Capítulo 25



Aclarações:


Itálico– 'esclarecimentos' de Harry. Pensamentos dele. POV's Harry. Ou ênfase em alguma palavra, ou frase.


Negrito – 'esclarecimentos' de Hermione. Pensamentos dela. POV's Hermione.




 


Disclaimer: Harry Potter não me pertence, blablabla. Tudo é da J. K. Rowling e da Warner, whatever.


Observação: Capítulo NÃO betado. Pode conter atrocidades...




 


Capítulo 25


Quando Luna já não podia ser mais vista, tornei a caminhar. Na direção oposta.


Cuidadosamente com a mente em branco, quase anestesiada, andei pelos corredores da escola sem realmente qualquer lugar na cabeça. Era estranho sentir tamanha tranquilidade depois dos golpes ferinos da língua de Luna.


Eu ainda precisava pensar em muitas coisas. Todas as minhas escolhas erradas.


Uma parte de mim ainda lamentava minha má sorte. O que só há pouco chegara à minha atenção e já parece irritante. Honestamente, isto não podia ser somente a tradição tomando sua parte. O que é ainda mais ridículo e triste.


Deixando-me influenciar e apreciando, sim apreciandonão ser total responsável por minhas ações. De repente, eu precisava pensar muito duramente para reconhecer se toda aquela palhaçada escandalosa não era eu com um pequeno incentivo daquela pequena planta.


Sem se dar conta, Hermione chegara ao seu quarto. Sentara em sua cama e fitava distraidamente sua florzinha azul enfeitiçada; esta fora colocada em um pequenino vazo dourado sobre sua mesa de cabeceira, banhada todas as manhãs pelos raios de sol que atravessavam a janela perto de sua cama.


A jovem suspirou. O miosótis era quase sempre uma das primeiras coisas que via todas as manhãs também. Seus olhos, sem intenção, sempre desviavam ao encontro do seu pequeno presente. Só para ter certeza que era real. Que não tivera finalmente o surto psicótico que Ron jurava que ela um dia teria.


-x- Miosótis –x-


Dois livros e um folheto sobre a tradição depois e Harry já estava impaciente com a falta de resultados. Ele sequer conseguira folear todas as páginas dos livros que tinha em mãos porque, não mais que de repente, imagens de casais apaixonados iam ilustrando mais e mais folhas. Estórias tolas, e poemas de amor eterno e contos piegas insultavam sua inteligência.


Por mais que tentasse se concentrar, as ideias que os livros tinham do miosótis até então eram terrivelmente equivocadas. E não é como se ele pudesse encontrar nenhum anexo intitulado: "Então você deu o miosótis para a pessoa errada..." ou "Revertendo o poder do miosótis" ou algo nessa linha de raciocínio.


Sim, é claro. Porque o amor eterno é comum dessa forma.


Esses livros estúpidos mais parecem um comercial mal feito de produtos de beleza... Aparentemente qualquer pessoa pode conseguir essetipo de devoção num piscar de olhos.


Idiotas. Quem diabos escreveu esses livros cretinos?


Quando conseguirmos quebrar essa maldição, convencerei Hermione a escrever um livro sobre o que realmente o miosótis pode fazer. "Miosótis: a verdade por trás do mito – NÃO JOGUE SUA SANIDADE PELA JANELA".


Harry riu. Era um nome horrível.


E de incrível mau gosto, levando em conta o que haviam passado. Talvez Hermione não levasse assim tão na esportiva esse tempo obscuro de sua vida...


E tornamos a Hermione...


Os ombros do rapaz caíram.


-x- Miosótis –x-


Quase duas horas mais tarde e os pensamentos estavam longe de se adequarem. Ou mesmo responderem as questões tão bem formuladas de Luna, lá estava eu. Correndo ao encontro da biblioteca, o enorme livro apertado em meu peito.


Ela não tinha certeza se era mesmo uma boa ideia, ela só deseja... Tudo bem, ela não sabia o que desejava ao momento. Mas era o certo a fazer, certo? Buscar soluções contra o miosótis. Investir seu tempo em algo produtivo.


Hermione tinha certeza – ou esperava fervorosamente? – que as coisas iriam se ajeitar. Há seu tempo.


Seja uma grande garota, Granger.


-x- Miosótis –x-


Harry enrijeceu ao se dar conta de sua presença. O instinto tomando conta e mentalmente ele estava preparado para um briga homérica. Ainda se sentia quebrado desde a última leva de insultos – ou o que quer que tenham sido.


Gostaria de passar essa oportunidade de discussão.


Eu sei. Haha...


-Então o que está havendo com você e Hermione?


-Nada. Não está havendo nada.


Ron riu ligeiramente. – É por isso que estou perguntando. Cansaram de brincar de casinha?


-Por quê? Tentado a voltar ao navio? – indagou ironicamente, seus olhos fitos num novo livro sobre a tradição.


-Isso não é da sua conta.


-Exatamente o mesmo aqui – Harry ergueu os olhos para encarar Ron por cima dos óculos. – Você sabe, o que há ou deixa de haver entre Hermione e eu... não diz respeito a você, quero dizer.


-Ela foi minha namorada em primeiro lugar – Ron resmungou ao que Harry não se deu ao trabalho de responder, voltando ao seu entediante texto.


-Por que lhe deu aquela flor? – Ronald perguntou silenciosamente, minutos depois.


Harry suspirou. – Eu já lhe disse, Ron. Eu não sabia! Eu não tinha nenhuma ideia maldita que isso ia ferrar tanto com você, com ela. Conosco.


-Mas Hermione sim – o ruivo falou calmamente, se recostando na cadeira. – Isso quer dizer alguma coisa, não é?


Harry abriu a boca e a fechou, franziu o cenho e meneou a cabeça de um lado a outro. Por um momento, sua mente ficou em silêncio. Nenhuma resposta. Nenhum pensamento em verdade.


Era como se o tempo tivesse parado enquanto Harry observava seu antigo amigo o encarar com uma expressão indescritível.


E então os sons voltaram e as coisas tornaram a se mover. E aparentemente, também a boca de Harry:


-Que ela é minha melhor amiga, que tinha certeza que eu não estava oferecendo mais que conforto com aquele gesto.


-Vamos lá, Harry! – O riso de Ron era amargo e um pouco divertido. – Ela morreria por você, faria quase qualquer coisa. Apenas um cego não pode ver – e continuou com ar cansado: - Ela provavelmente sempre foi apaixonada por você.


Harry lançou um olhar tão condescendente a Ron, que o ruivo sentiu-se corar com raiva. Ele queria pegar a cabeça de Harry e impelir inúmeras vezes contra as paredes de pedra da biblioteca.


-Ela não é.


Estranhamente, Ron simplesmente deixou o assunto de lado. Para falar a verdade, era uma ferida aberta que ele não tinha intenção de futucar a fundo.


-E quanto a você?


Boa pergunta. E quanto a mim?


-O que está perguntando? Se eu sou apaixonado por Hermione?


Ron pestanejou. De repente, não muito seguro se queria que Harry lhe despejasse uma resposta sincera. Ou, mais bem, uma resposta de todo... Poderia lidar com o que quer que saísse da boca do moreno? Definitivamente não.


Havia lhe custado muito para apenas criar coragem para encarar Harry. E pra falar a verdade, Ron já estava muito certo do que Harry poderia lhe dizer. E o assustava como o inferno.


Não, ele ainda não podia fazer isso. Não estava nesse ponto. Sinceramente, ainda não entendia bem em que pontose encontrava... Sua mãe lhe enviara palavras duras e desapontadas sob a mais humilhante das formas: um berrador. E até aquele momento, ele só queria se esconder e choramingar sobre como ninguém nunca estava ao seu lado. Como fora usado, traído. Como todos eram injustos e a vida, uma droga... Mas as palavras de sua mãe, nesse meio tempo, nunca o haviam o abandonado e o assombravam no silêncio da noite.


Por fim, o ruivo admitiu para si mesmo que queria pelo menos um encerramento naquela confusão. Merecia isso. Observando Harry lhe fitar seriamente, no entanto, Ron não se sentia mais corajoso e firme como há instantes atrás.


Com tudo isso em mente, o rapaz cruzou os braços e deu de ombros, desconfortável. – Quer saber? Você não precisa me dizer mais nada se não quiser, eu-


O rapaz ruivo ergueu a vista nervosamente, cortando sua fala, para encontrar sua ex (?) namorada franzindo o cenho para ele.


Hermione aparentemente se materializou a frente deles naquele instante. Ron não precisava ser um gênio para saber que era hora de ir, antes que a estranha trégua se quebrasse por meio de acusações e feitiços. Não era segredo para nenhum deles que, sem supervisão adequada, os três não podiam estar juntos.


-x- Miosótis –x-


Colocando o livro que Minerva lhe dera sobre a mesa como uma bandeira branca, Hermione se sentou na cadeira, agora vaga, de fronte a Harry. Os olhares eram constrangidos e os gestos desajeitados, mas pelo menos ela estava tentando.


Fora muito mais fácil do que pensava (simplesmente porque Harry havia dado a deixa), o que me faz desconfortável. De repente, eu desejo que ele não me desse essa chance. Não me entenda mal, estou grata. Mas também sei que não a mereço. Não é justo. Eu deveria batalhar para cair em suas graças outra vez.


Então, aqui estou eu, sentada a frente de um muito calmo Harry desejando ser sugada para o centro da terra e queimar. Ele está tentando não me olhar, enquanto meus olhos, honestamente, estão presos a ele.


-Então... Ron?


Harry ponderou por um minuto sua pergunta. – Eu não sei. Ele só... apareceu.


-Oh.


Foi tudo que eu disse. Ou poderia dizer.


De repente, não sabia o que falar para Harry, para iniciar uma conversa descente ou algo perto disso. Era estranho. E não ajudava a minha... sede.


Fazia dias que não o tocava, que sequer estivera ao seu lado. E, enquanto naquele estado de autocomiseração, conseguia ignorar a saudade, o desejo (ou necessidade) de estar próxima a Harry. Agora, no entanto, o queria mais próximo. Muito mais próximo. Sem nenhum espaço entre nós, para ser franca.


Nem mesmo o pensamento de que não podia ser assim. Que ainda não havia feito o certo e pedido pelo menos desculpas por minhas atitudes egoístas, não adiantava. Eu o queria. Eu o queria agora. Minha ânsia por Harry estava me queimando de dentro para fora. Célere e intensamente.


Era um sentimento bom, apesar de seus efeitos secundários: fazia minhas pernas bambas, e calafrios percorriam minha coluna vez ou outra. Minhas bochechas estão queimando. Não consigo retirar os olhos de Harry. Minha respiração é ofegante, minhas mãos estão pegajosas de tanto suor. E o pensamento de me arrastar sobre a mesa de estudos para fechar minhas mãos sobre Harry parece muito... adequado.


"Eu quero que você seja meufoi um pensamento tão forte dentro de minha cabeça que, por um momento, tive medo que alguém escutasse.


-Você encontrou algo interessante, no livro? – Harry perguntou, oh, tão educadamente... sem sequer me olhar.


Tive de clarear a garganta para responder. - Nada que possa ajudar.


-Oh - Aparentemente "oh" seria nossa 'palavra' coringa. Mas ele prosseguiu. Oh meu Deus, Harry continuava tentando! – Também não tive sorte. Esses livros, se posso chamá-los assim, são apenas estórias de mentes delirantes que nem sequer foram afetadas pelo miosótis. Eu aposto que nem chegaram a presenciar alguém que tenha recebido uma.


Ele ergueu a cabeça, me olhou por fim sorrindo de jeito exasperado. Franziu o cenho ainda com um sorriso nos lábios. – É tão patético que mesmo eu sinto vergonha por terem publicado uma coisa dessas – estalou a língua nos dentes em claro sinal de desprezo; então moveu a cabeça um pouco para o lado, me encarando de verdade. – Você está bem?


Vermelha e cenho franzido, Hermione me fitava sem realmente me enxergar.


E eu perdi.


Oh Deus, não! Ela está indo embora não é?


Hermione se ergueu da cadeira fechando o livro enorme, pegando-o com uma das mãos e segurando-o contra o peito ela deu um passo para o lado e um para trás, empurrou a cadeira para baixo da mesa.


Mas ela não estava...


Hermione se moveu com intenção na direção do amigo e se abaixou o suficiente para pegar uma mão dele com a sua livre. Sem hesitação ela o puxou consigo, se dirigiu a passos firmes à saída sem qualquer palavra.


... Pelo menos não sem Harry.


-x- Miosótis –x-


Ela havia me levado para a cozinha do castelo. Sem uma palavra por todo o caminho.


O horror dos elfos domésticos era quase divertido, apesar de tudo. A cozinha estava fervilhando por conta da proximidade do horário do jantar, mas esvaziara em um piscar de olhos quando os elfos reconheceram Hermione (ainda era um assunto delicado entre eles a história toda do F.A.L.E.).


A primeira coisa que ela disse (mais para "praguejou") em muito tempo foi "oh Merlim, o jantar". Ela suspirou irritada, mesmo assim me liberou de seu aperto e, com as duas mãos, pousou o livro ruidosamente sobre a mesa. Hermione girou sobre os próprios pés para me encarar.


-Preciso lhe dizer uma coisa: desculpe-me. Sei que não é o suficiente, não é nada de fato. Eu prometo que elaborarei mais tarde, Harry - Ela falou muito séria me encarando com firmeza.


Então, Hermione ergueu as duas mãos para segurar o rosto de Harry. Erguendo-se na ponta dos pés, ela encostou os lábios nos do moreno; este ainda muito chocado para uma reação.


Era como se o toque dela transmitisse fogo aos meus lábios para, em seguida, correr por todo meu corpo.


1... 2... 3...


Sim, em exatos três segundos.


Finalmente!


Eu gemi quando os braços de Harry finalmente fecharam sobre minha cintura, me aproximando e mantendo no lugar.


Era como fazer as pazes, só que pulando toda a discussão que vinha antes... Digamos o caminho avesso. Mas isso era tão bom quanto uma reconciliação.


Ela ainda tinha as mãos segurando meu rosto, como se tivesse medo que eu me afastasse, quando a abracei. Hermione beijava meus lábios agora, não era apenas um contato entre lábios. De forma persuasiva, ela deslizava sua boca contra a minha, seus dentes mordiscaram meu lábio inferior antes de sua língua se fazer presente. Abri a boca para seu pedido doce, sua língua contra a minha derrotando o meu choque.


O beijo doce de Hermione rapidamente se tornou completo com a participação de Harry. A doçura ainda estava ali, no carinho distraído dos dedos de Hermione no rosto dele, nas mãos do moreno deslizando vez ou outra na cintura da amiga, mas a fome sobrepujou o cuidado. E experiência claramente estava aquém de seus desejos, a satisfação no beijo estava lá, mas...


As mãos de Hermione moveram-se para baixo, deslizando pelo pescoço e enterrando por um instante os dedos nos cabelos de Harry antes de moverem para os ombros dele. Então, para o peito, acariciando; para suas costas, apertando-o, puxando-o. Frustrada por não ter o suficiente.


Sem ar, ela se retirou dos lábios de Harry. Sem nunca deixar de beijá-lo: na bochecha, queixo, pescoço, voltando para sua boca e repetindo o processo. As mãos explorando, encontraram a cintura dele e a jovem se distraiu um pouco ao perpassar os dedos pela bainha da camisa de seu uniforme.


Hermione decidiu que se sentia corajosa o suficiente. Com os olhos bem fechados e a boca apertando o pescoço de Harry, ela espalmou a mão na pele nua debaixo de sua camisa. Sentiu Harry engolir em seco, sorriu e cegamente beijou todo o caminho para cima até encontrar a boca do amigo. Iria beijá-lo sem sentido, tocá-lo sem sentido, senti-lo... até que o rapaz protestasse. Precisava minimizar os danos da necessidade.




(continua)




 


N/a: Desculpem a demora e os erros. O capítulo simplesmente não fluía. E ainda não está exatamente do jeito que queria...

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Comentários (7)

  • Suelen Granger

    como sempre ta ótima..continua

    2012-12-26
  • Priscylla R

    kkkkkk' Hermione safadinha, atacando o Harry desse jeito, não que sejá uma coisa que dê pra resistir, afinal ele é o Harry, kkkkkkk' Quero ver onde isso vai dar.

    2012-11-13
  • Coveiro

    Reação bem infantil essa do Rony. Mione é a ex-namorada dele. Nada a ver tirar satisfação.Ri bastante com o Harry inconformado com o que ha nos livros sobre a maldição. Espero que ele convença mesmo a Mione a escrever um livro contando a verdade sobre o Miosótis.Mione agarrando o Harry na cozinha? Uou, essa não da pra acreditar. Ela com certeza ta possuida. Espero pra ver a reação dos elfos e dos outros habitantes do castelo ao saberem que o jantar atrasou por conta dos amassos dos morenos. Se é que vai parar por ai.Posta mais logo...

    2012-11-12
  • Undiscovered

    eu quero muito ver a reacao desses elfos hahaha

    2012-11-12
  • Isis Brito

    MERLIN!!Hermione está agarrando o Harry nas cozinhas!!! \o/\o/\o/Ok, assustador, mas lindo, rsrs. Mas foi como ela mesma disse, melhor reformular as desculpas em outro momento!! Já estava mais do que na hora deles se beijarem!! Já estava com saudades de todo esse calor entre os dois... *--------------*Aaaahhh, eu não sei mais o que dizer sobre esses dois além de "FINALMENTE!!" e "tomara que dê tudo certo de uma vez! Eles não ainda não perceberam que se AMAM?"... ^^"E essa "conversa" com o Rony? Juro que não entendi o que ele foi fazer com o Harry? Tirar satisfação de algo que não tem mais nada a ver com ele? o.O Dar uma de garoto mimado e dizer "ela era minha namorada!"? --" Sei lá, não consigo entender esse ruivo, sério mesmo. =PE por fim...CONTINUA!! *-------------------------* 

    2012-11-12
  • rosana franco

    Ainda bem q eles não estão sozinhos,senão ela iria violentar o pobre garoto!KKKK

    2012-11-11
  • hellen granger

    UIIIIiate que enfim a hermione tomou alguma atitude!!!!!e q atitude.......Adorei....esperando o proximo....    e antes que me esqca odeio o rony.....  

    2012-11-11
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