Gray and cold sky.



Ao cumprir dos sonhos | Capítulo 34.
Gray and cold sky.


O som frenético da campainha na manhã seguinte deixou todos da casa preocupados. James desceu a escada rapidamente para atender a porta antes que Hermione se desesperasse em vir apressadamente para fazê-lo. E julgando pelas quantidades de vezes que a campainha foi tocada, coisa boa não era. Abriu a porta e sorriu, reconhecendo a figura do padrinho ruivo diante de si. 


Rony, no entanto, forçou um sorriso e suspirou. As olheiras e a expressão de cansaço eram visíveis em seu rosto. E estava ali para dar uma notícia pela qual nunca tinha se preparado na vida para fazê-lo. 


O sorriso nos lábios de James se desfizera rapidamente ao notar a expressão no rosto de Rony e o clima tenso. Seus olhos direcionaram-se para o homem alto e de certa idade ao lado, lembrando-se dele. Era o ministro da magia, o próprio, batendo na porta de sua casa. Entortou o pescoço a procura do pai, mas não havia nenhum sinal dele.


Alguma coisa tinha acontecido e ele podia sentir.


- James, como Hermione está? - Rony foi logo perguntando ao entrar juntamente com o ministro.


- O que aconteceu? – retrucou ignorando o que o ruivo dissera. Tinha um pressentimento muito ruim dentro do peito. Então suspirou.


Olhou para a escada, e a mãe ainda não fizera qualquer barulho anunciando sua chegada. Era inicio da manhã, então ela deveria estar ainda dormindo, já que não o conseguira pela noite. Quando a madrugada estava alta, James passara no quarto da mãe, apenas para se certificar de que ele estava bem. Encontrara-a acordada, e muito angustiada. Fato que ele também compartilhava. 


E agora, parecia que tinha fundamento aquele sentimento ruim. O ministro não se sentara, nem abrira um dos cordiais sorrisos. O moreno então se virou para Rony esperando uma resposta.


- Eu prefiro dar a notícia na presença de Hermione e Jared. - Rony suspirou, evitando não olhá-lo. - Vai chamá-los, James. Por favor.


Contrariado o garoto, virou-se e subiu as escadas correndo. Minutos depois, Hermione descera ainda sonolenta, com Jared ao seu lado. Os menores cumprimentaram Rony com um beijo cada, e partiram para o quintal a mando da mãe. Ambos não sabiam o que ele iria noticiar, e não queria ver a tristeza no olhar de nenhum deles ali.


- Rony... – a morena dissera, prendendo os cabelos. – Sr. Smallder, como vai?


- Não muito bem, infelizmente Sra. Potter. - o ministro sorriu forçado.


Rony respirou fundo, notando o olhar preocupado de Hermione com as palavras do ministro. Aquela notícia não seria fácil, assim como não foi para ele. E o pior de tudo é que ele viu acontecer. Sugeriu para que Hermione se sentasse e ela assim o fez, ocupando um dos sofás entre os filhos. Rony sentou em frente com o ministro, pensando por onde começaria.


- Hermione, Luna me disse que tinha te contado que Harry partiria em missão para outra cidade devido aqueles ataques que estão acontecendo. Estou certo?


- Sim, ela me contou da última vez que estivera aqui. – respondeu automaticamente, enquanto James segurava sua mão, e a apertava. – Onde o Harry está Rony? No ministério?


- Eu gostaria de ter vindo aqui para dizer isso, Hermione. - ele suspirou, olhando-a. - O ataque não passou de uma emboscada para pegarem o Harry. Houve sim um duelo entre ele e Herbert Smallder, o próprio sobrinho do ministro e o causador de tudo o que vem acontecendo. Mas tudo ocorreu tão rápido. Smallder conseguiu desarmar Harry e atingi-lo.


- Como assim? - Jared murmurou não querendo acreditar no que ouvia. 


- Sra. Potter. - o ministro inclinou-se para Hermione. - O corpo de seu marido caiu em mar aberto. Passamos horas procurando-o ou tentando encontrar algo que nos desse um sinal de vida. Mas infelizmente, não conseguimos achar nada. E hoje pela manhã cessamos as buscas, por que... Deduzimos que Harry Potter não tenha sobrevivido à queda. Eu sinto muito. 


O choque de Hermione era visível. Ela recebera a notícia em silêncio e trêmula. Seu coração batia depressa, e doía tanto ao passo que ele o fazia. As lágrimas banharam seu rosto depressa. Harry não poderia estar morto, era um auror capaz acima de tudo, e não poderia ter cometido um deslize desses. Era inaceitável para ela.


- Não... Isso... Isso é mentira. – ela disse simplesmente, sua voz fraca. – É mentira! Ele não... – soluçou deixando o pranto tomá-la. – Não está morto... Ele prometeu que voltaria pra mim, que não iria acontecer nada!


- Hermione, eu... - Rony respirou fundo, passando a mão na face. - Eu queria acreditar que isso é mentira também, mas infelizmente não é. Eu estava lá quando aconteceu. Queria ajudá-lo e me culpo por não ter feito alguma coisa. Aconteceu tudo rápido demais.


- Você sabe que ele sempre cumpre suas promessas. Ele vai voltar Rony, vai voltar pra casa... E vai dizer que me ama, e que tudo vai ficar bem. – ela dizia convicta, mas seus olhos estavam vidrados num ponto qualquer, e derramavam fartas lágrimas.


James abaixou a cabeça, atônito. Sentia-se despedaçado como a mãe. E não podia acreditar que o pai houvesse os deixado. 


- Mãe, tenta se acalmar. - Jared pediu com os olhos marejados, arrasado assim como os demais.


- Eu sinto muito por tudo o que aconteceu, Sra. Potter. - Daniel Smallder disse ao se levantar. - Harry sem dúvidas era um ótimo funcionário, e um excelente auror. Sei o quanto deve ser difícil receber essa notícia. Mas quero que saibam que o ministério está à disposição de vocês para qualquer coisa. - o ministro se despediu antes de deixar a casa.


Hermione permanecera um tempo atordoada demais para pensar em algo realmente concreto. Tudo que podia sentir era sua dor. E não queria acreditar no que lhe contaram. Sua mente bloqueava tal coisa, e seu coração sangrava. Olhou para James de cabeça baixa ainda, podia ver as lágrimas dele caindo no chão, podia ouvir o barulho que elas faziam ao cair, assim como a respiração ofegante de Rony. 


- Ele vai chegar logo... – falou e todos olharam para ela. Jared fungou, limpando o rosto. A morena levantou-se espalmando as mãos no vestido. – Precisamos arrumar tudo. Lily sugeriu um bolo de boas-vindas, então, vamos fazê-lo... E... Eu tenho que ainda arrumar um monte de coisas.


- Mamãe... – James balbuciou, com a voz embargada. 


- Mãe, escuta... - Jared tentou dizer alguma coisa, mas a emoção, e a reação de Hermione ao começar a organizar as almofadas no sofá o impediram.


Seus olhos verdes dirigiram-se para Rony, suplicando-lhe que fizesse alguma coisa. O ruivo reprimiu as lágrimas, levantando-se e caminhando até Hermione. Tocou-a nos ombros, fazendo com que ela parasse e o olhasse.


- Infelizmente o Harry não vai voltar Hermione. - disse, olhando-a nos olhos. - Eu queria que isso acontecesse, mas temos que aceitar os fatos. Não se torture dessa forma.


- Não! – ela exclamou soltando-se do amigo. – Harry vai voltar sim, e não me diga o contrário...  Ele sabe que não sei viver sozinha. Então... – engoliu o choro. – Ele vai chegar a qualquer momento. – voltou a arrumar as coisas, o ruivo tentou impedi-la, outra vez. – Me solta!


Rony insistiu em impedi-la outra vez, puxando-a pelo braço e a abraçando. Hermione se debateu, querendo voltar a organizar tudo para quando o retorno do marido acontecesse. Mas não demorou muito para toda a tristeza daquelas notícias a atingisse. Aos poucos desistira de ir lutando, mantendo-se nos braços do amigo.


- Chora Mione. - ele murmurou, abraçando-a para confortá-la enquanto as lágrimas também lhe molhava a face. - Vai te fazer bem.


A morena agarrou-se a ele, soluçando dolorosamente. Queria reconfortá-la, mas sabia que qualquer coisa que dissesse não teria valor suficiente. A ausência de Harry já deixava sinais profundos em Hermione. A morte dele estava-a matando também.


***


O choro não era o suficiente para amenizar a dor que sentia. Era praticamente impossível acreditar que a promessa que ele havia feito não seria cumprida. Tinha perdido Harry e dessa vez era para sempre. E o pior de tudo era a sensação de culpa e remorso que a assombrava pela forma que o tratou quando se viram pela última vez. Se ao menos tivesse uma oportunidade de voltar no tempo, faria tudo de outro jeito. 


Acreditaria em todas as palavras que Harry tinha lhe dito naquele dia, o perdoaria e esqueceriam juntos tudo o que aconteceu, diria que o amava e, principalmente, o impediria de qualquer forma que partisse. Mas o destino reverteu sua situação, levando-a ao sofrimento naquele momento. E agora não conseguia imaginar sua vida sem ele. Harry levou um pedaço dela ao partir.


Encolheu-se na cama. O choro a acompanhava involuntariamente, fazendo todo o seu corpo estremecer. E apenas conseguiu controlá-lo ao ouvir o som da porta. Abriu os olhos lentamente, enxugando seu rosto ao ver os filhos entrarem em seu quarto.


Sentaram-se na cama ao seu lado, os quatro. Jared colocou uma bandeja com chá, torrada e frutas ali, respirando fundo assim como James. Aquele momento estava sendo impiedoso para todos. E Ben e Lily já começavam a perceber que algo de errado tinha acontecido.


- Trouxemos alguma coisa pra você comer. - disse Jared para a mãe. - Não comeu nada desde que acordou.


Hermione sentou-se, limpando o rosto, para parecer mais tranqüila diante dos filhos menores. Seu rosto estava vermelho, os olhos inchados. 


- Você tem que comer mamãe. – James falou. – Tem que se alimentar, porque minha irmãzinha deve estar faminta. Ainda mais se puxou o apetite do Ben. – tentou brincar, mas apenas o menino e Liy riram.


- É mesmo, o Benji comeu muitas torradas que o Jimmy fez. – a garotinha contou.


- Não tenho fome, querido. – forçou-se a sorrir, mas não se achava nesse direito. Estava machucada demais. – Não tenho vontade de nada. 


- Mãe, tenta comer pelo menos um pouco. - Jared insistiu. - Você não pode desabar agora. Nós precisamos de você.


- Agente te ama, mamãe, come tudinho. – Lily falou, aproximando-se dela, e afagando seu rosto cansado. – Eu vou por na sua boca, tá?


A morena fungou, e mais lágrimas caíram dos seus olhos. James sentia-se impotente por não poder parar com o sofrimento da mãe, muito menos de não ter impedido a morte do pai. 


- Eu sei que você está com saudade, mas o papai tá quase chegando, né? – indagou a menina inocente. 


- Seu papai não vai voltar, querida. – Hermione respondeu, fracamente. 


- Por quê? Ele mudou de casa? – perguntou.


- Não meu amor... Ele... – baixou os olhos, e chorou. Passaram-se alguns minutos, todos em silêncio, ouvindo Hermione soluçar compulsivamente. James e Jared não responderam a irmã, porque era a mãe quem deveria. – Ele, foi pro céu. Como eu havia explicado, lembra? 


- E ele esqueceu agente? – questionou, fazendo bico. Seus olhos claros também marejaram. 


Ben olhou assustado para os irmãos, depois para a mãe. 


- Por que ele não me levou junto? - Ben perguntou tristonho. - Eu queria ir também.


- Não diz isso, Ben. - Jared o puxou para mais perto, afagando os cabelos do irmão caçula. - Papai jamais te levaria junto com ele porque ele te ama. E como você já é bem crescido, tem que ficar aqui pra cuidar da mamãe e das nossas irmãzinhas.


- Quer dizer que eu não vou ver ele nunca mais? - ele perguntou cabisbaixo.


- Não, mas... – James começou visto que Hermione não tinha condição alguma de falar. – Nunca vamos esquecer-nos dele. 


- E quem vai cuidar da gente, se o papai foi pro céu? – Lily perguntou.


- Eu vou cuidar. – o mais velho respondeu, beijando a bochecha rosada.


- Quero o meu papai, Jimmy. Só ele. – então, começou a chorar nos braços do irmão.


- Nós também, Lily. - suspirou Jared abraçando a mãe de lado, enquanto Ben deitava a cabeça em seu colo.


- Traz o papai de volta. - o caçula murmurou, chorando em silêncio.


***


As horas começavam a se arrastar com o passar do dia. Hermione permanecia fechada em seu quarto. E James até preferia que a mãe o fizesse. Ela estava abalada demais para ficar lá embaixo atendendo as milhares de corujas que chegavam com cartas de condolências e a campainha à todo momento. Essa função ficou concebida à ele e a Jared. Pelo visto nem a presença dos avós foi o suficiente para que a mãe se sentisse melhor. 


Perdeu as contas de quantas vezes tivera que bater com a porta na cara de desconhecidos e curiosos. A notícia do que acontecera com seu pai se espalhou rapidamente e todo o mundo bruxo estava em alvoroço. A maioria não acreditava que Harry Potter, aquele garoto de um ano que tinha sobrevivido a Voldemort, morrera daquela forma. Às vezes nem ele próprio acreditava que aquilo de fato tinha acontecido.


- James. - a voz de Rony e o toque dele em seu ombro o despertaram de seus pensamentos. - Eu sei que é um momento difícil, até mesmo pra você tomar decisões. Mas como Hermione não está em condições e você é o mais velho, queria saber o que pretende fazer agora.


- Eu não sei padrinho. – respondeu num suspiro. – Ainda não sei o que pensar, nem o que fazer. Mas sei que devo tomar as rédeas, não é? – indagou e o ruivo assentiu. James baixou os olhos. – O que eu devo fazer?


- É difícil o que eu vou dizer, mas acho que deveríamos fazer um funeral. - Rony suspirou. - Mesmo que não tenhamos encontrado o corpo de Harry.


- Vovô disse a mesma coisa, mas minha mãe... Ela não aceitou muito bem. – contou. – Parece que ainda mantém certa idéia de que meu pai vai voltar. Não quer fazer um funeral porque pensa que pode ser um último adeus. Um definitivo. – calou-se, respirando fundo. - Mas acho que é a melhor coisa nesse momento. Pode cuidar disso? 


- Claro. Vou até o ministério ver sobre isso. - assentiu, virando-se. Porém voltou para o afilhado assim que se lembrou de algo. - James, continue afastando estranhos e curiosos. Não entre muito em detalhes sobre o que aconteceu. O ministério está cuidando de tudo isso. Smallder ainda está solto e qualquer informação pode ser perigosa. - aconselhou, despedindo-se logo em seguida.


- Vou me lembrar disso... E... Vou cuidar de todos como meu pai faria. – James afirmou, e o homem mais velho sorrira brevemente, assentindo. Não duvidada das palavras dele. 


James suspirou longamente quando o padrinho deixou a casa. Sentou-se no sofá, passando os dedos pelos cabelos e abaixando a cabeça. Não imaginava tamanha responsabilidade em suas costas tão cedo. Também jamais imaginou que perderia o pai tão cedo daquela forma. Por mais que havia prometido que cuidaria de todos, tinha medo. 


Sua mãe estava fragilizada com os acontecimentos. Esperava que ela aguentasse firme durante esse momento e faria de tudo para isso. Jared assim como ele tentava manter-se firme, mas ficava cada vez mais difícil. E Ben e Lily ficaram tristonhos depois da notícia que receberam de que não veriam o pai novamente. E a raiva que sentiu pelo homem que tirou a vida de seu pai o açoitara.


O som da campainha chamou sua atenção. O moreno soltou um muxoxo ao se levantar, pronto para ser curto e grosso com mais algum estranho ou curioso que queria receber notícias e não respeitava a dor de sua família naquele momento. Abriu a porta, já de boca aberta para expulsá-lo. No entanto a imagem da morena o barrara.


Emma respirou fundo ao olhá-lo e, sem delongas, dera um passo à frente e o abraçou com força. James correspondeu ao abraço, que era tudo o que precisava naquele momento.


- Que bom que veio... – o rapaz sussurrou, ainda abraçado a namorada. 


Sentia seu coração se encher de uma estranha onda revigorante. Ele precisava disso, para manter-se sólido. Para cuidar dos irmãos e da mãe. E Emma seria seu porto seguro naquele momento. Poderia dividir suas fraquezas com ela, para enfim agir com plena responsabilidade, destituído de coisas que apenas atrapalhariam. 


- Tem tanta coisa que eu queria te dizer pra que você se sentisse melhor. - Emma murmurou, acariciando-o na nuca. Embora James ainda não falara, podia sentir o quanto ele estava sofrendo com tudo aquilo. - Como se sente?


- Péssimo, mas tenho que ser forte. Pela minha mãe... Ela está sofrendo muito. Não sai do quarto e não quer comer. – respondeu, trazendo-a para dentro. Fechou a porta, podendo ouvir o murmúrio de alguém do outro lado. Mais um intruso na dor da família. 


Ele a guiou até o sofá, acomodando-se ao seu lado. Emma entrelaçou sua mão a dele, procurando algo para dizer. Mas aquela situação era tão difícil que sabia que nada iria reverter o que ele sentia no momento.


- Eu não pude acreditar quando fiquei sabendo. E imagino o quanto você e sua família estão sofrendo.


James meneou a cabeça, e então se encostou ao ombro de Emma. Estava tão cansado, que somente agora se dera conta. A tristeza novamente o preencheu por completo. Parecia ainda ser tudo mentira, e seria descoberto um pesadelo. Só queria poder superar aquela perda. 


Ainda podia escutar a voz orgulhosa de Harry quando ele voara habilmente em sua vassoura recém comprada, ou quando fora escolhido capitão do time. Eram coisas que jamais se esqueceria, e dolorosamente fariam apenas parte de lembranças.


Emma o beijou carinhosamente na testa, acariciando os cabelos negros lentamente. James fechou os olhos. Embora ainda sofresse, a presença dela ali já o confortava bastante, visto que era ele quem estava confortando a família durante todo esse tempo.


- Eu não quero te pressionar, mas se quiser conversar eu estou aqui. - ela sussurrou.


- Nunca pensei que fosse passar por algo assim... Pensei que sempre teria meu pai por perto.  – confessou, e sua voz se embargou. 


- Eu sei. - a morena fechou os olhos, deixando uma lágrima rolar. - Sei também o quanto você o amava e o admirava.


- Ele era mais do que qualquer um podia imaginar. Não era só aquele cara que salvou todo mundo. Era meu pai! – disse emocionado, deixando as lágrimas caírem. – E não importava o que ele fizesse iria ser meu herói apenas por seu meu pai. 


Emma o olhou emocionada, secando as lágrimas do rosto de James. Então o abraçou novamente, permitindo-o chorar ali. Suas mãos o acariciava nas costas enquanto compartilhava da mesma dor que ele. Ela também chorava, mas silenciosamente. James precisava de seu apoio agora.


- Eu to do seu lado. - murmurou próximo ao ouvido dele. - Não vou te deixar sozinho.


***


Hermione se virou na cama, ainda abraçada à camisa azul preferida do marido. Suspirou, sentindo o perfume dele a invadir até alcançar sua alma. As lágrimas haviam lhe dado um tempo, mas o sofrimento ainda continuava ao seu lado. E por mais que todos dissessem que ela deveria se conformar com aquela notícia, ainda tinha esperanças de que Harry estava vivo. Ele voltaria para casa.


Abriu os olhos, contemplando o outro lado vazio da cama. E sorriu quando uma lembrança veio em sua mente...




I n i c i o d o F l a s h b a ck


Remexeu-se entre as cobertas. Ainda sentia-se um pouco sonolenta, mas o fato de que teria mais um agradável dia para aproveitar em família já a animava bastante. Entretanto, não pode conter um sorriso ao sentir que era observada. Era costume ele fazer isso em algumas manhãs, quando despertava primeiro que ela. 


Os dedos do marido a acariciaram na face, sutilmente. Hermione abriu os olhos, fitando os verdes intensos que a observava de um jeito apaixonado. O moreno correspondeu ao sorriso, suspirando. Não soube quanto tempo ficou observando-a dormir, mas adorava fazê-lo. A esposa parecia tão serena e incrivelmente linda naquele momento. E se dependesse de si, poderia ficar por horas velando por seu sono.


E o fato de aquela ser uma das raras manhãs de tranquilidade o ajudava bastante. James com apenas três anos ainda dormia, visto o quanto estava cansado por aprontar até altas horas da noite. Jared, de apenas seis meses, era o oposto do irmão. Era tranquilo e quieto. Apenas chorava quando era necessário. E havia passado no quarto do pequeno para olhá-lo minutos atrás. Parecia que não acordaria tão cedo.


A ponta de seus dedos a acariciou os lábios rosados de Hermione, desenhando-os com perfeição. Ela suspirou longamente, fazendo-o sorrir pelas reações que lhe despertava. A beijou na testa, distribuindo leves beijos pela face até alcançar a boca. Beijou-a lenta e carinhosamente ali. A morena correspondeu com ardor, desfrutando do primeiro beijo do dia.


- Bom dia. - Harry sussurrou, desprendendo seus lábios aos dela.


- Bom dia, meu amor... – Hermione respondeu se espreguiçando. Tudo isso sob o olhar terno do marido. – Céus, como eu dormi... – murmurou, sorrindo e de olhos fechados. – Jared ainda não acordou?


- Não. Acho que hoje ele vai aproveitar para dormir até mais tarde. - sorriu, afagando os cabelos castanhos de Hermione. - E acho que James também. As brincadeiras com aquela varinha de brinquedo o cansaram. - riu.


- Ele cismou que ser auror, mas ainda tenho muito tempo para tirar isso da cabeça dele. – a morena comentou, sorrindo. – Falou tanto sobre isso com minha mãe. Disse que quer ser como você.


- Pois eu acho que ele já teve mais sorte. Não vive debaixo de uma escada na casa dos tios sem ter idéia de quem são os pais ou que é um bruxo e não terá um Voldemort para destruir daqui alguns anos. - brincou.


Hermione sorriu, mesmo que o conteúdo da frase tivesse sido um tanto sério. Ainda resguardava coisas estranhas quando pensava no lorde das trevas. 


- Pare de dizer isso, eu não gosto. Ainda mais quando se junta a Rony e os dois começam com piadinhas sobre Voldemort. Isso não é legal. – ela o repreendeu. Harry a beijou nos lábios brevemente, como se com isso pudesse apaziguar a bronca.


- Não tem porque ter medo, Mione. - murmurou contra os lábios da esposa. - Ele não vai voltar. - Harry sorriu, olhando-a nos olhos. - E mesmo que voltasse eu faria qualquer coisa pra proteger nossa família. Voldemort agora faz parte do passado. - Hermione suspirou, embora ainda tivesse receio. - Mas deixando o passado para trás... - ele riu, juntamente com ela. - O que quer fazer hoje, Sra. Potter?


- Ficar aqui... – sorriu, mordiscando o lábio dele. -... Nesta cama, o dia inteiro com você.


- Seu desejo é uma ordem. - sussurrou, roçando seus lábios aos dela.


Hermione fechou os olhos, ansiando tanto por outro beijo. E Harry logo dera início ao vê-la entregue a ele novamente. Beijou-a com paixão, depositando todos os seus sentimentos que mantinha pela esposa naquele gesto. Seus lábios ritmavam o movimento lento do beijo, sua língua explorava a boca doce e conhecida, despertando tremores na morena. Levou uma mão à cintura feminina, acariciando-a.


Os dedos experientes tocaram com paixão a pele quente e exposta. Hermione gemera baixo, quando o marido, passara a beijar seu pescoço, no mesmo ritmo em que suas mãos a acariciavam, e subiam rumo aos seios. 


Os lábios beijavam o pescoço alvo lentamente, dando leves mordidas e alguns chupões uma vez ou outra, arrancando ofegos de Hermione. Eles deslizaram pela pele macia, beijando o busto. Seus dedos tocaram um dos seios, acariciando-o. Harry ficou sobre ela, controlando seu peso para não machucá-la ao mesmo tempo em que pressionava seus corpos. Ambos ofegaram ao contato.


O moreno fechou os olhos, esperando a esposa murmurar seu nome, no entanto, ela não o fizera. 


- James! – Hermione dissera, assustada, empurrando o marido para o lado vago na cama. Ajeitou a camisa que vestia para dormir. A azul preferida de Harry. E sorrira sem jeito.


- Cordei, mamãe. Quero leite da manhã. – o menininho que abrira a porta na ponta dos pés, disse, e sorriu ao pular na cama.


Harry fechou os olhos, respirando fundo e tentando se recompor. James era imprevisível. Imaginara que ele dormiria até tarde, mas os surpreendera ao acordar naquela hora e flagrá-los ali. Não esperava a visita do filho, mas adorava quando ele o fazia. E quando conseguira recobrar seu juízo, pegou o pequeno garoto.


- Por que o senhor acordou cedo? - perguntou, bagunçando os cabelos negros do filho.


James rira, e Hermione acompanhou cada gesto dos dois com um enorme sorriso nos lábios. Era tão maravilhoso tudo que Harry lhe dera. Tinha dois filhos lindos, e uma vida formidável. E o amor que sentiam um pelo outro, fazia tudo ser ainda melhor.


- Porque eu queria vir aqui, brincá com você, papai. – o pequeno disse, ainda rindo.


- Brincar? - Harry riu. - Você não se cansa? Ficamos ontem até tarde. E se não fosse por sua mãe tínhamos virado a noite brincando.


- Brincá é bom! Muito bom! – exclamou batendo palmas. – Agente pode jogá “cadribol”, né?


- Nada de quadribol moçinho, não antes do café da manhã. – Hermione falou, repreendendo o sorriso. – E não antes de você ficar grande o bastante para não me preocupar muito.


- Então eu te aconselho a ir se preparando para isso, Mione. - o moreno sorriu, olhando orgulhoso para o filho. - Porque eu acho que o James vai ser um ótimo jogador de quadribol um dia. Quem sabe até capitão? Está no sangue. - seu sorriso aumentara ao ver o brilho nos olhos verdes do pequeno.


- O que é esse tal de capitão? – o menininho perguntou, coçando a cabeça.


- Capitão é quem lidera o time, James. - respondeu-o, admirado com a curiosidade do filho com tão pouca idade. - Quem sabe o que é melhor para o time, os melhores jogadores e as jogadas. E pelo fato de você gostar de pomo de ouro, acho que será um capitão e um ótimo apanhador.


- Então eu quero ser esse capitão aí, papai. – afirmou cheio de si, e sorriu.


- Homens... – Hermione murmurou, saindo da cama. Vestiu um roupão, e prendeu os cabelos. – Espero que esses rapazes possam me ajudar com o café da manhã, antes que Jared acorde querendo o seu.


- É melhor ajudarmos sua mãe. Pode ser perigoso ela preparar o café, sozinha. - Harry brincou, desviando-se quando ela lhe atirou um dos travesseiros. James gargalhou, achando uma graça. - Vai dar uma olhada no seu irmão. Já vamos descer. - disse para o filho, o beijando na testa.


James balançou a cabeça concordando, antes de sair do quarto contente pela responsabilidade entregue a ele, beijou as faces da mãe. Então deixara o quarto.


- Que história é essa de ser perigoso, hein Potter? – ela indagou cruzando os braços.


- Ah, você sabe. Cozinha não é muito bem o seu forte quanto à leitura. - sorriu maroto ao se levantar, envolvendo suas mãos na cintura de Hermione e trazendo-a para mais perto. - Mas quem sabe um dia você fica boa, hum? - provocou.


- Quem sabe não é? – perguntou erguendo a sobrancelha. – Mas para isso, vai ter que ficar casado comigo por um longo, longo tempo. – emendou, roçando seus lábios aos dele.


- Merlin, isso é um castigo. - brincou outra vez, recebendo um leve beliscão no braço. O moreno riu, acariciando o rosto de Hermione e a olhando nos olhos. - Vou continuar casado com você à vida toda, Mione. Eu te amo.


F i m d o F l a s h b a c k




N O T I N H A: Ain gente, mais um capítulo desidratante para vocês. Aconselho lê-lo com um copinho de água por perto para que vocês não percam muita água kkkk. Eu (Jess) ao reler para corrigir alguns possíveis erros de gramatica, quase chorei. Deve ser o efeito de ver HP 7.2 pela segunda vez ontem! Mas espero que vocês gostem desse capítulo tenso e triste, e comentem maaais! Continuem acompanhando que nossa saga ainda vai demorar pra acabar. Soltando um spoiler teremos mais duas temporadas de Ao cumprir dos sonhos, cheias de emoção. Sim, mais emoção! É o que se espera do Harry né minha gente KKKK. 


Beijokas e a todos e obrigada pelos comentários, em breve terão notinha da Tasi, quando eu postar o capt e ela estiver presente na internet kkk.


Té a próxima atualização.


 


O som frenético da campainha na manhã seguinte deixou todos da casa preocupados. James desceu a escada rapidamente para atender a porta antes que Hermione se desesperasse em vir apressadamente para fazê-lo. E julgando pelas quantidades de vezes que a campainha foi tocada, coisa boa não era. Abriu a porta e sorriu, reconhecendo a figura do padrinho ruivo diante de si. 

Rony, no entanto, forçou um sorriso e suspirou. As olheiras e a expressão de cansaço eram visíveis em seu rosto. E estava ali para dar uma notícia pela qual nunca tinha se preparado na vida para fazê-lo. 

O sorriso nos lábios de James se desfizera rapidamente ao notar a expressão no rosto de Rony e o clima tenso. Seus olhos direcionaram-se para o homem alto e de certa idade ao lado, lembrando-se dele. Era o ministro da magia, o próprio, batendo na porta de sua casa. Entortou o pescoço a procura do pai, mas não havia nenhum sinal dele.

Alguma coisa tinha acontecido e ele podia sentir.

- James, como Hermione está? - Rony foi logo perguntando ao entrar juntamente com o ministro.

- O que aconteceu? – retrucou ignorando o que o ruivo dissera. Tinha um pressentimento muito ruim dentro do peito. Então suspirou.

Olhou para a escada, e a mãe ainda não fizera qualquer barulho anunciando sua chegada. Era inicio da manhã, então ela deveria estar ainda dormindo, já que não o conseguira pela noite. Quando a madrugada estava alta, James passara no quarto da mãe, apenas para se certificar de que ele estava bem. Encontrara-a acordada, e muito angustiada. Fato que ele também compartilhava. 

E agora, parecia que tinha fundamento aquele sentimento ruim. O ministro não se sentara, nem abrira um dos cordiais sorrisos. O moreno então se virou para Rony esperando uma resposta.

- Eu prefiro dar a notícia na presença de Hermione e Jared. - Rony suspirou, evitando não olhá-lo. - Vai chamá-los, James. Por favor.

Contrariado o garoto, virou-se e subiu as escadas correndo. Minutos depois, Hermione descera ainda sonolenta, com Jared ao seu lado. Os menores cumprimentaram Rony com um beijo cada, e partiram para o quintal a mando da mãe. Ambos não sabiam o que ele iria noticiar, e não queria ver a tristeza no olhar de nenhum deles ali.

- Rony... – a morena dissera, prendendo os cabelos. – Sr. Smallder, como vai?

- Não muito bem, infelizmente Sra. Potter. - o ministro sorriu forçado.

Rony respirou fundo, notando o olhar preocupado de Hermione com as palavras do ministro. Aquela notícia não seria fácil, assim como não foi para ele. E o pior de tudo é que ele viu acontecer. Sugeriu para que Hermione se sentasse e ela assim o fez, ocupando um dos sofás entre os filhos. Rony sentou em frente com o ministro, pensando por onde começaria.

- Hermione, Luna me disse que tinha te contado que Harry partiria em missão para outra cidade devido aqueles ataques que estão acontecendo. Estou certo?

- Sim, ela me contou da última vez que estivera aqui. – respondeu automaticamente, enquanto James segurava sua mão, e a apertava. – Onde o Harry está Rony? No ministério?

- Eu gostaria de ter vindo aqui para dizer isso, Hermione. - ele suspirou, olhando-a. - O ataque não passou de uma emboscada para pegarem o Harry. Houve sim um duelo entre ele e Herbert Smallder, o próprio sobrinho do ministro e o causador de tudo o que vem acontecendo. Mas tudo ocorreu tão rápido. Smallder conseguiu desarmar Harry e atingi-lo.

- Como assim? - Jared murmurou não querendo acreditar no que ouvia. 

- Sra. Potter. - o ministro inclinou-se para Hermione. - O corpo de seu marido caiu em mar aberto. Passamos horas procurando-o ou tentando encontrar algo que nos desse um sinal de vida. Mas infelizmente, não conseguimos achar nada. E hoje pela manhã cessamos as buscas, por que... Deduzimos que Harry Potter não tenha sobrevivido à queda. Eu sinto muito. 

O choque de Hermione era visível. Ela recebera a notícia em silêncio e trêmula. Seu coração batia depressa, e doía tanto ao passo que ele o fazia. As lágrimas banharam seu rosto depressa. Harry não poderia estar morto, era um auror capaz acima de tudo, e não poderia ter cometido um deslize desses. Era inaceitável para ela.

- Não... Isso... Isso é mentira. – ela disse simplesmente, sua voz fraca. – É mentira! Ele não... – soluçou deixando o pranto tomá-la. – Não está morto... Ele prometeu que voltaria pra mim, que não iria acontecer nada!

- Hermione, eu... - Rony respirou fundo, passando a mão na face. - Eu queria acreditar que isso é mentira também, mas infelizmente não é. Eu estava lá quando aconteceu. Queria ajudá-lo e me culpo por não ter feito alguma coisa. Aconteceu tudo rápido demais.

- Você sabe que ele sempre cumpre suas promessas. Ele vai voltar Rony, vai voltar pra casa... E vai dizer que me ama, e que tudo vai ficar bem. – ela dizia convicta, mas seus olhos estavam vidrados num ponto qualquer, e derramavam fartas lágrimas.

James abaixou a cabeça, atônito. Sentia-se despedaçado como a mãe. E não podia acreditar que o pai houvesse os deixado. 

- Mãe, tenta se acalmar. - Jared pediu com os olhos marejados, arrasado assim como os demais.

- Eu sinto muito por tudo o que aconteceu, Sra. Potter. - Daniel Smallder disse ao se levantar. - Harry sem dúvidas era um ótimo funcionário, e um excelente auror. Sei o quanto deve ser difícil receber essa notícia. Mas quero que saibam que o ministério está à disposição de vocês para qualquer coisa. - o ministro se despediu antes de deixar a casa.

Hermione permanecera um tempo atordoada demais para pensar em algo realmente concreto. Tudo que podia sentir era sua dor. E não queria acreditar no que lhe contaram. Sua mente bloqueava tal coisa, e seu coração sangrava. Olhou para James de cabeça baixa ainda, podia ver as lágrimas dele caindo no chão, podia ouvir o barulho que elas faziam ao cair, assim como a respiração ofegante de Rony. 

- Ele vai chegar logo... – falou e todos olharam para ela. Jared fungou, limpando o rosto. A morena levantou-se espalmando as mãos no vestido. – Precisamos arrumar tudo. Lily sugeriu um bolo de boas-vindas, então, vamos fazê-lo... E... Eu tenho que ainda arrumar um monte de coisas.

- Mamãe... – James balbuciou, com a voz embargada. 

- Mãe, escuta... - Jared tentou dizer alguma coisa, mas a emoção, e a reação de Hermione ao começar a organizar as almofadas no sofá o impediram.

Seus olhos verdes dirigiram-se para Rony, suplicando-lhe que fizesse alguma coisa. O ruivo reprimiu as lágrimas, levantando-se e caminhando até Hermione. Tocou-a nos ombros, fazendo com que ela parasse e o olhasse.

- Infelizmente o Harry não vai voltar Hermione. - disse, olhando-a nos olhos. - Eu queria que isso acontecesse, mas temos que aceitar os fatos. Não se torture dessa forma.

- Não! – ela exclamou soltando-se do amigo. – Harry vai voltar sim, e não me diga o contrário...  Ele sabe que não sei viver sozinha. Então... – engoliu o choro. – Ele vai chegar a qualquer momento. – voltou a arrumar as coisas, o ruivo tentou impedi-la, outra vez. – Me solta!

Rony insistiu em impedi-la outra vez, puxando-a pelo braço e a abraçando. Hermione se debateu, querendo voltar a organizar tudo para quando o retorno do marido acontecesse. Mas não demorou muito para toda a tristeza daquelas notícias a atingisse. Aos poucos desistira de ir lutando, mantendo-se nos braços do amigo.

- Chora Mione. - ele murmurou, abraçando-a para confortá-la enquanto as lágrimas também lhe molhava a face. - Vai te fazer bem.

A morena agarrou-se a ele, soluçando dolorosamente. Queria reconfortá-la, mas sabia que qualquer coisa que dissesse não teria valor suficiente. A ausência de Harry já deixava sinais profundos em Hermione. A morte dele estava-a matando também.

***

O choro não era o suficiente para amenizar a dor que sentia. Era praticamente impossível acreditar que a promessa que ele havia feito não seria cumprida. Tinha perdido Harry e dessa vez era para sempre. E o pior de tudo era a sensação de culpa e remorso que a assombrava pela forma que o tratou quando se viram pela última vez. Se ao menos tivesse uma oportunidade de voltar no tempo, faria tudo de outro jeito.

Acreditaria em todas as palavras que Harry tinha lhe dito naquele dia, o perdoaria e esqueceriam juntos tudo o que aconteceu, diria que o amava e, principalmente, o impediria de qualquer forma que partisse. Mas o destino reverteu sua situação, levando-a ao sofrimento naquele momento. E agora não conseguia imaginar sua vida sem ele. Harry levou um pedaço dela ao partir.

Encolheu-se na cama. O choro a acompanhava involuntariamente, fazendo todo o seu corpo estremecer. E apenas conseguiu controlá-lo ao ouvir o som da porta. Abriu os olhos lentamente, enxugando seu rosto ao ver os filhos entrarem em seu quarto.

Sentaram-se na cama ao seu lado, os quatro. Jared colocou uma bandeja com chá, torrada e frutas ali, respirando fundo assim como James. Aquele momento estava sendo impiedoso para todos. E Ben e Lily já começavam a perceber que algo de errado tinha acontecido.

- Trouxemos alguma coisa pra você comer. - disse Jared para a mãe. - Não comeu nada desde que acordou.

Hermione sentou-se, limpando o rosto, para parecer mais tranqüila diante dos filhos menores. Seu rosto estava vermelho, os olhos inchados. 

- Você tem que comer mamãe. – James falou. – Tem que se alimentar, porque minha irmãzinha deve estar faminta. Ainda mais se puxou o apetite do Ben. – tentou brincar, mas apenas o menino e Liy riram.

- É mesmo, o Benji comeu muitas torradas que o Jimmy fez. – a garotinha contou.

- Não tenho fome, querido. – forçou-se a sorrir, mas não se achava nesse direito. Estava machucada demais. – Não tenho vontade de nada. 

- Mãe, tenta comer pelo menos um pouco. - Jared insistiu. - Você não pode desabar agora. Nós precisamos de você.

- Agente te ama, mamãe, come tudinho. – Lily falou, aproximando-se dela, e afagando seu rosto cansado. – Eu vou por na sua boca, tá?

A morena fungou, e mais lágrimas caíram dos seus olhos. James sentia-se impotente por não poder parar com o sofrimento da mãe, muito menos de não ter impedido a morte do pai. 

- Eu sei que você está com saudade, mas o papai tá quase chegando, né? – indagou a menina inocente. 

- Seu papai não vai voltar, querida. – Hermione respondeu, fracamente. 

- Por quê? Ele mudou de casa? – perguntou.

- Não meu amor... Ele... – baixou os olhos, e chorou. Passaram-se alguns minutos, todos em silêncio, ouvindo Hermione soluçar compulsivamente. James e Jared não responderam a irmã, porque era a mãe quem deveria. – Ele, foi pro céu. Como eu havia explicado, lembra? 

- E ele esqueceu agente? – questionou, fazendo bico. Seus olhos claros também marejaram. 

Ben olhou assustado para os irmãos, depois para a mãe. 

- Por que ele não me levou junto? - Ben perguntou tristonho. - Eu queria ir também.

- Não diz isso, Ben. - Jared o puxou para mais perto, afagando os cabelos do irmão caçula. - Papai jamais te levaria junto com ele porque ele te ama. E como você já é bem crescido, tem que ficar aqui pra cuidar da mamãe e das nossas irmãzinhas.

- Quer dizer que eu não vou ver ele nunca mais? - ele perguntou cabisbaixo.

- Não, mas... – James começou visto que Hermione não tinha condição alguma de falar. – Nunca vamos esquecer-nos dele. 

- E quem vai cuidar da gente, se o papai foi pro céu? – Lily perguntou.

- Eu vou cuidar. – o mais velho respondeu, beijando a bochecha rosada.

- Quero o meu papai, Jimmy. Só ele. – então, começou a chorar nos braços do irmão.

- Nós também, Lily. - suspirou Jared abraçando a mãe de lado, enquanto Ben deitava a cabeça em seu colo.

- Traz o papai de volta. - o caçula murmurou, chorando em silêncio.

***

As horas começavam a se arrastar com o passar do dia. Hermione permanecia fechada em seu quarto. E James até preferia que a mãe o fizesse. Ela estava abalada demais para ficar lá embaixo atendendo as milhares de corujas que chegavam com cartas de condolências e a campainha à todo momento. Essa função ficou concebida à ele e a Jared. Pelo visto nem a presença dos avós foi o suficiente para que a mãe se sentisse melhor. 

Perdeu as contas de quantas vezes tivera que bater com a porta na cara de desconhecidos e curiosos. A notícia do que acontecera com seu pai se espalhou rapidamente e todo o mundo bruxo estava em alvoroço. A maioria não acreditava que Harry Potter, aquele garoto de um ano que tinha sobrevivido a Voldemort, morrera daquela forma. Às vezes nem ele próprio acreditava que aquilo de fato tinha acontecido.

- James. - a voz de Rony e o toque dele em seu ombro o despertaram de seus pensamentos. - Eu sei que é um momento difícil, até mesmo pra você tomar decisões. Mas como Hermione não está em condições e você é o mais velho, queria saber o que pretende fazer agora.

- Eu não sei padrinho. – respondeu num suspiro. – Ainda não sei o que pensar, nem o que fazer. Mas sei que devo tomar as rédeas, não é? – indagou e o ruivo assentiu. James baixou os olhos. – O que eu devo fazer?

- É difícil o que eu vou dizer, mas acho que deveríamos fazer um funeral. - Rony suspirou. - Mesmo que não tenhamos encontrado o corpo de Harry.

- Vovô disse a mesma coisa, mas minha mãe... Ela não aceitou muito bem. – contou. – Parece que ainda mantém certa idéia de que meu pai vai voltar. Não quer fazer um funeral porque pensa que pode ser um último adeus. Um definitivo. – calou-se, respirando fundo. - Mas acho que é a melhor coisa nesse momento. Pode cuidar disso? 

- Claro. Vou até o ministério ver sobre isso. - assentiu, virando-se. Porém voltou para o afilhado assim que se lembrou de algo. - James, continue afastando estranhos e curiosos. Não entre muito em detalhes sobre o que aconteceu. O ministério está cuidando de tudo isso. Smallder ainda está solto e qualquer informação pode ser perigosa. - aconselhou, despedindo-se logo em seguida.

- Vou me lembrar disso... E... Vou cuidar de todos como meu pai faria. – James afirmou, e o homem mais velho sorrira brevemente, assentindo. Não duvidada das palavras dele. 

James suspirou longamente quando o padrinho deixou a casa. Sentou-se no sofá, passando os dedos pelos cabelos e abaixando a cabeça. Não imaginava tamanha responsabilidade em suas costas tão cedo. Também jamais imaginou que perderia o pai tão cedo daquela forma. Por mais que havia prometido que cuidaria de todos, tinha medo. 

Sua mãe estava fragilizada com os acontecimentos. Esperava que ela aguentasse firme durante esse momento e faria de tudo para isso. Jared assim como ele tentava manter-se firme, mas ficava cada vez mais difícil. E Ben e Lily ficaram tristonhos depois da notícia que receberam de que não veriam o pai novamente. E a raiva que sentiu pelo homem que tirou a vida de seu pai o açoitara.

O som da campainha chamou sua atenção. O moreno soltou um muxoxo ao se levantar, pronto para ser curto e grosso com mais algum estranho ou curioso que queria receber notícias e não respeitava a dor de sua família naquele momento. Abriu a porta, já de boca aberta para expulsá-lo. No entanto a imagem da morena o barrara.

Emma respirou fundo ao olhá-lo e, sem delongas, dera um passo à frente e o abraçou com força. James correspondeu ao abraço, que era tudo o que precisava naquele momento.

- Que bom que veio... – o rapaz sussurrou, ainda abraçado a namorada. 

Sentia seu coração se encher de uma estranha onda revigorante. Ele precisava disso, para manter-se sólido. Para cuidar dos irmãos e da mãe. E Emma seria seu porto seguro naquele momento. Poderia dividir suas fraquezas com ela, para enfim agir com plena responsabilidade, destituído de coisas que apenas atrapalhariam. 

- Tem tanta coisa que eu queria te dizer pra que você se sentisse melhor. - Emma murmurou, acariciando-o na nuca. Embora James ainda não falara, podia sentir o quanto ele estava sofrendo com tudo aquilo. - Como se sente?

- Péssimo, mas tenho que ser forte. Pela minha mãe... Ela está sofrendo muito. Não sai do quarto e não quer comer. – respondeu, trazendo-a para dentro. Fechou a porta, podendo ouvir o murmúrio de alguém do outro lado. Mais um intruso na dor da família. 

Ele a guiou até o sofá, acomodando-se ao seu lado. Emma entrelaçou sua mão a dele, procurando algo para dizer. Mas aquela situação era tão difícil que sabia que nada iria reverter o que ele sentia no momento.

- Eu não pude acreditar quando fiquei sabendo. E imagino o quanto você e sua família estão sofrendo.

James meneou a cabeça, e então se encostou ao ombro de Emma. Estava tão cansado, que somente agora se dera conta. A tristeza novamente o preencheu por completo. Parecia ainda ser tudo mentira, e seria descoberto um pesadelo. Só queria poder superar aquela perda. 

Ainda podia escutar a voz orgulhosa de Harry quando ele voara habilmente em sua vassoura recém comprada, ou quando fora escolhido capitão do time. Eram coisas que jamais se esqueceria, e dolorosamente fariam apenas parte de lembranças.

Emma o beijou carinhosamente na testa, acariciando os cabelos negros lentamente. James fechou os olhos. Embora ainda sofresse, a presença dela ali já o confortava bastante, visto que era ele quem estava confortando a família durante todo esse tempo.

- Eu não quero te pressionar, mas se quiser conversar eu estou aqui. - ela sussurrou.

- Nunca pensei que fosse passar por algo assim... Pensei que sempre teria meu pai por perto.  – confessou, e sua voz se embargou. 

- Eu sei. - a morena fechou os olhos, deixando uma lágrima rolar. - Sei também o quanto você o amava e o admirava.

- Ele era mais do que qualquer um podia imaginar. Não era só aquele cara que salvou todo mundo. Era meu pai! – disse emocionado, deixando as lágrimas caírem. – E não importava o que ele fizesse iria ser meu herói apenas por seu meu pai. 

Emma o olhou emocionada, secando as lágrimas do rosto de James. Então o abraçou novamente, permitindo-o chorar ali. Suas mãos o acariciava nas costas enquanto compartilhava da mesma dor que ele. Ela também chorava, mas silenciosamente. James precisava de seu apoio agora.

- Eu to do seu lado. - murmurou próximo ao ouvido dele. - Não vou te deixar sozinho.

***

Hermione se virou na cama, ainda abraçada à camisa azul preferida do marido. Suspirou, sentindo o perfume dele a invadir até alcançar sua alma. As lágrimas haviam lhe dado um tempo, mas o sofrimento ainda continuava ao seu lado. E por mais que todos dissessem que ela deveria se conformar com aquela notícia, ainda tinha esperanças de que Harry estava vivo. Ele voltaria para casa.

Abriu os olhos, contemplando o outro lado vazio da cama. E sorriu quando uma lembrança veio em sua mente...

I n i c i o d o F l a s h b a ck

Remexeu-se entre as cobertas. Ainda sentia-se um pouco sonolenta, mas o fato de que teria mais um agradável dia para aproveitar em família já a animava bastante. Entretanto, não pode conter um sorriso ao sentir que era observada. Era costume ele fazer isso em algumas manhãs, quando despertava primeiro que ela. 

Os dedos do marido a acariciaram na face, sutilmente. Hermione abriu os olhos, fitando os verdes intensos que a observava de um jeito apaixonado. O moreno correspondeu ao sorriso, suspirando. Não soube quanto tempo ficou observando-a dormir, mas adorava fazê-lo. A esposa parecia tão serena e incrivelmente linda naquele momento. E se dependesse de si, poderia ficar por horas velando por seu sono.

E o fato de aquela ser uma das raras manhãs de tranquilidade o ajudava bastante. James com apenas três anos ainda dormia, visto o quanto estava cansado por aprontar até altas horas da noite. Jared, de apenas seis meses, era o oposto do irmão. Era tranquilo e quieto. Apenas chorava quando era necessário. E havia passado no quarto do pequeno para olhá-lo minutos atrás. Parecia que não acordaria tão cedo.

A ponta de seus dedos a acariciou os lábios rosados de Hermione, desenhando-os com perfeição. Ela suspirou longamente, fazendo-o sorrir pelas reações que lhe despertava. A beijou na testa, distribuindo leves beijos pela face até alcançar a boca. Beijou-a lenta e carinhosamente ali. A morena correspondeu com ardor, desfrutando do primeiro beijo do dia.

- Bom dia. - Harry sussurrou, desprendendo seus lábios aos dela.

- Bom dia, meu amor... – Hermione respondeu se espreguiçando. Tudo isso sob o olhar terno do marido. – Céus, como eu dormi... – murmurou, sorrindo e de olhos fechados. – Jared ainda não acordou?

- Não. Acho que hoje ele vai aproveitar para dormir até mais tarde. - sorriu, afagando os cabelos castanhos de Hermione. - E acho que James também. As brincadeiras com aquela varinha de brinquedo o cansaram. - riu.

- Ele cismou que ser auror, mas ainda tenho muito tempo para tirar isso da cabeça dele. – a morena comentou, sorrindo. – Falou tanto sobre isso com minha mãe. Disse que quer ser como você.

- Pois eu acho que ele já teve mais sorte. Não vive debaixo de uma escada na casa dos tios sem ter idéia de quem são os pais ou que é um bruxo e não terá um Voldemort para destruir daqui alguns anos. - brincou.

Hermione sorriu, mesmo que o conteúdo da frase tivesse sido um tanto sério. Ainda resguardava coisas estranhas quando pensava no lorde das trevas. 

- Pare de dizer isso, eu não gosto. Ainda mais quando se junta a Rony e os dois começam com piadinhas sobre Voldemort. Isso não é legal. – ela o repreendeu. Harry a beijou nos lábios brevemente, como se com isso pudesse apaziguar a bronca.

- Não tem porque ter medo, Mione. - murmurou contra os lábios da esposa. - Ele não vai voltar. - Harry sorriu, olhando-a nos olhos. - E mesmo que voltasse eu faria qualquer coisa pra proteger nossa família. Voldemort agora faz parte do passado. - Hermione suspirou, embora ainda tivesse receio. - Mas deixando o passado para trás... - ele riu, juntamente com ela. - O que quer fazer hoje, Sra. Potter?

- Ficar aqui... – sorriu, mordiscando o lábio dele. -... Nesta cama, o dia inteiro com você.

- Seu desejo é uma ordem. - sussurrou, roçando seus lábios aos dela.

Hermione fechou os olhos, ansiando tanto por outro beijo. E Harry logo dera início ao vê-la entregue a ele novamente. Beijou-a com paixão, depositando todos os seus sentimentos que mantinha pela esposa naquele gesto. Seus lábios ritmavam o movimento lento do beijo, sua língua explorava a boca doce e conhecida, despertando tremores na morena. Levou uma mão à cintura feminina, acariciando-a.

Os dedos experientes tocaram com paixão a pele quente e exposta. Hermione gemera baixo, quando o marido, passara a beijar seu pescoço, no mesmo ritmo em que suas mãos a acariciavam, e subiam rumo aos seios. 

Os lábios beijavam o pescoço alvo lentamente, dando leves mordidas e alguns chupões uma vez ou outra, arrancando ofegos de Hermione. Eles deslizaram pela pele macia, beijando o busto. Seus dedos tocaram um dos seios, acariciando-o. Harry ficou sobre ela, controlando seu peso para não machucá-la ao mesmo tempo em que pressionava seus corpos. Ambos ofegaram ao contato.

O moreno fechou os olhos, esperando a esposa murmurar seu nome, no entanto, ela não o fizera. 

- James! – Hermione dissera, assustada, empurrando o marido para o lado vago na cama. Ajeitou a camisa que vestia para dormir. A azul preferida de Harry. E sorrira sem jeito.

- Cordei, mamãe. Quero leite da manhã. – o menininho que abrira a porta na ponta dos pés, disse, e sorriu ao pular na cama.

Harry fechou os olhos, respirando fundo e tentando se recompor. James era imprevisível. Imaginara que ele dormiria até tarde, mas os surpreendera ao acordar naquela hora e flagrá-los ali. Não esperava a visita do filho, mas adorava quando ele o fazia. E quando conseguira recobrar seu juízo, pegou o pequeno garoto.

- Por que o senhor acordou cedo? - perguntou, bagunçando os cabelos negros do filho.

James rira, e Hermione acompanhou cada gesto dos dois com um enorme sorriso nos lábios. Era tão maravilhoso tudo que Harry lhe dera. Tinha dois filhos lindos, e uma vida formidável. E o amor que sentiam um pelo outro, fazia tudo ser ainda melhor.

- Porque eu queria vir aqui, brincá com você, papai. – o pequeno disse, ainda rindo.

- Brincar? - Harry riu. - Você não se cansa? Ficamos ontem até tarde. E se não fosse por sua mãe tínhamos virado a noite brincando.

- Brincá é bom! Muito bom! – exclamou batendo palmas. – Agente pode jogá “cadribol”, né?

- Nada de quadribol moçinho, não antes do café da manhã. – Hermione falou, repreendendo o sorriso. – E não antes de você ficar grande o bastante para não me preocupar muito.

- Então eu te aconselho a ir se preparando para isso, Mione. - o moreno sorriu, olhando orgulhoso para o filho. - Porque eu acho que o James vai ser um ótimo jogador de quadribol um dia. Quem sabe até capitão? Está no sangue. - seu sorriso aumentara ao ver o brilho nos olhos verdes do pequeno.

- O que é esse tal de capitão? – o menininho perguntou, coçando a cabeça.

- Capitão é quem lidera o time, James. - respondeu-o, admirado com a curiosidade do filho com tão pouca idade. - Quem sabe o que é melhor para o time, os melhores jogadores e as jogadas. E pelo fato de você gostar de pomo de ouro, acho que será um capitão e um ótimo apanhador.

- Então eu quero ser esse capitão aí, papai. – afirmou cheio de si, e sorriu.

- Homens... – Hermione murmurou, saindo da cama. Vestiu um roupão, e prendeu os cabelos. – Espero que esses rapazes possam me ajudar com o café da manhã, antes que Jared acorde querendo o seu.

- É melhor ajudarmos sua mãe. Pode ser perigoso ela preparar o café, sozinha. - Harry brincou, desviando-se quando ela lhe atirou um dos travesseiros. James gargalhou, achando uma graça. - Vai dar uma olhada no seu irmão. Já vamos descer. - disse para o filho, o beijando na testa.

James balançou a cabeça concordando, antes de sair do quarto contente pela responsabilidade entregue a ele, beijou as faces da mãe. Então deixara o quarto.

- Que história é essa de ser perigoso, hein Potter? – ela indagou cruzando os braços.

- Ah, você sabe. Cozinha não é muito bem o seu forte quanto à leitura. - sorriu maroto ao se levantar, envolvendo suas mãos na cintura de Hermione e trazendo-a para mais perto. - Mas quem sabe um dia você fica boa, hum? - provocou.

- Quem sabe não é? – perguntou erguendo a sobrancelha. – Mas para isso, vai ter que ficar casado comigo por um longo, longo tempo. – emendou, roçando seus lábios aos dele.

- Merlin, isso é um castigo. - brincou outra vez, recebendo um leve beliscão no braço. O moreno riu, acariciando o rosto de Hermione e a olhando nos olhos. - Vou continuar casado com você à vida toda, Mione. Eu te amo.

F i m d o F l a s h b a c k

N O T I N H A: Ain gente, mais um capítulo desidratante para vocês. Aconselho lê-lo com um copinho de água por perto para que vocês não percam muita água kkkk. Eu (Jess) ao reler para corrigir alguns possíveis erros de gramatica, quase chorei. Deve ser o efeito de ver HP 7.2 pela segunda vez ontem! Mas espero que vocês gostem desse capítulo tenso e triste, e comentem maaais! Continuem acompanhando que nossa saga ainda vai demorar pra acabar. Soltando um spoiler teremos mais duas temporadas de Ao cumprir dos sonhos, cheias de emoção. Sim, mais emoção! É o que se espera do Harry né minha gente KKKK. 

Beijokas e a todos e obrigada pelos comentários, em breve terão notinha da Tasi, quando eu postar o capt e ela estiver presente na internet kkk.

Té a próxima atualização.

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Comentários (11)

  • Letícia Tonks

    Ai chorei largado com esse capítulo

    2012-10-28
  • Gabriela

    Estou vindo aqui todo dia, seeempre com esperança de um novo post . A ansiedade está me matando

    2011-08-03
  • Isis Brito

    MEU MERLIM!! QUE EMOÇÃO!!! Chorei horrores nesse capítulo!! Plis, não demora a trazer o Harry de volta!! E nem de atualizar!! Vou vir aqui todo dia pra ver se tem capítulo novo!! Ah! Parabéns pelo capítulo!! Tá ótimo, lindo d++++.... =D

    2011-08-02
  • Gabriela

    Pelo amor de Deus, o Harry tem que voltar logo e a atualização tem que chegar mais rapido ainda.. eu não estou conseguindo me conter aqui de tanta curiosidade. Quando eu crescer quero escrever bem que nem vocês *-*

    2011-08-02
  • maria elisa

    o harry ainda volta nessa temporada?

    2011-08-02
  • Taís e Jessy

    Pacoalina, beeem, já estamos no capt 34, o total são 39... então faltam cinco para o final desta temporada!!!

    2011-08-01
  • Pacoalina

    nossa!mt triste esse capítulo, mas como sempre bem escrito!!!to dividida entre as lágrimas e os risos por saber q teremos mais 2 temperadas!!uhu!!!!ahhh...o harry num pode demorar a ressuscitar hein!!!pelo bem das minhas lágrimas!!!hehehehe....quantos capítulos ainda tem nesssa temporada??

    2011-08-01
  • Karina.

    Sofri muito com o capítulo, chorei muito, eu estou que nem a mione; esperando que ele apareça a qualquer momento dizendo que está tudo bem /cry."Está eu e a Karina no msn falando uma para outra toda hora 'não consigo parar de chorar' por causa desse capitulo" KAOPAKO eu sou a Karina, é x.x 

    2011-08-01
  • Carolzinha Gregol

    chorei pouco agora-ironica, vou assumir, não consegui ler o capitulo inteiro, e não vou terminar estou sofrendo demais é/ me desculpa, mas não consegui, vocês escrevem tão bem que estou sofrendo de verdade. Se vocês vissem meu estado parece que eu perdi alguém de verdade. eu li o começo e flashback, que flashback maravilhoso! Sem palavras. Prometo quando Harry voltar eu vou ler esse capitulo e vai ser um comentário que vocês merecem de verdade! Porque vocês escrevem muuiito bem e vou ser sincera vocês são melhores que MUITAS escritoras que eu gosto, E SE O HARRY VOLTAR SÓ NA ULTIMA TEMPORA, eu juro que vou entrar em depressão é/ vocês separas são boas, mas juntas são melhores ainda! Por favor, não demora para atualizar, vocês estão me torturando de verdade. Esta eu e a Karina no msn falando uma para outra toda hora 'não consigo parar de chorar' por causa desse capitulo de Ao cumprir dos sonhos. NÃO DEMORA, OBRIGADA mesmo! 

    2011-08-01
  • Delli

    Capítulo perfeitooooooooo Assim eu fico desidratada mesmo. Só não demore muito à trazer o nosso heroi de volta!!

    2011-08-01
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