Capitulo 16 – Agitação



Capitulo 16 – Agitação


 


Os passos de Harry eram secos e furiosos, sendo possível ouvir os cascalhos serem esmagados enquanto o moreno andava apressado em direção de onde estavam o grupo de bruxos que o havia atacado, mas mesmo assim Harry resolveu relevar para eles, pois havia conseguido se desviar dos feitiços que eles haviam lançado.


Mas não Dumbledore, o velhote o acertara em cheio com um feitiço antigo e negro e aquilo Harry não perdoaria ou esqueceria de maneira nenhuma. Enquanto se aproximava do diretor de Hogwarts a mente de Harry trabalhava em polvorosa sabendo que não poderia matar Dumbledore naquele momento, mas poderia retribuir a pancada que sofrera.


- Potter, eu... – Moody entrara na frente do moreno impedindo que ele se aproximasse do diretor, o que lhe rendeu um empurrou forte que o jogou em cima dos outros bruxos, quase despencando no chão devido a perna de pau que ele utilizava.


- Harry... – a voz do diretor estava calma e em tom de aviso quando o moreno estava a menos de cinco metros dele.


Harry não deu importância ao diretor ou as palavras dele, tudo o que ele queria era descontar a raiva que estava sentindo naquele momento, pois fora atacado de maneira covarde por eles e isso Harry jamais esqueceria.


Dando mais um passo Harry desferiu um forte golpe de ar que atingiu Dumbledore no estômago, o que fez o diretor se curvar para frente dando para Harry a chance de se aproximar mais e acertar uma joelhada no rosto de Dumbledore. O diretor voou para trás fazendo um arco no ar enquanto o do nariz espirrava sangue em abundancia, mostrando claramente que o moreno havia quebrado o nariz do velho diretor, o que o fez sorrir com desprezo.


- Isso foi pelo feitiço que você lançou em mim velhote. – Harry disse com ódio, a voz do moreno parecia selvagem e animalesca aos ouvidos dos outros bruxos que se encontravam no local e os fez tremer levemente.


- Harry... – a voz suave de Melissa fez o moreno voltar a cabeça para trás observando a loira caminhando com um pouco de dificuldade até onde ele se encontrava, o que o fez se esquecer do diretor.


- Mel... – Harry sussurrou em voz baixa enquanto a garota se aconchegava contra o corpo do moreno que estremeceu surpreso.


- Tive tanto medo, Harry. – ela falou baixinho apenas para que ele pudesse ouvir o que ela estava dizendo.


Naquele momento mais barulhos de aparatação ecoaram ao redor deles o que fez o moreno apertar a loira mais fortemente em seus braços enquanto percorria o local com os olhos, descobrindo se tratar de mais aurores acompanhados da própria Ministra da Magia que estava olhando diretamente para ele, certamente o reconhecendo por causa das suas roupas.


Emilia apenas acenou com a cabeça para ele antes de se dirigir até onde a Família Potter estava e nesse momento Harry viu o Chefe do Departamento de Mistérios chegando, o que o fez sorrir, afinal Liam Hargrave sempre se preocupava com os seus subordinados, Harry aprendera a admirá-lo nos poucos meses que trabalhara para ele.


- Você está bem? – Liam perguntou se aproximando e olhando para suas roupas, Harry viu as sobrancelhas dele se arquearem cheios de interrogação, mas ele se manteve em silêncio sabendo que no momento certo Harry explicaria o que fosse necessário.


- Estou ótimo, obrigado. – respondeu Harry com simplicidade e quando estava para dizer algo a Liam, eles ouviram o som de mais aparatação e para a infelicidade de Harry quem havia chegado eram os repórteres, o que o fez fazer uma careta.


- Eles foram muito rápidos. – comentou Liam com raiva na voz enquanto sinalizava para dois aurores barrarem a passagem dos repórteres. – Não se preocupe Harry, vou mantê-los longe de você por algum tempo, mas você também sabe que não vai adiantar por muito tempo e que você terá de conceder uma entrevista para eles. Até mais Harry, Sra. Potter.


Liam se afastou rapidamente antes que Harry tivesse a chance de abrir a boca e falar algo, o que fez Melissa rir baixinho. Ambos ficaram em silêncio por alguns minutos enquanto observavam o quadro geral ao redor.


A Ministra da Magia e o Chefe dos Aurores conversavam com a família Potter e Sirius, além de Dumbledore que havia se aproximado para ouvir o relato deles sobre o que havia acontecido naquela noite. Os outros aurores haviam feito um cerco ao redor da casa dos Potter e barravam os repórteres curiosos, assim como os trouxas que se aproximavam para ver o que estava acontecendo, o moreno percebeu a presença de alguns obliviadores no local.


- Amo você. – sussurrou Harry para a loira em seus braços fazendo com que ela se voltasse para ele olhando-o curiosamente.


- Eu também te amo, Harry. – disse Melissa baixinho enquanto olhava diretamente para os olhos verdes do marido. – Não que eu esteja reclamando e nem nada, mas por que exatamente você me disse isso logo agora?


- Não sei. – falou Harry dando de ombros e em seguida passou a acariciar os bacelos da garota que se encontrava encostada a seu peito de lado, afinal a barriga protuberante não deixava que fosse de outra maneira. – Apenas me deu vontade de dizer.


Melissa não pode replicar a afirmação do marido, pois naquele momento o corpo dele ficou totalmente rígido e em estado total de alerta atraindo a atenção dela que se afastou levemente de Harry, ela então percebeu o que atraíra a atenção do moreno, os Potter se aproximavam de onde eles estavam acompanhados de ninguém menos do que a tal Ministra da Magia junto com o velhote de barba branca e outras três pessoas, que uma ela reconheceu sendo o Chefe dos Aurores e outra como o Chefe dos Inomináveis, e o outro era o homem que ela vira próximo aos Potter quando chegara ao local e que se não estivesse enganada era padrinho do pequeno Edward.


- Olá novamente. – disse a Ministra sorridente dirigindo-se diretamente a Harry que sorriu com o canto dos lábios.


- Como vai Ministra? – Harry perguntou educadamente enquanto sentia Melissa mexendo-se até que ela ficou de costas para si olhando de frente para os outros, o moreno aproveitou para abraçar a loira como se a estivesse protegendo de alguma coisa.


- Maravilhosamente bem, se o que acabei de ouvir for realmente verdade. – respondeu Emilia sorrindo ainda mais. – Por favor, me diga que Você-Sabe-Quem está realmente morto como eles acabaram de me informar?


- Sinto muito Ministra, mas Voldemort não está morto. – falou Harry com simplicidade vendo a maioria dos bruxos tremer com a menção do nome do Lorde das Trevas, o que deixou o moreno meio irritado e meio divertido.


- Como não? – Tiago perguntou em tom chocado e incrédulo chamando a atenção de todos para ele. – Eu vi você lançando a maldição da morte no Lorde Negro e a vi acertando em cheio nele, assim como também o vi desaparecer como fumaça.


- Exatamente, ele simplesmente desapareceu quando deveria ter ficado morto no chão. – comentou Harry dando de ombros.


- E o que exatamente isso quer dizer? – Emilia perguntou com a voz temerosa olhando diretamente para Harry.


- Eu apenas posso imaginar que ele executou algum tipo de ritual antigo ou uma magia negra bastante poderosa para garantir que ele não fosse morto. – Harry disse com cuidado temendo revelar mais do que o necessário e acabar alterando as coisas demais, o tempo de paz que o mundo bruxo teria era extremamente crucial para Harry treinar e encontrar e destruir as Horcruxes. – O fato dele desaparecer como fumaça diz que ele tinha algum tipo de salva-guarda que provavelmente permitirá que ele possa ressuscitar.


- E quanto tempo temos antes que isso aconteça? – a Ministra perguntou em tom direto enquanto olhava nos olhos do moreno.


- É impossível dizer Ministra. – Harry falou com seriedade, percebendo o medo que havia nos bruxos ao seu redor. – O que eu posso garantir é que o Lorde das Trevas vai precisar de um dos seus servos para ajudá-lo em um possível ritual de ressuscitação.


- Então vamos trabalhar para diminuir o numero de comensais da morte a solta e torcer para que Você-Sabe-Quem nunca consiga retornar. – disse Emilia com seriedade recebendo um aceno afirmativo do Chefe dos Aurores.


Dumbledore olhava para Harry com uma careta pensativa, o moreno percebeu que ele estava pensando em que meios Voldemort poderia ter utilizado para se manter vivo e o moreno tinha certeza que não demoraria muito para que o velhote chegasse a conclusão da horcruxes, mas isso não preocupava Harry nem um pouco.


- Bem Harry, gostaria de saber se procede a acusação do diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore, de que você e sua esposa o agrediram fisicamente. – Emilia falou com a voz contrariada enquanto olhava de relance para o diretor que dessa vez sorria discretamente.


- Sim Ministra, é verdade. – respondeu Harry com uma frieza que seria capaz de congelar um oceano e foi recompensado com o estremecimento de todos os bruxos que o ouviram, ganhando inclusive um sorriso perverso de Melissa.


- Conhece a punição para agressão física, Senhor Potter? – Emilia perguntou mais séria ainda tentando entender porque a mulher loira sorria divertida.


- Sim Senhora Ministra. – respondeu Harry com seriedade e frieza, mas por dentro estava rindo feito um louco.


- E não está preocupado com as conseqüências de tal acusação? – perguntou a Ministra da Magia curiosa com a reação do moreno.


- Nem um pouco. – limitou-se a responder Harry causando surpresa em Dumbledore e nas pessoas que estavam ouvindo.


- E posso saber por que não? – Emilia perguntou ainda mais curiosa naquele momento, tentando entender o que o moreno a sua frente estava tramando.


- Simplesmente por que acredito que ninguém vai querer condenar o homem que acabou de derrotar o bruxo das trevas mais temido de todos os tempos. – disse Harry como se aquilo fosse obvio. – O que você acha que as pessoas vão pensar quando souberem que o Ministério está julgando a pessoa que acabou de salvar o mundo bruxo?


- Seria o caos total. – Emilia falou pensativa e sorrindo discretamente para Harry, enquanto Dumbledore havia ficado extremamente sério ao perceber que provavelmente o moreno não receberia nenhum tipo de punição.


- Além do mais, caso eu fosse em julgamento pediria para que minhas lembranças fossem analisadas e mostraria a batalha que foi travada aqui, assim como o ataque desnecessário que o diretor de Hogwarts e mais alguns outros bruxos executaram contra mim. – Harry falava em tom divertido e sarcástico e dessa vez Dumbledore ficou rígido. – Então, quem seria julgado, eu por ter dado um soco no velhote aqui ou ele por ter me acertado com uma maldição negra?


- Acredito que esse assunto esteja encerrado, não é mesmo? – perguntou Emilia olhando entre Dumbledore e Harry, sem outra opção o diretor de Hogwarts apenas concordou seriamente com a cabeça.


- Ótimo, então eu já posso ir pra casa. – falou Harry em voz baixa e movendo-se para partir, mas foi barrado pela voz de Lílian o chamando.


- O que é essa poção? – a ruiva estava com um vidro com uma poção azul clara na mão, e quando a viu o moreno voltou seus olhos imediatamente para Melissa.


- Foi necessário. – disse Melissa em tom de defesa, o moreno apenas concordou com a cabeça voltando-se para onde a ruiva estava e pegando a poção da mão dela antes que Dumbledore pudesse pensar em tocar no vidro.


- É uma poção experimental que eu estive desenvolvendo nas últimas semanas. – disse Harry guardando o vidro no bolso interno de seu sobretudo.


- O que exatamente ela faz? – a voz de Lílian era bastante curiosa que fez Harry sorrir baixinho antes de olhar para ela.


- É uma poção de cura. – comentou finalmente Harry depois de olhar por cerca de dez segundos para a ruiva. – Uma poção muito diferente de todas as que existem ultimamente, ela cura praticamente todo tipo de machucados e lesões, inclusive lesões mentais.


- Mas isso é maravilhoso. – disse Lílian com a voz empolgada. – Com essa poção poderemos curar milhares de pessoas...


- Não Lílian. – disse Harry com seriedade fazendo com que a mulher olhasse intrigada para ele, afinal aquela poção poderia ajudar milhares de pessoas a se curarem. – O custo para fazer essa poção é extremamente elevado e completamente inviável para qualquer pessoa produzir, eu gastei mais de duzentos mil galeões apenas nos ingredientes. Seria impraticável tentar produzir essa poção em um hospital, é caro demais.


- Que pena, poderia ajudar tanta gente. – suspirou Lílian em voz baixa. – Mas você me daria uma amostra para que eu pudesse estudá-la?


- É claro. – disse Harry sorrindo para a ruiva que retribuiu o sorriso. – Amanhã mesmo eu lhe entrego uma amostra assim como a receita dos ingredientes.


- Obrigada Harry. – disse Lílian aproximando-se do moreno e o abraçando fortemente. – Obrigada por tudo o que você já fez por nós.


- Vocês são minha família Lílian, não precisa me agradecer. – falou Harry afastando-se da ruiva para ser cumprimentado por Tiago.


- Obrigado por salvar nossa família, Harry. – naquele momento Harry quase deixou a emoção transbordá-lo, mas suspirando fortemente segurou as lágrimas enquanto se virava e utilizava uma chave de portal para transportar a ele e Melissa para a mansão Potter, afinal ela não podia aparatar devido a seu estado de gravidez.


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O grupo de bruxos continuou olhando por alguns segundos para o local onde Harry e Melissa desapareceram. Lílian pensava em tudo o que acontecera naquela noite e suspirava agradecida por suas preces terem sido atendidas e o marido e o filho terem sobrevivido, tudo aquilo graças a Harry, lembrou Lílian.


- Como Voldemort chegou aqui? – a pergunta de Dumbledore cortou o silêncio que se instalara no local depois da saída de Harry.


- Essa é uma boa pergunta, afinal achei que estavam protegidos pelo feitiço do fiel do segredo. – a Ministra da Magia disse em tom sério olhando para os Potter, que demonstravam as mais variadas expressões.


Lílian tinha o rosto baixo e levemente resignado, afinal suspeitara de Rabicho desde sempre, mas o marido e os amigos nunca deram muito crédito a ela. Sirius estava cheio de ódio pela traição do amigo e envergonhado por ter sido ele a fazer a sugestão de que o rato fosse o fiel do segredo, já Tiago tinha as mais diversas emoções em seu rosto, o ódio fervia em seu sangue e estava querendo se vingar de Rabicho por ter entregado ele e sua família para o Lorde das Trevas, mas também estava furioso consigo mesmo por nunca ter dado ouvidos a sua esposa sobre aquele assunto, mesmo sabendo que Lílian nunca desconfiava de alguém a toa.


- Como Voldemort pode ter conseguido acesso a casa se você era o fiel do segredo Sirius? – perguntou Dumbledore com a voz transbordando de receio e suspeita, o que fez o animago fazer uma careta de desgosto.


- Ele não era o nosso fiel do segredo, Dumbledore. – objetou Tiago com frieza olhando com um pouco de desgosto para o diretor de Hogwarts.


- Como não? – perguntou Dumbledore surpreso, tanto com o desgosto na voz de Tiago como com a informação recebida.


- Resolvemos colocar Pedro como nosso fiel do segredo. – disse Sirius com desgosto na voz lembrando claramente o dia em que ele tivera a idéia.


- Ninguém jamais pensaria que colocamos Pedro como fiel do segredo, afinal a opção mais obvia era Sirius. – Tiago falou com voz baixa enquanto olhava para o nada lembrando-se dos tempos da escola, ainda era difícil acreditar que Rabicho os havia traído. – Era para ser uma espécie de chamariz, sabíamos que Voldemort iria atrás de Sirius, por isso ele escondeu-se com a família em um lugar que nem mesmo nós sabemos onde fica, e Sirius escondeu Pedro em outro local, mas jamais imaginaríamos que ele na verdade fosse um comensal da morte disfarçado.


- A idéia foi minha. – disse Sirius com voz estranhamente rouca e baixa, a culpa o estava corroendo por dentro e Sirius sabia que se o pior houvesse acontecido com seus amigos, não conseguia imaginar o que ele estaria sentindo naquele momento.


- A culpa não é sua Sirius, eu acreditei em Rabicho tanto quanto você, acreditava que ele era nosso amigo. – Tiago falou olhando para Sirius que apenas concordou com a cabeça, o animago sabia que levaria algum tempo para deixar de se culpar.


- E onde está Pettigrew? – Emilia perguntou com seriedade, pronta para mandar um esquadrão de aurores atrás do traidor.


- Acredito que tenha fugido. – Sirius falou em voz baixa. – Durante a noite eu não conseguia dormir e então peguei minha moto e fui verificar como as coisas estavam, quando cheguei na casa onde Pedro estava escondido não havia mais ninguém lá e nem mesmo um sinal de luta sequer. Eu fiquei apavorado e então voei para cá o mais rápido possível, mas quando eu cheguei tudo já tinha acontecido e eu não pude ajudar em nada.


- Agora que Voldemort foi derrotado, ele com certeza vai desaparecer e será muito difícil encontrá-lo. – Dumbledore disse baixinho meneando a cabeça.


- Na hora certa ele será preso. – garantiu Emilia em um tom de voz que não deixava margem para duvidas de que ela dizia a verdade.


- E Remo? – o diretor perguntou de repente notando a falta do outro integrante dos marotos, os olhos de Sirius e Tiago se encontraram rapidamente.


- Remo está doente. – Lílian disse simplesmente e em tom direto, afinal havia mais bruxos naquele local e qualquer um deles poderia ouvir algo que não deveria.


- Entendo. – foi tudo o que Dumbledore disse entendendo a indireta da mulher ruiva e em seguida começando a se afastar.


- Agora o circo está armado. – disse Emilia com voz cansada, afinal sabia que teria de dar uma declaração completa sobre o que havia acontecido naquela noite. – Vocês tem onde ficar pelos próximos dias?


- Sim. – Tiago disse, afinal eles tinham muitas propriedades onde poderiam passar a noite. – Não se preocupe conosco.


- Sirius, acho bom você voltar para casa logo, pois se a Lene acordar e você não estiver lá, então você já sabe o que acontece. – Lílian falou rapidamente, pois o amigo parecia preocupado e meio abatido com a descoberta da traição de um amigo.


- Você tem razão Lily. – concordou Sirius e balançando a cabeça e sorrindo ligeiramente despediu-se dos amigos antes de se encaminhar até onde estava sua moto e montando-a, saiu em disparada pela rua e em seguida ganhando os céus.


- Acho que precisamos ir. – Tiago disse olhando para a Ministra que apenas concordou com a cabeça pensando no que deveria dizer para os repórteres, por fim suspirando Emilia caminhou decidida até onde os jornalistas estavam sendo barrados.


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A QUEDA DAQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO!


O dia trinta e um de outubro de 1981 ficará para sempre marcado na historia do mundo da magia e também na mente dos bruxos modernos.


Por motivos que até esse momento são completamente desconhecidos e que não foram revelados pelo diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore, e nem mesmo pela Ministra da Magia, Emilia Bagnoud, o bruxo conhecido e intitulado como Aquele-que-não-deve-ser-nomeado promoveu um ataque brutal contra a residência onde a Família Potter se encontrava devidamente escondida, os Potter são inclusive membros conhecidos e respeitados na sociedade bruxa.


Mas contrariando todas as probabilidades e possibilidades, a Família Potter saiu desse ataque completamente ilesa, com exceção de alguns cortes por parte de Lílian Potter, que fora rapidamente tratada por um membro da família, segundo declaração da Ministra.


Esse suposto membro da Família seria Harry Potter, que segundo as palavras de Emilia Bagnoud, é o estranho encapuzado que apareceu em alguns ataques e derrotou diversos comensais da morte, salvando inclusive a vida da Ministra da Magia das mãos de Vocês-Sabem-Quem.


Segundo o que foi relatado pela Ministra da Magia, Harry Potter apareceu no local em que os Potter estavam sendo atacados por Aquele-que-não-deve-ser-nomeado e salvou a família da desgraça certa, conseguindo vencer o temido Lorde Negro. Esse fato é realmente espantoso já que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado matou dezenas de pessoas e bruxos poderosos ao longo de todo seu Império de Terror.


O esquadrão de aurores está trabalhando freneticamente para conseguir capturar todos os comensais possíveis antes que eles resolvam atacar em massa contra a comunidade bruxa, afinal agora eles perderam seu mestre e eles com certeza serão mais fáceis de serem capturados;


Alguns boatos já começaram a correr dizendo que a Suprema Corte dos Bruxos pensa na possibilidade de transformar o dia trinta e um de outubro no “Dia de Harry Potter”, ou também como o “Dia do Homem-que-derrotou-as-trevas”, titulo pelo qual Harry Pottervem sendo chamado desde que matou Vocês-Sabem-Quem.


Mais detalhes sobre o ataque em uma reportagem com os aurores nas paginas 4 e 5.


As pessoas comemoram o fim dessa época sombria por todo o país, vejam na pagina 6.


“De onde surgiu Harry Potter?”, paginas 7, 8 e 9.


Entrevista exclusiva com Alvo Dumbledore sobre a queda de Vocês-Sabem-Quem, na pagina 10.


Lillith Trenton.


 


Isso era o que estava estampado na primeira pagina do Profeta Diário na manhã seguinte, fato que deixou Harry bastante aborrecido, mas como ele bem sabia já era bastante esperado, então não ligou muito para as informações mesmo lendo todo o jornal.


Melissa estava descansando no quarto, afinal ela estava grávida de seis meses e toda a agitação da noite anterior fora extremamente cansativa para ela. Harry estava tomando um longo gole de café enquanto pensava na dificuldade que tivera na noite anterior, mas pelo menos no fim tudo dera certo e ele sentia-se recompensado por ter conseguido derrotar Voldemort e ter conseguido garantir a sobrevivência de Lílian, Tiago e Edward.


Mas agora ele tinha outras preocupações na cabeça, principalmente porque sabia que Belatriz Lestrange agiria naquela mesma noite e atacaria os Longbottom para tentar descobrir onde Voldemort se encontrava, como se a família de Neville pudesse sequer pensar nessa possibilidade, Harry precisava garantir a vida deles também.


Mas dessa vez não agiria sozinho, pois Alice e Frank Longbottom tinham alguns amigos que estariam bastante dispostos a ajudá-los e Harry iria conversar com eles naquela tarde mesmo, não queria avisar os Longbottom do perigo, pois dessa maneira pegariam os comensais de surpresa e ainda poderiam prendê-los, mesmo que a vontade de Harry fosse matar um por um.


Pensando nisso Harry dirigiu-se até a mesa ao lado e pegou uma pena e alguns pedaços de pergaminho e então começou a escrever alguns recados para os Potter, Sirius e Remo Lupin, é claro. No bilhete pedia para eles se encontrarem na casa onde Tiago e Lílian estavam naquele momento, que o moreno sabia ser a mansão Potter.


Logo depois Harry enrolou os pergaminhos e encaminhando-se para o corujal que havia no terceiro andar da casa, encontrou sua coruja negra completamente desperta e atenta, como se soubesse que Harry precisava dos serviços dela, em seguida o moreno amarrou os pergaminhos na perna da coruja e em seguida sussurrou.


- Seja rápida e entregue somente para os destinatários, Ária. – disse Harry com a voz séria. – Lílian ou Tiago, Sirius Black e Remus Lupin.


Bicando carinhosamente a mão do moreno a coruja negra e imponente ganhou o céu e voou majestosamente para longe. Suspirando baixinho Harry deu as costas ao local e dirigiu-se para o primeiro andar novamente encontrando Melissa a mesa, logo depois o moreno despediu-se da esposa e dirigiu-se para o Ministério da Magia.


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O dia fora realmente puxado no Ministério da Magia, os aurores trabalhavam praticamente sem descanso e os outros funcionários tentavam manter a ordem no átrio, pois a quantidade de bruxos e curiosos que havia no local era simplesmente impressionante.


Todos queriam saber onde estava o herói que havia vencido o terrível Você-Sabe-Quem, os repórteres queriam uma declaração de Harry Potter ou até mesmo da Ministra da Magia, na verdade a maioria dos funcionários era interrogada sobre os acontecimentos da última noite, todos eles querendo obter um furo de reportagem.


Dentro do Departamento de Mistérios Harry trabalhava normalmente, afinal precisava manter as aparências. Ele sabia que Lílian havia recebido um tempo de folga devido ao atentado do último dia, mas como ele não trabalhava no Ministério com seu verdadeiro nome tinha de estar ali para não levantar nenhuma suspeita, principalmente por causa de Augusto Rockwood, que ainda estava livre e não fora descoberto como comensal da morte, o moreno podia muito bem entregá-lo de mão beijada para os aurores, mas preferia deixar as coisas acontecerem normalmente e não interferir naquela parte, pois no final das contas ele seria preso de qualquer forma.


Enquanto estava dentro do Departamento onde estava trabalhando naquele momento, Harry recebera a resposta das cartas que mandara, todos eles confirmando a presença na casa dos Potter depois das seis horas da tarde e como Harry já deixara Melissa avisada do que teria de fazer aquela noite, Harry iria direto para a casa de Lílian e Tiago.


O moreno vira os aurores Alice e Frank Longbottom de relance quando chegara no ministério, até poderia avisar os dois sobre o que estava para acontecer, mas então possivelmente não conseguiriam prender os comensais e ele queria Belatriz Lestrange apodrecendo em Azkaban, e quando Voldemort a tirasse de lá então ele  mataria.


As horas correram rapidamente e assim que terminou seu expediente Harry saiu do ministério e assim que esteve na rua desaparatou em frente ao local onde ficava a mansão Potter, em seguida Harry caminhou calmamente pelo caminho que levava para a parte da frente da casa, sentiu o momento em que atravessou os feitiços protetores ao redor da mansão.


Harry subiu os três degraus que havia em frente a porta e em seguida tocou a campainha, não demorou nem dois minutos e um elfo domestico abriu a porta para o moreno, o elfo fez uma reverencia exagerada antes de começar a falar.


- Entre meu Senhor. – disse o elfo se afastando da porta e dando aceso ao moreno que entrou e o elfo fechou a porta em seguida. – Meus senhores já o esperam, eles acharam por bem se acomodarem na sala ao invés do escritório.


- Tudo bem. – concordou Harry enquanto seguia o elfo domestico pelo corredor a direita saindo por fim em uma sala de estar magnífica na opinião do moreno.


- Harry... – Lílian exclamou com a voz sorridente quando viu o moreno, em seguida ela largou no chão o bebê que estava em seu colo e se aproximou de Harry sorrindo enquanto se jogava nos braços do moreno. – Que bom ver você, fiquei muito curiosa com sua carta.


- Oi Lílian. – Harry sussurrou retribuindo o abraço e em seguida olhando para os outros integrantes que estavam na sala.


- Bem, deixe que eu faça as apresentações. – Tiago falou se adiantando e apertando a mão do moreno antes de se voltar para os outros. – Pessoal, este aqui é Harry Potter, o cara que matou Voldemort ontem.


- Merlin. – Remo sussurrou audivelmente, e quando Harry se virou para ele percebeu que o lobisomem estava muito pálido devido a noite de ontem, que felizmente fora a ultima noite de lua cheia daquele mês.


- Uau. – Marlene sussurrou baixinho enquanto olhava Harry de cima a baixo, um olhar maroto cruzou a face da bruxa quando olhou de relance para o marido.


- Não façam essas caras de espantados, por favor. – pediu Lílian repreendendo os amigos severamente apenas com o olhar.


- Isso mesmo. – concordou Tiago com a voz séria. – Devemos nossas vidas a ele, e a partir de agora ele é como se fosse meu irmão. Ele já tem o sangue dos Potter, mas agora ele é meu irmão, mais um irmão, não é mesmo. – Tiago falou olhando de Sirius para Remo, que apenas balançaram as cabeças em concordância, pois sabiam que o auror os considerava daquela maneira. – Bem Harry, você já conhece Sirius Black, mas você ainda não pode conhecer sua adorável esposa, Marlene MacKinnon Black, ou apenas Lene.


- Muito prazer, Harry. – Marlene sorria alegremente para Harry quando se adiantou com uma menina de aproximadamente dois anos nos braços, a mulher de Sirius era morena e tinha os olhos castanhos, a filha também tinha cabelos negros, mas eram encaracolados e os olhos eram azuis como a maioria dos Black.


- O prazer é meu, Lene. – disse Harry em um tom que soou rouco e charmoso, ele não perdia a oportunidade de olhar para uma mulher bonita como aquela, embora respeitasse todas elas e jamais traísse Melissa.


- Encantada. – disse Marlene muito interessada no moreno a sua frente, ainda mais percebendo o ciúme que o marido estava demonstrando, afinal era muito bom revidar um pouco, pois sempre era ela quem ficava com ciúme das mulheres que davam em cima de Sirius. Então Marlene lembrou-se da filha que se mexia em seus braços parecendo estranhamente agitada. – Ah, e essa pequena arteira aqui é minha filha, Ângela Black.


- Muito prazer, Ângela. – disse Harry com suavidade e sorrindo para a pequena menina que sorriu de volta.


- Olá. – disse Ângela com a voz baixinha e acanhada, a menina sorria charmosamente para Harry que piscou os olhos aturdido, com certeza aquela garota daria muito trabalho para os pais, principalmente com os namorados.


- Você é muito espertalhona, não é mesmo? – Marlene sussurrou para a filha enquanto se afastava do moreno.


- Bom, esse aqui é Remo Lupin, um grande amigo nosso. – Lílian resolveu interferir naquele momento estranho, chamando a atenção dos outros e do moreno para a realidade.


- É um prazer conhecê-lo Senhor Potter. – Remo disse de maneira formal enquanto apertava a mão de Harry, o moreno fez uma careta com o tratamento que recebeu.


- Por favor, me chame de Harry. – disse enquanto olhava para o lobisomem que apenas concordou com a cabeça antes de sorrir ligeiramente.


- Poderia me responder uma pergunta, Harry. – Lupin disse em voz curiosa e depois que Harry concordou com a cabeça, Remo voltou a falar. – Como você pode me escrever sendo que nunca havíamos nos visto antes?


- Você é uma pessoa bastante famosa, Remo. – Harry falou olhando para Lílian que sorriu envergonhada lembrando-se das conversas que ela e Harry sempre tinham quando estavam no intervalo do serviço no Ministério ou mesmo enquanto trabalhavam em um setor juntos. – Lílian falou muito bem de você pra mim e pelo que entendi você é um grande amigo dela, por isso escrevi para você também.


- Falando nisso, porque você pediu que nos encontrássemos, Harry? – Tiago perguntou com a voz transbordando de curiosidade.


- Bem, eu convoquei essa pequena reunião pelo simples fato de que vocês são amigos dos aurores Alice e Frank Longbottom, ou estou enganado? – perguntou Harry calmamente, mas mesmo sabendo a resposta precisava ouvir da boca deles.


- É claro que eles são nossos amigos. – Lílian exclamou surpresa com a pergunta do moreno. – Mas porque a pergunta?


- Bem, tenho informações de que alguns comensais da morte vão atacar a casa deles hoje a noite. – Harry resolveu soltar a bomba de uma vez ao invés de ficar enrolando, então viu o choque estampar-se no rosto deles.


- Como assim? – perguntou Marlene com a voz fraca pelo susto, enquanto apertava mais fortemente a filha nos braços.


- Belatriz Lestrange está desesperada para encontrar Voldemort, ela não acredita que ele possa ter sido derrotado e vai fazer qualquer coisa para descobrir onde ele está. – falou Harry com voz forte e firme. – Como ela não conseguirá acesso a mansão Potter que é praticamente impenetrável, ela ira para o alvo mais lógico, afinal Frank e Alice são membros da ordem da fênix e também estavam na lista de alvos de Voldemort.


- Então vamos avisá-los imediatamente. – Sirius falou levantando-se de onde estava sentado e se encaminhando para a lareira.


- Não Sirius. – Harry o deteve com suas palavras frias e objetivas. – Alguns dos comensais que estarão com Lestrange não são comensais da morte conhecidos e essa é uma oportunidade única de prendê-los e fazer com que eles apodreçam em Azkaban.


- Harry tem razão. – Marlene falou com a voz suave e calma, recebendo a concordância dos outros, mesmo que contrariada por parte de Sirius e Tiago, que queriam partir imediatamente para a casa dos amigos.


- Entoa que horas vamos para lá? – Remo perguntou seriamente enquanto sua mente trabalhava freneticamente.


- Em meia hora partiremos para a casa dos Longbottom, deve ser tempo suficiente para que os comensais entre na casa, então poderemos pegá-los distraídos. – disse Harry enquanto se sentava em uma poltrona que Lílian lhe oferecera.


- Eu não gosto de esperar, deveríamos ir ajudar nossos amigos agora mesmo. – Sirius falou meio revoltado com a decisão.


- Se os comensais nos verem eles atacarão para matar, Black. – disse Harry como se aquilo fosse muito obvio. – Eles precisam dos Longbotton’s vivos e não mortos, garanto a você que será melhor que peguemos eles de surpresa.


- Frank e Alice terão mais chance de sobreviverem dessa maneira. – concordou Lílian com a voz estrangulada. – Mas quem vai ir até lá, afinal não podemos deixar as crianças sozinhas aqui enquanto vamos até Londres.


- Você e a Marlene vão ficar aqui Lílian. – disse Tiago como se fosse obvio aquilo, o que causou um olhar irritado por parte das duas mulheres.


- Ele tem razão Lílian. – Remo falou com a voz calma enquanto tentava apaziguar os ânimos dos amigos. – Contando conosco já seremos quatro homens, acredito que será o suficiente para ajudar-mos Frank e Alice.


As duas mulheres ainda pensaram em retrucar dizendo que eles eram um bando de machistas, mas quando viram os filhos decidiram que era melhor que elas permanecessem em casa cuidando dos bebês, enquanto os homens prendiam os comensais.


 


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


GutoRo7: obrigado pelos elogios cara, a Nick manda um beijão pra você. Acho que a Nick não seria tão ma assim para matar a Lílian, pelo menos não depois de tudo o que havia acontecido, não é mesmo? Ao estilo Dark Angel, Hein? Deus me livre....


Sua fic é boa fera, eu dei uma relida essa semana e gostei muito, principalmente o super capitulo que foi o ultimo, as coisas aconteceram de maneira muito interessante, quero só ver o próximo...


A Mel não poderia atirar no Dumbledore, pelo menos não sem ser presa.. quero ver eles tentarem prender ela, o Harry não ia deixar... bem pelo menos o dumbledore tomou umas boas porradas, do Harry e da Mel, mas futuramente ele ainda vai apanhar mais, espere só.


Cara, que imaginação louca foi essa velho de libertar demônios e tudo mais... quanto ao Edward, garanto que ele e nem ninguém vai ficar sabendo da verdade sobre o Harry, pelo menos eu acho que não né, talvez até o final da fic e Nick mude de idéia, quem sabe? Mas o Edward vai sim ser treinado, pela Lily e pelo Tiago, assim como Sirius vai treinar os filhos dele, na verdade eles vão treinar todos juntos, e Remo, Sirius, Tiago, Lílian, Marlene vão treinar os garotos recebendo é claro uma ajudinha extra do Harry, vamos ver no que isso vai dar. Abraços.


 


Silvia Cecil: obrigado pelos elogios, mas ano é para tanto também. Não precisa pegar no meu pé não, eu jamais vou abandonar minhas fics, prometo que vou terminar todas elas, e vou conseguir atualizar todas até o fim do mês, pelo menos um capitulo para cada fic. Bem, o Dumbie levou uns tabefes do Harry e saiu com o nariz quebrado, já é um bom começo não é mesmo, mas futuramente ele vai levar mais, e uma hora é realmente uma vergonha. Beijos.


 


Toddy: que bom que curtiu o capitulo, espero que este também esteja bom, a Mel batendo no velhote foi muito foda mesmo. Abraços.


 


Jonathan: que bom que gostou do capitulo anterior, espero que este esteja bom, o Dumbie aindab não apanhou da maneira que eu gostaria, mas pelo menos já é um começo. Abraços.


 


Willian Itiho Amano: capitulo novo cara, espero que tenha gostado. Abraços.


 


 

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