Capitulo 12 – Primeiro Confron



Capitulo 12 – Primeiro Confronto


O mês de setembro iniciou-se quente e ensolarado na Inglaterra, aquele era o primeiro dia do mês e o dia em que os alunos voltariam para a escola de bruxaria de Hogwarts e aquela concentração de bruxos se tornava um possível alvo para um ataque de comensais da morte, por isso um esquadrão de aurores estava postado para fazer a segurança dos alunos tanto no embarque como no trajeto do trem e no desembarque no povoado de Hogsmeade.

No Ministério da Magia Harry havia acabado de chegar para o começo do trabalho e enquanto se dirigia para o setor onde ficava o Departamento de Mistérios percebeu a grande movimentação dos aurores que pareciam agitados enquanto traçavam alguma estratégia. Curioso com o fato o moreno se aproximou e avistou Tiago e Sirius no meio dos aurores, o moreno recostou-se próximo ao grupo e ficou escutando, sabia que ninguém o reconhecia, pois estava com sua aparência que utilizava quando estava de serviço.

- Certo, vamos ter dez aurores em cada entrada e saída da estação... – a voz de Moody deixou o moreno cheio de curiosidade com o que eles estavam planejando e pelo pouco que ouvira o moreno entendeu que falavam sobre o embarque dos alunos que iriam para Hogwarts aquele dia. – Quero todos vocês atentos a tudo e todos...

Continuou ouvindo atentamente as instruções que o Chefe dos Aurores passava a seus subordinados e ficou abismado ao perceber que mais da metade do esquadrão de aurores estaria na estação, o que deixaria o Ministério com uma proteção baixa, tornando-o um alvo fácil e lógico para o Lorde das Trevas, o moreno rangeu os dentes ao se lembrar que não deveria interferir muito nas decisões das outras pessoas ou seus planos poderiam ir por água abaixo.

Afastou-se do local rapidamente antes que alguém o percebesse e caminhou rapidamente até a entrada do local onde trabalhava, atravessou a porta que separava o Ministério do Departamento de Mistérios e logo entrou em uma sala circular e bastante familiar ao moreno. Imediatamente Harry entrou no setor em que trabalhava que era justamente a Sala das Profecias, na verdade os Inomináveis trabalhavam em todos os setores e colaboravam entre si.

O moreno escolhera aquele setor apenas para lhe garantir a veracidade dos fatos sobre a mentira que contara a Lílian e Tiago sobre a Profecia que envolvia Voldemort. O mais impressionante no trabalho de um Inominável é que tudo envolvia pesquisas e coisas secretas, muitas consideradas lendas até mesmo entre os bruxos, havia inclusive uma sala especial que era destinado a pesquisa dos antigos deuses gregos e egípcios.

Uma outra era especialmente para a Magia Antiga, aquele era o local onde Lílian trabalhava, ela pesquisava sobre as diferentes magias que existiam, principalmente as esquecidas pelo tempo, nos primeiros dias o moreno entrara na sala enquanto conhecia o Departamento e ficara fascinado com a variedade de livros antigos que a sala tinha, esperava poder estudar eles assim que pudesse e assim teria mais armas para poder utilizar contra o Lorde Negro quando fosse batalhar de verdade contra ele, o que Harry sabia que aconteceria apenas futuramente.

Enquanto se preparava para começar a trabalhar na pesquisa das profecias que estava realizando a pedido de Liam, o moreno lembrava-se que a barriga de Melissa já aparecia e estava visível aos quatro meses de gravidez, a loira estava bastante empolgada embora um pouco assustada com o fato de que se tornaria mãe em pouco tempo, mas agora ela era uma Potter, pois eles haviam se casado discretamente em uma igreja trouxa alguns dias antes.

Todos os dias após chegar em casa do trabalho o moreno dirigia-se até a sala especialmente preparada para treinamentos e com o feitiços de alteração de tempo que ele executara no interior dela ele passava dias se exercitando e treinando suas habilidades e poderes, assim como treinava a estratégia de combate que ele usaria para derrotar Voldemort quando ele atacasse a residência de Lílian e Tiago Potter em Godric’s Hollow.

Como Melissa não podia mais treinar pesadamente devido a seu estado ela apenas o acompanhava e o ajudava em algumas ocasiões ou então ficava o vendo treinar enquanto lia alguns livros, nos últimos tempos ela passara a ler romances trouxas e bruxos, principalmente os trouxas. Ela até mesmo tinha assinaturas de algumas coleções de romances de bolsos e que vinham toda semana pelo correio, ou então ela ia até uma livraria e comprava os que ela gostava, e como Harry não era bobo não dizia absolutamente nada sobre o novo gosto da garota, afinal não contrariaria uma mulher grávida, principalmente por que o filho era dele.

Outra coisa que mudara nos hábitos da loira foi o súbito desejo que ela passara a ter por coisas estranhas, as vezes ela o acordava no meio da noite dizendo que estava com vontade de comer algo e ele tinha de ir procurar. Eram tantos pratos estranhos que ela pedia que o moreno as vezes tentava entender como ela conseguia comer aquelas coisas, mas ele não reclamava disso, pois a única vez que fizera isso a garota chorara por quase uma hora sem parar.

Saindo de seus pensamentos o moreno concentrou-se em seu trabalho, mas no fundo de sua alma algo estava o deixando inquieto, na verdade sentira-se assim desde que o dia amanhecera e ele se levantara da cama, ele reconhecia os malditos sintomas de seu sexto sentido ou sua intuição como muitos diziam, mas ele não se importava com o que aquilo realmente era, apenas tinha certeza que algo ruim iria acontecer naquele dia.

A sensação desagradável o acompanhou durante todo o dia e nem mesmo nos momentos em que ele estivera em casa almoçando com Melissa a sensação desapareceu, e no final do dia ele estava uma pilha de nervos tentando decidir o que fazer a respeito daquilo, o horário de trabalho já havia terminado a quase uma hora e a maioria dos funcionários já haviam partido do ministério, mas algo segurava o moreno no mesmo lugar, naquele momento ele estava próximo ao Átrio e não sabia se ia para casa ou ficava, mas foi tirado de seus pensamentos quando uma voz soou pelo alto falante do Ministério da Magia.

- Atenção, todos os aurores devem comparecer imediatamente a estação de Hogsmeade... – a voz metálica de mulher ecoou pelas paredes deixando os funcionários preocupados e em choque quando ela completou. – Ataque no desembarque dos alunos.

Naquele momento a correria foi insuportável e deixou todos em polvorosa, alguns funcionários que tinham filhos no expresso aparataram imediatamente para ajudar e os aurores desapareceram como fumaça indo diretamente para o local, por um momento Harry ficou tentado a ir ajudá-los até que percebeu que haviam ficado para trás bem poucos aurores para fazerem a proteção do Ministério e nesse momento a sensação desagradável voltou com força total.

E somente então percebeu a armadilha que Voldemort havia bolado, afinal com praticamente todos os aurores auxiliando no ataque a estação de Hogsmeade o Ministério estava praticamente desprotegido contra um bom ataque e bastava Voldemort para acabar com aqueles aurores. Vagamente lembrou-se e algo que ouvira de alguém da ordem sobre o assassinato da Ministra da Magia pouco antes da queda de Voldemort, e Fudge havia assumido o cargo praticamente durante o final da Primeira Grande Guerra Bruxa.

Apressando-se o moreno saiu do lugar e depois entrou por uma lareira do Ministério anunciando o Caldeirão Furado, poucos segundos depois ele saiu no bar sujo e sem prestar a mínima atenção a ninguém desaparatou imediatamente chegando na sala de sua casa, correu imediatamente para seu quarto onde encontrou Melissa sentada em uma poltrona em frente a lareira lendo um dos livros de romance que ela gostava.

Enquanto arranca suas vestes e voltava a sua forma normal o moreno contava rapidamente suas suspeitas sobre o que aconteceria aquele dia, logo vestiu seu sobretudo negro com capuz e discretamente colocou uma espada nas costas, não sabia se precisaria dela ou não, mas não custava nada estar prevenido, também colocou duas adagas na cintura e pegou uma pistola semi-automática, não queria usar armas trouxas nos comensais, pelo menos não ainda, esperava ter de utilizar armas trouxas apenas quando Voldemort ressurgisse.

Acenando para a loira que tinha uma cara preocupada Harry desaparatou novamente dessa vez com o capuz devidamente colocado sobre seu rosto e apareceu no Átrio do Ministério da Magia, encontrando um rastro de destruição no local, havia corpos de pessoas espalhadas pelo chão, o moreno reconheceu como sendo de vários aurores, balançando a cabeça e sabendo que não teria muito tempo o moreno correu em direção as escadas onde sentia que o Lorde Negro fora, tinha de evitar a morte da Ministra, afinal não queria o bundão do Fudge como Ministro Bruxo.

Em alguns andares o moreno encontrou apenas destruição, sentiu que os comensais haviam feito aquilo apenas por diversão enquanto subiam os níveis dos andares, quando chegou um andar antes de onde ficava o escritório da Ministra encontrou um grupo de aurores especiais enfrentando os comensais da morte, no chão havia corpos tanto dos comensais da morte como dos aurores que o moreno percebera serem os guarda-costas particulares de Emilia Bagnoud.

Harry não deu atenção aquela batalha e passou em uma velocidade alucinante por eles indo diretamente até o escritório da Ministra, pode ver a porta arrombada e quando atravessou observou que aquela era a sala dos assistentes da Ministra e no fim do local havia uma outra porta que o moreno sentiu estar lacrada por um poderoso feitiço de proteção, correu rapidamente em direção ao local ao mesmo tempo em que erguia a varinha.

- Bombarda Máxima. – um raio branco disparou da varinha do moreno atingindo a porta que explodiu em milhares de pedaços jogando destroços para todo o interior da sala, e em seguida atravessou a porta encontrando Voldemort apontando a varinha diretamente para a Ministra da Magia, e quando ele falou o moreno nem pensou e agiu por instinto.

- Ninguém vai me impedir de matá-la Emilia. – a voz fria e cruel do Lorde das Trevas ecoou pelo aposento e depois de fazer um gesto leve com sua varinha Voldemort pronunciou com uma felicidade cruel na voz. – Avada Kedavra.

Ao perceber o que Voldemort faria o moreno agiu apressadamente e moveu-se em uma velocidade assustadora enquanto sacava sua espada, em um momento estava próximo a porta e nos instante seguinte estava em frente a Ministra da Magia que parecia ter sido torturada com a maldição da dor várias vezes.

Harry moveu-se e elevou a espada que recebeu o impacto da maldição esverdeada, a lâmina absorveu o feitiço de morte e imediatamente Harry soube que aquela espada havia perdido sua utilidade, mas mesmo assim segurou-a firmemente enquanto se colocava em uma posição de combate, pronto para se defender do Lorde das Trevas caso fosse necessário, Harry passou a espada para sua mão esquerda enquanto sacava sua varinha novamente.

- Quem é você? – perguntou Voldemort irritado com a presença daquele estranho ser que havia se intrometido entre ele e seu objetivo.

- Ninguém importante. – devolveu Harry com sua voz tão fria quanto o gelo, o que fez o Lorde arquear a sobrancelha e Emilia tremer levemente com o tom de voz dele.

- Então não vai se importar de morrer, não é mesmo? – retrucou Voldemort com desprezo enquanto elevava novamente sua varinha dessa vez apontando diretamente o peito do estranho encapuzado. – Avada Kedav...

- Sectusempra. – Harry bradou antes que o Lorde das Trevas terminasse de pronunciar a maldição da morte, e como não esperava ser atacado Voldemort foi atingido diretamente no peito pelo feitiço negro, e mesmo com a resistência que o Lorde possuía com a maioria dos feitiços vários cortes se formaram pelo corpo dele, que rangeu os dentes com as pontadas de dor que sentiu. O moreno aproveitou a leve vantagem que tinha sobre Voldemort e lançou mais feitiços negros contra ele, mas acertou apenas a primeira maldição negra, pois a partir desse momento o Lorde das Trevas pareceu se recuperar e passou a se defender dos feitiços que o moreno lançava.

- Que feitiço você lançou desgraçado? – perguntou Voldemort ao perceber que estava cada vez mais fraco a medida em que se defendia dos feitiços que ele estava lançando e secretamente Voldemort estava surpreso com o conhecimento que ele tinha daqueles feitiços mesmo eles não tendo tanta intensidade, fato que provavelmente se devia por causa do poder que aquele estranho possuía, que apesar de ser grande não era nada se comparado com seu verdadeiro poder, pensou Voldemort enquanto esperava uma resposta.

- Uma maldição negra básica que drena todos os seus poderes cada vez que você os utiliza e se continuar usando tanto em pouco tempo não vai ter mais energia para suportar um duelo. – Harry falou zombeteiramente pretendendo irritar um pouco mais Voldemort, mas sabia que o Lorde das Trevas não era tão estúpido a ponto de se deixar cair em uma armadilha tão fácil e obvia como essa, portanto se preparou para ter de se defender.

- Você é muito esperto maldito. – rosnou Voldemort ameaçadoramente enquanto pensava nas implicações daquilo, lembrava-se daquele feitiço e sabia que o efeito era apenas temporário e duraria apenas alguns dias, mas se ele acabasse utilizando muita magia para acabar com aquele estranho acabaria ficando completamente desprotegido e isso ele não poderia admitir jamais e também poderia matar aquela Ministra de meia tigela outra hora, por isso falou friamente. – Ainda nos veremos novamente seu maldito e da próxima vez eu vou estar preparado e você não vai me pegar de surpresa. Mas antes...

Voldemort pronunciou algumas palavras em um tom baixo e frio, mas Harry pode ouvir e entender perfeitamente bem as palavras assim como o feitiço que ele estava lançando, em seguida um raio dourado disparou da varinha do Lorde das Trevas que desapareceu em seguida rindo de maneira diabólica, o moreno não tinha muitas opções naquele momento e por isso fez o que lhe pareceu mais lógico.

Virou-se rapidamente e agarrando uma das mãos da Ministra da Magia aparatou com ela para o corredor em frente a sala dela, em seguida uma explosão poderosa se fez ouvir no interior, o som chegou a machucar os ouvidos dos dois, mas o moreno e a Ministra pareceram não ligar enquanto observavam a sala dela desabando aos poucos e quando se aproximaram para observar seu interior foi com assombro que viram que o lugar havia sido devastado, não restando nem mesmo os moveis ou qualquer outra coisa no local.

Harry estava completamente surpreso, conhecia aquele feitiço mesmo não tendo capacidade para poder executá-lo ainda, mas não tinha nenhuma idéia de que ele poderia devastar um local e ainda sentia que o Lorde das Trevas não usara aquele feitiço para tentar matá-lo e sim para demonstrar o enorme poder que possuía e agora mais do que nunca o moreno tinha certeza do tanto que ainda precisava evoluir para poder bater de frente contra Voldemort algum dia.

- Caramba. – o sussurro assombrado da Ministra da Magia despertou o moreno de seus pensamentos que sentiu naquele momento que os comensais da morte estavam desaparatando para fora do Ministério bruxo.

- Realmente assustador. – comentou Harry friamente causando um sobressalto na Ministra que havia se esquecido do estranho encapuzado que a havia salvado, por isso deu um salto para trás enquanto olhava desconfiada em direção ao moreno, Harry suspirou baixinho e percebeu que estava na hora de ganhar uma possível aliada naquela guerra. – Não precisa se preocupar Ministra, não tenho intenção nenhuma de matá-la, até porque se quisesse não teria impedido que Voldemort o fizesse.

A mulher tremeu fortemente quando o estranho pronunciou o nome do Lorde das Trevas, mas interiormente concordou com a veracidade das palavras dele, sem contar que agora devia sua vida a ele, pois se não fosse por isso agora estaria morta. Foi tirada de seus pensamentos por passos fortes e apressados que ecoaram pelo corredor e quando ela e o estranho viraram-se deram de cara com ninguém menos que Alastor Moody com alguns de seus aurores do Ministério, além de alguns dos guarda-costas pessoais da Ministra da Magia, a mulher imaginou que os outros provavelmente estavam mortos.

- Erga as mãos imediatamente e solte a sua varinha e essa espada. – a voz do Chefe dos aurores soou ríspida enquanto ele e os outros apontavam suas varinhas diretamente para o estranho encapuzado que Emilia percebeu retesar-se e se preparar para lutar como ela vira ele fazendo contra o Lorde das Trevas, por isso resolveu interferir.

- Abaixem essas varinhas imediatamente. – ordenou Emilia com voz autoritária recebendo vários olhares incrédulos, mas sendo obedecida imediatamente por seus guarda-costas embora os outros aurores não o tenham feito.

- Mas Ministra... – Moody adiantou-se mostrando-se claramente confuso com a ordem que ela acabara de dar.

- Mas nada Alastor. – disse a Ministra com voz forte e decidida colocando-se a frente do moreno que apenas a observava curiosamente. – Esse homem acabou de salvar minha vida, portanto tem minha gratidão. Não vou tolerar nenhum tipo de ação contra ele, entenderam?

- Mas Senhora, foi ele que matou aqueles comensais no ataque que houve a algumas semanas... – tentou novamente o Chefe dos Aurores, mas novamente foi interrompido pela voz séria da Ministra da Magia.

- Não me importa Alastor e se ele os matou, melhor ainda, assim pelo menos são algum a menos para nos preocuparmos. – Emilia declarou friamente antes de se voltar para Harry que estivera em silêncio durante o diálogo entre eles. – Poderia me acompanhar, por favor, acredito que precisamos conversar urgentemente, como minha sala está destruída podemos ir até...

- Se quiser conversar comigo terá de ser em outro lugar Ministra. – falou Harry rapidamente, pois estava vendo as intenções de Moody e de um outro auror que fazia parte da ordem, percebera que eles iriam chamar Dumbledore e mesmo não gostando de admitir sabia que o velhote era poderoso e teria dificuldades em se livrar do diretor. – Não vou ficar nem mais um minuto aqui, se quiser eu a levo para outro lugar e conversamos e depois eu a deixo em sua casa em segurança.

- Tudo bem. – concordou Emilia depois de alguns segundos de hesitação arrancando algumas exclamações incrédulas dos aurores, mas a Ministra não se importou e virou-se falando diretamente para seus guarda-costas. – Terminem o turno de vocês normalmente e fiquem vigiando em minha casa, aviso assim que retornar.

Em seguida o moreno colocou suas mãos nos ombros da ministra e desaparatou com ela bem em frente aos olhos dos aurores. Após a breve sensação de desconforto que acontecia sempre que alguém aparatava a Ministra abriu os olhos e deparou-se com um deserto, quilômetros e mais quilômetros de areia pura, naquele local o sol ainda estava se pondo e ela soube que estava em outro país da Europa e bem longe da Inglaterra.

- Onde estamos? – foi a primeira coisa que ela perguntou assim que conseguiu pronunciar algo enquanto olhava para o estranho encapuzado que estava parado olhando para ela e aprecia bastante familiarizado com o local.

- Este é o Deserto de Gobi, em sua maioria ocupa o território da China, que é onde estamos agora e é onde poderemos falar em particular. – falou Harry rindo discretamente por baixo do capuz pelo obvio desconforto que a Ministra estava sentindo.

- Não é o que eu esperava, mas tudo bem. – falou Emilia enquanto ajeitava melhor o casaco que vestia, pois mesmo estando em um deserto parecia que o lugar estava congelando. – Eu gostaria de saber seus motivos para ter me salvado hoje e também o porque de você estar aparentemente lutando contra Você-Sabe-Quem.

- Parece razoável. – disse Harry friamente sem revelar nada em sua voz que denunciasse um pouco de seu divertimento por estar tendo aquela conversa. – Bem, pra falar a verdade não sei porque a salvei, talvez pelo fato é melhor do que seu provável substituto...

- Bartolomeu Crouch é meu provável sucessor caso acontecesse algo comigo. – falou Emilia interrompendo Harry que riu cinicamente.

- As eleições demorariam pelo menos dois meses para serem feitas e nesse meio tempo muitas mortes aconteceriam enquanto não houvesse um líder, sem contar com o fato de que provavelmente até lá o filho dele já teria sido desmascarado como um comensal da morte e sua enorme credibilidade estaria perdida. – explicou Harry calmamente vendo os olhos da Ministra arregalarem-se de espanto quando entendeu o que ele disse sobre o filho de Crouch, mas antes que ela o interrompesse o moreno continuou. – Depois dele a pessoa mais influente no Ministério e que serviria aos propósitos de Dumbledore de ter um Ministro que ele possa manipular seria Cornélio Fudge, que é um verdadeiro pamonha.

- Concordo. – Emilia disse com desprezo pelo homem que ela considerava repugnante e que tinha mania de grandeza. – Entendi o motivo, mas você ainda não respondeu o motivo de você estar lutando contra Você-Sabe-Quem.

- Eu o odeio profundamente. – Harry falou em um tom de voz estranho que não deixou duvidas para Emilia que ele dizia a mais pura verdade, principalmente porque ela pode sentir o ódio que exalava dele. – Eu quero acabar com a raça dele, mas sei que ainda não estou pronto para isso, mas estou treinando pesado para estar pronto quando o momento chegar.

- Porque você o odeia tanto? – perguntou a Ministra com a voz cheia de curiosidade, mas o moreno apenas balançou a cabeça antes de responder.

- Eu tenho meus motivos e é tudo o que eu vou dizer sobre isso. – falou Harry que naquele momento sacou novamente sua espada e olhou para ela com pena, afinal depois de ter recebido a maldição da morte ela não prestava mais, por isso jogou-a para o lado e em seguida lançou um feitiço explosivo que a fez em pedaços e quando viu a curiosidade no rosto da mulher apenas disse rapidamente. – Ela não presta mais.

- Certo, mas me diga porque você falou sobre um Ministro que Dumbledore pudesse manipular? – perguntou Emilia sabendo que as coisas que ela sempre suspeitara sobre o diretor de Hogwarts estavam certas afinal de contas.

- Dumbledore é um velhote manipulador que gosta que todos sigam suas ordens. – disse Harry no que pareceu um rosnado de deboche para a Ministra. – Eu recomendaria que você tivesse cuidado com ele a partir de agora, pois duvido muito que ele se esforçasse para defendê-la uma vez que você não colabora muito com ele.

- Acho que você tem razão quanto a isso. – Emilia falou suspirando enquanto pensava em todas as conversas que tivera com o diretor de Hogwarts. – E eu poderia fazer algo por você? Alias, eu ainda não sei o seu nome.

- Nada de nomes agora Ministra, vai ser melhor assim. – disse Harry rapidamente. – E quanto a você me ajudar, por enquanto eu acho que não, mas eu entro em contato com você, acho que poderemos nos ajudar mutuamente no momento certo.

- Tudo bem. – concordou Emilia cansada e em seguida olhou para o rosto do estranho que estava escondido pelo capuz negro que ele usava. – Se você não tiver mais nada para tratar comigo eu gostaria de ir pra casa e descansar.

- Sem problemas. – foi tudo o que o moreno disse antes de pegar na mão da Ministra e aparatar dentro da casa dela, havia visto a localização da casa dela bem como as proteções que ela possuía na mente de Emilia, que ficou surpresa ao perceber onde eles haviam aparatado, mas antes que ela pudesse falar alguma coisa ouviu o estalo de aparatação anunciando a partida do estranho, em seguida ouviu o barulho de passos apressados e soube que os guardas da mansão estavam no local, suspirando preparou-se para conversar com eles.
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Na sede da ordem da fênix durante a noite do dia primeiro de setembro varias pessoas estavam reunidas esperando que Dumbledore iniciar a reunião daquela noite que debateria principalmente os ataques efetuados pelos comensais da morte tanto na estação de Hogsmeade quanto no Ministério da Magia naquele dia.

- Boa noite a todos. – a voz serena do diretor anunciou a entrada dele na sala de reuniões fazendo com que o silêncio reinasse no local.

- É verdade que Você-Sabe-Quem atacou o Ministério? – a voz de Rabicho soou meio trêmula quando perguntou.

- Sim Senhor Pettigrew, Lorde Voldemort atacou o Ministério da Magia e seu alvo era sem duvida alguma a Ministra Emilia Bagnoud. – falou Dumbledore lentamente vendo o choque em cada uma das faces dos presentes no local.

- Então o ataque a estação de Hogsmeade era apenas uma distração? – perguntou Sirius chocado com aquela informação, afinal haviam dezenas de comensais no local.

- O ataque a estação tinha como objetivo chamar nossa atenção e levar a maioria dos aurores até o local deixando assim o Ministério praticamente sem proteção, já que naquele horário a maioria dos funcionários já havia saído do local. – Dumbledore voltou a falar dessa vez um pouco mais agitado e se levantando do lugar e passando a andar de um lado para o outro em frente a mesa onde os membros da ordem estavam sentados e quando voltou a falar foi olhando diretamente para o Chefe dos Aurores que sabia que ele explicaria a partir dali. – Ao que parece antes que Voldemort tivesse oportunidade de matar Emilia alguém o impediu.

- Exatamente Dumbledore. – falou Moody chamando a atenção dos outros membros da ordem. – Assim que percebemos que o ataque a estação era apenas uma distração nós voltamos imediatamente e encontramos o Átrio destruído e varias pessoas mortas, seguimos o rastro e acabamos encontrando os guardas da Ministra duelando com vários comensais da morte, só que antes que pudéssemos fazer qualquer coisa ele simplesmente desaparataram indo embora, em seguida nós corremos imediatamente para a sala da Ministra e encontramos ela em pé conversando com um estranho encapuzado, é claro que nós pensamos que ele estava atacando.

- E não estava? – perguntou Lílian Potter quando o homem parou de falar e respirou fundo como se precisasse de ar.

- Pelo que eu entendi não, a Ministra o defendeu e disse que ele havia salvado a vida dela e em seguida ela aparatou junto com ele sabe-se lá Merlin pra onde. – falou Moody aparentando frustração na voz. – Conversando com os guardas dela eu descobri que o próprio Você-Sabe-Quem havia ido para matá-la, só que não havia sinal nenhum dele lá, a não ser a sala da Ministra completamente destruída. Esse homem que salvou a Ministra é o mesmo cara que deteve os comensais da morte naquele ataque que aconteceu a varias semanas atrás.

- Isso é preocupante. – Dumbledore falou depois de alguns segundos de silêncio total na sala. – Não sabemos quem ele é e nem o que ele pretende fazer, ele apareceu apenas nesse ataque e dessa vez, porque não apareceu os outros ataques que Voldemort fez, porque apenas nesses dois ataques em particular.

- Interesse próprio? – sugeriu Sirius que estava olhando para o nada até aquele momento. – Talvez ele tenha algum interesse em deixar a Ministra viva...

- É, talvez. – concordou o diretor balançando a cabeça negativamente, o maldito desgraçado interrompera seus planos e agora ano poderia ter um Ministro a seu favor. – Eu não tenho certeza dos motivos que o levaram a agir nesses dois ataques, mas é melhor nos mantermos alertas para qualquer eventualidade. Severo, por favor.

- O Lorde das Trevas está bastante irritado por não ter conseguido realizar seus planos contra a Ministra Bagnoud, mas ao todo satisfeito com a repercussão que este atentado vai ter em toda a população bruxa. – a voz fria e sarcástica de Severo Snape ecoou pela sala, o espião da ordem entre os comensais da morte parecia cheio de si por ter noticias tão boas, mas eram poucos os que confiavam na lealdade do comensal. – Pelo que pude perceber está bastante intrigado sobre a identidade desse estranho que o desafiou no Ministério, na verdade eu tenho pena dele, pois agora o Lorde o considera seu inimigo e quer a cabeça dele tanto quanto quer a sua Dumbledore.

- Ele é tão forte assim? – perguntou Tiago com a voz intrigada olhando para o desafeto de escola, afinal tinha uma leve suspeita sobre quem poderia ser o tal homem mascarado, mas jamais revelaria suas desconfianças para ninguém, e desde o começo da reunião sentia alguém tentando invadir sua mente e embora não pudesse ter certeza de quem era que estava tentando com tanto afinco invadir sua mente podia apostar que queria informações sobre o tal mascarado ou sobre Harry, daí sua mente apontava diretamente para Dumbledore, ainda bem que a principal característica para se tornar um animago era ter domínio completo de oclumência.

- Se ele é poderoso ou não Potter eu não sei dizer, mas garanto que ele é esperto e pegou o Lorde das Trevas desprevenido e o atingiu com feitiços negros poderosos. – declarou Snape com escárnio olhando para o homem que mais odiava no mundo. O Lorde está bastante impressionado com as habilidades dele, mas ele também não está preocupado com isso o que me leva a crer que quem quer que seja não seja tão poderoso assim para ameaçar o Lorde das Trevas.

- Alguém tem algo mais a acrescentar ou podemos terminar esta reunião agora? – perguntou Dumbledore com calma depois de alguns segundos de completo silêncio após as palavras de severo Snape.

- Acho que isso vai lhe interessar Dumbledore. – falou um membro da ordem que tinha bastante influencia no mundo bruxo. – Este é um exemplar do Profeta Diário que todas as pessoas receberão amanhã de manha, acredito que você queira dar uma olhada.

- Obrigado Lando. – Dumbledore disse pegando o jornal da mão do homem, sabendo que todos estariam curiosos para saber as noticias o diretor leu o jornal em voz alta.


Quem é ele?
No inicio da noite de ontem (Dia Primeiro de Setembro), dia da volta dos alunos para Hogwarts a estação de Hogsmeade foi atacada durante o desembarque dos estudantes, os comensais da morte foram barrados pelos aurores que eram maioria, mas mesmo assim ainda não foi possível evitar que vários estudantes ficassem seriamente machucados, além da morte de vinte e três aurores, apenas dois comensais foram mortos durante esse ataque.

O que ninguém esperava era que esse ataque não passava de um chamariz para o verdadeiro ataque que aconteceu no Ministério Britânico, como a maioria dos aurores se encontravam na estação de Hogsmeade e devido ao horário adiantado o Ministério estava praticamente vazio quando Você-Sabe-Quem em pessoa invadiu o lugar acompanhado por vários comensais da morte que nem tomaram conhecimento dos poucos aurores que protegiam o lugar.

O grupo dirigiu-se diretamente até o andar onde fica o escritório da Ministra da Magia, Emilia Bagnoud, onde enquanto os comensais duelaram com os guarda-costas especiais da Ministra o próprio Você-Sabe-Quem entrou na sala da Ministra.

Mas quando a morte pareciab certa para a Ministra um encapuzado saindo sabe-se lá de onde apareceu no local e impediu que Você-Sabe-Quem concluísse seu plano e segundo uma fonte confiável no próprio Ministério ele ainda conseguiu ferir o Lorde Negro, mesmo que superficialmente, e em seguida a Ministra da Magia deixou o prédio em companhia do estranho que a salvou, segundo um auror do Ministério que se encontrava no local no momento.

Agora as perguntas que deixam todos intrigados: O que a Ministra e ele conversaram? Para onde eles foram? O que ele quer e porque está se rebelando contra o Lorde Negro? E principalmente... Quem é ele?
Lilith Trenton.


A reportagem seguia por varias paginas contando detalhes sobre os dois ataques que haviam sido feitos aquele dia, as baixas e o numero de feridos e mortos, também havia uma lista enorme das pessoas que haviam sido mortas naquele dia.

- Eles foram rápidos. – comentou Sirius com desdém.

- Sim, eles foram. – concordou Tiago olhando primeiro para o amigo e depois para Lílian antes de falar rapidamente. – Agora temos um grande mistério em nossas mãos.








Agradecimentos especiais:

Bellah & Sandy {DarkAngel & HarunoSandy}: Harry virou mesmo um Inominável, bem quanto ao lance da festa de comemoração eu e a Nick conversamos e concordamos que não podemos enrolar muito na fic senão ela vai acabar tendo mais de cem capítulos e nós prevemos que a fic va até o capitulo trinta, no maximo um pouco mais. Quanto a Marlene MacKninon você com certeza já viu ela em outras fics, na verdade eu já li algumas muito boas que mostram os dois se relacionando, eu não tenho certeza se originalmente ele namorava com ela antes de ser preso em azkaban, mas a Nick queria o Sirius casado e pesquisando nos sites de HP descobri sobre a Marlene e que ela era uma personagem original e não inventada pelos fas, ela foi morta durante a primeira guerra junto com a família... então foi fácil junta-los... o Harry ainda vai ficar mais frio, espere pra ver. Beijos pra você e a Nick manda um abraço.

Kalih: Não teve a festinha dos Potter porque se não a fic acabaria ficando muito enrolada, por isso decidimos apressar um pouco os fatos, quanto ao ataque aos Potter provavelmente no próximo capitulo, pois ainda foi necessário encaixar esse fato na historia, eu e a Nick concordamos que o Fudge não presta. Beijos.

TiuToddy: ai cara, eu também me apaixonei pela Mel e garanto a você que vou odiar transcrever essa parte, mas pelo menos ela vai levar vários comensais da morte com ela. Ai cara, eu vi que na Dark você me pediu se poderia utilizar os feitiços em uma fic sua sobre feitiços, então eu lhe dou sim permissão para usar os feitiços de qualquer uma das minhas fic’s, até mesmo a Nick concorda. Abraços.

Silvia Cecil: Passei em suas duas fic’s e comentei também, elas estão muito boas embora a nova esteja no começo, mas a “UM TRAIDOR NA ORDEM DA FENIX” ta demais. Beijos.

xPrex: Ei, minha irmã mandou dizer que é Nick... mas não se preocupe que ela ano está brava e nem nada, e ela agradece os parabéns e te manda um beijo. No mais um obrigado pelo comentário e pelo elogio. Abraços.

Sussu Dumbledore: acho que esse capitulo mostrou que o Harry realmente frustrou os planos do Lorde das Trevas e os de Dumbledore também, realmente ia ser bem engraçado o velhote apanhando da Mel, mas ele vai ter que esperar um pouco para aprender ano mexer com os outros, não sei exatamente quando que ele via ter uma prova do que o Harry é capaz, mas duvido que demore. Abraços.

Markim: Quanto ao lance dos Inomináveis eu também não sei muito, procurei na internet e saiu bem pouca coisa, basicamente o que é explicado nos livros. Esse capitulo teve um pouco sobre isso e vou dar uma pesquisada pra colocar em capítulos futuros. Abraços.

GutoRo7: Acho que já pedi desculpas por não poder postar as quatro fic’s toda semana cara, mas meu tempo virou uma porcaria e pra falar a verdade eu deveria parar de escrever por um tempo pra dar me dedicar totalmente a faculdade que pesada e complicada. Mas como eu também sou leitor e sei como é ruim quando um autor abandona a fic no meio do caminho eu não vou parar e vou continuar postando e escrevendo, sua lista de preferência ta quase igual a minha. Abraços cara.

henry: ai cara, so vou ter tempo para postar duas fic’s por semana. Acho que quem escreve sabe quando eu digo que a gente precisa de tempo para que as idéias venham, por isso um sinto muito. Abraços.



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