Capítulo 10

Aclarações:

Itálico – 'esclarecimentos' de Harry. Pensamentos dele. POV's Harry. Ou ênfase em alguma palavra, ou frase.

Negrito – 'esclarecimentos' de Hermione. Pensamentos dela. POV's Hermione.

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Disclaimer: Harry Potter não me pertence, blablabla. Tudo é da J. K. Rowling e da Warner, whatever.

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Capítulo 10

De repente você pensa: oh Deus, não pode ficar pior. Mas então Deus prova que você é assim tão incrivelmente ingênuo. Porque, hei, pode piorar pra caramba.

Bem vindo ao meu mundo.

Cuidadosamente, ele depositou um pequeno beijo na comissura dos lábios dela; mesmo depois de tudo que havia acontecido, aquilo era... estranho e desconfortável. Talvez fossem as pessoas que apenas não conseguiam desviar os olhos deles; talvez fosse Hermione corando furiosamente enquanto retribuía o afago; talvez fosse o medo de estar passando dos limites pelos padrões da escola (ambos ergueram a vista para a mesa dos professores ansiosamente, Minerva lhes ofereceu um aceno mínimo, em aprovação, antes de voltar a atenção para seu café). Ou tudo isso junto.

A última semana havia sido um inferno completo. Com as detenções, os encontros diversos com o professor de poções (que havia adorado o castigo imposto pela diretora) e a descoberta da necessidade de estar junto todo tempo maldito.

Mesmo quando eu não podia suportar ver Harry à minha frente, eu precisava saber que ele estava lá ainda assim (eu sei que não faz sentido). As aulas que tínhamos em separado eram dolorosas e às vezes eu tinha essas imagens perturbadoras de Harry tocando outras garotas – o que, até agora, resultaram em inúmeros momentos constrangedores, altas doses de auto-piedade, ódio para com o mundo e sarcasmos; uma enxurrada de sarcasmo.

Ironicamente "demonstrações públicas de afeto" são pré-requisito para nosso novo status na tradição. Ainda assim, nós não podemos nos exceder porque, você sabe, íamos entrar em detenção. Outra vez (não que quiséssemos ser mais "afetivos" frente a todas aquelas pessoas. Ou há qualquer momento – Hermione ainda está irritada comigo porque eu sou um grande idiota).

Nós precisamos nos tocar de alguma forma (segundo o livro sobre a tradição / maldição / o que quer que seja). Qualquer forma. Ou melhor: qualquer forma que não comprometa (mais) nossa reputação de alunos modelos de Hogwarts, nem nos leve à sala de detenção por atentado violento ao pudor (regras impostas pela diretora). Parece fácil, não é?

-x- Miosótis -x-

Distraidamente, Hermione retirou as mexas rebeldes da testa do amigo, jogando seu cabelo para trás e deixando à mostra sua cicatriz. Ela, então, deslizou o indicador nela e perpassou o polegar por sua bochecha e maxilar.

-Desculpe – murmurou suavemente, recolhendo sua mão e, tentando se concentrar, desviou o olhar mais uma vez para baixo; de onde não deveriam ter saído até que terminasse as trinta páginas que se propora a ler, em seu livro de aritmancia.

Era uma distração ter Harry à minha frente: mais vezes do que eu gostaria, meus olhos percorriam seu rosto. Isto quando não o tocava. Francamente.

Ofeguei ao sentir sua mão deslizando por meu braço numa carícia, imediatamente ergui a vista para observar Harry sorrindo. Ele se moveu para frente, sobre a mesa, apertando um pequeno beijo em minha testa.

-É difícil para mim também. Me concentrar, digo. Eu... – Harry suspirou, sorrindo sem jeito por não encontrar as palavras certas. Deu de ombros. - É estranho.

O problema é que quando estamos juntos somos compelidos ao "tocar". Não era uma opção. De repente, eu precisava segurar sua mão ou beijar seu rosto ou mexer em seus cachos. Ou empurrá-la num desses vãos dos corredores e... Não vá lá, Potter. Apenas... Não.

Harry franziu o cenho.

Sendo sincero, eu não tinha noção de quantos lugares obscuros Hogwarts tinha até essa maldição / o que quer que seja. Porque, de repente, há todo momento que tenho Hermione ao meu lado, parece que há um ao alcance. Quase como se minha mente sinalizasse todos esses lugares com plaquinhas de setas brilhantes.

–Isso não vai dar certo – o moreno murmurou em desagrado.

Sem aviso, Harry foi para o lado dela e tomou sua mão, Hermione observou por um instante e percebeu que sua compulsão por olhá-lo havia diminuído exponencialmente agora que tinha seu toque. Isso lhe permitiria ler de maneira adequada seu pequeno texto.

Suspirando contente, a morena mergulhou em sua leitura apertando a mão de Harry na sua.

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(Continua)

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N/A: Capítulo curtinho...

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