Um beijo, e uma aproximação.



Ao cumprir dos sonhos | Capítulo 10.


Um beijo, e uma aproximação.


 


Ter que ouvir os resmungos do amigo pela manhã era torturante. Durante o caminho que seguiram para o salão principal ele apenas escutou Marcus se queixar do passeio que tiveram em Hogsmead, do fora que levara de Karla Beegail, dos trabalhos acumulados e do quanto o seu colchão estava velho e precisava ser trocado.


- E como se não bastasse o professor de História da Magia me pegou na calada da noite voltando para o salão comunal. Só não levei uma detenção porque tive a sorte de Lucas e Peter fazerem arruaça no corredor ao lado. - Reclamou novamente, deixando James entediado.


- Sim, e se safou como sempre. E sei o quanto você tem sorte. – concluiu a história, revirando os olhos. – Repetiu isso centenas de vezes, Marcus.


O olhar de James se perdeu ao avistar a namorada virar o corredor e caminhar em sua direção a passos longos. Ele esboçou um largo sorriso e abriu os braços, pronto para recebê-la e esquecer-se das reclamações de Marcus nos lábios da morena, mas foi obrigado à abaixar os braços quando ela passou direto por ele.


- Você é um completo idiota. - Sibilou Emma furiosa ao cutucar o peitoral de Marcus com o dedo indicador.


- Hei calma aí. - O garoto se afastou confuso, massageando o próprio peito. A grifinória usara certa força para isso. - O que seu namorado vai pensar ao ver você me elogiando dessa forma? - Indagou com sarcasmo.


- Vou pensar que Emma é mesmo a garota esperta que sei que é. – comentou irônico.


- Como você pode tratar a Kristen daquela forma? - Prosseguiu Emma sem dar importância ao comentário do namorado. - Agora a coitada acha que é uma tola muda e que você, que é um perfeito idiota, pensa que a idiota na história é ela.


- Mas eu não fiz nada. - O garoto se defendeu novamente, olhando suplicante para James.


- Exatamente, assim como eu vou fazer, para salvar sua pele. – disse rindo. – Concluindo: se vira camarada.


- Escuta aqui. - Emma se aproximou e o puxou pela gravata. - Você vai procurá-la ainda hoje e vai pedir desculpas. Vai dizer que você é um tolo que não sabe usar as palavras e que ela não é uma idiota. E vai convidá-la para ir à Hogsmead com você na próxima vez.


- Eu vou o quê? - Marcus olhou assustado para a garota. - Eu peço desculpas e digo isso tudo, mas não vou convidá-la para ir à Hogsmead. Aí é pedir demais...


- Experimente me contrariar. - A morena sibilou fazendo menção de sacar a varinha das vestes.


James cruzou os braços, e olhou para os lados, gargalhando.


- Ah, experimente... – ele disse, maroto.


Emma não largou sua posição severa, nem deveria, ela estava com a razão. E se Marcus tivesse um pingo de sentimento iria sentir-se mal por ter causado sofrimento a Kristen. Se ele tivesse visto as lágrimas em seus olhos, e a vergonha estampada ali também, não seria tão desalmado.


- Qual é. - Marcus olhou novamente suplicante para James. - A namorada é sua. Dá um jeito.


- E o erro é todo seu, então o conserte, e não a terá no seu pé. – disse.


- Não vou ter um pingo de pena dele também se entrar entre nós dois. - Disse Emma entre dentes ao sacudir Marcus pela gravata. - Qual é sua resposta?


- Será que eu posso ao menos pensar? - Perguntou recebendo um olhar enfezado da garota, que puxou a varinha das vestes.


- Cinco segundos, e contando... – James anunciou.


- Está bem. - Marcus gritou temendo se os cinco segundos acabassem. - Eu vou procurá-la e pedir desculpas. Também vou convidá-la para Hogsmead.


- Ótimo. - Emma esboçou um sorriso vitorioso, mas sem abandonar o olhar furioso. Guardou novamente sua varinha enquanto o garoto se afastava. - Marcus. - Ela o chamou fazendo que ele virasse. - Se fizer alguma outra coisa que a faça sofrer eu juro por Merlin que eu azaro você. - Ameaçou vendo-o virar o corredor correndo.


Marcus bufou, e praguejou batendo contra a parede de pedra. Virou-se e James ria com gosto, achando super divertido tudo que acontecera. Emma realmente fizera prevalecer sua intenção.


- Merlin, tinha que ver sua cara, enquanto os cinco segundos “corriam”. – disse o apanhador.


- Você acha graça, não é? - Retrucou Marcus limpando o suor de seu rosto. - Não tem medo de receber uma azaração dela? Essa garota me dá calafrios.


- Ora, eu me garanto. Não sou um idiota como você... – ajeitou a mochila nos ombros. – Até mais, boboca. – acenou e riu, rumando para onde Emma havia partido.


- Isso não vai ficar assim não hein. - Gritou no meio do corredor deserto, ouvindo a sonora gargalhada de James ecoar pelo local.


...


Após perturbar o novo cunhado por dez minutos, o loiro seguiu seu caminho pelo castelo. Como tinha um horário vago, decidira ir até a cozinha de Hogwarts visitar os elfos e pegar algo para comer também.


Desceu as escadas de mármore, as mãos no bolso do casaco e o ar distraído colaborariam caso encontrasse alguém no meio do caminho. Passar-se-ia por inocente e diria que perdeu o caminho ao procurar uma sala de aula.


Quando começara a descer outra escada algo chamou sua atenção. Podia ver uma garota sentada em um dos degraus, ela soluçava. O som de seu choro penetrou seus ouvidos. Ele então, silenciosamente, desceu mais alguns degraus para ver quem era.


Ficara surpreso ao se deparar com Pandora Malfoy cabisbaixa. Era difícil de acreditar que aquele choro poderia ser dela. Sempre a julgara insensível e amarga, vê-la chorando era uma novidade e tanto. Revirou os olhos, amaldiçoando-se mentalmente por se sentir preocupado por ela. Algo que, para sua infelicidade naquele momento, herdara da mãe. Pois se fosse do pai, diria mais insultos para que ela se sentisse pior.


- Malfoy? - Ele a chamou em um sussurro, esperando a primeira ofensa da garota.


Pandora virou-se para ele, o rosto estava vermelho e inchado. Os olhos cinzentos mais vivos do que ele nunca vira, mas neles não habitavam a arrogância de sempre, ali havia tristeza. Assustou-se quando alguém a chamara, ainda mais sendo esse alguém, Caleb.


- O que você quer Weasley? – indagou fungando, sua voz não estava firme nem autoritária. O grifinório sentira ainda mais preocupação.


- Nada. - Receoso Caleb se aproximou. - Estava indo para a cozinha. Não tinha nada para fazer, então a encontrei. Algum problema?


- Não é da sua conta... – murmurou baixo, e o garoto não tomou aquilo como uma das ofensas de sempre.


- Algo de grave aconteceu para você estar aqui, chorando. - Ele desceu mais alguns degraus e sentou diante da garota.


- É você tem razão... Tem razão quando diz coisas sobre minha família. – disse com a voz embargada, escondendo o rosto. Era uma fraqueza que não conseguia reter, chorar perto dele só acarretaria vulnerabilidade e ainda mais o que acabara de dizer.


Caleb respirou fundo e o remorso por tratá-la tão mal pela família o consumiu. Era exatamente por isso que não gostava que a garota falasse de sua família. Não deveria julgar os Malfoy sem conhecê-los, mas as histórias já falavam por si. O loiro se levantou, tornando a sentar ao lado da garota. Delicadamente e, mesmo sem perceber, tirou as mãos da garota do rosto.


- O que aconteceu? - Perguntou calmo, reconhecendo que não era momento para insultos.


- É meu aniversário hoje, e tudo que meu pai me mandou fora um saquinho cheio de dinheiro. Nenhum cartão, nem nada... – contou, chorando. – Foi sempre assim, porque eu pensei que mudaria algum dia?


Pela primeira vez em sua vida Caleb sentiu uma verdadeira pena da garota. Em seu aniversário além de presentes, recebia cartões e até mesmo berradores dos pais. Vê-la naquele estado era realmente algo triste. Involuntariamente, passou o braço pelo ombro da garota e a puxou para seu peito, permitindo-a chorar ali.


- Ele pode mandar o cartão mais tarde. - Disse na esperança de animá-la.


- Não vai mandar, meu pai não se importa comigo. Sou apenas alguém que leva seu sobrenome. – murmurou pesarosa.


- É claro que ele se importa com você. É seu pai. - Disse o loiro abalado pelos pensamentos da garota.


Ela sorriu triste, e abaixou a cabeça.


- Ele nunca agiu como um pai de verdade... Talvez por isso eu tenha inveja da sua família. – confessou, após um soluço.


- Inveja? - Caleb a olhou surpreso. Talvez ouvira errado, só podia ser.


- Esqueça isso, você nunca ouviu o que eu disse a pouco, ok? – falou baixo.


- Está bem. Vou manter isso em segredo. - Concordou sorrindo. - Sua mãe te mandou alguma coisa?


- Ela se saiu melhor que meu pai, pediu para alguém mandar um cartão. – estendeu o papel a Caleb, ele vislumbrou a caligrafia bem feita, e a fitou intrigado. – Esta não é a letra dela... Mas pelo menos se lembrou.


- Pelo menos ela se lembrou. - Caleb sussurrou olhando para a garota. - Eu sinto muito.


- Não sinta... Isso vai passar. Eu não costumo chorar assim. – disse séria. – Chorar é o mesmo que ser fraco, e eu não sou assim.


- Chorar não quer dizer que você é fraca. Você tem sentimentos. É normal.


Pandora o olhou, Caleb nunca iria entender o que era ter Draco Malfoy como pai, chorar era mais um motivo para ele criticá-la. E tudo que queria era orgulhá-lo, por isso vestia-se com toda a arrogância e desdém.


- Você não entende... – sussurrou. – Nunca vai entender.


- Olha Malfoy. - Caleb começou após um longo suspiro. - Nós não temos uma boa convivência, eu sei. Mas se eu estou aqui falando com você é porque eu quero ajudá-la. Então se tem algo que eu possa fazer pra que você se sinta melhor.


- Não pode me dar um pai novo, pode? – brincou e dera um sorriso pequeno.


- Não eu não posso. - O garoto sorriu ao olhá-la nos olhos, sem se importar com a aproximação em que estavam. - Mas eu posso te desejar parabéns. - Levou uma mão na face da morena, acariciando-a.


- Obrigada. – agradeceu e sorriu, corando. Fechou os olhos, ao sentir o toque suave dos dedos de Caleb.


- Não precisa agradecer. - Sussurrou aproximando seus lábios aos da garota.


Esperava uma reação de asco e fúria da garota, mas ela abriu os lábios quando os dele a tocaram, permitindo que ele a beijasse. Caleb então a beijou, calmo pela primeira vez, apreciando o gosto doce que sentira nos lábios de Pandora.


Ela entrelaçou os dedos nos cabelos loiros e lisos do garoto, sentindo a maciez dos fios. Pandora gemeu, sentindo-o acariciar seu rosto, tão carinhosamente, que enchia seu coração de ternura.


Seus lábios se encontravam num ritmo apaixonado, e repleto de afeição. Sentiam-se além do momento. Podiam ouvir os corações batendo depressa, e experimentavam seus sabores.


Caleb deslizou lentamente as mãos pelas costas da garota. Ela estava levando-o fora de si. Por Merlin, não estava em seu juízo por ter beijado Pandora Malfoy novamente. E por mais que se perguntasse inúmeras vezes, não encontrava justificativa óbvia para tal. Interromperam o beijo, ofegantes. Pode perceber a face corada da garota, o que fizera seu coração disparar imensamente.


Pandora abriu os olhos, e o encarou. Estava abalada demais, e maravilhada demais para retrucar alguma coisa.


- Obrigada pelos parabéns... – murmurou outra vez e se preparou para sair. – Eu, eu... Er... – calou-se com medo de se passar por tola. Não diria que fora importante para ela, e que aquele gesto a tocara de uma forma inesquecível. Caleb era seu “inimigo” e mostrava-se mais interessado em seu sorriso do que sua própria família.


- Não... - Caleb se levantou, sentindo-se sem graça naquele momento. Passou as mãos pelo casaco várias vezes. - Não precisa agradecer. Cuide-se.


Ela assentiu, e o viu caminhar na outra direção. Sentindo-se mais tranqüila e serena, Pandora rumou para o lado oposto.


...


Marcus sentia-se cada vez mais nervoso e pressionado com os olhares constantes de Emma sobre si. A garota sempre dava um jeito de encurralar ele em algum corredor e perguntar se já tinha falado com Kristen. O garoto desistiu de pedir a ajuda de James para o caso. O amigo se divertia cada vez mais quando a fúria de Emma aumentava para cima de si.


Somente após as aulas ele encontrara tempo para poder ter uma conversa mais tranquila com a garota. Mas encontrá-la não foi nada fácil. Rondou todo o castelo por vários minutos, até Emma lhe dizer que ela tinha seguido para a biblioteca. Rumou para lá então, encontrando-a entre uma pilha de livros e pergaminhos. Sabia que ali não era o local apropriado para conversas, mas se não fosse ali aonde mais seria?


- Odeio História da Magia. - Comentou ao ler o título da redação que a garota fazia em um pergaminho, sentando ao lado dela. Pode notar o rosto da garota ficar vermelhos da cor dos cabelos. - Acho uma matéria chata.


- Eu não acho tão chata, é uma matéria fascinante. – disse ela, sorrindo. – Achamos as coisas chatas porque não temos interesse, mas quando nos aprofundamos no assunto, tudo parece uma constante descoberta.


- Vou pensar por esse lado na próxima aula. - Disse Marcus sorrindo, olhando em sua volta para se certificar de que poderia prosseguir com a conversa, voltando sua atenção para a garota. - Eu queria te pedir desculpas pela nossa última conversa. - Começou lembrando-se das palavras de Emma. - Eu sou um tolo que não sabe usar as palavras certas. E não se culpe ou pense que é idiota, a culpa não foi sua.


- Está tudo bem, eu estava nervosa, e cansada... – murmurou envergonhada. Recomeçou então a escrever no pergaminho.


- Mas eu quero me redimir com você por inteiro. - Marcus suspirou, tocando a mão da garota para que ela parasse de escrever e o olhasse. - Quero convidá-la para ir comigo ao próximo passeio para Hogsmead.


Kristen soltou uma exclamação, batendo o braço no tinteiro em cima da mesa. A tinta azul escorreu, e a garota levantou-se, batendo a cadeira em outro aluno que passava. Marcus olhava-a espantado com a rapidez das trapalhadas dela.


- Me desculpe... – pediu ao garoto que esbarrara. – Oh, Merlin, meu pergaminho!


- Tudo bem. Acontece, não é? - Marcus sorriu amarelo ao pegar sua varinha e murmurar um feitiço sobre o pergaminho da redação, deixando-o limpo das manchas de tinta. - Já derrubei vários tinteiros. Um eu derramei sobre a mesa do Snape. Peguei uma tarde toda de detenção.


- Que azar... Mas quem sou eu para falar disso... – murmurou sem jeito. Sentou-se outra vez. – Obrigada, provavelmente eu colocaria fogo no pergaminho tentando dar um jeito.


- Não precisa agradecer. - O moreno sorriu ao se ajeitar em sua cadeira. - Então, você não me deu a resposta sobre o meu convite.


- Quer mesmo ir comigo a Hogsmeade? – perguntou sem saber a real vontade do garoto.


- Mas é claro que sim. - Respondeu com a voz o mais natural possível, embora soubesse que estava mentindo. - Eu estou te fazendo o convite pessoalmente. E é uma forma de me desculpar depois de tudo que aconteceu.


- Eu adoraria! – exclamou sorridente, quase derrubando os livros. – Opa...


- Que ótimo. - Marcus riu ao segurar os livros para que ela não os derrubasse. - Eu... - Levantou de sua cadeira. - Te vejo mais tarde. Até mais Kristen. - Sorriu antes de se afastar.


A ruiva sorriu largamente, juntando os materiais depressa. Jogou tudo dentro da mochila, e saiu correndo para contar tudo a Emma. Estava tão feliz que não enxergava nada a sua frente, e tivera “sorte” de não esbarrar nem atropelar nada pelo caminho.


Afinal, estivera com Marcus, e nada poderia atrapalhar essa felicidade.


...


Um bom e demorado banho era tudo o que precisava após passar a tarde toda fazendo seus deveres. Saiu do banheiro, vestindo sua camisa. Ao terminar se deparou com seu irmão mais velho encostado na porta do quarto, de braços cruzados e um sorriso maroto. Ele conhecia perfeitamente aquele sorriso, sabia que ele tramava alguma para o seu lado.


- Eu não tenho um galeão sequer. - Disse Jared revirando os olhos ao abrir sua mochila sobre a cama. - Nada. Não adianta vir me perturbar.


- Não vou te perturbar... Quando foi que fiz isso? – perguntou inocentemente, enquanto se aproximava mais.


- Desde que eu nasci. - Respondeu erguendo as sobrancelhas ao retirar o livro de sua mochila, sentar em sua cama e abri-lo. - O que você quer James? Fala logo.


- Nossa, vou dizer à mamãe que o filho dela anda sendo mal educado. – sibilou um riso, mas o olhar sério de Jared o repreendera. – Bem, eu vim aqui perguntar uma coisa...


- Que coisa? - Perguntou folheando o livro em suas mãos.


- Se é mesmo verdade, que você me orgulhou no último passeio a Hogsmeade. Seguiu a risca meus conselhos? – perguntou maroto.


- Se você quer saber se eu pedi a Kira em namoro... - Jared fechou o livro, olhando para o irmão. - A resposta é sim. Fiz tudo o que você me disse.


- Ah, eu sabia que isso não era mérito só seu. - Disse Caleb sorridente ao entrar no quarto, apontando para Jared. - Era muito romance para um nerd como você.


- Eu mereço. - Jared sussurrou, respirando fundo.


- Ele não foi tão nerd assim. – disse James em defesa do irmão. – Deu conta do recado! – emendou rindo.


- Quem diria... Jared se saindo bem com uma garota! – Marcus comentou saindo do nada.


- Você está correndo que nem uma criança assustada por dementador da namorada do James. - Retrucou Jared apontando para Marcus. - Você andou dando umas bitocas em Pandora Malfoy. - Apontou para Caleb. - E você... Tá eu não tenho nada contra você. - Suspirou derrotado por não ter um bom argumento contra o irmão.


- Não estamos falando de mim e sim de você. - Disse Caleb sem desfazer o sorriso.


- Eu não estou fugindo que nem uma criança... – resmungou Marcus.


- É verdade. – concordou James. – Está fugindo que nem uma mulherzinha!


- Inacreditável. - Caleb caiu na gargalhada. - Eu pensei que você sabia lidar com as mulheres.


- Ele pode saber lidar com as mulheres. Mas, pelo visto, ele não sabe lidar com a Emma. - Comentou Jared sorrindo satisfeito. - Eu o vi sair correndo do salão comunal quando a Emma apontou a varinha pra ele, pronta pra azará-lo.


Marcus bufou enquanto os amigos riam com gosto. Dos olhos de James até saiam lágrimas.


- Não viemos aqui para me fazer de alvo, não é? – resmungou fitando Jared.


- Realmente... – James disse, controlando o riso.


- Vieram para me fazer de alvo? - Retrucou Jared surpreso.


- Você sabe que eu te considero, cunhado. - Disse Caleb passando o braço pelo ombro do garoto. - Mesmo Kira sendo minha irmã, esse lance de você estar namorando é novidade para nós.


- Poe novidade nisso. – Marcus comentou. – Então, você não fez feio, não é? Beijou a Kira, pegou nas pernas dela...?


- Mais respeito com a minha irmã. - Bradou Caleb dando um tapa na nuca de Marcus, olhando sério para Jared. - Se eu souber que você fez isso eu...


- É claro que eu não fiz. - Jared respondeu rapidamente. - Eu não sou que nem esse crápula. - Apontou para Marcus. - E se tiver dúvidas pode perguntar pra ela.


- Como você é lerdo... – comentou Marcus.


- E o colar? Acertei em cheio? – perguntou James.


- Acertou. - Respondeu Jared segurando a mão de Caleb, que ia novamente à direção da nuca de Marcus. - Ela adorou.


- Eu sabia... – disse o apanhador com um sorriso vitorioso nos lábios. – Só quero ver como a mamãe vai reagir.


- Papai vai ter um infarto quando souber que a princesa dele está namorando. - Comentou Caleb apanhando o livro que Jared folheou minutos atrás.


- Para sua correção irmão, mamãe já sabe. - Disse Jared para o irmão mais velho. - Papai contou para ela quando eu o escrevi. Ela teve um ataque de ciúmes, mas ele disse que conseguiu controlá-la.


- Duvido... – desdenhou ele. – Se prepare para a segunda rodada.


- Merlin que me livre de passar pela mesma situação que você. Mamãe conhece a Kira. Não é possível que ela vá cobri-la de perguntas.


- Ela fez isso com você? - Perguntou Caleb para James, abafando uma risada.


- Sim, ela fez. Mas essa situação já está sob controle. – o Potter mais velho respondeu.


- E eu não quero pensar nisso tão cedo. - Jared tomou o livro das mãos de Caleb. - Já terminaram de aproveitar da minha novidade?


- Grosseria. - Retrucou Caleb fazendo careta.


- É, acho que já deu, é melhor agente procurar outro alvo. Que tal Jason Abrams, eu soube que ele colocou fogo nas calças na aula de feitiços. – Marcus sugeriu dando uma gargalhada.


- Você é mesmo um crápula, Marcus, mas eu gostei da sua sugestão. Aquele “lufa” chato merece ser nosso alvo. – James disse.


- Não tenho nada pra fazer mesmo. - Disse Caleb dando de ombros.


- Isso mesmo. Vão encher outra pessoa. - Disse Jared sentando em sua cama e abrindo seu livro.


- Isso também vai ter Segundo round, irmãozinho. - James disse sorrindo maroto.


Jared tacou um rolo de pergaminho em direção ao irmão, que não o acertara porque ele saíra correndo do quarto. Respirou fundo, balançando a cabeça e encostando-se à cabeceira de sua cama, começando a ler o livro.


 


 


 


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N/A: Oii pessoinhas.
Capítulo 10 on.
Sabemos que nesse não teve uma cena H/Hr denovo. Mas pelo menos teve os filhinhos lindos e maravilhosos e cutes deles. E sempre que não tem uma cena, compensamos no próximo capítulo.
E como já dissemos uma vez, tem sim um capítulo só H/Hr chegando. E ele não vai demorar muito.
Mas pra isso vocês tem que comentar.

Você, invisível ai, que lê a fic e nunca comentou...
Comente.
Você, que comentou só uma vez...
Comente mais.
E você que comenta sempre...
Continue comentando. Adoramos sua presença. *-*
kkkkk


Nós autoras já estamos terminando de escrever a fic. Acreditam?
E ta muuuito linda e emocionante a história. Com várias cenas H/Hr perfeitas.
Basta só vocês comentarem pra postarmos logo os capítulos.

Beijo das autoras.


 


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05/05/2010.

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