Capitulo 17 – Longbottom’s



Capitulo 17 – Longbottom’s


 


 


Em um bairro de classe média da cidade de Edimburgo, uma família havia acabado de reabrir a casa depois de passarem alguns meses se escondendo. Frank e Alice Longbottom haviam decidido que depois dos últimos acontecimentos eles já poderiam retornar para a casa deles, pois mesmo que os comensais da morte ainda estivessem a solta, o perigo maior que era Voldemort já não podia mais aterrorizar as pessoas.


 


- Será que estamos fazendo a coisa certa, Frank? – perguntou Alice suavemente enquanto depositava as malas que estivera carregando no canto da sala, em seguida voltou-se para o marido que deixou as bagagens que carregava ao lado do sofá da sala de estar. – Ainda estou com esse pressentimento de que é um erro voltarmos tão cedo.


 


- Não se preocupe Lice. – Frank disse com a voz calma enquanto se aproximava da mulher e a abraçava carinhosamente.


 


- Eu não consigo deixar de me preocupar. – disse a auror com a voz baixa e levemente tensa se aconchegando nos braços do marido.


 


- Eu sei que você está preocupada, amor, mas agora Voldemort está morto e poderemos finalmente viver em paz. – disse Frank sorrindo e tentando aliviar um pouco a tensão que sabia tomava conta do corpo da mulher.


 


- Fico me perguntando como estão Tiago e Lílian. – comentou Alice com a voz demonstrando toda sua preocupação com os amigos.


 


- Eles estão bem, pelo menos na medida do possível, eu creio. – disse Frank com a voz pensativa enquanto lembrava-se da surpresa durante a noite quando haviam recebido o chamado de emergência do Ministério da Magia ordenando que todos os aurores comparecessem no Departamento de Aurores, e a seqüência quando receberam a noticia de que Voldemort havia sido derrotado naquela noite por um Potter.


 


Os acontecimentos que seguiram aquela revelação foram rápidos e quase deixou todos os aurores loucos, eles haviam entrado numa caçada relâmpago pelos comensais da morte que estariam desordenados sem o Lorde das Trevas, o que se mostrara realmente verdade, pois eles prenderam mais de trezentos bruxos em apenas uma noite.


 


Frank e Alice apenas ficaram sabendo de mais detalhes durante o café da manhã que eles tomavam na lanchonete ministerial e acabaram recebendo um exemplar do jornal Profeta Diário, e as informações que eles leram deixou o casal completamente surpreendido e aturdido ao mesmo tempo. É claro que eles haviam ouvido boatos enquanto caçavam os comensais durante a noite e entre os intervalos em que eles voltavam para o Ministério, mas nenhum dos dois havia imaginado que algum daqueles falatórios pudesse se revelar tão perto da veracidade dos fatos.


 


- Quem será esse Harry Potter? – Alice perguntou se afastando do marido e fechando a porta da casa, em seguida a mulher recostou-se contra a parede.


 


- Eu realmente nunca ouvi falar dele. – disse Frank pensativamente enquanto sentava-se no sofá. – Tiago nunca havia comentado sobre outros parentes para os marotos ou para mim, exceto um primo do pai dele que foi assassinado por comensais da morte.


 


- Lily também nunca me disse nada sobre outros Potter que ainda estivessem vivos. – Alice disse em tom baixo tentando lembrar se a amiga havia comentado alguma vez algo semelhante com ela ou com Marlene.


 


- Depois nós conversamos com eles. – disse Frank levantando-se e puxando a mulher pela mão foi levando ela em direção as escadarias, tinha muitos planos em mente para ele e a esposa naquela noite que o filho deles estava passando o dia com a mãe dele.


 


- Frank, eu ainda queria ir na casa da sua mãe para ver o Nev. – disse Alice levemente preocupada com o filho, afinal não o via desde a noite quando o deixaram com a mãe de Frank e a saudade estava corroendo por ela.


 


- Deixe ele com minha mãe hoje, Alice. – Frank falou em tom provocativo e sedutor fazendo a mulher ficar arrepiada em expectativa.


 


- Eu acho qu... – a frase de Alice foi cortada por uma explosão que aconteceu na porta da frente, fazendo a porta voar pelos ares e chocar-se violentamente contra a parede da sala, os estilhaços de madeira voaram por todos os lados.


 


- Corre Alice. – gritou Frank sacando a varinha e lançando feitiços estuporantes pela entrada onde um dia fora uma porta.


 


- Incarcerous. – uma voz sarcástica e fria gritou do lado de fora e imediatamente um raio incolor atravessou o ar acertando a auror antes que ela pudesse se mexer, e logo cordas envolviam a mulher deixando-a imobilizada no chão.


 


- Alice. – gritou Frank lançando mais um feitiço estuporante em direção aos vultos que eram possíveis de se distinguir apesar da poeira que os primeiros feitiços haviam criado ao redor da sala e da porta da frente.


 


- Crucio. – uma voz feminina gritou acertando a maldição da dor diretamente no auror que caiu ao chão se contorcendo e gemendo de dor, enquanto recriminava-se mentalmente por ter se distraído enquanto se preocupava com a mulher. – Expelliarmus.


 


A varinha do auror voou longe deixando-o desarmado e indefeso contra os cinco comensais da morte que adentraram a casa como se fossem os donos do lugar. A frente do grupo o auror reconheceu ninguém menos do que Belatriz Lestrange, a mulher que diziam ser tão doida e fanática quanto o próprio Lorde Voldemort, já os outros comensais da morte encontravam-se todos portando suas mascaras fantasmagóricas.


 


- O que nós temos aqui? – Belatriz disse em tom irritantemente curioso e risonho, embora ela estivesse séria.


 


- Pegamos dois aurores Bella. – disse um comensal da morte, que pela voz não parecia ter mais do que vinte anos.


 


- Eu sei que eles são aurores imbecil. – rosnou Belatriz olhando par ao comensal com desprezo, fazendo o homem se encolher.


 


- Não vamos enrolar Bella, vamos fazer o que é necessário antes que os aurores sejam alertados. – a voz de um outro comensal da morte fez a mulher olhar para seu lado direito com seriedade e divertimento.


 


- Fique quieto Rodolpho, eu não vou sair daqui antes desses boçais me dizerem onde está o Lorde das Trevas. – grunhiu Belatriz olhando para o marido com aborrecimento, o homem continuou encarando a esposa com seriedade, o que ela ignorou completamente enquanto voltava seus olhos para o casal de aurores do Ministério Britânico. – Agora, quero que vocês me digam exatamente o que aconteceu na casa dos Potter ontem, e onde está o Lrode das Trevas?


 


- Como é que eu vou saber? – retrucou Frank irritado olhando para a comensal da morte com frieza e repugnância.


 


- Crucio. – gritou Belatriz apontando a varinha para o auror que imediatamente começou a gritar loucamente enquanto os comensais riam divertidos, mas Belatriz era a pior, pois ela ria e se divertia com o sofrimento do homem.


 


- Pare. – suplicou Alice enquanto as lágrimas rolavam pelo rosto da auror, fazendo a comensal da morte olhar para a chorosa mulher.


 


- Onde está o Lorde das Trevas? – perguntou Belatriz parando a maldição da tortura no auror e passando a encarar a mulher.


 


- Nós não sabemos, tudo o que sabemos é que ele foi derrotado por alguém chamado Harry Potter. – Alice falou em tom de voz baixo e fraco.


 


- Crucio. – gritou Belatriz novamente, dessa vez a maldição da dor atingiu a auror que também começou a gritar, embora não se movesse devido as cordas que a prendiam. - Acha mesmo que vou acreditar que o Lorde das Trevas foi derrotado por um moleque que mal completou dezoito anos, aurorzinha?


 


- É tudo o que sabemos. – disse Alice com a voz fraca devido a intensidade com que a comensal utilizara a maldição nela.


 


- O que Dumbledore acha? – perguntou Bartô Crouch Jr. Juntando-se ao lado de Belatriz e apontando a própria varinha para Frank Longbottom.


 


- Nós não sabemos. – disse o auror com a voz fraca devido a tortura, pois as duas vezes que a comensal utilizara a maldição nele, o homem sentira-se rasgado em todo o seu corpo, como se milhares de facas o trespassassem.


 


- Que pena. – disse Crouch com frieza. – Porque se vocês não sabem onde o Lorde das Trevas está, então não são nem um pouco útil para nós. Crucio.


 


- Por favor, nos deixem em paz. – pediu Alice enquanto chorava olhando o marido sendo torturado pelo mascarado.


 


- Nem peça querida... – zombou Belatriz Lestrange em tom de escárnio enquanto executava um pequeno feitiço de corte fazendo com que as cordas que prendiam a auror ficassem em pedaços, mas antes que Alice pudesse elevar sua própria varinha e utilizar contra os comensais da morte, ela foi desarmada rapidamente pela comensal da morte. – Já que vocês não podem nos dar as informações que queremos, pelo menos vão servir de diversão para nós.


 


- Crucio. – lançou Rodolpho Lestrange apontando a varinha para Frank que já estava sendo torturado por Barto Croch Jr., em seguida Belatriz e os outros dois comensais da morte passaram a torturar a auror.


 


Os comensais da morte riam e zombavam do casal, um deles foi procurar pelo filho de ambos por ordem de Belatriz, mas acabou descobrindo que não havia mais ninguém na casa o que deixou a comensal irritada com os aurores. Alice e Frank gritavam de dor e já haviam perdido as esperanças de ficarem vivos para verem seu filho novamente quando algo inesperado aconteceu e as maldições cessaram subitamente.


======


 


 


Harry, Tiago, Sirius e Remus surgiram próximos a casa onde os Longbottom viviam em um bairro trouxa de Edimburgo, depois de alguns segundos certificando-se de que nenhum trouxa os havia visto, o grupo de bruxos começou a caminhar rapidamente.


 


Harry liderava o grupo sabendo muito bem que aquela altura Belatriz e os outros comensais já deveriam estar torturando os aurores, por isso andava rapidamente, afinal se chegassem muito tarde talvez Frank e Alice poderiam acabar ficando como em sua realidade, o que ele não desejava, afinal Neville merecia viver feliz com os pais.


 


- Vamos com calma. – disse Harry friamente quando chegaram em frente a casa dos amigos de Tiago, a porta da frente estava arrombada e pelo barulho de gritos que era possível se ouvir a tortura já havia começado.


 


- Merda. – exclamou Sirius quando ouviu os berros de agonia dos amigos e quando ele deu um passo em direção a casa, Harry o segurou pelo braço.


 


- Eu vou na frente, Black. – o moreno não deu tempo para o animago retrucar a afirmação dele e saiu na frente subindo rapidamente o caminho estreito que dava para a porta da frente entrando na casa em seguida.


 


Viu no lado esquerdo da sala um grupo de mascarados torturando brutalmente duas pessoas que se contorciam fortemente no chão, o moreno sabia que eram os aurores e pelo estado em que ambos estavam tinha quase certeza que mais um minuto sob o efeito da maldição cruciatus e o estado deles acabaria se tornando irreversível.


 


- Estupefaça. – Harry gritou em voz alta e um jato de luz vermelha atingiu as costas de um comensal da morte que caiu desacordado no chão, a ação chamou a atenção dos outros comensais da morte que pararam a tortura e viraram-se imediatamente se deparando com as pessoas que haviam acabado de chegar no local.


 


- Ora, que surpresa agradável. – disse Belatriz calmamente enquanto sorria maniacamente para os recém chegados. – Potter, era você mesmo que eu estava querendo ver? Que bom que você poupou meu trabalho.


 


- Você vai para Azkaban por isso, Belatriz. – Sirius falou em tom de nojo olhando para a prima como se ela não passasse de um verme, o que divertiu a comensal a tal ponto que ela riu, na verdade gargalhou estrondosamente.


 


- Ah priminho, você é tão patético, acha mesmo que o Lorde das Trevas vai me deixar ser presa? – Belatriz disse em um tom cheio de sarcasmo e desprezo.


 


- Acho que você está desatualizada Bella, por que seu querido Lorde está morto. – zombou Sirius fazendo a comensal perder a paciência.


 


- Como se eu fosse acreditar que um moleque qualquer conseguiu matar o nosso Lorde, por que ao contrario dos outros comensais eu sou de confiança dele, por isso eu sei que ele não pode ser morto, porque ele é imortal. – Belatriz falava em tom confiante e vitorioso, mas ninguém deu muita atenção as palavras depois daquele instante, pois uma guerra de feitiços começou a ser trocada entre os comensais da morte e os recém chegados.


 


- Impactus. – Harry lançou o feitiço de ataque em Belatriz que bloqueou conjurando um poderoso feitiço escudo.


 


- Avada Kedavra. – gritou Belatriz apontando a varinha para Harry que desviou-se com um rápido movimento de corpo.


 


- Bombarda. – Harry gritou surpreendendo a comensal que no ultimo instante conseguiu conjurar um escudo.


 


- Sectusempra. – gritou Belatriz e Harry precisou se curvar para o lado para não ser atingido pelo raio negro, afinal daquela distancia ele nunca conseguiria conjurar um feitiço escudo que suportasse aquela maldição negra.


 


Harry executou alguns feitiços estuporantes contra a comensal, mas ele tinha de admitir que ela era muito habilidosa e se defendia de maneira rápida e certeira. Em um momento Harry a viu executar um movimento rápido com a varinha, o moreno reconheceu o feitiço arroxeado que atingira Hermione no Departamento de Mistérios e sabia o dano que ele causava, por isso deu um passo para trás antes de gritar com rapidez.


 


- Protector Barrerius. – uma barreira azulada rodeou o corpo do moreno absorvendo a maldição executada pela comensal da morte.


 


Cansado daquele duelo o moreno analisou todos a sua volta e percebeu que Sirius estava com um pouco de dificuldade em vencer Rodolpho Lestrange, Remus Lupin duelava com maestria contra um mascarado que ele não podia ver o rosto, enquanto Tiago enfrentava Barto Crouch que mal conseguia se esquivar dos feitiços estuporantes que o auror lançava nele.


 


O moreno sabia que poderia matar todos aqueles comensais da morte, mas estava cuidando para não alterar muito o futuro, por isso havia chamado os marotos para ajudá-lo a salvar Frank e Alice, mas as coisas estavam começando a ficar complicadas, por isso resolveu acabar de uma vez com aquela brincadeira.


 


Harry viu os destroços que as pequenas batalhas haviam causado na casa dos aurores, também percebeu que Frank e Alice estavam tentando se colocar em pé, embora estivessem bastante fracos naquele momento. Enquanto se protegia de um feitiço que Belatriz lançava nele, Harry movimentou sua mão esquerda e fez alguns destroços levitarem, principalmente pedaços das paredes e em seguida fez um movimento brusco com a mão e os pedaços de parede voaram por todos os lados acertando os comensais na cabeça e fazendo com que os quatro encapuzados caíssem inconscientes aos pés de todos eles.


 


- Tiago. – chamou Alice com a voz fraca fazendo o auror correr até onde eles estavam, sendo seguido por Remo e Sirius.


 


Harry ficou onde estava e balançou negativamente a cabeça enquanto recolhia as varinhas que os comensais da morte utilizavam, em seguida Harry conjurou correntes ao redor de cada um dos encapuzados que estavam desacordados, logo depois Harry reuniu os corpos inconscientes dos mascarados no canto da sala.


 


- Está tudo bem agora, Lice. – a voz de Sirius o fez voltar-se para os marotos que amparavam os dois aurores.


 


- Não conseguimos nem reagir. – reclamou Frank com a voz fraca devido as torturas que recebera dos comensais da morte.


 


- Isso é irrelevante agora Frank, as coisas se resolveram e os desgraçados estão acorrentados e vão ser presos. – Tiago disse em tom firme.


 


- Obrigado por virem, amigo. – disse Frank cambaleando levemente e sendo segurado por Remus e Tiago.


 


- É para isso que os amigos servem, não é mesmo? – Tiago disse em tom divertido fazendo o auror rir levemente.


 


- Mas como vocês souberam que precisávamos de ajuda? – perguntou Alice olhando para os amigos e somente naquele momento ela reparou na figura que se encontrava perto dos comensais da morte, mas o que a deixou surpreendida foi a semelhança entre o desconhecido e Tiago Potter. – E quem seria você?


 


- Ele é Harry Potter, Alice. – Remus respondeu a pergunta depois de alguns segundos de silêncio em que todos os olhares haviam se concentrado no moreno parado próximo ao monte que eram os comensais da morte amarrados.


 


- Foi ele quem nos disse que vocês precisariam de ajuda hoje. – completou Tiago enquanto um sorriso surgia no rosto do maroto.


 


- E como você soube desse ataque? – Frank perguntou olhando para Harry que devolveu o olhar com intensidade.


 


- Eu tenho alguns informantes bem relacionados. – foi a resposta evasiva que Harry deu ao grupo de bruxos, em seguida o olhar do moreno concentrou-se em Tiago. – Eles precisam de atendimento médico.


 


- Eu sei. – disse o homem se afastando levemente dos amigos. – Eu ia chamar os aurores e os medi-bruxos agora.


 


- Acho que vocês podem dar conta de tudo a partir de agora, não é mesmo? – perguntou Harry em tom firme olhando para Tiago que apenas concordou com a cabeça.


 


- Espere, você não vai esperar os aurores chegarem? – Sirius questionou surpreso, afinal eles haviam acabado de prender cinco comensais da morte, sendo que dois deles estavam entre os mais procurados no mundo bruxo.


 


- Tenho mais o que fazer. – disse Harry friamente olhando para o animago antes de desaparecer com um estalo seco.


 


- Ele me parece ser legal. – disse Frank em um tom de voz pensativo e curioso causando um riso em Remus.


 


- Vendo pelo lado de que ele derrotou o bruxo das trevas mais poderoso e temido de todos os tempos ontem... - Remus disse risonho enquanto se lembrava do choque de ficar cara a cara com ele pela primeira vez. – Realmente ele parece um cara legal.


 


- Merlin. – exclamou Alice se lembrando do que haviam lido no jornal do Profeta Diário, assim como o marido que engasgou levemente.


 


- Não se preocupem, vocês terão novas oportunidades de conhecê-lo. – disse Sirius em tom divertido. – Afinal, ele é parente do nosso caro Tiago.


 


- Isso é verdade. – comentou Tiago antes de se afastar dos amigos e mandar um patrono em direção ao quartel geral dos aurores e outro para Dumbledore, afinal ele também deveria saber o que acontecera ali naquela casa.


======


 


 


Harry aparatou direto na entrada de sua mansão e pelas luzes acesas no segundo andar ele sabia que Melissa o estava esperando acordada, sabia como ela ficava preocupada, por isso entrou rapidamente dirigindo-se para o segundo andar. Encontrou a loira completamente adormecida em cima da cama com um livro de historia no colo, o moreno andou calmamente até a loira e retirou o livro das mãos dela antes de cobrir o corpo protuberante por causa da gravidez com um cobertor, afinal naquela época as noites já começavam a ficar mais frias.


 


Em seguida Harry dirigiu-se até o banheiro onde despiu-se rapidamente antes de se enfiar debaixo do chuveiro, afinal ele sempre conseguia esclarecer melhor as idéias quando se encontrava embaixo da água gelada.


 


Seu objetivo principal havia sido finalmente concluído, ou pelo menos por algum tempo, mas quando Voldemort retornasse ele estaria preparado para matar o Lorde das Trevas e mandá-lo de maneira definitiva para o inferno.


 


Ele conseguira salvar os pais e permitir que eles continuassem vivos, como bônus ajudara a prender os comensais da morte e evitara que Belatriz torturasse os pais de Neville até a loucura, o amigo poderia viver com seus próprios pais e ter a felicidade que ele sempre merecera. Agora Harry tinha outros pensamentos e outras coisas para fazer, havia as horcruxes de Voldemort para se destruir, mas quanto a isso ele tinha algum tempo, embora precisasse agir o quanto antes, era primordial que conseguisse destruir todos os objetos do Lorde Negro antes que ele retornasse.


 


Mas também havia o bebê que Melissa estava esperando, aquilo era uma complicação que o moreno não havia pensado quando elaborara todos os seus planos e decidira viver uma vida normal, afinal aquele era seu tempo e seu mundo a partir do momento em que ele aparecera ali com a intenção de alterar tudo.


 


Edward Potter não teria nenhum envolvimento diretor na guerra, mas ele sabia que o garoto precisaria ser treinado e preparado adequadamente ou então seriam indefesos em caso de algum ataque surpresa no futuro, afinal Harry não poderia defender todo mundo, pois estaria muito ocupado lutando contra os comensais mais poderosos e contra Voldemort.


 


Quanto a questão de Melissa e o filho de ambos que ela estava esperando, o moreno precisaria dar um jeito de proteger os dois futuramente, mas por enquanto levaria sua vida normalmente. Por isso resolveu que em breve ele iria começar uma caça as Horcruxes, sabia que aquele assunto necessitaria de muita pesquisa, afinal tirando a caverna que ele visitara com o velhote do Dumbledore, o moreno não fazia nem idéia de onde os outros lugares ficariam, por isso ele começou a repassar tudo o que sabia mentalmente.


 


Mas mal havia começado a pensar naquilo e balançou a cabeça enquanto desligava o chuveiro elétrico que havia mandado instalar em sua casa, aquilo era uma comodidade que ele não poderia viver sem, por isso mandara instalar uma fiação elétrica em toda a mansão, e junto com um poderoso feitiço que ele aprendera com um homem no Brasil, os aparelhos domésticos e outros eletrônicos funcionavam perfeitamente bem, mesmo em um local com magia extremamente concentrada como era sua casa ou até mesmo em Hogwarts.


 


O moreno secou-se e voltou ao quarto indo até o guarda roupa e pegando uma bermuda que colocou rapidamente antes de ir até um canto no quarto e executando um pequeno feitiço protetor um pequeno cofre se revelou, então Harry retirou um livro de aspecto macabro de dentro, a capa era tão negra quanto a noite e havia apenas uma palavra gravada na capa, justamente em cima de uma caveira branca: Profana.


 


Aquele fora um livro difícil de ser encontrado e Harry pagara uma pequena fortuna por ele, em seguida o moreno dirigiu-se até uma poltrona que havia ao lado da cama onde Melissa dormia e sentou-se calmamente antes de abrir o livro em uma pagina demarcada. Viu a parte em que ele havia sublinhado anteriormente e em seguida passou a ler novamente em voz baixa.


 


- Quando você mata alguém, a alma do assassino se fragmenta. Um Horcrux é um objeto no qual esse pedaço da alma do assassino é inserido dentro de um objeto através de magia negra. Esse objeto garantiria uma semi-imortalidade, já que a destruição do corpo não mataria a pessoa por inteiro, já que existe uma parte de alma conservada dentro da horcrux. – Harry leu em voz baixa o que estava escrito, aquilo era uma explicação bastante básica do que seria a horcrux, mas nas linhas seguintes haviam mais detalhes sobre o processo de fabricação de uma horcrux, assim como que feitiço deveria ser utilizado, assim como o exato momento em que deveria ser utilizado.


 


Recostando-se na poltrona Harry começou a recapitular tudo o que sabia sobre as horcruxes de Voldemort. Segundo o que Alvo Dumbledore lhe dissera em seu sexto ano em Hogwarts o Lorde das Trevasb havia decidido fazer sete horcruxes, mas o diretor achava que seriam apenas seis já que uma estaria no corpo do próprio Voldemort e Harry concordava com o que ele dissera, pelo menos em parte, afinal tecnicamente o Lorde das Trevas estava morto.


 


Então havia a parte de alma que o moreno sabia que estaria fugindo para a floresta na Albânia naquele momento. E segundo o que Slughorn contara para Riddle no sétimo ano do garoto, ficava bastante claro que Voldemort queria fazer sete horcruxes, provavelmente por causa da mística do número sete, embora o moreno não achasse aquilo tão importante assim.


 


Então as horcruxes seriam o Diário de Tom Riddle, que o moreno sabia que estava escondido na Mansão Malfoy. Havia aquele anel que o velhote havia lhe mostrado, que pertencera ao avo do Lorde das Trevas, Marvolo Gaunt, anel que segundo os relatos do diretor estava escondido nas ruínas da casa dos Gaunt.


 


Havia também o medalhão de Salazar Slytherin que ele e o diretor haviam ido buscar na caverna em que Voldemort havia torturado as crianças quando ainda morava no orfanato. O moreno lembrou-se muito bem daquele dia, não havia nenhuma horcruxe dentro daquela caverna, era uma peça falsa e que já havia sido roubado por outra pessoa, o bilhete estava assinado por um tal de RAB, mas Harry não conseguira descobrir quem poderia ser o tal bruxo.


 


Acabara chegando a conclusão de que quem quer que fosse era um comensal da morte, pois apenas os servos do Lorde Negro o chamavam de Lorde das Trevas, embora o próprio Harry se referisse a Voldemort daquela maneira, mas ele pegara aquela mania de tanto ouvir Snape falando daquela maneira quando se referia a Voldemort.


 


Havia a Taça de Helga Hufflepuff que supostamente deveria se tratar de uma horcruxe e que o moreno não fazia nem idéia de onde poderia estar escondida. Havia um que nem mesmo Dumbledore suspeitava do que pudesse ser, embora ele chutasse que fosse algum objeto dos fundadores de Hogwarts, provavelmente de Gryffindor ou de Ravenclaw.


 


Como os objetos de Godric eram apenas a espada e o próprio Chapéu Seletor, e o moreno duvidava muito que Voldemort havia conseguido colocar as mãos em um dos dois objetos, primeiro porque o Chapéu ficava trancado durante todo o ano na diretoria e segundo a espada de Gryffindor estava escondida dentro do Chapéu Seletor.


 


Então ficava a possibilidade de provavelmente se tratar de algo relacionado a Rowena Ravenclaw, o que o moreno teria de pesquisar extensamente para descobrir que objeto da fundadora da escola estava desaparecido ou qual deles que ainda existiam, e apenas para garantir o moreno realizaria uma pesquisa sobre os objetos de Godric também.


 


Havia também Nagini, a cobra de estimação de Voldemort, que ainda não fora transformada em uma horcrux, isso Harry sabia. Na verdade ele nem sequer podia ter certeza de que Voldemort realmente faria aquela horcrux, tudo o que poderia fazer seria esperar o retorno do Lorde Negro para saber o que ele deveria fazer.


 


Mas até que Voldemort retornasse o moreno ainda teria muito o que fazer e descobrir, somente esperava que conseguisse encontrar todas as horcruxes que se encontravam escondidas, o moreno pensou naquele instante nos possíveis lugares onde as horcruxes estariam escondidas e passou a enumerá-las mentalmente.


 


A Câmara Secreta era uma boa possibilidade, pois além de ter um basilisco lá dentro protegendo o objeto, o lugar era muito significativo para Voldemort, e ele poderia ter escondido uma horcrux lá dentro quando fora até Hogwarts para pedir emprego para Dumbledore.


 


O orfanato onde Voldemort crescera e vivera, pois era um lugar bastante significativo na vida de Voldemort, mesmo ele querendo esconder sua descendência trouxa. A casa dos Riddle em Little Hangleton também era uma boa possibilidade, mesmo o moreno achando que Voldemort não teria sido tão óbvio a ponto de esconder um objeto tão valioso naquele lugar.


 


Havia também a possibilidade de Voldemort ter confiado uma horcrux a outro comensal da morte além de Lucio Malfoy, e se Harry precisasse chutar diria que Belatriz será uma escolha bastante óbvia, pois todos sabiam que ela era a comensal da morte preferida pelo Lorde das Trevas.


 


Algumas outras idéias malucas também percorriam a mente do moreno, como a vaga intuição que ele tinha de que havia um objeto em Hogwarts e ele tinha sérias duvidas de que a horcrux estaria dentro da Câmara Secreta, afinal o Diário já estaria ligado com aquele local, então deveria haver outro lugar onde ele poderia ter escondido um objeto de tanto valor.


Suspirando, o moreno levantou-se da poltrona novamente e guardou o livro dentro do mesmo local em que ele estivera e em seguida executou um feitiço de tranca que fez o cofre desaparecer. O moreno dirigiu-se para sua cama e deitou-se calmamente ao lado de Melissa que se abraçou contra seu corpo, mas antes de dormir Harry prometeu-se a si mesmo que encontraria cada uma das horcruxes e as destruiria.


 


 


 


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Silvia Cecil: A surra que o dumbledore levou foi pouca, mas isso foi apenas um aperitivo para o que vai acontecer futuramente. Espero que o resgate aos longbottom tenha sido pelo menos interessante, no próximo capitulo o baby chega ao mundo... Beijos.


 


Jonathan: Que bom que você gostou, espero que o resgate aos Longbottom tenha ficado bom. Não se preocupe pela falta de comentário, afinal eu entendo esse lance de falta de tempo, o meu é uma droga, mas eu tento. Abraços cara.


 


Toddy: o Harry é um cara muito liberal e deu mesmo em cima da Marlene, claro que é um flerte inocente e saudável. Espero que tenha gostado do resgate a família longbottom. Abraços fera.


 


GutoRo7: eu vi sua fic nova no feb cara, o Renegado, li o primeiro capitulo e quero dizer que ficou muito irado, não vejo a hora de ver o próximo. Espero que tenha gostado do pequeno resgate aos longbottom, não ficou super, mas valeu a pena escrever. Eles vão ser treinados sim, inclusive Rony e Hermione, mas quanto ao lance de Harry contar a verdade acredito que não vai rolar não. A Nick diz que o msn dela está bloqueado, pois ela não consegue mais acessar, “Ela esqueceu a senha e não consegue se lembrar mais do que colocou no cadastro”, mas ela vai fazer outro msn essa semana e então eu te aviso cara. A Nick te manda vários beijos. Abraços.


 


Sussu Dumbledore: não precisa se preocupar com o tempo, eu entendo como é esse lance de exames da faculdade, afinal passei por eles também e foi uma barra conseguir passar nas provas. O Dumbie apanhou legal mesmo do Harry e da Mel, mas isso ainda não é tudo, é claro que vai demorar um pouco para acontecer de novo, mas não se preocupe que ele vai sofrer até o final da fic. Obrigado pelos elogios garota, a minha irmã te manda um baita beijo e eu outro.


 


 


 

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