Sonhos perdidos



- A gente podia ir olhar os vestidos de noiva e escolher o seu já Kil. – Sugeriu Rachel, que estava com seu braço entrelaçado ao de Kimberly, que estava entre ela e Hilarie.


 


- Não quero fazer isso agora. Falta a Mione com a gente. – Disse Kimberly após um suspiro, precisava da amiga naquele momento. – Liguei no celular dela ontem de noite, mas ela não atendeu. To começando a ficar preocupada já.


 


- Ainda bem que ela não atendeu. – Comentou Hilarie fazendo com que as amigas parassem e a olhassem assustadas. A morena riu. – Meninas a Mione ta ótima. E depois de ontem com certeza ela deve ta melhor ainda.


 


- Hilarie o que você quer dizer com isso? – Perguntou Kimberly confusa, assim como Rachel.


 


- Hermione e Harry sozinhos na França. Minha querida se a Hermione não aproveitasse essa seria idiota. – Hilarie soltou um longo suspiro, sorrindo. – Só o fato de estar na França. Ao lado do Harry, que é todo lindo e... com aquela pegada e...


 


- Nem me fale. – Murmurou Rachel fingindo se abanar.


 


- Hey. – Kimberly olhou para as amigas franzindo o cenho. – Vocês estão falando do Harry Potter, namorado da nossa amiga Hermione Granger.


 


- Ela não está aqui. Nem ele. – Disse Hilarie rindo e olhando em sua volta. – E você não vai contar não é?


 


- Vocês duas são loucas viu. – Kimberly balançou a cabeça, retomando seu caminho. Rachel e Hilarie a seguiram entre risadas.


 


*********


 


Respirou fundo ao sentir o sol que entrava pela janela entreaberta acariciar seu rosto. Ainda sentia-se cansada e sonolenta, mas queria acordar para assim vê-lo. Porém, ao abrir os olhos e olhar para o seu lado na cama, ele não estava ali.


 


Franziu o cenho confusa, perguntando-se onde ele poderia ter ido tão cedo. Sentou-se na cama e flashes da noite anterior surgiram em sua mente, fazendo-a sorrir. Soltou um longo suspiro, aumentando seu sorriso, à partir daquela noite sentia-se mais amada e apaixonada do que nunca.


 


Levantou-se da cama, enrolando o lençol que lhe cobria em seu corpo. Deixou metade de suas costas nuas. Caminhou até a sacada do quarto, olhando para a cidade. Uma leve brisa tocou seu corpo e a fez estremecer, não estava frio, mas o clima estava fresco.


 


Abriu a porta com cuidado para que esta não fizesse barulho e acabasse acordando-a. Entrou lentamente, colocando as sacolas na mesa e voltando para porta a fim de fechá-la. Lançou um rápido olhar para a cama, porém só notou que ela estava vazia assim que fechou a porta. Seu olhar percorreu o quarto afim de encontrá-la.


 


Quando a encontrou sorriu aliviado. Aproximou-se lentamente, observando parte das costas dela nua e o seu corpo enrolado ao lençol. Uma brisa tocou os cabelos dela, fazendo-o suspirar. Como ela podia ser tão linda de uma forma doce e angelical? A abraçou por trás, notando ela dar um pequeno pulo de susto, fazendo-o sorrir. Ele a beijou no pescoço, deixando-a arrepiada:


 


- Onde estava? – Perguntou deitando sua cabeça no ombro dele.


 


- Precisei dar uma saída. – Respondeu o moreno respirando fundo no pescoço dela, sentindo-a estremecer. Hermione estava mais vunerável ao seu toque. – Como eu senti falta do seu cheiro, de te tocar e te beijar.


 


Hermione sorriu, virando-se de frente para ele. Seu rosto levemente corado pelo que ele dissera. Suas mãos acariciaram a face dele. Seus lábios roçaram aos dele, e teve a impressão de que quando fazia isso Harry ansiava cada vez mais por seu beijo. Porém, ele se afastou, sorrindo:


 


- Tenho uma coisa pra você.


Ela o olhou confusa enquanto a mão dele segurava a sua e a guiava até o quarto. Sentou-se na cama, ainda segurando o lençol que enrolava seu corpo. Harry se aproximou, sentando-se ao lado dela e lhe entregando uma caixa de tamanho médio:


 


- Abre.


 


Hermione não esperou que ele dissesse novamente e a abriu. Retirou uma caixinha branca decorada com algumas flores. Ela então a abriu e uma música lenta e suave começara a tocar e uma pequena bailarina dançava. Era uma caixinha de música, onde poderia guardar algo que lhe era valioso. Ela o olhou sorrindo:


 


- É linda.


 


- Imaginei que fosse gostar. Por isso eu trouxe pra você. – Disse Harry acariciando-lhe a face. – Eu sei que vamos nos mudar pra cá ano que vem, mas é uma forma de você se lembrar desse fim de semana.


 


- Eu jamais poderia esquecer esse fim de semana. – Suspirou Hermione olhando-o nos olhos. – Quando você me disse que seria especial eu não tinha idéia de que realmente seria tão especial. Eu me senti amada, de uma maneira que nenhum conseguira me fazer sentir. Apenas você.


 


- Era dessa forma que eu queria que você se sentisse Mione, amada. – Harry sorriu. – Porque é isso que eu sinto por você. Eu amo você.


 


Hermione sorriu, beijando-o levemente. As mãos deslizando por entre os cabelos dele, dando alguns leves puxões. Não demoraram muito naquele beijo:


 


- O que quer fazer hoje? – Perguntou Harry olhando-a levantar.


 


- Podiamos sair. – Ela o olhou com um sorriso maroto nos lábios que chamara a atenção dele. – Por acaso já tomou banho hoje?


 


Harry abrira a boca para responder, mas as palavras não sairam quando viu ela tirar o lençol, revelando seu corpo nu. Hermione piscou para ele discretamente, seguindo para o banheiro. Ele levantou-se, tirando sua camisa e indo para o banheiro.


 


*********


 


- Estou faminta. – Comentou Hilarie com sua cabeça deitada no colo de Ryan. O garoto a olhou incrêdula.


 


- Hil’s você almoçou à duas horas atrás.


 


- E nós transamos à meia hora atrás. – Revidou a morena mordendo o lábio inferior após analisar o toráx nu do namorado, que vestia apenas a calça jeans. – Usei todas as minhas energias ficando em cima de você.


 


- Como você é desbocada. – Disse Ryan rindo e balançando a cabeça.


 


- Impressão sua querido.


 


Hilarie se levantou, caminhando até a cozinha. O namorado a observou durante o trajeto, passando a mão entre os cabelos. Ela ficava incrivelmente sexy vestindo sua camiseta azul. Ouviu o som da campainha e olhou a sua volta, procurando por sua camiseta. Foi então que se lembrou que ela cobria outro corpo. Levantou-se e caminhou até a porta. Teria que abri-la assim mesmo.


 


Quando abriu a porta, deparou-se com uma loira elegante e com a aparência modelada por várias plásticas admirá-lo boquiaberta. O olhar dela começou nos olhos verdes do moreno, descendo pelo toráx, abdomêm definido e fazendo uma expressão de desgosto quando notou que ele vestia uma calça jeans:


 


- Namorado quem é? – Perguntou Hilarie voltando para a sala, parando atrás de Ryan.


 


Assim que vira a loira parada do lado de fora, a água que acabara de colocar na boca fora cuspida nas costas de Ryan, que deu um pulo ao senti-la em suas costas. Ele se virou, olhando-a chateado e confuso:


 


- Me desculpa. – Hilarie o olhou com dó. Seu olhar seguiu para a mulher novamente. – Mãe? O que faz aqui?


 


- Aan... Eu... – A mulher tinha certa dificuldade em responder já que ainda observava Ryan, que agora estava com as costas molhadas viradas para ela, deixando a filha irritada. – Eu preciso falar com você.


 


- Namorado vai se secar vai. – Disse Hilarie o beijando levemente. Ele assentiu e subiu as escadas. – O que você quer mãe?


 


- Esse é o seu namorado que me disse? – Perguntou a mulher entrando e analisando a casa com uma certa expressão de nojo por um lugar tão pequeno. – É um gato.


 


- Pensei que tivesse voltado para Los Angeles. – Retrucou Hilarie revirando os olhos e fechando a porta.


 


- Filha eu te suplíco. Volte para Los Angeles comigo. – Disse a loira desesperada, segurando as mãos de Hilarie entre as suas. A morena a olhou surpresa. – Eu sinto sua falta. Você é a minha filha. Não merece viver nessas condições.


 


Hilarie engoliu em seco, dando um passo pra trás e soltando suas mãos das dela. Seu olhar era de revolta e decepção. Algumas lágrimas formaram em seus olhos, mas não iria chorar:


 


- Devia ter pensado nisso antes de me abandonar não acha? – Falou em um tom ríspido e seco. – Devia ter pensado duas vezes antes de deixar que o dinheiro e a ganância falasse mais alto à ponto de pedir o divórcio ao meu pai e me deixar aqui. – Hilarie se aproximou lentamente. – Eu cresci sem você mãe. Por que eu precisaria de você agora? Eu vivi tão bem sem você.


 


- Hilarie eu cometi um erro.


 


- E você já o reparou. – Bradou caminhando até a porta e abrino-a. – Teve outra filha não teve? Ou a Tifany não é suficiente para preencher os momentos de solidão que você mesma escolheu?


 


- Você é a minha primeira filha. Não trocaria você por nada. – A mulher a olhou com lágrimas na face. Hilarie sentia-se surpresa por dentro, nunca a vira chorar. Mas não demonstraria fraqueza na frente dela. Tinha seu orgulho e não ia engoli-lo facilmente.


 


- VOCÊ JÁ ME TROCOU KATHERINE! – Gritou a morena furiosa, fazendo Ryan parar no meio dos degraus da escada. – Não se preocupe, você vai me esquecer. É só olhar para o seu cartão de crédito ou a roupa de perua que veste.


 


- Hilarie... – A mulher tentou novamente, dizendo o nome da filha carinhosamente.


 


- Sai daqui mãe. Você não tem direito de me procurar e fazer essa proposta. – Olhou para a mulher que caminhava até a porta. – Sou independente desde o momento em que você me deixou. Não preciso de você.


 


Katherine saiu cabisbaixa e entre lágrimas. Hilarie não esperou duas vezes e fechou a porta em seguida, encostando-se nesta. Passou as mãos no rosto, respirando fundo. Sentiu-se mais calma quando Ryan se aproximou e a envolveu em um abraço calmo e caloroso. Esperou por um momento até que ela se acalmasse:


 


- Ela é minha mãe. – Disse Hilarie com uma risada sarcástica antes que ele lhe fizesse aquela pergunta. Ryan a olhava com atenção, sentando-se ao sofá ao lado dela. – Tinha um caso com o melhor amigo e sócio do meu pai. E então, quando eu nasci, ela pediu o divórcio. Como se não bastasse, levou consigo metade da parte em que meu pai tinha direito na empresa com o amigo e se mudou pra Los Angeles. Lá eles se casaram, começaram de novo. Tenho uma irmã mais nova. O nome dela é Tifany.


 


Ryan permaneceu calado, apenas a olhando. Uma avalanche de sentimentos tomava conta dele. Finalmente entendera porque Hilarie agia daquele jeito. Ela era brava, independente e mesquinha. Sentimentos acumulados em uma pessoa que sofrera a vida toda pela ausência da mãe:


 


- Entende agora porque odeio peruas? – Hilarie respirou fundo, engolindo em seus olhos as lágrimas. – Não dão valor à quem podem machucar para conseguirem o que querem. Passa por cima de quem esttiver na sua frente sem piedade. Eu me esforcei ao máximo pra não ser como ela.


 


- Você não é como ela. – Disse Ryan acariciando-lhe a face.


 


- Você acha? – Disparou em tom irônico, levantando-se e caminhando até a lareira. Olhou para uma foto quando ela tinha três anos. Ela sorria, mas a mulher loira atrás de si no momento se preocupava em ajeitar o cabelo. – Posso não passar por cima de ninguém. Mas quantas pessoas eu já magoei? Magoei minha amiga, a Mione, aquela vez. Tenho medo de pensar quem será a próxima vitíma.


 


- Hilarie. – Ryan se levantou e aproximou, tocou o ombro dela e a fez virar para olhá-lo. Ele colocou uma mecha de cabelo que estava no rosto dela. – Todos cometem erros e você cometeu os seus. Mas não tem que se torturar por isso. Você não é igual ela.


 


- Por que eu Ryan? – Perguntou ela em um sussurro, seu nariz próximo ao dele. – Por que se apaixonou por mim?


 


- Você é linda de uma maneira única. – Respondeu acariciando-lhe a face. – E de uma maneira encantadora. Até mesmo quando está furiosa. E por mais que essa casca de durona demonstre, por dentro você não consegue esconder seus sentimentos. E eu sei que está com vontade de chorar, mas não quer fazer isso porque eu pensaria que você é fraca. Você odeia ser chamada de fraca.


 


Hilarie riu, balançando a cabeça. Como Ryan conseguira fazê-la amá-lo daquela forma? Justo ela que nunca se rendera completamente à homem nenhum? Tratou logo de tirar aquelas perguntas de sua cabeça e o beijou. Era o melhor que poderia fazer naquele momento:


 


- Seu caipira. – Sussurrou entre o beijo, fazendo-o sorrir e empurrá-la até o sofá.


 


**********


 


Ele se encostou no parapeito de ferro, cruzando os braços e a observando. Por mais que ela odiasse altura, aquele lugar fez com que seu medo desaparecesse para poder aproveitar o momento. Esboçou um largo sorriso ao olhá-lo, notando ele lhe retribuir. Ela fez um gesti de que daria a volta por ali e ele apenas assentiu. A olhou se afastar. Sentiu uma brisa cortar seu rosto, fazendo-o colocar as mãos nos bolsos da calça. Fechou os olhor por um momento. Não pode evitar que aquele sonho que tivera à noite invadisse sua mente novamente com um forte golpe:


 


 


Virou-se, passando a mão entre os cabelos em um gesto de nervosismo. Encostou ambas as mãos na parede úmida e suja daquele pequeno lugar mal iluminado. As lágrimas silenciosas ainta teimavam em rolar por sua face, mesmo que estivesse furioso consigo mesmo por ser tão idiota.


 


Abaixou sua cabeça, na esperança de amenizar todo aquele sofrimento que sentia. Ela realmente não tinha que estar ali, não devia. Ouviu mais um soluço entre o choro desesperado dela. Aquilo lhe partia o coração. Ela estava sofrendo de novo, por sua causa. Não suportava mais aquilo:


 


- Harry. – A voz dela saiu fraca e rouca entre o choro desesperado. O garoto fechou os olhos com força. Aquela voz costumava ser doce e suave. – Não sabe o quanto eu sofro em te ver assim. Não faz isso com a gente meu amor. Não faz isso comigo.


 


- Hermione. – Ele disse impaciente, demonstrando raiva em sua voz. – Não vou dizer de novo. Sai daqui.


 


- Eu não quero ir droga. – Retrucou levantando seu tom de voz. Ele ouviu ela socar a parede. – Entenda de uma vez que eu não quero te deixar sozinho.


 


- MAS EU QUERO FICAR SOZINHO DIABOS. – Gritou inclinando sua cabeça para trás, furioso.


 


- Harry? – O moreno ouviu a voz do ruivo se aproximar. – Hermione? O que houve?


 


- Tire-a daqui Rony. – Rispidou Harry passando a mão em seu pescoço freneticamente. – Agora.


 


- Vamos Hermione. – Disse o ruivo com calma. Harry não precisou se virar para saber que o ruivo insistia sem sucesso em puxá-la para tirá-la dali.


 


- Você não é assim Harry. – Hermione começou em um tom baixo de voz. – Eu não sei o que disseram ou o que fizeram pra você ficar assim, mas eu tenho certeza de que eu vou conseguir meu Harry de volta. – A voz dela se equilibrava aos poucos, mas ele ainda podia ouvi-la chorar. – Aquele mesmo Harry que me amou tão carinhosamente naquele fim de semana na França. Eu vou te esperar até você voltar pra mim Harry.


 


Ele respirou fundo, mordendo o lábio inferior de leve na esperança de que amenizasse a dor que sentia naquele momento. Ouviu passos de Rony e Hermione se afastando. Finalmente se rendeu às lágrimas, virando-se e encostando na parede. Como pode ser tão cruel?


 


- Harry. – A morena diante de si o chamou pela quarta vez e o fez acordar daquela lembrança terrível. Ele sorriu ao encontrar aqueles olhos castanhos que o deixa em paz ao olhá-lo com tanta ternura. A mão dela acariciou-lhe a face sem pressa. – O que foi? No que tanto pensa?


 


- Mione. – Ele respirou fundo e a olhou fundo nos olhos, como se quisesse ver a alma da mulher que amava para lhe contar o que lhe atormentara durante todo o dia. – Preciso te falar uma coisa.


 


As mãos de Hermione desceram e pararam no pescoço dele. A última vez que ele lhe dissera algo tão sério, narrara que sonhara que tinha traido-a com Gina e que realmente houve essa tentativa, mas ele não cedeu.


 


Então, ali em cima da Torre Eiffel, Harry contara o sonho que teve naquela noite. A morena o olhava atenta e surpresa. Sentiu um solavanco frio em seu estomâgo e odiava aquilo. Mas disse a primeira coisa que passara por sua mente:


 


- Pode ter sido apenas um sonho como qualquer outro. – O viu balançar a cabeça negativamente.


 


- Eu sinto um pressentimento ruim cada vez que lembro desse sonho. – Harry forçou um sorriso no cantto dos lábios, triste. – Assim como aconteceu da última vez.


 


- Odeio esses sonhos que você tem. – Comentou Hernione em um sussurro, se afastando e apoiando seus cotovelos no parapeito de ferro da grande torre. Seu olhar se perdeu no horizonte, onde acontecia um lindo pôr do sol que encantava vários casais apaixonados na torre. Sentiu ele se aproximar e parar ao seu lado, fazendo o mesmo que ela. – Odeio essas premonições que você tem.


 


Harry respirou fundo, abrindo a boca para dizer algo, mas o barulho de uma forte trovoada o fez calar. Ouviram uma voz feminina dizendo algo em francês e notaram várias pessoas seguirem para as escadas ou o elevador.


 


A conversa das pessoas que estavam ali junto ao barulho da chuva não ajudava à colocar seus pensamentos em ordem. Viu Hermione lhe dizendo alguma coisa, mas ele não ouviu. Lutava para que sua mente não ficasse tão confusa quanto naquele momento. Então observou que ele e a namorada eram os únicos que não saíram:


 


- Me desculpa. – Disse Harry abrindo os braços e olhando-a.


 


Hermione se virou, sua expressão era confusa. Perguntava-se o que tinha acontecido para ele lhe pedir desculpas. Mas não se lembrava de nada de errado que ele fizera ou dissera durante o tempo todo que estavam juntos em Paris:


 


- Pelo quê? – Perguntou parando de frente à ele e o olhando nos olhos.


 


- Pelo que eu vou fazer com você, pela forma que eu vou te tratar se isso realmente acontecer como aconteceu no meu sonho. Eu não quero te magoar Mione e você sabe disso. Então me perdoa pelo que eu vou dizer ou fazer.


 


- Harry. – Hermione sorriu com carinho enquanto acariciava-lhe a face. – Foi apenas um sonho que não sabemos se realmente vai acontecer. E você não tem que me pedir desculpas por algo que nem sabe o que é. Mas pelo que você contou, quem teria que te pedir desculpas era eu, pois você não queria me ver. Era como se eu tivesse feito algo de errado e que tivesse te magoado.


 


- Não tem nada que você faria pra me magoar Mione. Eu senti que a culpa era minha e não sua. – Harry a abraçou. – Me perdoa.


 


- Ta tudo bem meu amor. – Sussurrou Hermione passando os dedos entre os cabelos do moreno. – Eu te perdoo.


 


- Obrigado. – Harry sorriu, sentindo-se alivíado, mas não o suficiente. Por que seu coração ainda estava apertado e insistindo em lhe dizer que algo de ruim ia acontecer?


 


Porém esqueceu tudo aquilo em questão de segundos, quanto sentiu as primeiras gotas da chuva cair sobre si e Hermione. A morena olhou para cima, sorrindo. Adorava a chuva. Harry acariciou-lhe a face, colocando uma mecha dela atrás da orelha. Ela o olhou, sua mão direita acariciando vagarosamente a nuca dele. Aproximou seu rosto ao dele lentamente, começando à roçar suavemente seus lábios aos dele, fazendo com que ele desejasse loucamente por um beijo seu:


 


- Vai ficar tudo bem. – Sussurrou Hermione fazendo-o fechar os olhos. Ela então o abraçou, afagando-lhe os cabelos e sussurrando novamente “vai ficar tudo bem”.


 


********


 


 


Observava a morena escovando os cabelos diante do espelho. Sorriu, a amiga era realmente linda. E, graças à ela, sentia-se linda e sexy assim como ela. Jogou a cabeça para fora da cama, ficando de cabeça para baixo. Soltou um longo suspiro:


 


- O que foi mascote? – Perguntou Hilarie olhando-a pelo espelho.


 


- Nada. – Rachel sussurrou tentando em vão disfarçar. – Nada. Por quê?


 


- Rachel eu te conheço. – Hilarie ajeitava os cabelos para prendê-los na altura da nuca. – Tem alguma coisa te incomodando. Desabafa.


 


A loira sentou-se na cama, respirando fundo. Hilarie sempre fazia sentir-se a vontade para falar sobre qualquer assunto. A morena virou-se, olhando para a amiga enquanto prendia os cabelos:


 


- Eu vi o David ontem à noite. – Disse fazendo com que a amiga sentasse ao seu lado na cama.


 


- Não acredito. Ele te maltratou? – Começou Hilarie já furiosa, fazendo a loira rir. – Eu acabo com aquele idiota e...


 


- Hil’s ele não fez nada, se acalma. – Disse tentando acalmá-la. – Pelo contrário, ele me tratou muito bem. Até me chamou de mascote.


 


- O David? Aquele que queria matar o Rony quando descobriu que você tinha transado com ele? – Perguntou de queixo caído fazendo a loira erguer uma sobrancelha. – Desculpa.


 


- Eu o achei diferente, calmo. Como se ele estivesse tentando ser o David que era antes. – Rachel soltou um longo suspiro. – Eu fiquei balançada com ele de novo.


 


- Há não mascote. – Hilarie passou um braço em volta do ombro dela, abraçando-a. – Você tem que superar isso. Esquecê-lo.


 


- Estou mais confusa do que antes. – Rachel abaixou a cabeça. – Rony me faz rir, gosto da presença dele, mas não me imagino tendo um futuro com ele. Já o David me machucou e muito com o que ele fez e eu apenas fico balançada, mas eu acho que não o amo mais.


 


- Você tem que decidir entre o Rony e o David, mascote. Ou então decidir se vai esperar a pessoa certa aparecer. Mas sozinha você não vai ficar.


 


- Como você sabe? – Rachel a olhou, esboçando um triste sorriso.


 


- Porque você é loira, linda e sexy. – Comentou fazendo-a rir. – Não só por fora, mas por dentro também. Você é meiga, amiga, carinhosa e muitas outras qualidades. Por isso que seu apelido é mascote, não por ser a mais nova de todas, mas por ser a mais frágil e que temos que proteger.


 


- Eu tenho sorte de ter você como amiga sabia? – Disse Rachel abraçando-a.


 


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N/A: Eu realmente agradeço por todos os comentários gente!


Muito obrigada! *-*


Bom, ta todo mundo me perguntando até a onde a fic vai!


Eu não sei ao certo quantros capítulos gente, mas já estamos no começo da reta final.


Á partir de agora que as coisas, os mistérios que surgiram durante a fic, vão começar a serem revelados.


Então não se preocupem. Eu pretendo terminar a fic antes do Natal, mas se não der eu termino em janeiro!


Aah e a maioria das garotas estão me pedindo o Harry. Eu sinto muito, mas eu não o vendo! Ele é só meu!


Muahahahahaha...


Autora má! Muito má!


To brincando gente! o Harry é da Mione. Se vcs o querem peçam pra ela! quem sabe ela não dá?! *-*


Não se esqueçam de comentar o.k?!


E muito pro próximo capítulo chegar logo!


*BYE*

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