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Ao cumprir dos sonhos | Capítulo 19.
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Acordara mais tarde do que de costume no dia seguinte, agradecendo imensamente por ser início de um fim de semana. Não costumava dormir até muito tarde nos fins de semana, mas naquele dia viu-se obrigado a abrir uma exceção diante da exaustão que tivera na noite passada.


Não pode conter um sorriso nos lábios ao se lembrar da noite anterior, julgando-a o melhor aniversário de sua vida. Sempre soube que amava Emma, porém agora tinha certeza de seus sentimentos sobre a garota. As lembranças começaram a invadir sua mente, mas esvaíram dela ao ouvir um barulho na janela de seu dormitório.


Espreguiçou-se antes de levantar, coçando a própria nuca e bocejando ao caminhar até a janela. Abriu-a e reconheceu de imediato a coruja de seu pai. Retirou o pergaminho do bico e a observou levantar vôo. Recebera corujas dos pais no dia anterior e quando recebia assim em seguida era algo realmente sério.


Baixou seu olhar para o pergaminho, vendo-o endereçado para ele e o irmão. Teria que ir atrás de Jared para lê-lo. Em alguns minutos tomou um banho e escolhera uma roupa confortável para passar o dia, descendo para o salão comunal logo em seguida.


Avistou o irmão sentando em um dos sofás ao lado da namorada, conversando. Ele se aproximou, suspirando ao imaginar o quão difícil seria separar o casal.


- Bom dia, princesa. - Disse Jared zombeteiro ao erguer seu olhar para o irmão. - Geralmente você acorda cedo demais para aprontar alguma coisa.


- Bom dia, Jared. Acontece que perdi a hora, não há nada demais em dormir um pouco. – disse e riu sem jeito. – Recebi uma coruja do papai. – emendou erguendo a carta na mão.


- Mas ele já não mandou ontem? - Perguntou confuso.


- Sim, e mandou hoje de novo. E endereçado a nós dois, portanto, você vem comigo.


- Não tenho escolha. - Jared suspirou, olhando para a namorada. - Eu já volto. - Disse vendo-a assentir antes de se levantar e seguir com o irmão mais velho para o dormitório vazio dele.


James sentou-se na cama, ainda estava cansado, e entregou o envelope ao irmão.


- Pode ler, por favor? – indagou bocejando.


Jared tomou a carta nas mãos e a abriu, começando a ler em silêncio. James o pigarreou, chamando a atenção do irmão para si e erguendo uma sobrancelha.


- Você não disse que era pra ler em voz alta. - Ele se defendeu.


- Então leia, agradeceria se o fizesse. – comentou irritado.


- Papai diz que tá tudo bem. Ben fez uma nova amiga ontem e isso deixou a mamãe preocupada. - Comentou rindo, percorrendo os olhos pela carta. - E disse também que é bom a gente se preparar porque o quinto herdeiro está à caminho. - Disse de uma vez, sem dar importância para a última frase. - E que manda mais notícias em breve e... - Parou de ler, arregalando os olhos e soltando a carta. - Mamãe tá grávida.


James pegou o papel, precisava ler por ele mesmo, porque estava tão ou mais surpreso que Jared. Releu as linhas recém pronunciadas pelo irmão, e gargalhou.


- Eles não perdem tempo mesmo... – murmurou e olhou para Jared. – Caraca, vamos ter mais um irmão.


- Isso já está virando rotina. - Disse Jared sentando-se na cama diante do irmão. - Papai e mamãe tem que se controlar ou vão passar a chamá-los de coelhos.


- É... Você está coberto de razão. – o apanhador comentou rindo. – Daqui a pouco vamos formar um time de quadribol...


- Inacreditável. - Jared balançou a cabeça, se levantando. - Vou descer pro salão comunal. Vai ficar aí?


- Sim, eu acho. To cansado… - espreguiçou-se.


- Cansado de quê? - Perguntou franzindo o cenho para o irmão.


- Cansado, ué. – desconversou com um sorriso nos lábios. – Porque o interesse? Esse é um assunto inviável para nossa relação fraterna.


- Tá bom. Você continua me tratando como uma criança, e eu continuo fingindo que não sei que você passou a noite fora. - Retrucou Jared caminhando até a porta.


- Isso mesmo, pirralho. – James disse e riu, vendo-o revirar os olhos.


- Infeliz. - Disse Jared ao apanhar um travesseiro de uma das camas e atirar contra o irmão antes de sair do quarto.


...


Seguiu para o lago após perguntar para Kristen onde Emma estava. Tentou dormir quando o irmão saíra de seu quarto, mas não conseguira e então achou melhor desistir. Ao se aproximar pode vê-la encostada em uma árvore próxima ao lago, lendo um livro qualquer. Ele sorriu, suspirando ao caminhar até ela, sentando-se ao lado da namorada e beijando-a na face.


- Pela sua carinha de sono tava dormindo até agora. - Comentou Emma sorrindo, observando a face do garoto.


- Só estava tentando. – ele respondeu rindo. – Embora eu esteja muito cansado, não prego os olhos. É estranho. E ainda tivera a notícia surpreendente que papai nos revelou em sua carta. – ementou ainda rindo.


- Notícia? - Emma olhou confusa diante as risadas que o namorado dava. - Que notícia?


- Acredite se quiser, mas vou ter outro irmão. – contou e Emma abriu a boca, surpresa. – Sim, minha mãe está grávida, outra vez.


- Bom... - Emma segurou ao máximo a gargalhada. Não pelo fato da notícia ser engraçada, mas pelas crises de risos que James dava. - Isso é uma boa notícia.


- De fato... Mal posso esperar até chegar em casa, e fazer piada sobre isso. Meu pai com certeza vai “adorar”. – comentou maroto.


- James. - Emma tentou repreendê-lo, mas não pode evitar uma risada diante do comentário. - Você não muda mesmo. - Balançou a cabeça.


- Falando sério agora... – cessou o riso. – Eu estou feliz por eles. É legal ter irmãos mais novos. E espero que seja outra menina, irá me idolatrar como Lily faz. E meu pai vai fazer o mesmo com ela, assim como faz com Lily. – emendou garboso.


- Só o seu pai que idolatra a Lily? - Perguntou erguendo uma sobrancelha, rindo.


- Digamos que todos nós a idolatramos. – respondeu piscando para ela.


- Ah sim. Ainda bem que você admite. - Comentou voltando a abrir seu livro e folheá-lo.


- O que está lendo? – perguntou.


- O que eu estou tentando ler é a pergunta correta. - Emma suspirou. - To tentando estudar, mas eu não consigo. Não tenho paciência pra leitura.


James gargalhou, lembrando-se da mãe. Ela possivelmente repreenderia Emma, mesmo que de uma maneira comedida, e a recordaria dos benefícios que a leitura traria para ela.


- Espero que não diga mais isso quando estiver perto da minha mãe. – ele comentou.


- Eu tinha me esquecido desse detalhe. - Sussurrou a morena mordendo o próprio lábio.


- Não tem problema, eu estou aqui pra isso. – James disse rindo. Inclinou-se mais e beijou a namorada.


- Nem vem tirar minha concentração. - Emma sorriu ao afastar seus lábios aos do namorado. - Eu to me dedicando demais pra ter paciência em ler esse livro e você não vai me desconcentrar. - Disse voltando sua atenção para o livro.


- Tudo bem. Eu prometo me comportar, vou ficar quieto. – disse cruzando os braços, e olhando para o outro lado.


- Ótimo. - A garota sorriu satisfeita, continuando sua leitura ao lado de um James visivelmente entediado por não estar fazendo nada.


Alguns minutos foram suficientes para que Emma percebesse que com James ali ao seu lado jamais iria ter paciência para ler um parágrafo do livro, já que lia a mesma frase várias vezes. Repreendendo-se por desistir da leitura, fechou o livro com força, atraindo o olhar dele para si.


- Tá bem. Eu desisto. - Murmurou a garota ao sentar-se no colo do moreno, colocando as pernas em cada lado do corpo dele antes de beijá-lo intensamente.


O moreno alisou suas coxas, e intensificou ainda mais o beijo. Depois da noite mágica que tivera ao lado de Emma, apenas um beijo era suficiente para lhe acender totalmente. O contato com a pele macia e delicada o tirava do sério. Ergueu uma das mãos, deslizando-a pela perna da namorada, fazendo-a gemer contra seus lábios.


Os dedos de Emma adentraram pelos cabelos negros, puxando-os de leve, mas o suficiente para fazê-lo arfar. Suas unhas deslizavam lentamente pela nuca do moreno, deixando-o arrepiado. O beijo se aprofundou ao contato mais próximo dos corpos, fazendo ambos gemerem. As mãos dele então, já estavam por sobre a saia. Expondo Emma a sensações deliciosas.


- Você é maravilhosa... – ele murmurou ao ouvido dela, beijando em seguida o pescoço alvo.


- James. - O nome do moreno escapou de seus lábios em um sussurro.


Os lábios dele em sua pele estavam deixando-a fora de si. Respondeu as próprias sensações que ele lhe despertava, suas mãos acariciaram sutilmente o peitoral do moreno por cima da camisa.


James se afastou um pouco, ofegante, olhando-a nos olhos. Nenhuma garota lhe despertara tantas sensações em poucos segundos como Emma. Depois da noite passada ficara cada vez mais incontrolável desejá-la mais do que o de costume.


Suas mãos subiram e se infiltraram pela pequena blusa que ela vestia, acariciando a pele quente e macia. Emma fechou os olhos, arrepiada pelo toque. James ia partir para uma carícia mais ousada, algo que ultrapassasse os limites para ambos naquele local.


Porém o barulho de passos o impedira. Emma respirou fundo ao abrir os olhos, recuperando sua sanidade e se levantando rapidamente. James soltou um muxoxo em protesto, demasiado furioso pela interrupção repentina. Fosse quem fosse o pagaria caro.


- Você... - Um garoto se aproximou, apontando para um James que lutava para aparentar estar bem. - Você é James Potter. Cara eu sou seu fã. - Dizia o garoto entusiasmado. Emma desviou seu olhar, reprimindo uma gargalhada. - Eu sou da Grifinória também. Vi o último jogo. Foi muito legal.


O apanhador fechou os olhos com força, e praguejou. Definitivamente Emma não deveria ter se levantado tão bruscamente. Ele não estava em condições. No entanto o garoto que lhe fitava deslumbrado nem parecia notar, para seu alivio.


- É mesmo? – ele indagou entre dentes.


- Claro. Aquele lance pra terminar o jogo foi espetacular. - O garoto disse entusiasmado. - Ano que vem vou fazer o teste para o time. Quero ser apanhador, que nem você.


- Acho que alguém ganhou um fã aqui. - Comentou Emma tentando parecer natural para não rir da expressão de fúria do namorado. - Vou devolver esse livro na biblioteca. Daqui a pouco eu volto. - Acrescentou antes de se afastar, atraindo o olhar do outro para si enquanto se afastava.


- Uau. - O garoto sussurrou sem tirar os olhos da morena.


- Uau? – indagou irritado. – Quer parar de olhar? Ou não vai viver até o ano que vem e ser o apanhador da Grifinória!


- Ahn... Desculpa. - O garoto sorriu amarelo. - Bem que você podia dar umas dicas. - Sugeriu apontando para onde Emma passara. - Eu bem que podia conseguir uma gatinha que nem... - Calou-se ao perceber o olhar furioso de James.


- Desculpe garoto, mas “isso” não se adquire assim. A base de dicas... Nasce-se com charme, entendeu? – comentou sorrindo maroto.


- Você conquistou aquela ga... - Interrompeu a palavra ao vê-lo erguer uma sobrancelha. - Aquela garota com charme? - Perguntou vendo-o assentir. - Legal. Você é o cara.


- Sim, eu sou... E você é? – perguntou suspirando fundo.


- Ah foi mal. - Ele sorriu entusiasmado. - Sou Alex Wilson.


- Ok, Alex, agora eu já vou indo nessa. – levantou-se, e sorriu, começou a caminhar e notou que alguém o seguia. Olhou por sobre os ombros e vira o tal garoto andar atrás de si.


- Eu não tenho nada pra fazer. Vou te fazer companhia assim a gente se conhece melhor. - Dizia o garoto rapidamente, eufórico.


- Nota-se que não nada pra fazer... – James resmungou virando-se para ele. – Olha, eu não quero conhecer ninguém melhor, muito menos um garoto. – então riu. – Vai azarar umas gatinhas por aí... – bateu no ombro dele e saiu outra vez.


- Mais eu... - Alex ainda estava parado, fitando James se afastar. - Eu não sei azarar gatinhas. - Disse corando.


James parou e conteve o riso, então voltou.


- Não sabe? – indagou.


- Não. - Alex confessou, constrangido. - Eu tô no quarto ano ainda. As meninas me acham muito novo e imaturo.


- Eu sei, é bastante natural, já que elas são mais maduras que nós. Mas eu vou te dar umas dicas, assim você terá muito que fazer... O que acha?


...


O moreno suspirou irritado ao pegar sua mochila e atravessar o buraco do retrato do salão comunal em direção à biblioteca. Graças à Snape, viu-se obrigado ao passar uma tarde ao lado de Kristen para fazer o trabalho em dupla que ele passara. Era como se o professor seboso soubesse que Marcus estava fazendo o máximo possível para ficar distante da garota. Odiava Severo Snape e, depois desse trabalho, tivera mais certeza disso.


Assim que entrara na biblioteca pode ver Emma caminhar em sua direção. Desviou seu olhar, sentindo raiva e receio ao mesmo tempo pela garota. Entretanto ela passara direto, como se Marcus fosse um aluno qualquer. Respirou aliviado por isso e percorreu seu olhar pela biblioteca ao procurá-la.


Passou a mão pela face, preparando-se para mais um tinteiro derrubado ou um atentado qualquer de desastre de Kristen quando se aproximasse. Chegou à conclusão de que aquela garota, louca e atrapalhada, precisava de um sensor sobre o que era ou não perigoso fazer. Aproximou-se contrariado, sentando-se diante dela e atraindo sua atenção.


- Bom dia. - Forçou um sorriso, olhando em volta.


- Bom dia... – ela murmurou sem fita-lo. O garoto estranhou. Nada de sorriso, nem de olhar bobo.


- Ahn... - Marcus a olhou, tentando fazer com que ela lhe desse atenção. - Já começou o trabalho?


- Sim, presumi que chegaria atrasado, como aconteceu...  Então adiantei alguma coisa. – respondeu, abrindo um livro grosso de poções.


- Que bom. - Comentou ainda sem obter a atenção dela. - O que quer que eu faça?


- Seria bom se só assinasse seu nome no pergaminho. Porque eu posso fazer sozinha. – Kristen disse retendo a vontade de olhá-lo.  Ensaiou diversas vezes tudo que estava dizendo, e por enquanto estava se saindo bem. Se Marcus não gostava de sua companhia, então ela iria poupá-lo dela.


- Quê? - Ele exclamou assustado. Definitivamente trocaram a desmiolada da Kristen Lenox por uma garota fria e segura de si. - O trabalho é de dupla. Não posso deixá-la fazer sozinha. E o Snape me conhece bem. Se não tiver alguma outra coisa minha além do meu nome nesse trabalho ele me dá zero.


- Não se preocupe, posso escrever umas besteiras e alguns conceitos errados. Ele nunca vai suspeitar. – comentou, agora sim olhando para ele. Tinha alguma coisa diferente nela.


- Muito engraçado. - Marcus disse entre uma gargalhada. - Eu juro que quase cai nesse seu jogo de durona. Foi muito bom. É bom fazer isso pra atrair a atenção e tentar mudar de estilo.


- Jogo de durona? – indagou revirando os olhos. – Não sou de jogos, Marcus. Você só não merece minha atenção, logo não a tem... Se não quer ir embora, então comece ficando calado.


- O que deu em você? - Perguntou Marcus confuso.


- O que aconteceu foi que enxerguei algumas coisas... – murmurou pela primeira vez mostrando um pouco de vulnerabilidade. – E não estava satisfeita com elas.


- Está bem. - Marcus concordou ao se levantar e recolher seus pertences. - Já que você não me quer por perto eu estou indo. - Pegou uma pena de Kristen abandonada sobre a mesa e assinou seu nome no pergaminho. - Até mais. - Disse antes de deixar a biblioteca.


...


Entrou no salão comunal da Grifinória, olhando em volta para encontrá-la. Ela estava sentada em um dos sofás, o olhar distante. Certamente distraída em seus pensamentos. Ele sorriu ao se aproximar, sentando-se ao seu lado e chamando a atenção dela para si.


- Sabe o que eu reparei? - Perguntou Jared vendo-a curiosa. - Tá um belo dia lá fora e estamos aqui dentro. Não quer dar uma volta comigo?


- Pensei que também precisasse estudar. – Kira disse.


- Isso podemos deixar pra mais tarde. - Jared a olhou, suplicante. - Vamos. Diz que sim. É só uma volta, não custa nada.


Kira riu, fechando o livro. O namorado abrira um sorriso largo e feliz. A garota deixou o livro de lado, e levantou-se.


- Eu não resisto a essa carinha de cachorrinho pidão. – comentou em tom de brincadeira. – Vamos, então...


- Vou considerar isso como elogio. - Disse satisfeito ao segurar a mão da namorada e sair pelo buraco do retrato. - E você precisa descansar um pouco dos estudos.


- Descansar? – riu-se. – Eu não sou tão inteligente quanto você, então tenho que dar uma forçinha pro cérebro. Quero orgulhar meus pais de alguma forma, entende? Caleb faz isso com o quadribol, e meio que me sinto em desvantagem. – confessou, enquanto dobravam um corredor.


- Não fala isso. Você é mais inteligente e realista do que eu. Eu apenas sou um "livro ambulante" como diz o meu irmão. - Comentou fazendo-a rir. - E eu acho que seu pai não se sentiria tão orgulhoso quando soubesse com quem seu irmão está se envolvendo.


- Ele vai superar... – comentou. – Depois de surtar é claro. Imagine só, meu irmão e Pandora Malfoy? Eles se odiavam!


- Os que se odeiam são os piores. - Jared riu quando alcançou o saguão de entrada do castelo. - Aprova sua nova cunhada?


- Não sei, não a conheço direito, então não posso opinar. Mas Caleb sabe o que é melhor para ele. – disse juntando-se mais a Jared. Ele passou o braço por sua cintura.


- Eu poderia tirar vantagem disso. - Disse Jared pensativo. - Como ele fez comigo no início do nosso namoro.


- Eu não seria tão cruel assim. Não sabendo que o papai odeia tanto os Malfoy. – Kira disse.


- O que quer dizer com isso? - Ele a olhou, confuso.


- Simples, que não vou usar o caso deles para tirar vantagem. Nem uma ameaça, sequer. – sorriu, enquanto ele fazia uma careta.


- Quando eu digo que você sabe ser malvada às vezes. - Resmungou o garoto, cruzando os braços.


- Mas eu estou sendo boazinha... – disse rindo.


- Não está. - Disse contrariado. - Tive que fazer os deveres do Caleb por uma semana.


- Mas já acabou, e quem foi o malvado foi meu irmão. Não precisa mais ceder às chantagens dele, nossos pais já estão cientes do nosso namoro. Até a sua mãe já está fazendo gosto disso. – comentou, afagando o rosto dele.


- Pelo menos a pior parte, que era essa, superamos. - Concordou Jared, sorrindo. - Acho que ela vai se acostumar com essa idéia de namoro por um longo tempo. Tem outras preocupações em mente já que está grávida.


Kira franziu o cenho, e sorriu, parando na frente dele.


- Sua mãe está grávida outra vez? – perguntou num misto de espanto e alegria.


- Está. - Confirmou rindo. - Como diz o James, eles não perdoam uma. O quinto herdeiro vem por aí.


- Isso é maravilhoso! Aposto como está contente por ganhar mais um irmão. Eu estaria. – disse encantada com a notícia.


- De fato é maravilhoso. - Jared coçou a própria nuca. - Mas já é o quinto. Acho que tá na hora de parar por aí. Eles precisam se cuidar.


- Eu vou querer ter muitos filhos... – Kira revelou acanhada. Seu rosto ficou vermelho. – Vejo como meus avós são felizes, e como os seus pais são. Não que os meus não sejam, mas... Você me entendeu...


- Se eu for o pai desses filhos eu posso abrir uma exceção para o seu caso. - Jared sorriu ao puxá-la pela cintura, beijando levemente os lábios femininos da loira.


- Proposta aceita, Sr. Potter... Vai ser um futuro maravilhoso, e espero que real. – ela comentou beijando-o também.


...


Após um almoço satisfatório, seguiram para a sala para mais algumas horas de conversas e risadas adultas, onde poderiam falar o que quisessem sem se preocuparem com a presença dos filhos por perto. Todos os presentes riam de um caso engraçado que Rony ouvira no ministério essa semana. Sobre um bruxo atrapalhado que fora pego de surpresa ao tentar um atentado com chuva de baratas em uma cidade do interior.


Harry viu a esposa seguir ao lado de Luna para a cozinha e imaginou que aquele seria o momento ideal para tirar uma dúvida com o amigo, que passava por sua mente já há muito tempo e não tivera a oportunidade de perguntar.


- E o seu relacionamento com a Luna? Melhorou em alguma coisa? - Perguntou baixo ao se inclinar em direção ao amigo para que elas não pudessem ouvi-lo.


Rony espiou na direção da cozinha e sorriu para Harry.


- E como melhorou, você não tem idéia. – disse satisfeito. – Eu fiz tudo que me indicou, e não é que ela está mais... Mais... “Quente”, e apaixonada. Na verdade nós dois estamos. – emendou e corou.


- Já não era sem tempo. - Harry sorriu satisfeito, dando um tapa no braço do amigo.


- A cada dia estamos, melhor no nosso casamento. Digamos que estou me sentindo mais confiante para ter minhas próprias idéias... – espiou outra vez e como estavam ainda sozinhos acrescentou. – Levei-a para um passeio de barco num lago...


- Você? - Indagou fingindo-se surpreso, vendo-o assentir. - Bom, milagres existem. - Disse rindo. Rony bufou pelo comentário. - Pelo menos você já se esqueceu como é ficar um longo, longo tempo sem fazer amor.


- Sim, agora posso afirmar que sei o que é as duas coisas. Ficar sem e não ter forças para mais nada, se é que me entende. – comentou vermelho, as orelhas estavam em brasas.


Harry abaixou a cabeça, rindo baixo diante do constrangimento do amigo. Respirou fundo antes de erguer seu olhar.


- Você se acostuma com o ritmo logo. - Disse mordendo o lábio para reprimir outra risada.


- Espero, porque não quero ficar pra trás. – disse e riu junto ao amigo.


- E eu não ando tendo muito tempo para nada já que O Pasquim ocupa a maior parte do meu dia. - Dizia Luna ao retornar para a sala ao lado de Hermione. - Acho que vocês já podem tomar uísque de fogo, não? - Perguntou olhando para os homens presentes na sala.


- Eu vou ter que recusar Luna. Obrigado. - Disse Harry.


- Eu também vou recusar meu amor. – Rony falou, encostando-se no sofá.


- O que deu nele? – perguntou Hermione a loira. – Rony está diferentemente estranho. Está dando calmante pra ele?


- Rony virou outra pessoa. - Sussurrou Luna para Hermione ao ver o marido dar início a uma conversa com Harry. - Está se lembrando de datas importantes. Faz-me surpresas sempre que pode. Nessa manhã recebi o café da manhã na cama. Ele tá muito romântico.


- Jura? – a morena indagou surpresa, vendo a amiga assentir com um sorriso grande nos lábios. – Ah, Luna! Fico tão feliz por vocês dois, principalmente por você, porque ninguém merece ter um trasgo sem sentimentos como marido... – Luna riu. – Desculpe, estou falando demais ultimamente, devem ser os hormônios... – retratou-se corada.


- Hormônios? - Luna riu, confusa. - Como assim?


Hermione sorriu sem graça, acabara por falar demais mesmo. Nem havia percebido que não tocara no assunto de sua gravidez para Luna, e acabara se denunciando.


- É que eu... Eu... – olhou para os dois homens que conversavam sobre a copa de quadribol, e tornou a olhar para Luna. – Eu estou grávida, outra vez!


- Ai meu Merlin. Grávida? - Disse Luna sorridente, porém alto demais para atrair os olhares dos dois homens. - Mione que maravilha. Parabéns. - Emendou abraçando-a.


Rony de olhos esbugalhados fitou o amigo, que riu sem jeito. O ruivo ergueu a sobrancelha e em seguida caíra na risada, olhando de um para o outro. Hermione fechou a cara, emburrada. E Luna repreendera o marido com o olhar.


- Outro Potter a caminho? Pelas calças de Merlin, vocês não se cansam? – perguntou entre risos.


- Me responde você, Rony. Você não se cansa? - Indagou Harry erguendo uma sobrancelha.


- De ter filhos, já me cansei há muito tempo, tanto que só tenho dois. Enquanto a vocês...


- Cale a boca Rony! – Hermione exclamou nervosa, cruzando os braços.


- Eu espero um dia poder me vingar desse momento. - Sibilou Harry. - Você vai me pagar caro por cada palavra dita, Rony. Você vai ver.


- Ah, não vai se vingar mesmo. – murmurou convicto disso. – Vai tirando essa idéia da cabeça. Não vou engravidar Luna... Não... Não. De jeito algum. – terminou a frase como se estivesse devaneando consigo mesmo.


- Ronald Weasley chega. - Luna o repreendeu. - Já deu por hoje suas piadas.


- Ainda bem que você interveio, Luna. Se não ficaria viúva logo. - Retrucou Harry ainda olhando feio para o amigo.


- Foi mal, não está mais aqui quem falou. – ele rendeu-se com um sorrisinho nos lábios. – Mas estou contente por vocês. Acreditem.


- E eu faço de conta que acredito. - Comentou Harry com ironia.


- As crianças já sabem? - Perguntou Luna para Hermione, tentando amenizar o clima.


- Contamos a James e Jared por enquanto, Ben e Lily ainda não sabem. Achamos melhor assim. – ela respondeu sorrindo, e passando a mão sobre o ventre.


- Pelo jeito que conheço o James ele deve estar muito querendo rever vocês para fazer piadas. - Disse Luna rindo.


- Ah isso é certeza. - Harry revirou os olhos. - Não sei de quem ele puxou tanto sarcasmo assim.


- Não sabe mesmo? – Rony retrucou, rindo.


- E eu sou sarcástico por acaso? - Perguntou Harry franzindo o cenho.


- Às vezes você exala sarcasmo se quer saber. E a outra parte vem da Hermione, a pior delas. – falou fazendo uma breve careta. A morena rira, assim como os outros dois.


- Viu? É por isso que damos certo. - Comentou Harry sorrindo maroto quando a esposa sentou ao seu lado, passando o braço pelos ombros e beijando-a na face.


- Ah, é... Muito certo... – disse e sublinarmente se referia aos filhos do casal de morenos.


- Qual é o seu problema, Ronald? Está com inveja por estar em desvantagem nas questões numéricas? – Hermione provocou.


- Querido você nunca sabe quando nós poderemos receber uma notícia inesperada novamente. - Disse Luna ao entrar no jogo da amiga, provocando o marido.


- Exatamente, Rony. Amanhã quem sabe você vai ser papai outra vez... – Hermione alfinetou, e o marido segurava o riso.


- Portanto seria bom se dobrasse sua língua antes de alfinetar os outros, amor. - Disse Luna carinhosa ao parar atrás da poltrona que o marido ocupava, afagando os ombros tensos. - Pelo pique que estamos tendo ultimamente será algo que não poderemos evitar.


Harry não conseguira mais segurar o riso, gargalhando diante a expressão corada e surpresa do Weasley.


- Pelo amor de Merlin, Luna, não fica falando essas coisas. Nos precavemos... Sempre! Então não há como termos mais um Weasley nessa família. – resmungou e outra vez suas orelhas ficaram vermelhas.


- Os relutantes recebem o melhor “prêmio”. Porque um filho, nunca será um castigo. – disse e riu. - Quem sabe outro casal de gêmeos, Rony? – Hermione continuou a implicar.


- Eu não diria que nos precavemos sempre, querido. - Luna sorriu marota ao sentar no braço da poltrona. - Ultimamente ando tão sem tempo que tem dias que quase me esqueço de tomar meus remédios.


- Querem me matar não é? – indagou irritado. – Vocês duas querem, eu já estou entendendo... Vamos fazer o Rony enfartar antes dos quarenta. Deve ser legal! – ironizou.


- Cara você precisa relaxar. - Disse Harry respirando fundo ao cessar suas risadas. - Você anda muito nervoso. Acalme-se.


- Ele fala isso da boca pra fora. - Comentou Luna, sorrindo. - No fundo ele sabe que quer ter outro filho também. Sente falta do Caleb e da Kira quando estão em Hogwarts.


- Estão loucos... Daqui a pouco vamos falar de fraldas, chupetas e mamadeiras e os gastos que irão nos dar. E as duas ali, vão ficar que nem da outra vez, escolhendo os nomes naquele livro idiota! – Rony exclamou nervoso.


- E qual é o problema em ter outro filho, Rony? - Luna olhou séria para o marido.


- Mal damos conta dos dois que temos, e ainda quer mais? – ele indagou sério. Hermione olhou para o marido, aquela situação perdera a graça.


- Ótimo. Então vê se você dá conta de dormir no sofá essa noite. - Sibilou furiosa ao se levantar e seguir em direção a cozinha.


- Você sabe estragar tudo, Rony, é incrível... – murmurou Hermione, antes de sair da sala, para ir atrás da amiga.


- Ahn... - Harry coçou a própria nuca, ponderando nas palavras certas para dizer. - Pisou na bola. E feio.


- Pensei que fosse ficar do meu lado. – disse sem esboçar o humor natural.


- Rony eu não posso ficar do seu lado quando você está errado. - Disse olhando para o amigo. - Você não pode pensar em situação financeira quando se trata de um filho. E pelo jeito que você falou, Luna deve pensar que você não queria ter nem o Caleb e a Kira.


- Não é isso, é claro que eu os queria! – exclamou exaltado. – Mas... Não somos tão ricos quanto você e a Mione. Admita que um filho custe caro, e não quero que eles passem o que tive que passar. Não estou reclamando, nem desdenhando de tudo que meus pais fizeram por mim, porque sei que foi com todo amor. Mas, sou realista... Não podemos ter outro filho e está decidido.


- Rony você tem uma condição financeira melhor que seus pais, seja franco. E quando a Hermione me disse que estava grávida do Ben eu estava longe, muito longe de ser vice-ministro. Hermione tinha levantado a Floreios há pouco tempo. Mesmo assim arriscamos tudo o que tínhamos e o que não tínhamos. - Harry suspirou. - Você viu o quanto Luna quer esse filho? Para de pensar que eles vão levar a mesma vida que a sua porque não vão. Pensa bem na sua decisão.


- Esquece isso... Luna logo vai esquecer também... – murmurou baixo.


- Não vai mesmo. E você vai ter que melhorar ainda no seu romantismo pra que ela pelo menos volte a olhar pra você. - Harry se levantou, dando um tapa no ombro do amigo. - Pensa bem no que vai fazer. - Disse antes de seguir para a cozinha.


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N/A: Capítulo 20 postado. xD


Esse não teve uma grande cena HHr, mas garantimos que no próximo vai ter.


Mas o foco do capítulo era esse. A notícia sobre a gravidez da Mione. kkkk


Muita gente se assustou com a notícia. E é bom já irem se acostumando. Ela vai continuar pelo resto da fic. (lógico, né?! dãã).


E pessoinhas, tenham paciência. A fic ta escrita, mas como dissemos, não temos muito tempo assim pra postar.


Então é normal uma vez ou outra demorarmos um tiquinho.


No entanto, estamos amando os comentários que vocês estão deixando. Esperamos que continuem assim. *-*


E comentem para que o próximo capítulo venha rápido.


Beijo das autoras.

                                                                                                                11/09/2010. 



N/A: Capítulo 20 postado. xD

Esse não teve uma grande cena HHr, mas garantimos que no próximo vai ter.

Mas o foco do capítulo era esse. A notícia sobre a gravidez da Mione. kkkk

Muita gente se assustou com a notícia. E é bom já irem se acostumando. Ela vai continuar pelo resto da fic. (lógico, né?! dãã).

E pessoinhas, tenham paciência. A fic ta escrita, mas como dissemos, não temos muito tempo assim pra postar.

Então é normal uma vez ou outra demorarmos um tiquinho.

No entanto, estamos amando os comentários que vocês estão deixando. Esperamos que continuem assim. *-*

E comentem para que o próximo capítulo venha rápido.

Beijo das autoras

 

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