da casa ele chocou-se contra um pedaço de uma parede que perfurou a lateral de seu corpo ao mesmo tempo em que era atingido em cheio no peito por um feitiço antigo e negro que havia sido lançado por ninguém menos que Dumbledore.


 


No momento em que Harry era jogado brutalmente para trás pelo impacto do jato de luz azulada lançada pelo diretor de Hogwarts enquanto dezenas de cortes rasgavam o peito do moreno que se chocou violentamente contra o chão à cinco metros de distancia do local em que ele fora atingido pelo feitiço, Sirius pousava sua moto próximo ao local vendo o arco que o corpo do estranho de capuz fez no ar ao ser atingido.


 


- O que você fez? – Tiago berrou com fúria enquanto olhava para Dumbledore e segurava o filho em seus braços.


 


- Vocês ficaram loucos? – Lílian gritou ao mesmo tempo que o marido, mas ela corria para o corpo estendido do moreno.


 


- Mas ele estava... – Moody começou a falar tentando se explicar e entender o que estava acontecendo ao mesmo tempo, mas foi cortado por Tiago.


 


- Ele salvou nossas vidas, seus imbecis. – gritou Tiago enquanto Sirius se juntava ao bolo de bruxos que tentava entender o que havia acontecido.


 


- Mas... – um outro membro da ordem tentou falar, mas um olhar selvagem e frio de Tiago o fez ficar em silêncio.


 


- Acalme-se Tiago. – Dumbledore falou enquanto saia do grupo de bruxos e se aproximava do auror que olhou de maneira agressiva para o diretor. – Nós chegamos aqui e vimos ele com a varinha apontada para vocês enquanto se aproximava de onde estavam, o que mais nós poderíamos pensar que ele iria fazer a não atacá-los?


 


- Pois ele salvou a mim e a minha família da morte hoje a noite Dumbledore, quando você prometeu pra mim e pra minha mulher que nós estaríamos em segurança e que se Voldemort nos encontrasse e viesse atrás de nós você viria para nos ajudar. – Tiago falou com a voz fria enquanto apontava um dedo acusadoramente para o peito do diretor de Hogwarts. – Pois já faz mais de uma hora que Voldemort apareceu aqui para matar meu filho e apenas agora que você apareceu, enquanto que o homem que vocês acabam de atacar veio nos ajudar a lutar contra o Lorde Negro e salvou minha vida duas vezes apenas hoje.


 


- Onde está Voldemort? – Dumbledore perguntou ignorando o discurso de Tiago enquanto passeava seus olhos através de toda a destruição.


 


- Está morto, não graças a você é claro. – Tiago falou com deboche na voz fazendo os olhos do diretor voltarem tão rápido para o auror que foi possível ouvir um pequeno estralo no pescoço do diretor quando o mesmo movimentou a cabeça, até mesmo o grupo de bruxos engasgou enquanto olhavam incrédulos para o auror.


 


- Como assim morto? – questionou Moody com a voz no que pareceu um rosnado antecipando a Dumbledore na pergunta.


 


- Morto. – disse simplesmente Tiago, mas vendo o choque no semblante de todos os bruxos acrescentou com secura. – O homem que vocês atacaram matou Voldemort hoje a noite, além dele ter curado Lílian que estava quase morta.


 


Em seguida o auror deu as costas ao grupo e se encaminhou para onde a mulher estava ajoelhada ao lado do corpo de Harry, exatamente como acontecera poucos minutos antes, só que as posições invertidas.


 


- Como ele está? – Tiago perguntou urgentemente enquanto se ajoelhava ao lado da esposa que executava feitiço atrás de feitiço tentando curar Harry.


 


- Eu não sei exatamente. – Lílian falou enquanto disparava mais um feitiço de cura em Harry no mesmo momento em que Sirius se ajoelhou ao lado do amigo.


 


- Como assim? – perguntou Tiago preocupado com o que a mulher falara, afinal quando Lílian não sabia exatamente de alguma coisa, a coisa não era boa.


 


- Ele não está reagindo. – disse a ruiva respirando com calma enquanto as lágrimas enchiam os olhos verdes.


 


- E o que isso quer dizer? – Sirius perguntou um pouco confuso enquanto via a preocupação nos olhos dos amigos.


 


- Tio. – chamou Edward choroso enquanto apontava ambas as mãos para o corpo inconsciente de Harry.


 


- Eu sei meu amor. – Lílian sussurrou par ao filho antes de voltar seus olhos para Sirius e depois para o marido. – Eu o curei, mas a mente dele se recusa a despertar, acredito que ele esteja em coma profundo agora e só irá acordar quando quiser.


 


- Merda. – praguejou Tiago em voz alta devido ao choque daquela noticia, o que o surpreendeu foi o fato de Lílian não o ter repreendido pelo palavrão, pois ela sempre o fazia, principalmente se ele estivesse em frente ao filho de ambos.


 


Naquele momento eles foram tirados do momento de silêncio por uma voz feminina vociferando contra alguém e quando olharam em direção de onde o som vinha se surpreenderam com a cena que eles viram.


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Pela lente do rifle Melissa viu o desenrolar dos acontecimentos na casa em frente de onde ela estava, é claro que ela sabia muito bem do que o marido era capaz e já o vira dezenas de vezes treinando, mas nunca o havia visto duelando seriamente com alguém, e aquela experiência seria inesquecível para o resto de sua vida.


 


Ela ofegara com cada golpe e feitiço que haviam sido lançados tanto por Harry como por Tiago, inclusive o tal Voldemort. Cada segundo ela admirava mais e mais a magia e o que podia ser feito e realizado através dela.


 


A loira suspirara aliviada quando finalmente Harry dera o golpe final no tal Lorde, e em seguida acompanhara os esforços dele e de Tiago para retirarem os escombros enquanto torcia para que a mulher ruiva e o filho estivessem bem, não tivera muito contato com os Potter e mesmo assim aprendera a gostar deles.


 


Foi com alivio que ela viu o momento em que conseguiram encontrar a mulher e o filho, a loira acompanhou o processo de Harry curando a mulher ruiva, mas com o que aconteceu a seguir uma onda de ódio varreu o corpo de Melissa quando viu o grupo de bruxos lançando feitiços contra Harry, mas o ódio transformou-se em dor quando viu Harry ser atingido por um dos feitiços, ela reconheceu o autor do mesmo como sendo o velho de barba branca que ela encontrara tanto tempo atrás no Ministério da Magia.


 


Resistindo ao instinto de dar um tiro no velhote naquele mesmo instante, Melissa levantou-se da poltrona em que estivera sentada e antes de se dirigir para a porta pegou um frasco azul metálico que Harry dissera que era para emergência, e aquela com certeza era uma emergência, a ocasião perfeita para o teste daquela poção que Harry estivera preparando.


 


Abriu a porta da casa e ganhou o ar noturno, por causa da gravidez ela caminhava com dificuldade e bem mais lentamente do que ela gostaria. Quando Melissa se aproximou de onde o grupo de bruxos estava alguns fizeram menção de interceptarem o caminho da loira, mas um olhar frio e gelado por parte dela os deteve imediatamente.


 


Sem se preocupar com nenhum dos bruxos que se encontravam no local, nem mesmo com dois que ela reconhecera do dia em que Harry fizera os testes no Ministério da Magia, Melissa dirigiu-se diretamente a Dumbledore, que fora o autor do feitiço que atingira Harry, os olhos azuis do velho bruxo examinavam a loira da cabeça aos pés, principalmente para a barriga protuberante que ela demonstrava possuir.


 


- Srta. Stuart, o que... – Dumbledore falou inclinando a cabeça, mas antes de poder terminar a frase foi cortado pela voz fria da garota.


 


- Potter. – disse Melissa cortando o diretor enquanto dava mais um passo na direção do velho, que olhou-a de cima a baixo novamente antes de sorrir de maneira bondosamente falsa, a loira sabia que ele a considerava indefesa por causa da gravidez, o que era um erro grotesco visto que ela tinha uma pistola nas costas. – Agora sou a Sra. Potter.


 


- Bem Sra.... – mas o resto da frase do diretor ficou no ar, pois no instante seguinte levou um soco no rosto.


 


- Isso é por ter lançado um feitiço no meu marido, velhote. – vociferou Melissa friamente enquanto se afastava de onde os bruxos estavam e se encaminhava para onde Harry se encontrava inconsciente e onde três outros bruxos a olhavam incredulamente. Assim que chegou perto deles perguntou firmemente. – O que foi?


 


- Nada. – apressaram-se a responder Tiago e Sirius causando um pequeno sorriso em Lílian e em Melissa.


 


- Ótimo. – disse simplesmente a loira enquanto estendia o frasco de poção para Lílian que a pegou mesmo sem saber o que era aquilo, vendo o olhar curioso da ruiva Melissa se apressou a falar. – Pingue duas gotas dessa poção nos lábios de Harry.


 


Mesmo não entendendo o motivo para aquilo Lílian fez o que a garota loira ordenou pingando duas gotas entre os lábios do moreno no chão, o resultado foi imediato. Assim que as gotas foram absorvidas pelo moreno o mesmo abriu os olhos rapidamente piscando para enfocar o olhar que naquele instante estava embaçado.


 


- O que aconteceu? – perguntou Harry um pouco confuso, mas antes que alguém respondesse imagens nítidas voltaram a mente do garoto que lembrou-se exatamente o que havia acontecido. Harry virou sua cabeça em direção de onde o grupo de bruxos estava e focalizou os olhos verdes e furiosos na figura de Dumbledore que ainda se recuperava do soco que Melissa lhe dera, o moreno levantou-se do chão como se tivesse sido impulsionado por uma mola e em seguida dirigiu-se a passos furiosos para onde Dumbledore estava.


 


 


 


 


 


 


 


N/A: Galera, desculpe pela demora em atualizar a fic, mas essas três ultimas semanas foram uma merda, desculpem a palavra, mas realmente foi uma porcaria. Acredito que quem está fazendo faculdade pode entender o que eu digo, putz cara, provas quase todos os dias, além dos trabalhos extensos e complicados, quase enlouqueci nessas ultimas semanas, os professores querendo encerrar o semestre e tal, por que será que eles resolvem fazerem as provas nas ultimas semanas e quase todos ao mesmo tempo, isso as vezes me deixa louco.


Quero agradecer a minha irmãzinha Nick e vocês também devem agradecer a ela, pois se não fosse pela insistência dessa garota me torrando a paciência para que eu escrevesse o capitulo não teria atualização agora, por isso agradeçam a ela. Minhas provas já foram quase todas para o espaço e só me resta mais uma amanhã de manha (no sábado, ninguém merece) e depois dessa semana finalmente umas merecidas férias pra mim, pelo menos da faculdade, então vou me esforçar para ter ATT semana que vem.


Mais uma vez gostaria de pedir desculpas pela demora, mas as vezes a certas coisas que tem prioridade, principalmente em se tratando da faculdade e do trabalho. Abraços a todos e a Nick manda beijos a todos que leram e comentaram.


 


Agradecimentos especiais:


 


Anderson potter: cara, capitulo ai no ar, a vida sem o Voldemort vai vir a partir do próximo capitulo, mas já vou adiantando que a historia vai acelerar agora. O Voldemort caiu perante o Harry e as Horcruxes vão sim ser destruídas, ou pelo menos o Harry vai tentar. Abraços.


 


Kalih: que bom que gostou do capitulo anterior, obrigado pela parte dos elogios, mas a maior parte deles vai pra Nick mesmo, quanto a parte do Sirius, a partir de agora vão aparecer bastante cenas assim com narrativas de outras pessoas, como viu o Sirius chegou lá quando os fatos já haviams e desenrolado, mas ele chegou... como você também viu o Edward e a Lily sobreviveram sim, mas a ruiva saiu machucada.. Quanto as horcruxes, já adianto que vai sim ter na fic e espere pra ver as surpresas que vão aparecer. Beijos.


 


Jonathan: que bom que gosta das minhas fic’s, mas está aqui é uma feita em conjunto com minha irmã, em conjunto porque mesmo a idéia original tendo sido da Nick eu a aperfeiçôo antes de postar... como eu expliquei acima o atraso foi devido as minhas provas semestrais na faculdade que me pegaram desprevenido, e finalmente ainda bem que quase acabaram e agora só falta uma... que bom que você passou a odiar o Dumbie, eu sinceramente não gosto dele, afinal na historia da JK ele guardou segredos demais do Harry, sem contar que deveria ter colocado ele em treinamento desde o primeiro ano, mas o velho se manteve afastado e deixou as coisas acontecerem com o garoto, o que eu não consigo entender. Abraços.


 


Toddy: Cara, eu ainda não tive tempo de me acostumar com as novas formatações do FeB e ainda estou meio que tentando me atualizar, e pelo que eu pude perceber tem uma barra de formatação, só não sei se é possível retirar os espaços através dele... Sorry. Se eu descobrir como eu te aviso. Abraços.


 


Silvia Cecil: Ai Silvia, ela tem só 14 mesmo, quinze em setembro, mas até lá somente quatorze... que bom que gostou do desenrolar da batalha, agora quanto a Voldemort estar bastante poderoso, garanto a você que isso não é nada comparado com o que ele ainda vai demonstrar no futuro, de acordo com o que a Nick está planejando, agora o Harry sendo uma parte Horcrux... bem, isso fica pra frente. Beijos e parabéns pelas suas duas fics, sei que não comentei ultimamente, mas essas ultimas semanas foram o inferno pra mim e somente agora vou poder respirar um pouco, portanto assim que eu me aliviar com minhas fics vou voltar a ler as suas.


 


GutoRo7: Cara, que lance é esse de te ensinar a fazer uma fic, porque pelos três capítulos que eu já li da fic que você está fazendo não entendo porque você precisa disso, afinal ela está sensacional e agora que eu praticamente me livrei das minhas provas vou ler as atualizações que eu sei que tem capitulo novo postado... a Nick agradece todos os elogios por causa do capitulo e eu assino embaixo, quanto a Lílian e o Tiago saberem que o estranho era o Harry, não exatamente... a Lílian sabia que era o Harry, pois em uma cena que não apareceu na fic ele conversava com a ruiva e garantia que ele ajudaria se por acaso Voldemort acabasse encontrando o local em que eles estavam escondidos, talvez a cena aparecça mais pra frente e essa seria minha autoria completamente, pois a Nick não quis colocar essa parte, então talvez eu complemente a historia com essa cena como se fosse um flashback. Quanto ao que você falou sobre o futuro, somente lendo fera. Abraços.


 


 


 

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