Capitulo 23 – R.A.B.!



Capitulo 23 – R.A.B.!


 


 


O primeiro aniversário de Brian chegou rapidamente deixando Harry levemente atordoado ao perceber que o tempo avançava rapidamente, no dia do aniversário do filho o moreno convidou aqueles que ele considerava como amigos para a primeira festa de seu filho.


 


O aniversário foi coincidentemente em um domingo, dia em que todos eles tinham o tempo livre e portanto podiam comparecer a festa trazendo principalmente os próprios filhos para a “pequena” comemoração que fora preparada.


 


Harry nunca havia tido uma festa de aniversário quando fora pequeno ou adolescente, a primeira vez que comemorara um aniversário fora no ano anterior quando havia sido convidado por Lílian e Tiago para a festa de Edward, mas o moreno de olhos verdes queria que seu filho tivesse tudo o que ele não pudera usufruir.


 


Harry havia programado a festa para acontecer durante todo o dia, por isso convidara todos para chegarem por volta das dez horas da manhã, enquanto o moreno esperava que os convidados chegassem ele observava a maneira como Melissa brincava com o filho de ambos, era uma cena que sempre o deixava um pouco feliz e orgulhoso observando a alegria do menino, cada vez que presenciava um momento de alegria daqueles o moreno jurava silenciosamente que jamais deixaria algo acontecer com seu menino.


 


Enquanto olhava para a esposa brincando e se divertindo com o filho de ambos, o moreno ficou imerso em seus pensamentos.


 


Harry não sabia exatamente como ele interessara-se tão rapidamente pela loira, mas ele não questionava sua decisão, amava Melissa, não tinha nenhuma dúvida quanto a isso, embora não sentisse por ela o que muitas pessoas descreviam sobre amor...


 


Ele não amava Melissa cegamente como acontecia com seu pai, Harry havia tido a oportunidade de observar os pais durante os encontros que haviam acontecido durante aquele ano, sempre que acontecia uma reunião familiar ou de amigos Harry e Melissa eram convidados para participarem, o que o moreno fazia de bom grado.


 


Harry havia visto pessoalmente a maneira como os olhos castanhos de seu pai brilhavam quando ele olhava para Lílian ou quando falava dela, havia amor e devoção nos olhos dele, algo que Harry secretamente invejava.


 


Não que ele não amasse Melissa, pelo contrário, Harry amava aquela garota como se daquilo dependesse sua vida.


 


Talvez não sentisse por ela o amor que seu pai sentia por Lílian, mas mesmo assim Harry amava Melissa, a sua maneira, mas mesmo assim a amava. Da mesma maneira que Harry amara Gina a sua maneira.


 


Fazia bastante tempo que Harry não pensava mais na ruiva dos Weasley, embora a visse frequentemente, mas agora tudo o que ele via era uma criança de um ano de idade e nada mais, não conseguia mais pensar nela no plano romântico.


 


Talvez o que ele sentira por Gina e o que ele sentia por Melissa não pudessem ser sentimentos classificados como o amor cego e devotado que seu pai sentia por sua mãe, mas isso não queria dizer que ele não as amara, o moreno havia aprendido que existiam muitas formas de amar alguém e mais de uma maneira de amar uma mulher.


 


Harry foi retirado de seus pensamentos quando os primeiros convidados começaram a chegar, aos poucos todos os bruxos começaram a chegar com suas esposas e filhos logo enchendo o jardim de bruxos.


 


Como o dia amanhecera claro e com sol o moreno decidira de última hora transferir boa parte da festa para o lado de fora da mansão, mas obviamente eles cortariam o bolo no interior da casa onde a sala de jantar já havia sido preparada especialmente para aquele dia.


 


As crianças ficaram livres para brincarem e correrem pelos jardins da mansão enquanto os adultos conversavam, mas logo as horas passaram e o almoço começou a ser servido em uma enorme mesa que havia sido posta nos jardins, dois elfos domésticos trabalhavam incansavelmente levando pratos e mais pratos contendo comida de todos os tipos, tanto pratos bruxos como trouxas encontravam-se misturados.


 


Quando todos encontravam-se sentados a mesa e já se serviam da comida maravilhosa que os elfos da mansão haviam preparado, Harry apenas observava cada um dos presentes enquanto também se servia em um prato com frango.


 


O moreno passou os olhos por Lílian e Tiago Potter sentados mais próximos a ele, ao lado do casal Edward era controlado por Lílian para que ele não derramasse a comida, mais ao lado Sirius e Marlene Black estavam olhando cuidadosamente para a filha deles, Ângela, que se servia de comida como se fosse uma verdadeira mocinha, embora não tivesse mais do que três anos, aquela cena fez o moreno sorrir enviesado para a menina que retribuiu o sorriso.


 


Do outro lado da mesa encontravam-se Frank e Alice Longbottom, o casal de aurores parecia bastante a vontade enquanto Alice servia comida na boca do pequeno Neville, a visão do garotinho rechonchudo fez o moreno de olhos verdes lembrar-se do amigo que deixara para trás, mas Harry apenas balançou a cabeça espantando aqueles pensamentos, afinal de contas o que ficara no passado era apenas passado, agora ele tinha uma vida naquele tempo e não pretendia desperdiçá-la por nada naquele mundo, nem mesmo por causa de Voldemort.


 


Um sorriso brincou nos lábios de Harry quando ele observou Arthur e Molly Weasley tentando conter os filhos que pareciam bastante agitados, embora os três mais velhos tentassem parecer responsáveis e ficassem quietos em suas cadeiras enquanto comiam.


 


Harry sabia que Guilherme entraria para Hogwarts no meio do ano seguinte e Carlinhos viria logo depois, os dois tinham dez e nove anos respectivamente, já Percy tinha pouco mais de sete anos, mas mesmo sendo tão pequeno possuía a mesma pose cheia de si que o moreno se lembrava dos tempos de Hogwarts, mas Molly e Arthur estavam tendo um pouco de dificuldade apenas com os gêmeos de cinco anos, pois Rony de apenas dois anos parecia mais interessado na comida que ele estava recebendo, já a pequena Gina olhava para os adultos com os olhos saltados e expressivos, algo que fez Harry se lembrar da menina que ele conhecera durante as férias do seu primeiro ano quando visitara a residência dos Weasley pela primeira vez.


 


- Harry. – o moreno ouviu uma voz masculina conhecida o chamar e então desviou seus olhos dos ruivos e voltou sua atenção para Tiago.


 


- O que foi? – perguntou o moreno em tom baixo e curioso olhando para Tiago que o observava atentamente, ao lado de Tiago, Sirius também parecia intrigado enquanto olhava para Harry, os dois amigos pareciam estar tendo uma conversa.


 


- A gente estava comentando sobre o instrutor americano. – explicou Sirius com um tom de voz brincalhão enquanto olhava atentamente para o moreno de olhos verdes. – Onde você estava com a cabeça, hein Potter?


 


- Deixe-me adivinhar... – Tiago uniu-se a brincadeira do melhor amigo e olhou maliciosamente para Harry. – Por algum acaso estava pensando em uma certa loira de olhos azuis muito sexy que está sentada ao seu lado?


 


Imediatamente aquele comentário risadas ecoaram pela mesa, exceto pelas crianças que não haviam entendido a insinuação de Sirius e Tiago, Melissa que encontrava-se sentada ao lado de Harry ficou completamente envergonhada e engasgou levemente com o suco que estivera bebendo enquanto o rosto da garota ficava tão rosado como um tomate.


 


- Na verdade Potter e Black, eu estava pensando em uma certa morena sensual e uma ruiva maravilhosa que estão acompanhadas pelos caras errados... – comentou Harry casualmente enquanto por baixo da mesa segurava a coxa de Melissa e a apertava levemente indicando que ele estava apenas brincando, mas Tiago e Sirius ficaram de boca aberta e arregalaram os olhos enquanto olhavam para Harry, que naquele momento sorriu de maneira sedutora para Marlene que enrubesceu levemente antes de sorrir para o moreno retribuindo descaradamente o flerte inocente, em seguida o moreno desviou os olhos para Lílian que já estava tão vermelha quanto um pimentão, mas por incrível que pudesse parecer a ruiva sorriu para Harry, os gestos das mulheres deixaram Sirius e Tiago completamente enciumados, tanto que eles passaram um braço pelos ombros das respectivas mulheres o que causou mais risadas pela mesa.


 


- É melhor você ficar na sua Potter. – resmungou Sirius olhando ameaçadoramente para Harry que apenas deixou um sorriso escapar pelo canto dos lábios.


 


- Isso mesmo Harry, você já tem sua mulher, então pode deixar a nossa em paz. – disse Tiago com uma expressão séria embora tenha captado o brilho travesso nos olhos das duas mulheres e de Harry deixando claro que tudo não passara de uma brincadeira.


 


- Vocês não tem jeito mesmo. – reclamou Lílian olhando de maneira cúmplice para Marlene que naquele momento portava um sorriso mais do que maroto.


 


- Mas voltando ao assunto... – comentou Tiago deixando de lado a brincadeira que se desenrolara até aquele momento, já estava começando a desistir de brincar com Harry, pois todas as vezes que ele e Sirius haviam tentado algo semelhante acabaram sempre perdendo para o garoto. – Eu e Sirius estávamos pensando seriamente em lhe agradecer por ter conversado com a Ministra a respeito dos aurores estarem despreparados...


 


- Bem lembrado Tiago... – falou do outro lado Frank Longbottom assumindo um tom acusatório enquanto olhava para Harry.


 


- Você já viu como aquele carrasco nos trata? – perguntou Sirius olhando furiosamente para Harry que apenas arqueou uma sobrancelha.


 


- Ele é dez vezes pior do que Moody foi. – concordou Alice Longbottom com um tom ameno e calmo. – Mas ele sabe ensinar muito bem, se pararmos para analisar melhor todos os aurores tiveram uma melhora significativa nos duelos e nos combates simulados, além de a cada dia aprendermos novos feitiços de ataque e defesa.


 


- Isso é verdade. – concordou Tiago com um leve suspiro, afinal mesmo não tendo gostado das cargas de treinamento puxado que eles tinham praticamente todos os dias, podia perceber que aqueles treinos foram muito benéficos para todo o quadro de aurores. – Temos de admitir que o cara realmente entende do assunto.


 


- Isso não muda o fato de ele ser um ditador desgraçado. – resmungou Sirius. – Nos primeiros dias o cara praticamente nos esfolou vivos...


 


- É verdade, mas agora vocês conseguem agüentar mais tempo de treinamento, além de estarem mais resistentes com relação aos feitiços de impacto e as maldições da tortura e do controle, antes muito poucos aurores conseguiam esse feito. – Alice Longbottom falou em defesa do instrutor americano que estava se saindo muito bem aumentando as aptidões físicas dos aurores, além de estar incrementando uma série de feitiços as instruções que os aurores recebiam. – Além do mais, ele está fazendo um trabalho impressionante.


 


- Vocês não deveriam reclamar muito não, afinal estão recebendo um treinamento de elite e estão sendo preparados para o que acontecer no futuro. – disse Harry em tom sério enquanto olhava de relance para cada um dos aurores ali presentes. – Pensem que com esse treinamento vocês poderão estar protegendo suas famílias no futuro.


 


- Chega desses assuntos sérios, hoje é um dia de festa. – exclamou Melissa olhando de cara feia para o marido e os que estavam comentando sobre aquele assunto, principalmente Sirius e Tiago que literalmente encolheram-se de leve nas cadeiras em que ocupavam, o olhar da loira havia dado medo nos adultos.


 


- Minha esposa tem toda a razão. – disse Harry olhando divertido para a reação de Sirius e Tiago por causa do olhar mortal que Melissa havia lançado para eles. – Vamos deixar esses assuntos para uma outra hora.


 


O restante do almoço daquele domingo seguiu animado entre tantas conversas diferentes, Harry ficara observando Fred e George durante toda a refeição apenas esperando o momento em que os dois garotos aprontariam alguma coisa, mas surpreendendo o moreno os dois não haviam feito nada de errado, pelo menos não até aquele momento.


 


A tarde foi extremamente divertida para as crianças que estavam brincando nos brinquedos de plástico que Harry havia alugado temporariamente de uma loja, o brinquedo que fez mais sucesso foi sem dúvida a Cama Elástica, visto que as crianças voltavam sempre para pularem no brinquedo que realmente parecia divertido.


 


Mais ou menos umas duas horas depois que o almoço havia terminado chegou o momento deles cortarem o bolo que havia sido feito para Brian, então Harry e Melissa chamaram todos para dentro e eles seguiram para a Sala de Jantar da mansão que estava mais do que decorada com miniaturas de vassouras que voavam por todos os lados, nas paredes havia pôsteres de formações de ataque e defesa no quadribol.


 


Harry havia escolhido aquele tema porque seu filho era tão aficionado por uma vassoura quanto ele próprio fora, Brian amava uma mini-vassoura que ele havia comprado em uma loja no Beco Diagonal quando o filho de pouco mais de cinco meses de idade, Harry tinha certeza de que o filho seria um excelente jogador de quadribol.


 


A primeira palavra que Brian havia dito não tinha sido papai ou mamãe como acontecia com a maioria das crianças, a primeira palavra que saíra da boca do filho fora “voar”, embora não tenha sido tão perfeito assim visto que ele ainda era apenas um bebê.


 


Harry deixou que Melissa tomasse a dianteira da festa enquanto se postava ao lado da mulher e do filho enquanto eles cantavam parabéns para Brian, enquanto isso acontecia o garotinho parecia muito mais do que animado com toda a agitação que acontecia ao redor dele, Harry sabia que o filho não entendia tudo o que estava acontecendo, mas mesmo assim estava se divertindo com a barulheira e com as pessoas a volta dele.


 


Enquanto observava Melissa segurando Brian no colo e o ajudando a bater palmas animadamente e em seguida a cortar um pedaço do bolo, o moreno se perguntou se não havia feito uma escolha equivocada ao envolver Melissa em sua vida.


 


O moreno também se perguntava as vezes se o fato dele ter se envolvido com Melissa não havia sido da necessidade oculta que ele sempre sentira por ter uma família apenas dele, afinal de contas mal a havia conhecido e logo depois já encontrava-se envolvido com Melissa de uma maneira intensa demais ao ver dele.


 


O moreno lembrou-se do dia em que voltara para aquele tempo, o dia em que conhecera Melissa no orfanato quando Dumbledore e os Potter haviam ido até lá para buscá-lo, lembrou-se do momento em que a garota adentrou o quarto masculino em que ele “ocupava” e praticamente o agarrara quando o havia visto, embora Harry não tenha feito nenhum gesto para impedi-la ou para parar o beijo, pelo contrário, um desejo avassalador havia crescido no interior dele naquele momento, algo que ele não havia sentido até aquele dia.


 


Talvez apenas se sentisse atraído por ela ou talvez fosse algo mais sério, mas sempre que as dúvidas o atormentavam o moreno olhava para o bebê que ele e Melissa haviam feito juntos, o filho deles era extremamente importante.


 


Qualquer dúvida que o moreno pudesse ter simplesmente desaparecia quando ele observava a maneira como Melissa e o filho se davam bem, a maneira como a loira agia com o filho e com o marido, a garota era extremamente carinhosa e o amava sem nenhuma restrição, disso Harry estavam completamente certo.


 


Além do mais, ele e Melissa se davam muito bem, tanto na cama como fora dela. A atração que os dois sentiam um pelo outro parecia nunca acabar e o moreno admitia para si próprio que a loira ser uma beldade ajudava e muito para manter as coisas naquele patamar, além do mais quando os dois apenas ficavam juntos parecia haver uma cumplicidade muito grande entre eles dois, algo que lembrava Harry dos tempos em que ele tinha Hermione para conversar e contar os problemas, mas ao mesmo tempo o que ele e Melissa tinham não era parecido com o que ele e a amiga haviam tido antes da guerra ter explodido e ela ter sido morta.


 


Apesar de todo o tempo que Harry vinha dedicando tanto ao trabalho no Ministério quanto as pesquisas que ele continuava fazendo em casa, ele ainda arranjava tempo para passar com a mulher e o filho, nem que fossem algumas horinhas depois que ele chegava do Ministério da Magia, afinal eles eram sua família.


 


É claro que de vez em quando aconteciam pequenas divergências de opiniões e então acontecia uma ou outra discussão entre Harry e Melissa, mas nunca passava de algo banal que era rapidamente resolvido pelos dois, as discussões em sua maioria aconteciam pelo fato de Melissa ser trouxa e não poder fazer magia, as vezes ela se sentia inferior e chorava compulsivamente até que o moreno conseguia acalmá-la e ela voltava ao normal, essas crises aconteciam principalmente quando Melissa encontrava naquele período crítico do mês.


 


Olhando para o sorriso aberto e sincero de Melissa naquele momento enquanto ela lhe oferecia o primeiro pedaço do bolo de aniversário de Brian, o moreno entendeu porque motivo havia levado adiante um relacionamento com ela. Melissa Stuart Potter era uma mulher extremamente bela e sincera, uma pessoa extraordinariamente sensível e leal, mas acima de qualquer coisa Harry a amava por ela ser quem era.


 


- Obrigado Mel. – sussurrou Harry baixinho devolvendo o sorriso para a esposa que tinha os olhos azuis brilhando naquele momento, em seguida a loira voltou a cortar o bolo de aniversário e passou a distribuir fatias entre os convidados.


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Já eram quase sete horas da noite quando os últimos convidados foram embora, naquele momento Melissa despedia-se de Lílian enquanto Harry observava a lareira por onde Tiago havia acabado de desaparecer com o filho no colo, em seguida a ruiva aproximou-se do moreno e o abraçou fortemente antes de se encaminhar para a lareira e jogar um pouco de pó de flú e também desaparecer em um redemoinho de chamas esverdeadas.


 


- Foi uma boa festa, não foi? – perguntou Melissa aproximando-se do moreno e o abraçando pela cintura, o moreno retribuiu o abraço passando seu braço direito por cima dos ombros da mulher e a apertando contra si.


 


- Foi uma ótima festa. – murmurou Harry enquanto respirava o aroma de flores que a loira sempre possuía. – E você esteve ótima também.


 


- Que bom. – sussurrou Melissa poucos segundos antes de ter os lábios capturados por um beijo quente e faminto do moreno.


 


- Desejei fazer isso o dia todo. – murmurou Harry em tom malicioso enquanto segurava Melissa pela cintura.


 


- Eu também. – murmurou Melissa antes de os dois beijarem-se novamente iniciando um amasso quente, mas o casal foi subitamente interrompido pela risada de Brian que apenas estivera observando os pais.


 


- Ah seu espertinho... – disse Melissa ficando levemente corada enquanto se afastava do moreno e se encaminhava para o filho. – Vamos subir que você ainda precisa tomar banho antes de eu te colocar na cama, mocinho.


 


- Estraga prazeres. – resmungou Harry aproximando-se do filho que encontrava-se no colo de Melissa, mas o moreno possuía um sorriso aberto nos lábios, aquela não era a primeira vez que o filho atrapalhava algo. – Você adora nos interromper, não é rapazinho?


 


- Mais tarde. – sussurrou Melissa olhando significativamente para Harry que apenas sorriu concordando com a cabeça.


 


- Vou trabalhar um pouco nas minhas pesquisas enquanto você cuida do nosso rapazinho. – disse Harry enquanto se inclinava e beijava Melissa nos lábios antes de estalar um beijo na bochecha do filho que gargalhou com vontade, em seguida o moreno observou enquanto a esposa subia com o filho para o segundo andar da mansão.


 


No minuto seguinte Harry dirigia-se a passos rápidos em direção a Sala de Treinamento que havia em sua casa, ali era onde ele passava pelo menos uma hora do tempo normal pesquisando e relendo notícias antigas, uma hora do tempo real porque dentro da sala o tempo passava mais devagar e portanto ele podia ficar algumas horas no interior da sala.


 


O moreno chegou em frente a sala e depois de abrir a porta adentrou logo depois, enquanto entrava no interior da Sala de Treinamento o moreno observou as estantes que ele próprio havia instalado no local depois de ter recebido as caixas com os exemplares antigos do Profeta Diário e as fichas dos estudantes de Hogwarts dos últimos cem anos.


 


Desde então o moreno havia pesquisado incansavelmente cada um dos papéis que havia recebido e aqueles que ele já tinha lido o moreno guardava em uma das estantes, afinal de contas Harry não queria nada espalhado e preferia ter os relatórios organizados adequadamente, portanto os históricos dos estudantes de Hogwarts encontravam-se separados por ano e por casa e os exemplares do Profeta Diário estavam colocados no outro canto da sala, também em estantes enormes e separados por meses e por anos.


 


É claro que antes de arquivar o que já havia lido e pesquisado, o moreno anotava os detalhes mais importantes e que o interessavam.


 


Fazia quase uma no que Harry recebera aquelas caixas e mais caixas de documentos e jornais, ele tivera um trabalho árduo e cansativo desde então, mas no fim conseguira analisar cada relatório e jornal que recebera.


 


Enquanto estivera lendo as primeiras notícias sobre os comensais da morte e as mortes que haviam acontecido devido a Voldemort, o moreno decidira fazer uma espécie de “Linha do Tempo” com relação a vida do Lorde das Trevas, por isso traçara cada passo de Voldemort desde o dia em que ele nascera, o mesmo dia em que a mãe dele, Mérope Gaunt, havia falecido de fraqueza e desiludida com o pai de Voldemort.


 


Harry seguira os passos que ele mesmo conhecia sobre Voldemort, as memórias que o velhote do Dumbledore havia lhe mostrado em seu sexto ano ajudaram um pouco naquela parte, Harry pode rastrear as mortes dos avós e do pai de Voldemort, em seguida seguira o tempo com o ataque a Morfino Gaunt e depois a Hepzibá Smith, depois disso Voldemort havia largado o emprego que possuía na Borgin & Burks e ficou extremamente difícil de seguir os passos do Lorde das Trevas, mas por mero acaso o moreno conseguira encontrar algumas menções leves do nome Tom Riddle em jornais bruxos descobrindo então que Voldemort havia viajado por boa parte do mundo começando pela França onde havia trabalhado no próprio Ministério Francês.


 


Depois de se demitir do Ministério Francês, Voldemort voltou a desaparecer por algum tempo, mas Harry conseguira rastrear muitas mortes sem solução por diversos países diferentes, é óbvio que não havia maneira alguma de provar que essas mortes haviam sido provocadas pelo Lorde das Trevas, mas servia de parâmetro para o moreno juntar as informações que precisava, além é claro das poucas informações que o moreno havia conseguido retirar da mente distorcida do Lorde das Trevas na única vez em que conseguira penetrar na mente dele desde que viera ao passado, fatos que ele descobriu terem acontecido quando Voldemort estava prestes a voltar para a Inglaterra, que fora quando ele começara a matar abertamente.


 


A partir de então as notícias aumentavam exponencialmente e o trabalho do moreno tornava-se mais árduo e cansativo, Harry havia decidido colocar toda a vida de Voldemort em livros, por isso escrevia tudo o que descobria sobre o Lorde das Trevas, os cinco primeiros livros contavam apenas a história de Voldemort em Hogwarts, os “feitos” que ele havia feito e muitas outras coisas, o sexto livro tratava-se apenas do período em que Voldemort trabalhara na Borgin & Burks e portanto, quando ele matara o tio e a Senhora Hepbizá Smith para conseguir o Anel dos Gaunt que encontrava-se com Morfino e o Medalhão de Salazar Slytherin e a Taça de Helga Hufflepuff que estivera em poder de Hepzibá Smith até que Voldemort a matara.


 


Agora que o moreno havia praticamente terminado a vida de Voldemort encontrava-se separada em vinte e dois volumes, os últimos livros detalhavam cada ano em que o Lorde das Trevas espalhara o terror pelo mundo bruxo até o momento em que o próprio Harry o acertara com uma Maldição da Morte.


 


Mesmo odiando Voldemort com todas as suas forças e desejando a morte do miserável o mais rápido que podia, o moreno não podia deixar de admirar o trabalho que ele havia feito, a mente de Voldemort estava deturpada e maligna, mas mesmo assim não tirava os méritos e os feitos magníficos dos quais fora autor.


 


Com a vida de Voldemort praticamente totalmente traçada nos livros o moreno tinha uma lista de alguns lugares dos quais precisaria verificar para saber se não havia nenhuma horcruxe escondida por esses lugares, mas Harry havia se concentrado mais nos lugares que ficavam na Inglaterra, o moreno tinha o palpite de que Voldemort iria querer seus objetos o mais próximo possível de onde ele se encontrasse e ao mesmo tempo longe o suficiente para que ninguém jamais pudesse desconfiar de seus segredos, fora por isso que o moreno havia mentido para a Ministra da Magia, pois sabia muito que o que ele dissesse para ela acabaria vazando, por isso dissera uma pequena mentira que servira para seus propósitos.


 


Naquele momento o moreno olhou para os livros perfeitamente alinhados que relatavam a vida do maior bruxo das trevas que já existira, Harry sabia que não existia nenhum livro ou compendio sobre Voldemort como aquele e nem mesmo jamais existira, duvidava que alguém além dele conhecesse Voldemort tão profundamente para perceber os fatos sutis que existiram sobre o Lorde das Trevas, talvez Dumbledore conseguisse, mas mesmo o velho não seria capaz de conseguir fazer algo semelhante com o que Harry fizera.


 


Em seguida o moreno olhou as cópias dos registros dos estudantes que haviam passado por Hogwarts nos últimos cem anos, é óbvio que o moreno poderia estar procurando no lugar errado e o comensal da morte que enganara Voldemort não tivesse estudado em Hogwarts e sim em Durmstrang ou em Beauxbatons, mas o moreno tinha um palpite de que aquele comensal em particular pertencia a Hogwarts, principalmente depois das últimas descobertas que ele próprio havia feito nos registros dos estudantes.


 


Dentre os registros de todos os estudantes do ultimo século pouco mais de cinco encaixavam-se na sigla RAB, apenas cinco estudantes que possuíam o nome em que as primeiras siglas dos nomes encaixavam-se com o que ele queria, desses cinco estudantes Harry podia descartar três deles. Um que havia morrido no ano de 1941 quando Voldemort ainda encontrava-se em Hogwarts, um segundo que havia morrido em 1911 antes mesmo do Lorde das Trevas nascer e um terceiro que ainda estava estudando em Hogwarts e portanto não poderia ser quem ele procurava, deixando Harry com apenas duas possibilidades.


 


A primeira e menos provável, tratava-se de uma bruxa do Ministério da Magia Britânico, a mulher em questão tinha quase trinta e cinco anos e trabalhava no Departamento de Cooperação Internacional em Magia, apenas olhando o histórico escolar da mulher o moreno pode perceber que não era ela quem ele estava procurando, mas não foi por isso que relaxou a pesquisa e portanto foi atrás das informações sobre ela que conseguira encontrar. O que por si confirmou as suspeitas de Harry de que se tratava de uma bruxa menos do que ridícula, ela fora da casa Lufa-Lufa e não tinha nenhum parente bruxo, ela era uma nascida trouxa e também não tinha grandes habilidades mágicas, mas ela era uma excelente interprete pelo que pudera observar, o moreno sabia que cada pessoa possuía habilidades diferentes e únicas.


 


Isso o deixava com o suspeito mais provável de ter passado Voldemort para trás, embora ele tenha admitido para si próprio que encontrar aquele nome fora uma surpresa e tanto, nunca nem mesmo havia cogitado aquela possibilidade, afinal de contas Remus havia pintado aquele bruxo como alguém completamente inútil e sem habilidade, mas o que Harry descobrira demonstrava o contrário do que Remus e seu padrinho acreditavam.


 


O moreno aproximou-se da mesa que estava a sua frente e onde encontrava-se o arquivo sobre o bruxo que ele achava ser RAB, em seguida o moreno pegou a pasta e a abriu encarando a foto do comensal da morte que estava morto.


 


Régulus Arcturus Black. Harry leu silenciosamente enquanto olhava para a foto do irmão mais novo de seu padrinho, ele fora um garoto extremamente bonito e deveria ter feito algum sucesso com as garotas em seu tempo em Hogwarts, pensou o moreno de olhos verdes enquanto voltava os olhos para as poucas informações que haviam sobre Regulo depois que ele havia se formado em Hogwarts no ano de 1978.


 


Regulus havia nascido em 1969 e morrido em 1979 aos vinte anos de idade, ele era o irmão mais novo de Sirius Black, ao contrário de seu irmão mais velho, Regulus sempre foi bastante privilegiado por seus pais por compartilhar com eles o conceito da supremacia dos puros-sangues. Pelo que Harry se lembrava das palavras de seu padrinho e de Remus, Regulus havia se tornado um comensal da morte logo depois de ter se formado em Hogwarts, o garoto empolgado que pensava que tudo seria diversão, mas que descobriu que a realidade era forte demais para ele suportar e então ele acabou desertando e sendo morto por comensais da morte, embora houvesse boatos de que havia sido assassinado pelo próprio Voldemort.


 


Walburga e Orion Black eram os pais de Regulus e de Sirius e ambos ainda encontravam-se vivos e bem acomodados na Mui Antiga e Nobre Casa dos Black que ficava no Largo Grimmauld, Número 12, na cidade de Londres.


 


Nesse momento o moreno olhou para o Brasão da Família Black e soltou um leve riso de deboche enquanto observava o escudo ladeado por dois cachorros, o mesmo escudo possuía uma faixa branca em formato de “V” para cima, logo abaixo da faixa tinha uma espada com a ponta para cima e nos lados superiores da faixa haviam duas estrelas brancas de cinco pontas, algo realmente encantador para uma família de puros-sangues fanáticos que adoravam dar nomes de estrelas e constelações para seus familiares.


 


Mas Harry voltou a pensar sobre a morte de Regulus percebendo que se o garoto houvesse realmente sido RAB, então provavelmente ele não havia sido morto por um comensal da morte e nem mesmo pelo próprio Voldemort, o moreno duvidava muito que o irmão de seu padrinho tivesse conseguido sair vivo de dentro daquela caverna mesmo sendo levemente habilidoso como Regulus demonstrara ser nos treinamentos dos comensais da morte, pelo menos fora o que Harry descobrira interrogando Rebastan Lestrange em Azkaban, o irmão do marido de Belatriz havia sido colega de classe de Regulus e eles haviam treinado juntos nas fileiras dos comensais da morte, Harry acreditava no que descobrira e no que o comensal falara visto que tinha utilizado legilimência para verificar a verdade das palavras do maldito comensal da morte.


 


Pensando nessa possibilidade o moreno estremeceu levemente, afinal de contas se Regulus morrera retirando o Medalhão de Slytherin daquela bacia de pedra, provavelmente o corpo dele deveria encontrar-se no interior do lago repleto de inferis e como ele havia pegado o medalhão, o mesmo deveria encontrar-se junto com ele.


 


Apenas pensando nessa possibilidade Harry estremeceu, afinal se fosse verdadeira o moreno precisaria destruir as proteções em volta daquela caverna e desfazer os encantamentos negros feitos por Voldemort, sem contar que não tinha como reverter a magia dos inferis e então ele teria de destruir cada um deles, o que não era uma perspectiva muito boa.


 


- Mas Regulus não era burro... – murmurou Harry enquanto folheava o arquivo que possuía sobre o comensal da morte, o moreno sabia que ele não era nem um pouco idiota e por isso não teria ido sozinho até aquela caverna sabendo o que sabia e provavelmente prevendo que deveria morrer quando terminasse de passar pelas defesas da caverna, o bilhete deixava claro que o comensal não esperava sobreviver, portanto não deveria estar sozinho.


 


De repente uma lembrança direcionou-se a mente pensativa de Harry, uma lembrança das férias que ele passara na Sede da Ordem da Fênix logo depois de ter sido resgatado da casa dos seus tios depois que ele e Duda haviam sido atacados por dementadores.


 


Naquela época eles haviam sido encarregados de limparem a casa e em um dia haviam flagrado o elfo domestico dos Black murmurando obscenidades sobre Sirius e os outros habitantes que estavam na casa enquanto murmurava como a Senhora dele ficaria chocada com a situação, mas o moreno concentrou-se no momento em que ouvira Monstro murmurando algo sobre Regulus, o Mestre Regulus como o moreno ouvira Monstro chamar o irmão de Sirius, naquela época a devoção que o moreno escutara na voz do elfo não o surpreendera já que Monstro parecia adorar qualquer um que pertencesse a Família Black, com exceção de Sirius, é claro.


 


Ligando os fatos, o moreno chegou a conclusão de que não havia ninguém mais confiável do que um elfo doméstico e se Regulus Black precisava de alguém que ele soubesse que não o trairia o escolhido obviamente seria o elfo doméstico da família.


 


Se Harry estivesse certo e ele tinha quase certeza que estava, provavelmente Regulus havia bebido a poção que havia na bacia ou então poderia ter obrigado Monstro a bebê-la, o que seria mais inteligente da parte do bruxo, já que aquela poção em especial não matava e apenas deixava um ser humano bastante fraco, mas a poção havia sido desenvolvida especialmente para os bruxos e uma criatura mágica dificilmente sofreria tantos danos quanto um humano, embora também houvesse outras possibilidades.


 


Se Harry levasse em consideração o que sabia e o que já havia descoberto, Regulus deveria ter morrido dentro da caverna visto que não havia menção alguma sobre o corpo do comensal em qualquer relatório no Ministério da Magia, o que deixava a única possibilidade que Harry podia ver a sua frente, a de que Regulus mandou Monstro guardar ou destruir o Medalhão de Slytherin, talvez até mesmo entregar o medalhão para outra pessoa, mas se Monstro fosse guardar aquele medalhão não havia lugar melhor do que a Casa dos Black.


 


De repente um flash de memória atravessou a mente do moreno de olhos verdes deixando-o levemente atordoado com a lembrança e com sua burrice de não ter percebido aquele detalhe antes, afinal sempre estivera bem a sua frente.


 


Aquela lembrança fora em mais um dos dias em que ele e os amigos estiveram limpando a sede da ordem. Eles haviam encontrado um instrumento prateado de formato desagradável, algo que parecia um par de pinças com muitas pernas que havia corrido pelo braço de Harry como se fosse uma aranha quando a pegou e tentou picar sua pele, Sirius havia agarrado a pinça e batido nela com um pesado livro com o titulo Nobreza da Natureza: Uma Genealogia de Bruxos, também haviam encontrado uma pequena caixinha de musica que emitia um fraco e sinistro toque quando se dava corda e todos se viram curiosamente fracos e sonolentos até o momento que Gina teve o bom senso de fechar a tampa, tinha também uma grande quantidade de selos antigos, uma Ordem de Merlin de Primeira Classe colocada em uma caixa empoeirada que pertencera ao avô de Sirius por “serviços prestados ao Ministério da Magia”, mas além de tudo aquilo havia um pesado medalhão de ouro que nenhum deles havia conseguido abrir, um maldito medalhão que possuía um S entalhado...


 


Harry praguejou novamente enquanto fechava os olhos e revia mentalmente o medalhão que haviam jogado fora naquele dia, lembrou-se claramente do momento em que todos aqueles objetos foram jogados dentro de um saco de lixo, mas aquilo acontecera no futuro, era realmente uma sorte que ele havia voltado ao passado, pois se tivesse ficado no tempo de onde viera o moreno duvidava que um dia conseguiria encontrar as Horcruxes.


 


Agora que sabia onde o verdadeiro Medalhão de Salazar Slytherin encontrava-se o moreno apenas precisava encontrar uma maneira de invadir a mansão sem ser descoberto.


 


Talvez pudesse usar a mesma estratégia que fizera na Casa dos Lestrange e na dos Malfoy, mas duvidava que legalmente ele conseguisse adentrar a morada dos Black, aquela casa era tão protegida quanto a de Lucius Malfoy, ou ainda mais, e ele apenas haviam conseguido entrar na Mansão Malfoy porque Lucius permitira a entrada deles imaginando que seus pequeno esconderijo de objetos das trevas estava seguro.


 


A única possibilidade que Harry via a sua frente era invadir sorrateiramente a mansão, Harry sabia que era poderoso o bastante para contornar os encantamentos protetores que haviam ao redor da Mansão dos Black, aquela ser parecia a melhor oportunidade que o moreno teria naquele momento para conseguir colocar as mãos no objeto, embora houvesse a opção de esperar até que os pais de Sirius falecessem e ele herdasse os pertences dos Black como filho legítimo mais velho, mas segundo o que ele se lembrava a mãe de Sirius havia morrido em 1987, portanto ainda faltava uns cinco anos de vida para a mulher e Harry não pretendia esperar tanto tempo para por as mãos em todas as Horcruxes do Lorde das Trevas.


 


Até aquele momento Harry não havia ido atrás de mais nenhuma Horcrux, pois primeiro queria reunir o máximo de informações possíveis sobre os objetos e sobre os possíveis lugares em que eles se encontravam, o moreno já havia até mesmo traçado planos para entrar e sair de dentro do Banco Gringotts quando chegasse a hora, mas agora ele já possuía informações suficientes sobre tudo o que precisava saber sobre locais e as possíveis proteções que Voldemort colocara em cada local e em cada objeto, o moreno não tinha dúvidas que as horcruxes tentariam se defender de uma maneira ou de outra, afinal elas eram parte de Voldemort.


 


Suspirando o moreno olhou para as pastas restantes que ele ainda pretendia analisar antes de iniciar uma busca intensiva em cima das horcruxes, embora pretendesse descobrir os locais primeiro e depois ele agiria com calma, afinal de contas não queria alertar ninguém sobre o que ele estava fazendo, além de não poder reunir duas horcruxes intactas no mesmo local, por isso antes de sair a caça o moreno precisaria destruir o Diário de Tom Riddle.


 


Enquanto abria a primeira pasta contendo o restante dos arquivos que ele ainda não pesquisara, Harry olhou de relance para o armário onde encontrava-se o Diário de Riddle e o Falso Medalhão, o moreno nem mesmo havia aberto o armário desde que o trancara pela última vez quando guardara o medalhão no interior, afinal de contas sabia a influencia que uma horcruxe poderia obter em cima de uma pessoa se ficasse com aquele objeto por muito tempo.


 


Depois de quase quatro horas trabalhando naqueles arquivos o moreno saiu da sala levemente exausto, afinal era uma rotina que vinha se repetindo a muito tempo, quando fechou a porta da Sala de Treinamento o moreno olhou para o relógio e percebeu que em realidade haviam se passado pouco mais do que cinqüenta minutos e bocejando levemente o moreno dirigiu-se para o segundo andar da mansão onde ficava o quarto dele e de Melissa, mas quando passou pelo quarto do filho deles escutou a voz da esposa lendo uma história infantil para Brian, a cena o comoveu de tal maneira que Harry precisou se segurar para não entrar no quarto e abraçar os dois embora tenha tido que ocultar uma pequena fisgada de inveja que sempre o pegava desprevenido quando ele observava Melissa brincando com o filho de ambos ou quando via Lílian fazer o mesmo com Edward, afinal de contas aquilo fora algo que ele próprio nunca tivera.


 


Em seguida Harry afastou-se da porta do quarto do filho e dirigiu-se para o aposento que ele e a esposa ocupavam enquanto afugentava as fisgadas de inveja que ele sentira, afinal de contas aquele tempo para ele já passara e agora ele era um homem feito e tinha uma família para cuidar, não podia sentir inveja de uma criança inocente.


 


Assim que entrou no quarto o moreno começou a tirar a roupa que estava vestindo, estava sentindo seu corpo pesado e levemente desconfortável devido a posição em que permanecera nas últimas horas, mas nada que um bom banho quente não melhorasse, por isso ele dirigiu-se direto até o banheiro onde terminou de se despir e entrou embaixo do chuveiro logo após tê-lo ligado os jatos de água em sua potência máxima.


 


Alguns minutos depois o moreno saiu do banheiro completamente revigorado por causa do banho, ele estava apenas com uma toalha enrolada ao redor da cintura e os cabelos molhados pingavam, Harry saíra distraído do banheiro, mas paralisou ao ver a esposa sentada na beirada da cama vestindo uma camisola negra bastante curta.


 


Como sempre acontecia quando Melissa vestia aquelas roupas provocantes o moreno sentiu sua boca ficando seca enquanto admirava as curvas da loira que levantava-se da cama naquele momento dando uma bela visão para o moreno.


 


- Deus, como você é linda. – murmurou Harry varrendo o corpo de Melissa com os olhos fazendo a garota sorrir um pouco ruborizada com o olhar lascivo que o moreno dedicava a ela naquele exato momento.


 


- E sou toda sua. – sussurrou Melissa sensualmente passando os braços ao redor do pescoço de Harry e o puxando para um beijo quente e faminto, logo os dois encontravam-se na cama perdidos demais um no outro para notar qualquer outra coisa.


 


 


 


 


Agradecimento especial:


 


Kikawicca: isso mesmo, o Harry vai manipulando aos poucos enquanto prepara o terreno. Apesar do Moody ser um bom auror e poder mesmo treinar os aurores mais pesadamente, achei que uma cara nova seria mais legal, por enquanto o instrutor americano não vai aparecer na fic, haverá algumas frases sobre ele, mas aparecer mesmo apenas mais para frente na fic. Com certeza, quando Voldemort voltar não vai ter sossego como foi na historia original, ele virá com tudo para cima do Harry... a Melissa vai morrer, mas o Brian não está programado para acontecer não, não me diga que está querendo matar o filho do Harry, acho que se isso acontecer ele enlouquece e destrói o mundo enquanto caça o assassino... Quando a Melissa morrer o Harry se tornara mais frio e sádico do que já é, mas já adianto que a vingança dele será lenta e bem dolorosa... o Dumbledore vai ajudar e atrapalhar ao mesmo tempo. Ah, não é que a Melissa tenha ficado de lado, mas a história agora sofre alguns pulos de tempo e portanto apenas alguns acontecimentos serão mostrados e o restante vai ser apenas descrevido no decorrer dos próximos três capítulos. Beijos e até o próximo.


 


Aviso: Bem galera, infelizmente o ano está chegando ao fim e com ele as provas de final do semestre vem com tudo, por isso não vou poder garantir atualizações das fics que eu estou escrevendo na segunda que vem, pois vou precisar estudar e muito para poder passar, senão eu fico de DP e terei de repetir ano que vem. Mas mesmo assim eu vou “tentar” escrever nem que seja um capitulo pelo menos, então se eu conseguir segunda que vem eu atualizo ou Alma Sombria ou Apocalipse – O Anjo Negro.


Desculpe por isso pessoal, mas a faculdade tem prioridade nesse momento. Quem já fez ou faz faculdade sabe como o fim do semestre é complicado e decisivo, por isso gostaria da compreensão de vocês.


Garanto que assim que acabar o semestre eu volto com tudo nessas férias, pretendo atualizar mais fics ao mesmo tempo. Abraços a todos.


 

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