Recomeço



A recuperação de Harry deixou médicos e alguns funcionários do hospital surpresos. Ninguém imaginava que uma pessoa com poucas probabilidades de se recuperar ou até mesmo de sobreviver poderia estar tão bem uma semana após sair do coma. E provas de sua recuperação eram demonstradas no dia a dia, quando ele não perdia uma oportunidade de fazer piadas com um parente ou amigo que fossem lhe visitar, funcionários do hospital e até mesmo a própria namorada.

Sua respiração retomava o ritmo aos poucos, embora seu pai e alguns médicos recomendassem para que evitasse esforços físicos e emocionais por algum tempo para que não comprometessem o seu processo de recuperação. Mesmo assim ele usara tal justificativa para fazer uma piada, deixando Hermione extremamente ruborizada e recebendo uma bronca dela assim que ficaram sozinhos.

No entanto ela apreciava as piadas do namorado, por mais inapropriadas e exageradas que fossem. Só pelo fato de Harry ter lutado e agora estar bem, não correndo mais risco de vida, a fazia rir por mais que a piada fosse até mesmo sem graça.

- Sabe quando vai receber alta? Precisamos marcar a data da formatura. - Rony comentou, sentando-se na cama ao lado do amigo.

- Meu pai disse que, provavelmente, recebo alta amanhã no final do dia. Mas ainda tem o lance do repouso. - Harry revirou os olhos, repousando sua cabeça no travesseiro após Hermione ajeitá-lo. - O que leva a crer que alta definitiva eu só terei em alguns dias. Três ou quatro no máximo.

- Seu pai está certo, Harry. Todo cuidado é pouco nesse momento. - Kimberly disse. Assim como os demais amigos, estava presente no quarto onde ele se recuperava. - Ainda mais depois de tudo que você passou.

- E Kimberly e eu queremos você no aeroporto daqui alguns dias pra se despedir de nós. - Jim disse, abraçando a esposa de lado. - E nada de nos dar outro susto como esse novamente.

- Se ele já era mimado antes imagine agora. - Ryan comentou, observando Hermione ajeitar o cobertor do namorado. Todos riram com o comentário e aquela cena.

- Bom, vamos deixá-los sozinhos. - Hilarie trocou um sorriso com a amiga, puxando o namorado pela mão em direção a porta. Os demais a seguira. - Imagino que vocês tenham assunto para colocar em dia, já que não tiveram ainda uma oportunidade de conversarem.

- Juízo, crianças. Vocês estão em um hospital. - Rachel os alertou marota, fechando a porta ao passar e deixando o casal rindo sozinhos.

Hermione sentou-se ao lado do moreno, respirando fundo. De fato nunca ficara sozinha com ele desde que Harry acordara, pois ele sempre recebia visitas ou estava descansando. Entretanto, naquele momento não sabia o que dizer. Embora ensaiara durante semanas o que iria dizer quando ele estivesse ali, olhando-a daquela forma. Tudo simplesmente fugiu de sua mente. Queria dizer qualquer coisa, mas não sabia o que dizer.

Tinha receio de assustá-lo. Sabia que Harry a amava e que iria compreender o que quer que fosse dizer. Mas foram tantos dias com ele desacordado e foram tantos os momentos de angústia e sofrimento que não sabia o que se passava na mente dele. Evitou durante esse período tocar no assunto sobre a noite do baile, sabendo que mais cedo ou mais tarde ele viria à tona de qualquer forma.

Surpreendeu-se quando ele levou uma mão ao seu queixo, erguendo seu olhar. Hermione fitou os olhos verdes, que continham aquele mesmo brilho apaixonado quando a olhava. A morena suspirou, lembrando-se do quanto o toque dele em sua pele e o olhar apaixonado lhe fizera falta. Sentiu falta de Harry por completo durante todo esse tempo. E sem que pudesse evitar, uma lágrima percorreu sua face, fazendo-a perceber que realmente sua vida não teria sentido sem ele.

Os dedos de Harry secaram a lágrima, acariciando lentamente a face de Hermione. Ela queria abraçá-lo, chorar todo o seu sofrimento nos braços dele e dizer o quanto o amava e que não poderia viver sem ele. Mas fora obrigada a engolir aquilo. Por mais que se amassem, não queria fazer papel de tola.

- Por que? - foi a única coisa que Hermione conseguiu dizer naquele momento.

Eram poucas palavras, mas fora o suficiente para fazê-lo entender do que ela se referia. Ela queria saber porque ele entrou naquele colégio na noite do baile para salvá-la e porque entrou em sua frente para receber o tiro em seu lugar.

- Eu sei que se eu disser que te amo não será resposta suficiente. - ele suspirou. - Mas é o principal motivo que me fez entrar no colégio naquela noite. E a maior razão por eu ter entrado na sua frente naquele momento. Não podia deixar você se ferir, Mione. - deslizou sua mão pelo rosto molhado de lágrimas da namorada. - Você é frágil e delicada demais para suportar tamanha dor, porque o que eu senti não desejaria pra ninguém. É uma dor insuportável, agonizante. E se eu deixasse que acontecesse algo pior, jamais me perdoaria. Porque eu sabia que poderia ter acontecido, mas não fiz nada para impedir. Eu precisava fazer alguma coisa.

- Mas eu quase te perdi. - fechou os olhos, sentindo a carícia dele em sua pele. - O que eu sofri durante todos esses dias também foi uma dor insuportável e agonizante. Não deveria ter se sacrificado por mim...

- Shiu. - Harry murmurou, tocando os lábios de Hermione com a ponta dos dedos. - Eu faria tudo denovo se fosse preciso, Hermione. Sempre cuidei de você, desde quando eramos crianças. E agora que estamos namorando e que eu descobri que te amo, faria tudo sem pensar duas vezes.

- Se eu tivesse levado aquele tiro seria diferente. - Hermione começou um choro que estivera preso dentro de si durante todos esses dias. - Eu teria lutado assim como você para voltar e não te deixar sozinho. Ia dar tudo certo. Só queria sofrer no seu lugar e...

- Não diz isso, Mione. - ele a abraçou, permitindo que ela chorasse em seu peito. Seus dedos acariciaram os cabelos castanhos. - Eu jamais iria permitir que isso acontecesse com você. Tudo isso já passou. Eu estou bem e aqui, com você. - levantou o rosto dela, secando as lágrimas. Colou suas testas, fitando os olhos castanhos e sorrindo. - Eu voltei pra você, meu amor.

Hermione sorriu. Por mais que ainda estivesse reprimida por seus pensamentos, não pode deixar de se emocionar com as palavras que ele dissera. Desta vez algumas lágrimas de felicidade brotaram de seus olhos. Ansiou por dias, horas e minutos o momento em que Harry diria aquelas palavras. E ele finalmente dissera o que ela mais queria ouvir.

O moreno sentia a respiração quente e cálida dela contra seus lábios. Há dias não sentia aquela sensação maravilhosa e indescritível que era beijar Hermione. E a vontade, assim como a paixão, falou mais alto naquele momento. Seus olhos recaíram sobre os lábios femininos e entreabertos, convidativos para mais um beijo carinhoso que só encontrava com Hermione. Fechou seus olhos, aproximando-se lentamente. No entanto, ela ofegou, recuando.

- Harry... - Hermione murmurou. Queria aquele beijo tanto quanto ele, mas tinha receio. Ele ainda se recuperava. - Não podemos...

- Podemos sim, Hermione. - sussurrou, contornando os lábios dela com o polegar. Sorriu ao vê-la fechar os olhos outra vez, suspirando, entregando-se à ele. - Eu preciso disso...

Aproximou-se outra vez e Hermione não protestou quando seus lábios cobriram aos dela em um movimento carinhoso. Ambos suspiraram ante ao contato e um beijo lento e apaixonado logo tivera ínicio. Não se recordavam do quanto aquele carinho fizera falta.

Hermione deslizou suas mãos nos ombros rijos do moreno, passando-as pelo pescoço até alcançarem a nuca, desgrenhando os cabelos lentamente. Ele a acariciava na face, conduzindo o beijo e o ritmo lento, porém ávido e ao mesmo tempo cálido. E ela não pudera controlar um gemido baixo ao senti-lo tão entregue e apaixonado com aquele gesto, assim como ela.

Harry cessou o beijo segundos depois, ofegante e respirando fundo. A morena abriu os olhos lentamente, ainda apreciando o gosto incrível dele em seus lábios. No entanto, ao fitá-lo ficou preocupada.

- Harry, o que aconteceu?

- Esqueci de controlar minha respiração. - murmurou rindo na medida em que ainda tentava recuperar o ar. - Só espero que beijos não estejam fora da lista no meu processo de recuperação.

- Você é um bobo. - Hermione riu, beliscando-o de leve no abdômen. Ele murmurou algo, recostando-se na cama e trazendo-a para perto, deitando a cabeça em seu peito. - Tem certeza de que está bem?

- Eu estou ótimo, Mione. - tranquilizou-a, beijando a testa da morena. - Não se preocupe.

Hermione assentiu, fechando os olhos e ouvindo as batidas do coração de Harry, que recuperava o ritmo aos poucos. A respiração estava como antes do incidente, estabilizada. Sabia que seria questão de tempo para que ele se recuperasse totalmente. E então iriam recomeçar tudo, desta vez em outro lugar. Era o que Harry precisava. De um novo lugar para esquecer dos últimos acontecimentos. Hermione também precisava disso.


 


*********


 


O retorno para casa tinha sido exatamente como Harry imaginou. Os mimos e cuidados foram redobrados não apenas pela mãe, mas também pela namorada. Qualquer tentativa de esforço que tinha a intenção de fazer, era impedido de imediato. Não podia negar que aquilo era agradável. Mas também sentia-se impotente por não poder fazer nada. Mesmo que estivesse em estado de recuperação.

Fora obrigado a passar o dia na cama, como se não bastasse todas as semanas que passou deitado desde que acordara. E o único alívio que tinha era a presença da namorada ao seu lado, constantemente.

Hermione era a única que sabia lidar com a teimosia demonstrada por Harry uma hora ou outra. Diferentemente de Lily, tinha mais paciência para controlá-lo. E o moreno não se atreveu em desobedecê-la uma única vez. Sabia como Hermione era furiosa e a última coisa que queria era uma demonstração para cima de si.

Com o clima amenizado, aproveitou o resto da tarde para assistir um filme qualquer ao lado da namorada. No entanto, a única que o assistia era a morena. Harry uma vez ou outra cochilava, devido ao cansaço que ainda sentia e as doses de remédios diárias que recebia. Mas o conforto da cama e a sensação de ter Hermione em seus braços era algo de extrema necessidade para a sua recuperação.

- Harry? - ergueu sua cabeça para olhá-lo, sorrindo ao vê-lo abrir os olhos lentamente. - Acho melhor ir pra casa. Você precisa descansar...

- Não. - ele bocejou, correspondendo ao mesmo sorriso em seguida. - Se eu descansar mais um pouco vou ficar louco, Mione. Já estou descansado o suficiente.

- Tem certeza? - perguntou receosa, vendo-o assentir. - Você vai enjoar de mim desse jeito.

- Ah eu não vou não. - murmurou em tom manhoso, fazendo-a rir. Aninhou Hermione mais em seus braços e a morena suspirou, evitando tocar ou forçar no local em que Harry recebeu o tiro. - É impossível enjoar de uma enfermeira tão doce e carinhosa como você. Um pouco mandona às vezes... - riram juntos. - Mas adoro os seus cuidados.

- Acho que eu estou te deixando muito mimado. - Hermione comentou, sorrindo enquanto ele afagava seus cabelos.

- E você não tem idéia do quanto eu estou adorando isso. - a beijou carinhosamente na testa.

Ela fechou os olhos por um momento, entregando-se às sensações maravilhosas que era em estar nos braços de Harry. E só de imaginar que correu o risco em não sentir aquela sensação novamente, seu coração se comprimiu em seu peito. Mesmo que Harry estivesse vivo, bem e se recuperando ao seu lado, era inevitável não pensar no lado ruim de tudo o que aconteceu. Sempre surpreendia-se por tal pensamento. Até mesmo se repreendia por isso, mas não podia esquecer a sensação e o sofrimento em que passou por quase perdê-lo.

- No que ta pensando? - o namorado indagou em um tom de voz baixo e rouco, acordando-a de seus pensamentos.

Hermione respirou fundo, cogitando a idéia de que deveria se abrir ou não com ele sobre os seus pensamentos. Principalmente sobre os seus medos. Mas sentiu que tinha de fazê-lo. Precisava desabafar com alguém, mesmo que esse fosse Harry o mais prejudicado em todos esses acontecimentos.

- No quanto eu fiquei desesperada em imaginar que poderia te perder. - disse em um suspiro, escondendo seu rosto entre o ombro e pescoço do moreno. - Nunca pensei que fosse ficar assim antes. - Hermione sentou na cama, olhando-o. - Eu sei que disse para não pensar mais nisso tudo. Mas é impossível, porque foi tudo recente. E mesmo que você esteja bem, ainda tenho medo de te perder.

Harry a olhou, respirando fundo. Podia entender o que Hermione sentia, pois foi exatamente aquilo que sentira com o pesadelo que teve. Quando a viu morta. Permaneceu em silêncio por algum tempo, pensando em algumas palavras de conforto que pudesse dizer. Queria mais do que qualquer coisa remover todo aquele sofrimento que Hermione tinha dentro de si no momento. Mas sabia que apenas o tempo curaria tudo.

Devagar, sentou-se na cama também. Levou suas mãos ao rosto delicado da namorada, acariciando-o enquanto a olhava dentro dos olhos.

- Então vamos começar denovo. Eu nasci outra vez, Mione. Principalmente depois de tudo que passei esse ano. - disse, secando uma lágrima teimosa do rosto feminino. - Eu sei que é difícil, mas vamos esquecer tudo de ruim que aconteceu. Estou tento uma nova chance e eu quero aproveitá-la. Do seu lado.

Hermione sorriu, deixando as lágrimas de lado. Harry tinha razão. A vida lhe dera uma nova oportunidade e não fazia sentido ficar sofrendo por algo triste, mas que já fazia parte do passado. Começariam tudo outra vez. Principalmente em outro lugar, já que as cartas sobre a aceitação em Orsbrom chegariam daqui à alguns dias. E a morena estava muito confiante quanto à isso. Tinha certeza de que não apenas ela, mas todos os seus amigos tiveram uma boa aprovação na melhor universidade da Europa.

Harry correspondera ao mesmo sorriso intenso que a namorada lhe oferecia. Por um momento esquecera do quão doce e lindo aquele sorriso era no rosto de Hermione. E o fato de poder vê-lo novamente, inclusive o fato de provocar tal efeito nela, o fizera suspirar.

- Eu te amo, Mione. - murmurou, acarinhando-a na face.

- Céus, como senti saudades de ouvir isso. - o sorriso em seus lábios aumentara na medida em que seus dedos adentravam pelos fios de cabelo negros do namorado. - Eu também te amo, Harry. - sussurrou, beijando-o levemente. Ele gemera em protesto, assim que Hermione recuara e não aprofundara o carinho. - Mas vamos com calma. Você está se recuperando.

Ele assentiu, soltando um muxoxo. Desejava que sua recuperação fosse rápida, pois estava sofrendo com aquela falta de carinhos com a namorada.


****


 


Seu coração apertava cada vez mais em seu peito na medida em que se aproximava da casa. A tristeza era visível nos olhos castanhos, assim como nas expressões de seu rosto. Era difícil de acreditar que depois de tanto tempo, via-se obrigado em fazer isso. E o que era pior. Sem nenhum motivo aparente. Apenas o faria e nada mais além disso.

Não poderia dizer à ela os verdadeiros motivos. Ela não permitiria que isso acontecesse. Sabia que a magoaria outra vez, pois ela já fora magoada antes por alguém. Sentia-se a pior pessoa do mundo por fazer isso. Mas era necessário. Quem sabe, um dia, poderia lhe dizer toda a verdade e ela entenderia suas razões?

Tocou a campainha, respirando fundo e desejando que aquilo fosse fácil. Inútil. Sabia que não seria fácil, nem para ele. Sofreria tanto quanto ela com tudo isso. Afinal, a amava. E tivera certeza de tal sentimento assim que a morena abriu a porta, lhe oferecendo um doce sorriso. Sorriso este que ele despertara em si com o passar do tempo.

- Oi, namorado. - Hilarie disse manhosa ao se aproximar. Ryan abaixou seu olhar. Dóia saber que agora ela não o chamaria assim. E doera ainda mais quando ela o tocara, beijando-lhe na boca.

- Eu preciso falar com você. - ele disse sério, recuando um passo.

Precisava ser firme e persistente em sua decisão. Prometera que ia fazer isso, que não iria vacilar. E assim o faria. Por mais que o machucasse, a convenceria de que não tinham mais como continuarem.

- Uau. Atitude inesperada. Nunca te vi tão sério assim antes. - Hilarie murmurou, sentindo seu coração bater mais rápido. Algo a alertava sobre uma possível decepção, mas ela não queria acreditar nisso. - Está me assustando. - riu-se, nervosa.

- Eu... Eu quero terminar o nosso namoro, Hilarie. - Ryan disse, sem rodeios. Sabia que quanto mais persistisse em demoras, mais difícil seria fazer aquilo.

A morena em sua frente o olhou, surpresa. Por um segundo seu coração parou. E mesmo que as palavras dele tenham sido claras, não queria acreditar no que acabara de ouvir. Não depois de todos esses meses, de tudo que viveram e compartilharam juntos. Principalmente do amor que construiram juntos. Pois se ela própria julgara ser impossível ter esse sentimento, até Ryan aparecer e mudar tudo.

- Está brincando, não é? - indagou, forçando um sorriso por entre seus olhos castanhos esverdeados que marejavam. - Porque se for brincadeira não tem a menor graça...

- Não estou brincando, Hilarie. - Ryan meneou a cabeça, sentindo seu coração se comprimir cada vez mais com os olhos cobertos de lágrimas da morena. Eram raras as vezes em que a vira chorar. E quando isso acontecia, algo a tocara profundamente. - Eu quero terminar o nosso namoro.

Hilarie mordeu o próprio lábio, reprimindo o choro. A sensação de que fora enganada outra vez viera em sua garganta e a atingiu como uma faca. Não esperava aquela reação, tão pouco repentinamente

- Será que... - ela gaguejou, ainda não querendo acreditar no que ouvira. - Será que eu posso ao menos saber o porque?

- Porque eu não te amo mais da forma que pensava que amava. - Ryan mentiu, sentindo a dor daquelas palavras. E machucaram mais em Hilarie por ouvi-las.

A morena ergueu o queixo, secando uma lágrima antes que ela rolasse por completo de sua face. Algo lhe dizia para não investir em um relacionamento com Ryan. Porém, ele a fizera mudar de idéia. As consequências de seu ato vieram agora, pois estava sofrendo novamente. E todo o amor que sentia por ele, transformara-se em raiva e repulsa.

- Tudo bem. Se você quer terminar, vamos terminar. - Hilarie concordou. Não é do tipo de garota que faz drama por qualquer coisa. Muito menos por sete meses de namoro jogados fora.

- Hilarie, espera. - Ryan a segurou pelo braço assim que ela fizera menção de entrar em casa. - Deixe-me ao menos explicar...

- Explicar o quê se você já disse tudo? - indagou, se soltando bruscamente. - Você não me ama. Eu entendi. Nosso namoro não passou de uma aventura para você. Eu não passei de uma aventura pra você.

- Não é verdade. Eu te amo... Amava. - corrigiu-se a tempo de não colocar tudo a perder. - Mas eu não posso continuar com isso. Você tem que entender.

- Eu entendo, Coen. - sibilou entre dentes, assustando-o por chamá-lo pelo sobrenome. - Você não me ama. Chega. Já compreendi. Vai embora.

- Me escute...

- Vai embora, Ryan. - Hilarie gritou, ofegante e ao mesmo tempo furiosa.

Ryan apenas assentiu em silêncio. Hilarie tinha todo o direito de tratá-lo assim. Terminava um namoro sem motivos, porque até ontem ele dizia com clareza que a amava. E sabia que ela não compreendia tudo isso. Mas não poderia dizer a verdade.

Hilarie entrou em casa, batendo a porta com força. Encostou-se nesta e, sem poder controlar, as lágrimas vieram em seus olhos. Logo dera inicio a um choro sofrido e dolorido. Não imaginava que teria seu coração partido novamente. Muito menos por Ryan. E agora o tinha.


 


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N/A:  Desculpem a demora para o fim do capítulo, gente.


Mas se tem alguns leitores aqui que acompanham minhas fic's com a Jessy sabem que eu estou muito ocupada ultimamente.


A pessoinha aqui abandonou o curso de Direito pra prestar vestibular de novo. E vocês imaginam como é a correria de cursinho pra vestibular, não é? To me matando.


Mas enfim, com essa cena fechamos o capítulo.


O próximo capítulo é o penúltimo da fic. Está acabando *chorando*


Não tenho idéia de quando vou postar ele. Mas tentarei ser breve, o.k?




*BYE*


                                                   04/09/2010

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