CAPITULO 15



CAPITULO XV

Bar do Hagrid. Lugar familiar e ao mesmo tempo irado, pra você perder a linha. Você provavelmente se pergunta: por quê? E eu respondo: por que sim, pois se você quer pagar mico, Bar do Hagrid é o lugar ideal para esse tipo de coisa.

Quando eu pus meus pés dentro daquele estabelecimento, não imaginei que fosse me apaixonar tão rapidamente. Era simples, mas tão aconchegante que eu tinha certeza que de agora em diante tinha se tornado meu lugar favorito.

Era amplo, com mesas redondas espalhadas por todo bar, um pequeno palco no centro, onde eu podia ver uma pequena TV no chão e outra no canto, onde as pessoas tocavam, escolhendo suas músicas, um microfone, e um banquinho alto, pra pessoa sentar na hora do karaokê. Do lado esquerdo do bar, estava o grande balcão, onde podíamos ver um homem grande, barbudo, e com os olhar mais doce que eu já tinha visto em toda minha vida, do lado de dentro. Sorria para todos e enchia as canecas com cerveja, cumprimentando a todos.

- Você já conhecia o lugar Krika? – Ouvi a voz de Gina, me tirando dos meus pensamentos.

- Não. – Respondi meio boba, me dirigindo pra uma grande mesa redonda, onde tinha vários lugares, e que a galera sentava.

- Você vai adorar aqui. – Ela falou com os olhos brilhando, e pelo o que eu pude ver não era a única a gostar do lugar.

- Já estou adorando. – Respondi com sinceridade, aquele lugar parecia mágico.

Estávamos bem de frente ao palco, e no momento que virei para comentar com Gina quem era o louco que iria cantar, vi o homem barbudo se aproximar da nossa mesa, com um sorriso de orelha a orelha.

- Ora mais o que temos aqui? – Ele olhou para cada um de nós, ainda com o sorriso meigo no rosto. – Percebo que existe uma carinha nova! Uma carinha muito linda, devo destacar. – Se vergonha matasse, com certeza eu estaria morta no momento.

- Essa é Christina Dawson, ela é nova na escola, Hagrid. – Harry me apresentou ao

senhor. Então o bar era dele!?

- Muito prazer senhorita Dawson, meu nome é Rúbeo Hagrid, e sou dono do estabelecimento. Espero que se sinta a vontade aqui. – Ele falou muito simpático, estendendo a mão grande em minha direção.

- Prazer é meu Hagrid, e eu estou me sentindo em casa aqui. – respondi cordialmente, lhe apertando sua grande mão.

- Isso é muito bom, agora vejamos quem será o primeiro a me dar a honra de ouvi-lo cantar? – Nos olhamos, e por pouco não cai na gargalhada, da cara de desespero que Harry fez. – Ora Harry não faça essa cara, você até que não canta mal. – Hagrid gracejou, tentando melhorar a cara do moreno.

- Hagrid você por acaso está bem da audição? Ou no nosso último encontro estourei seu tímpano sem querer? – Todos sem exceção gargalharam de Harry, e este se sentiu muito pior.

- Você realmente é um menino exagerado Harry, sua voz não tem nada demais. – Mais uma vez Hagrid tentou.

- Muito bem então, depois não reclame quando eu quebrar algumas de suas taças com o meu belíssimo agudo, muito afinado por sinal. – Apertei meus olhos, segurando uma risada, Harry devia ser horrível mesmo!

- Vamos fazer como sempre, Hagrid. – Dessa vez foi a lombriga branca que falara. – Iremos tomar nossos drinques e depois sortearemos o sortudo para cantar.

- Ótimo! O mesmo de sempre? – Perguntou contente, enquanto batia uma mão na outra.

- Sim. – Falaram quase todos, Rony e eu ainda estávamos nos situando.

Enquanto ele se afastava, vi Gina e Mione se aproximarem da TV lá no palco, e ambas sorriam uma com a outra, no que me parecia, estarem escrevendo algo nela. Me aproximei meio incerta, com receio de levar um fora, mas minha curiosidade não tinha limites.

- Ah! Krika; estamos colocando nossos nomes aqui para o sorteio. – Mione falou sorrindo em minha direção. – Você vai ver como é divertido.

- Certo. – Falei nervosa, mordendo meu lábio inferior. – Eu acho que sou uma tragédia cantando. – Murmurei sentindo meu rosto esquentar.

- Não pode ser pior que o Harry, esse ganha de disparada. – Gina falou fitando o namorado longe. – Acho bom você preparar seus ouvidos. – Disse por fim gargalhando.

Tive que rir.

Enquanto estávamos rindo umas com as outras e colocando nossos nomes para o sorteio, Luna se aproximou da gente com os olhos brilhando em euforia, parecia louca de vontade de aprontar.

- O que vocês três estão fazendo ai que não me convidaram? – Perguntou fazendo bico e empurrando Gina pro lado para, poder ver o monitor.

- Estamos escrevendo nossos nomes para o sorteio, periquita. E quer parar de me empurrar? – Mione e eu nos encaramos e rimos da briga da loura com a ruiva.

- Só estou empurrando porque você, sua cabeça de fósforo ambulante, está me excluindo completamente dessa tarefa árdua, que eu tanto gosto de participar. – Luna ao meu ver, parecia ser dramática e exagerada ao extremo.

- Se você faz tanta questão, eu ainda não coloquei o nome do seu periquito. – Gina arreganhou um sorriso bastante safado.

- Periquito é sua bun...

- Hei! Vou lavar sua boca com sabão dona Periquita! – Luna bufou e dando mais um empurrou na ruiva, para que ela saísse do caminho, começou a escrever o nome do namorado.

- Só falta o Colin?

- E o Rony. Fiquei em dúvida se o escreveria ou não. – Encarei Gina, e depois Mione, e notei que essa estava com as bochechas pra lá de vermelhas.

Ficava impressionada com a facilidade que ela conseguia entregar seus sentimentos! Até o mais simples dizer sobre o nome dele, e ela já ficava corada? Péra lá! Aquilo era idiota demais.

- Também acho. – Escutei Luna responder pra Gina.

Tinha ficado divagando com os meus pensamentos, e não ouvi nenhuma palavra que as duas trocaram. Mione continuava muda, só prestando atenção nas duas, e com as maças do rosto vermelhas, como se tivesse passado um blush fortíssimo.

- Então está decidido, vou colocar o nome dele. – Luna falou brincando, enquanto piscava pra Mione, que envergonhada, desviou o olhar.

Saímos do palco rindo umas com as outras e uma coisa eu já conseguia imaginar, aquele dia caminhava para algo incrivelmente mágico.

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Já tínhamos bebido algumas cervejas, Harry sorria feito bobo contando alguns fatos antigos, e incentivava a todos a gargalharem com ele. E como uma doença contagiosa, todos caiam num coral de gargalhadas, que chamava atenção de geral no bar. Nem eu que estava me sentindo completamente desconfortável, escapava daquela bagunça.

- E teve aquela vez também em que Gina insistiu em morar no Zoológico, porque tinha adorado os pandas. – Gina fez um bico enorme ao ouvir aquilo, enquanto todos desmanchavam em risos. – Mamãe quase não conseguia tirá-la do Zoo. – Senti pena da Gina nessa hora, Harry estava pegando legal no seu pé.

Olhei para ela que esticava a língua, chateada, para Harry, e sorri contente. Minha amiga tinha encontrado a felicidade tanto almejada. Aquilo realmente era algo para se comemorar.

- Ah já estamos contando coisas engraçadas, ai vai. – todos sem exceção olharam para Luna que sorria travessa olhando pra minha cara. – E aquela vez que a Mione foi na farmácia comprar o creme relaxante, e por engano comprou tinta pra cabelo? – Ela parou fazendo mistério pra todos, e eu arregalei os olhos pra ela, num pedido mudo para não contar. – E aí nossa amiga aqui foi pra casa e jogou a tinta na cabeça sem nem sequer olhar, e quando lavou o cabelo, o pobrezinho estava rosa. Mas não era qualquer rosa meus amigos, e sim rosa choque. – Se vergonha misturada com raiva matasse, Luna teria caído da cadeira nesse momento.

Todos continuavam rindo e contando seus micos. E eu por mais que quisesse participar daquela bagunça, não conseguia deixar de pensar no que me tinha acontecido. Rony tinha se comportado de uma maneira tão boçal... Ao mesmo tempo tão carinhoso no ato em si.

Droga!

Por um momento pensei que o velho Rony tinha voltado. Voltado pra mim.

- Acho que já estamos prontos pra começar arranhar ali no palco, o que acham? – Draco perguntou rindo, enquanto Krika fechava a cara pra ele.

Estava rolando alguma coisa com os dois, ou era impressão minha?

Todos concordaram e se puseram em alerta, enquanto Gina se dirigia para o palco e apertava o botão que indicava sorteio.

A espera para alguns foi agonizante e para outros demorada, pois queriam brincar logo.

Gina logo se manifestou quando a maquina começou a piscar o nome do felizardo.

- Mione, acho que o palco é todo seu. – Gelei dos pés a cabeça. Porque eu tinha que ser logo a primeira? – E Rony, você também mano, é um dueto! – Certo, agora sim eu estava apavorada.

Notei que tanto eu quanto Rony parecíamos em estado catatônico de pavor, e não conseguíamos nos mexer, nem para negar a ida ao palco.

Fomos meio que induzidos por Gina e Luna que empurravam a gente em direção ao palco. Quando chegamos lá, ainda chocados demais, Gina passou o microfone pra mim, e o outro pra Rony e saiu dando play no equipamento, que começou a soar uma melodia agradável, gostosa de dançar, que eu conhecia muito bem.

Ergui o microfone e comecei a cantar, tremendo, o coração batendo a mil no peito. A letra da música brilhando na telinha aos meus pés.

That’s how much I love you

É o tanto que eu te amo

That’s how much I need you

É o tanto que eu preciso de você

Mione

And I can’t stand ya

E eu não suporto você
'Most everything you do make me wanna smile

Tudo o que você faz tem que me fazer sorrir?

Can I not like it for a while?

E me fazer gostar de você por um momento?

Rony me olhava serio, prestando atenção nas minhas palavras. Minhas bochechas ardiam de vergonha.

Ele ergueu também o microfone e começou a cantar, baixo, rouco. Fazendo-me ficar toda arrepiada.

(No...)

não...

Rony

But you won’t let me

Mas você não me deixa

You upset me, girl, and then you kiss my lips

Você me chateia, garota, e depois me beija

All of a sudden, I forget that I was upset

E de repente eu esqueço que estava chateado

Can’t remember what you did?

Nem me lembro do que você fez.

(But I hate it)

E eu odeio isso

Não consegui encará-lo depois de ouvi-lo cantar aquelas palavras. Parecia que ele realmente dizia aquilo pra mim.

Mione

You know exactly what to do

Você sabe exatamente o que fazer

So that I can’t stay mad at you

para que eu não consiga ficar brava

For too long, that’s wrong

por muito tempo, e isso é errado.

(But, I hate it)

E eu odeio isso

Após cantar esse trecho, notei que Rony compartilhava do mesmo pensamento que o meu, pois cantava com certa dificuldade aquela letra, assim como eu.

Rony

You know exactly how to touch

Você sabe exatamente como me tocar

So that I don’t wanna fuss and fight no more

que eu não queira mais discutir nem brigar

Said, I despise that I adore you

já disse detesto te adorar

Nessa hora não teve como evitar o sorriso, ele falava que me odiava e me amava. E parecia chateado, com a forma que a música se encaixava na nossa relação.

Mione

And I hate how much I love you, boy

E eu odeio o quanto eu te amo, garoto.

I can’t stand how much I need you

Não suporto o quão necessário você é para mim.

And I hate how much I love you, boy

E eu odeio o quanto eu te amo, garoto.

But I just can’t let you go

Mas eu simplesmente não posso te deixar.
And I hate that I love you so

E eu odeio te amar tanto

Rony sorriu. Um sorriso lindo e único, pela primeira vez naquela tarde. E o mais importante, um sorriso pra mim, apenas para mim.

Rony

And you completely know the power that you have

E você sabe completamente o poder que tem sobre mim

The only one that makes me laugh

Você é a única que me faz rir

Foi inevitável sentir aquela alegria gigantesca transbordando do meu ser.

Mione

Sad and it’s not fair how you take advantage of the fact that I

É triste e injusta a forma como você se aproveita do fato

Love you beyond the reason why

de que eu te amo além de um porquê.

And it just ain’t right

Isso é simplesmente errado

Pisquei pra ele no meio da canção sem conseguir me controlar, e Rony passou a cantar mais sério e cada vez mais perto de mim.

Rony

And I hate how much I love you, girl

E eu odeio o quanto eu te amo, garota

I can’t stand how much I need you

Não suporto o quão necessário você é para mim.

And I hate how much I love you, girl

E eu odeio o quanto eu te amo, garota

But I just can’t let you go

Mas eu simplesmente não posso te deixar.
And I hate that I love you so

E eu odeio te amar tanto

Nessa hora, ele me tocava, acariciando meu rosto com carinho, e meus olhos, desobedientes, não me obedeciam ao comando de ficar abertos e não aproveitar aquele contato. Deus! Eu o amava demais.

Mione e Rony

One of these days, maybe your magic won’t affect me

Um dia desses, talvez sua mágica não me afete mais

And your kiss won’t make me weak

E seu beijo irá me enfraquecer

But no one in this world knows me the way you know me

Mas não há ninguém nesse mundo que me conheça como você.

So you’ll probably always have a spell on me

Então você provavelmente terá sempre um feitiço sobre mim

Mione

That’s how much I love you

É o tanto que eu te amo
That's how much I need you

É o tanto que eu preciso de você

That’s how much I love you

É o tanto que eu te amo

That’s how much I need you

É o tanto que eu preciso de você

Mione e Rony

And I hate that I love you sooooo…

E eu odeio que eu te ame TANTO

Soltei meu agudo na ultima nota, e Rony gritou de empolgação. Nossos rostos estavam tão perto um do outro, minha felicidade transparecendo pelos meus olhos, sem meu consentimento. Não adiantava fugir, era algo imutável.

Mione e Rony

And I hate how much I love you, boy

E eu odeio o quanto eu te amo, garoto.

I can’t stand how much I need you

Não suporto o quão necessário você é para mim.

And I hate how much I love you, girl

E eu odeio o quanto eu te amo, garota.

But I just can’t let you go

Mas eu simplesmente não posso te deixar.

And I hate that I love you so

E eu odeio te amar tanto

And I hate that I love you so

E eu odeio te amar tanto

So...

tanto

A música tinha acabado, mas nosso contato não. Não conseguia deixar de sorrir feito uma menina boba e encará-lo, enquanto Rony me analisava, compenetrado, a sobrancelha franzida. Completamente sério. Ao contrario de dois minutos atrás.

Nossa atenção foi desviada, com a gritaria e aplausos da mesa dos nossos amigos, que faziam uma algazarra só.

- Mais um, mais um, mais um... – Gritavam todos em uníssono, batendo as mãos na mesa, fazendo uma barulheira danada.

Sorri, fazendo uma reverência engraçada para eles, enquanto recebia uma chuva de assobios.

Rony continuava a me fitar, e agora que a bagunça estava passando um pouco, todo aquele olhar estava me deixando aflita.

Porque ele me olhava tanto?

Procurando escapar daquele olhar meticuloso, me direcionei para a mesa do Karaokê e apertei em sorteio.

Minha vez tinha acabado, e eu na minha grande inocência achava ter sobrevivido muito bem, só esperava que o meu dueto, em particular, não fosse mais chamado, para minha própria segurança.

xxxxxXXXXXxxxxx

A nossa farra estava indo de vento em popa. Só estava com um pouco de receio na hora que chegasse minha vez, pois eu não era aquilo que se poderia se chamar de um perfeito cantor, e sim um defeito... e dos feios!

Mione estava agora fazendo o sorteio do pobre infeliz que iria cantar naquele tormento que todos insistiam em me fazer participar, apenas é claro para rir da minha cara, e tirar uma com a minha voz de “ganso estrangulado.”

Enquanto eu bebia minha cerveja com bastante rapidez, para ficar “feliz” e tomar coragem para cantar o que quer que seja, vi Mione rindo pra mim, e olhando ao redor, todos estavam com a mesma expressão.

Juro que a vontade de xingar veio na garganta, mais engoli junto com mais um gole de cerveja. Eu era ou não era a criatura mais sortuda da terra?

- Vamos lá Harry! Sua vez. – Meu sorriso não poderia ter sido mais amarelo após ouvir Mione me chamar com tanto entusiasmo.

- Mostra pra ele Potter. – Escutei Gina me incentivar, e fiz careta pra ela.

Caminhei lentamente e derrotado pro palco, e vi Mione toda peralta apontar no monitor o nome da musica escolhida.

Cheguei a engasgar com a minha própria saliva, aquilo só poderia ser brincadeira!

- Diz que eu to enxergando muito mal Mione, e não to vendo realmente que a música que vou cantar é “I’M TOO SEXY” – Para a minha infelicidade, eu tinha falado um pouco alto por conta do meu espanto, e todos começaram a pedir que cantasse a maldita música.

- Pessoal isso é ridículo. Deixem-me trocar a música pelo menos? – Perguntei fazendo minha pior cara de cachorro abandonado.

- NÃO! – Responderam em uníssono. Até Ron estava no meio. Eu estava perdido mesmo!

E antes mesmo de tentar argumentar qualquer coisa, ouvi o som da melodia iniciando, pois Mione tinha acabado de apertar o play sem meu consentimento.

Olhei pra todos da mesa em desespero e comecei a cantar todo nervoso, desafinado ao extremo, aquela melodia ridícula.

I'm Too Sexy For My Love

Sou muito sexy para meu amor...

Too Sexy For My Love

Muito sexy para meu amor

Love's Going To Leave

O amor vai me abandonar

I'm Too Sexy For My Shirt

Estou muito sexy pra minha camisa...

Too Sexy For My Shirt

Muito sexy pra minha camisa

So Sexy It Hurts

Tão sexy que machuca

(quick "And") I'm Too Sexy For Milan

E sou muito sexy para Milão,

Too Sexy For Milan

Muito sexy para Milão,
New York And Japan

Nova iorque e Japão

I'm Too Sexy For Your Party

E sou muito sexy pra sua festa...

Too Sexy For Your Party

Muito sexy para sua festa
No Way I'm Disco Dancing

Sem essa... estou numa discoteca

Enquanto eu cantava do jeito mais tímido e patético do mundo, assistia meus amigos quase caírem da cadeira de tanto que riam.

É ótimo ter o apoio dos amigos nessas horas difíceis da vida!

I'm A Model, Ya Know What I Mean

Sou modelo, sabe o quero dizer...

And I Do My Little Turn On The Catwalk

E dou minha irresistível virada na passarela

Yeah On The Catwalk

Sim, na passarela,

On The Catwalk Yeah

na passarela, sim,

I Do My Little Turn On The Catwalk

Dou minha irresístivel virada na passarela

I'm Too Sexy For My Car

Sou muito sexy para meu carro,

Too Sexy For My Car

Muito sexy para meu carro

Too Sexy By Far

Muito, muito sexy

(quick "And")I'm Too Sexy For My Hat

Sou muito sexy para meu chapéu...

Too Sexy For My Hat

Muito sexy para meu chapéu
What Ya Think About That

O que você acha disso?

Podia ouvir as vaias do outro lado do salão, e isso me deixava cada vez mais encabulado. Abaixei a cabeça querendo escondê-la pra sempre num buraco.

- VAI MEU AMOR! VOCÊ ESTÁ LINDO! - Ouvi Gina gritar eufórica pra mim, me mandando vários beijos no ar, sorrindo toda alegre.

Aquilo me deu novo animo. E mesmo cantando uma música ridícula, comecei a ficar mais empolgado e arrisquei alguns passos tortos, com direito a reboladinha para a platéia.

I'm A Model, Ya Know What I Mean

Sou modelo, sabe o quero dizer...

And I Do My Little Turn On The Catwalk

E dou minha irresistível virada na passarela

Yeah On The Catwalk

Sim na passarela

On The Catwalk Yeah

na passarela, sim

I Shake My Little Tush On The Catwalk

Agito-me na passarela

Too Sexy For My

Sou muito sexy para...

Too Sexy For My

Muito sexy para...

Too Sexy For My

Muito sexy para...

I'm A Model, Ya Know What I Mean

Pois sou modelo, sabe o que quero dizer...

And I Do My Little Turn On The Catwalk

E dou minha irresistível virada na passarela

Yeah On The Catwalk

Sim na passarela

Yeah On The Catwalk Yeah

na passarela, sim

I Shake My Little Tush On The Catwalk

Agito-me na passarela

Nessa hora pude ver que todos tinham se levantado do seu lugar e agora dançavam uns com os outros, rindo, se divertindo, e Gina continuava a gritar e me mandar beijos.

- LINDOOOO, GOSTOSOOOO. – Não teve como não rir.

Cada vez mais incentivado por ela, comecei a fazer pose de machão e mostrar os músculos, passando a mão no cabelo, e os jogando pra trás.

I'm Too Sexy For My Cat

Sou muito sexy para meu gato...

Too Sexy For My Cat

Muito sexy para meu gato

Poor Pussy

Pobre gatinho

Poor Pussy Cat

pobre gatinho

I'm Too Sexy For My Love

Sou muito sexy para meu amor...

Too Sexy For My Love

Muito sexy para meu amor
Love's Going To Leave Me

O amor vai me abandonar

And I'm Too Sexy For This Song

E sou muito sexy para essa canção

Assim que terminei com a minha performance, todo mundo aplaudiu e assoviou pra mim. As meninas gritavam em coro:

- LINDO, TESÃO, BONITO E GOSTOSÃO!

E em seguida caiam na gargalhada. Levando todo o grupo com elas.

Fiz uma reverencia em agradecimento, meu pesadelo tinha acabado, e para minha surpresa tinha sido completamente indolor. De certa forma, divertido! Fui sortear a próxima vitima. Apertei o botão e logo o próximo a participar apareceu. Luna e Colin, num dueto. A música eu nunca tinha ouvido falar e parecia complicada, agradecia mentalmente que não tinha caído pra mim.

- Lu, Colin, é com vocês. – A alegria de serem chamado, foi vista por todos.

Mostrei a música pra eles assim que chegaram ao palco, e os deixei sozinhos, rindo feito bobos, super contentes com a música sorteada. Definitivamente aquele casal em particular era o mais louco que eu conhecia.

Fui me sentar ao lado de Gina que parecia rir muito de algo que Mione havia dito. Ela era tão linda.

- Obrigado pelo incentivo. – Falei em seu ouvido, a fazendo quicar no lugar com o susto.

- Adorei a reboladinha. Isso me lembrou muitas coisas senhor Potter. – Seus olhos brilhavam em malicia.

- Que tipo de coisas, ruiva?

- Ah querido, isso é algo que não poderei dizer no momento. – Enquanto conversávamos, Colin e Luna cantavam animados no palco, fazendo todo mundo rir.

- Que maldade ruiva, vai me deixar nessa aflição?

- Fazer o quê se eu sou terrivelmente cruel. – E piscando de modo maroto ela virou a atenção pra os amigos que dançavam no palco a musica estranha.

Não adiantava, ela não iria dizer. Gina era assim mesmo, e por já conhecê-la muito bem, sabia que mesmo implorando, não falaria, apenas para me ver roendo as unhas de curiosidade.

Olhei para o palco mais uma vez e vi o casal de periquitos, mais rindo do que cantando, e foi impossível se manter sério. A música além de estranha era engraçada, por não se entender nada da letra.

(my sweet prince)

Meu doce príncipe

Humuhumunukunukuapua'a

Maki hiki malahiniwho

Humuhumunukunukuapua'a

ooooooooooooh

hawana

waka waka waka

niki pu pu pu

A gargalhada fazia coro no bar. Luna dançava o que parecia ser dança havaiana, enquanto Colin fazia biquinho de peixe, e mexia o corpo parecendo uma minhoca. Nem eles mesmos conseguiam ficar sérios com aquilo.

[Colin/Luna

T-T-T Tiki T Tiki

wanna speaky, speaky, speaky

Quer falar, falar, falar

with the mighty spirit Fufu

com o poderoso espírito fufu

T-T-T Tiki T Tiki

wanna speaky, speaky, speaky

Que falar, falar, falar

The words I will not mince

Palavras que não irei mencionar

Todo mundo batia palmas e fazia uma zona só. Gina que não agüentava mais de rir, limpava os olhos que escorriam lágrimas. Até Rony que estava sério até então, gargalhava, escondendo a felicidade com a mão. Mione parecia radiante em vê-lo sorrir.

Krika batia na mesa no compasso da música, enquanto Draco a encarava e sorria, fazendo a mesma coisa que ela, mais com colheres no lugar das mãos.

Gina tinha razão quando disse que aquela tarde poderia ser muito boa para todos.

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Jamais pensei que aquele grupo fosse tão doido! Estava me divertindo a beça, apesar de achar que iria detestar. Tudo bem que a lombriga desbotada não parava de me encarar, mais isso era completamente irrelevante, quando eu não conseguia parar de gargalhar um minuto sequer com as bobeiras que toda turma fazia.

Até o medo de cantar já tinha passado, pois eles deixavam a gente tão confortável, que era impossível ficar constrangida.

Estava faltando apenas Gina, o bicho de goiaba e eu pra cantar. Colin e Luna tinham acabado de cantar, o que fora muito hilário, pois os dois juntos eram palhaços demais.

- E então? – Revirei os olhos, entediada. Ele tinha que falar, parece até que não tem controle sobre a língua. Garoto chato!

- E então o quê? – Perguntei apenas porque sabia que não pararia de me amolar.

- Pelo o que me lembro, você havia dito que seria um pesadelo passar a tarde comigo. – Sorri toda afetada para ele.

Sabe quando você tenta ignorar uma coisa, e essa determinada coisa fica te perturbando sem parar? Pois é, Draco Malfoy é essa “coisa”.

- Só que te uma pequena diferença, branquelo, eu estou acompanhada com os meus amigos. E não sozinha com você. – Ele fez uma careta pro nome carinhoso que eu havia lhe chamado.

- Mas bem que você gostaria de estar a sós comigo. – Arregalei os olhos de puro horror, e depois sorri cinicamente.

- Oh meu Deus! Você descobriu meu segredo! Poxa e eu que pensei que estava disfarçando bem o meu grande “fogo” por você. – Draco gargalhou, e como meu corpo se afetou com aquilo.

- Posso providenciar para que esse “fogo” seja saciado, pequena Krika. – Fui preenchida de ódio imediatamente.

- Mas nem se você fosse o ultimo homem da galáxia! – Gargalhou mais ainda da minha cara, se isso era possível.

- Está caidinha por mim. – Dessa vez, foi minha vez de gargalhar.

- Você nem imagina o quanto. Se eu fosse você teria medo, posso atacá-lo a qualquer momento. – Enquanto eu falava, me aproximava dele, sem perceber realmente, apenas porque estava com raiva.

- É o que eu estou esperando, Chris. Estou louco pra vê-la me atacar, assim como seus olhos dizem pra mim. – Ele também se aproximava, e estávamos tão perto um do outro que eu sentia seu hálito sobre meus lábios.

- No dia que eu te “atacar” querido, pode me internar, porque provavelmente estarei maluca, ou no mínino drogada. – Sorrindo, e não dando a batalha como perdida, ele passou o nariz dele no meu, num carinho mudo, e se afastou me deixando sem ar.

- Então acho que farei uma pesquisa sobre as melhores clinicas, pois acho que terei que interná-la o quanto antes. – Ahhhh! Como aquilo me irritou!

- Vai pro inferno. – Murmurei baixo, cheia de raiva, e sai da mesa, para tomar um ar.

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- Acho que a Krika e o Draco estão tendo alguma coisa. – escutei Gina murmurar, enquanto via Draco sair da mesa e seguir Krika, que saia de perto da gente bufando de tanta raiva. – O que você acha Mione?

- É. – Respondi mecanicamente, enquanto via Rony levantar do lugar e se dirigir ao balcão que Hagrid estava.

- Mione, o que você acha de na próxima música eu tirar a roupa e dançar pelada por aí?

- Legal. – Assim que terminei de falar, escutei minha amiga gargalhar da minha cara.

- Mione, você está me assustando. – não entendi nada.

- O que você está falando Gi?

- Estou falando desse seu jeito aéreo, quando meu irmão ta por perto. – Abaixei a cabeça envergonhada, Gina tinha razão eu estava ridícula.

- É que fica difícil com ele tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

- Eu sei disso, e é por esse motivo que você tem que lutar por ele, Mione. – cruzei os braços, respirando profundamente.

- Já disse pra você que isso é algo que não posso fazer.

- Pois deveria, antes que seja tarde. – levantei uma sobrancelha, sem entender novamente.

- Gina seja mais clara, por favor. – A vi olhar em direção onde Rony estava, e percebi o que ela havia dito.

Tinha uma garota loira, muito bonita, falando com Rony. Senti tudo dentro de mim se revirar, quem era aquela garota que se derretia em sorrisos para ele?

- Sendo bem clara, Mione, se você não fizer nada, tenho certeza que aquela ali fará. Disso você e eu temos certeza.

Engoli em seco, olhando a cena se desenvolvendo na minha frente. A garota ria, e começava a alisar o peito dele. E eu por mais que olhasse não conseguia ver como Rony estava reagindo. Se estava gostando daquela loura aguada tocando ele ou não.

- Se eu fosse você, iria agora lá e colocava aquelazinha no lugar dela. – Arqueei a sobrancelha, pra Gina tudo era fácil.

- E você acha que eu vou fazer isso como?

- Simples, eu vou lá, arrumo uma desculpa pra falar com ela, enquanto você arrasta ele pra um lugar, de preferência vazio. – Quase ri do plano bem arquitetado dela.

- Gina você não bate bem não. – Ela revirou os olhos revoltada.

- Mione pelo amor de Deus, estamos falando da pessoa que você gosta, por favor, tenta ser menos patética e lute pelo o que quer! – Arrisquei mais um olhar na direção do casal, e notei o quanto a fulana estava perto dele.

- Você está certa! – Respondi me levantando do meu lugar. – Nenhuma bruaca loura vai se esfregar no meu... no... no Rony na minha frente.

- Isso aí. Assim que se fala! – Pisquei pra ela, e sai da mesa a deixando cheia de expectativa. – Mostre pra ele, Mi.

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IDIOTA!

Aí como eu o odeio!

O que ele pensava que era? O homem mais lindo do mundo? Estou com uma vontade tão grande de bater... bater muito nele.

“- Então acho que farei uma pesquisa sobre as melhores clinicas, pois acho que terei que interná-la o quanto antes.”

IMBECIL!

Até parece que eu, em sã consciência, sairia com aquela coisa. Credo!

“- Está caidinha por mim.”

NOJENTO PREPOTENTE.

- Idiota narcisista! – Bufei indignada.

- Normalmente quando a pessoa apresenta esse tipo de reação, são internadas logo. Falar sozinha realmente não é normal. – Meu coração veio parar quase na garganta, tamanho o susto que eu tomei.

Draco, que eu pensei que até pouco estava na mesa, se encontrava as minhas costas, com um sorriso irônico nos lábios. Encostado na parede do corredor, onde nos encontrávamos, perto dos banheiros.

- Quer me matar do coração? – Gritei revoltada, com a mão no peito, morta de vergonha por ele ter me ouvido.

- Me desculpe por ter atrapalhado o seu monólogo. – Aquilo, dito com tanto sarcasmo fez minha ira voltar.

- O que está fazendo aqui?

- Vim ao toalete. – Respondeu com a mão no bolso, virando na minha direção, se deixando ficar encostado apenas pelo ombro.

- Ah ta! – Não acreditei naquela mentira deslavada. Dei-lhe as costas e segui rumo ao banheiro feminino.

- É nessa hora que eu te agarro e te beijo? – Estanquei no lugar, engolindo em seco.

- Como? – Foi à única palavra que consegui pronunciar.

- Você mesma disse que quando estivesse maluca, seria o dia que estaria supostamente apaixonada por mim. – Sorriu largamente. – Acredito que esse dia seja hoje, já que a peguei falando sozinha. Malucos falam sozinhos!

- Você só pode ser doido! O que quer? Gosta de ser insultado? – Um pânico maior do que qualquer coisa se apossou do meu corpo.

- Admita Krika, está completamente louca por mim, e quer mais que qualquer coisa que eu a beije. – Arregalei os olhos não acreditando na ousadia dele.

- Quanto de álcool você já ingeriu? Porque se não está bêbado, está perto. – Apesar de ter dito aquilo com horror, para Draco pareceu hilário, pois o infeliz gargalhou da minha cara.

- Não precisa ficar com medo Krika, eu não mordo. – Engoli em seco, quando o vi sair de onde estava e caminhar lentamente em minha direção.

- O que está fazendo? – Droga! Tinha paralisado. Eu odiava minhas pernas quando elas definitivamente decidiam ficar contra mim.

- O que você acha, Krika? – Ai maldição! Ele parecia um demônio quando me olhava daquele jeito.

As íris pratas brilhavam. Penetrantes, maliciosas. O sorriso acompanhando os olhos, charmoso, confiante. O andar lento, calculado, como um gato espreitando para dar o bote.

Comecei a tremer sem controle. Não conseguia fugir dele quando ficava daquele jeito. Ainda mais quando minhas pernas tramavam contra mim. Era algo mais forte que eu, que tomava meu corpo e deixava completamente a mercê dele.

- Desde que saímos da minha casa eu to querendo fazer algo. – Ele murmurou quando seu corpo encostou-se ao meu, me empurrado para a parede a minhas costas. – E é neste momento que você pergunta: o que você quer fazer? – Seu sorriso não poderia ser mais cafajeste.

Deus, eu estava hiper-ventilando. Minhas mãos suavam!

- O... o que... você quer... fazer? – Falar foi quase impossível pra mim, com sua boca tão perto da minha.

- Ora Chris, eu sinceramente acho que nesse caso, é melhor mostrar não? – Prendi a respiração, quando os lábios do louro em fim acabaram com o minúsculo espaço que existia entre nós.

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Okay, respira, é só respirar.

E quem sabe dar uns bons socos na cara daquela dita cuja que não para de sorrir pro meu ruivo.

Ai...

Quem eu quero enganar? Rony não é mais meu faz um tempinho, e tirando é claro que ele nem se quer lembra da minha fuça, não ajuda nem um pouquinho.

(grande suspiro)

Patético.

O Pior de tudo - sim tinha um pior – era que eu não conseguia entender o que diabos eu estava fazendo nesse momento, ao lado dos dois, prestando atenção na conversa da loura com o Rony, na maior cara de pau possível.

- Você está sozinho aqui? – Levantei uma sobrancelha em descrença. Por acaso a água oxigenada tinha comido a retina dela, e a condenada não me enxergava ali.

- Estou com meus amigos. – Percebi que ele tinha pego algo do balcão para beber. Pela cor parecia vodca

– Você não me disse seu nome? – A loura arreganhou a boca mostrando todos os dentes.

- Ora Rony, pelo visto o que estão dizendo por aí é verdade? – O que ela estava falando? – Lilá Brown, ao seu dispor. E é realmente uma pena que não se lembre de mim. – Notei quando ele a fitou mais minuciosamente.

Fechei os punhos de raiva. Os dois me ignoravam na maior cara dura, e eu por mais miserável que estivesse me sentindo, não conseguia me mexer do lugar. Estava me rebaixando ao extremo.

- Peço desculpa por não lembrar de você, Lilá. – Pra quem não lembrava, até que estava bem intimo dela, a chamando pelo primeiro nome.

- Tudo bem, podemos colocar essa mente preguiçosa pra trabalhar... juntos. – Mas que oferecida!

- Trabalhar? – Era impressão minha ou Rony estava mesmo entrando no jogo daquelazinha?

- Claro, como nos velhos tempos. – Ao mesmo tempo em que aquilo me magoou profundamente, me deixou irada extremamente.

A grande filha da mãe estava se aproveitando do estado dele, e o pior, bem na minha cara.

- Ronald, Harry está chamando para que possamos continuar. – Os dois olharam pra mim, e minhas bochechas esquentaram.

Se não bastava o fato de estar sendo ignorada feito uma barata, Rony apenas me lançou um olhar frio, e depois observou nossa mesa, como se quisesse provar o que eu havia dito. E com um sorriso exageradamente canalha falou:

- Draco e Krika também não estão na mesa, portanto só sairei daqui quando eu quiser. – Respirei muito fundo para não socá-lo.

- Mas talvez ele queira falar algo com você. – Eu tinha que ter paciência.

- Não acho que Harry esteja realmente interessado em conversar comigo. – Notei quando ele mais uma vez olhou pra nossa mesa e o acompanhei.

Droga! Nesse ponto de vista, Harry realmente não mostrava interesse em conversar com ninguém em particular, exceto é claro, com Gina e sua língua.

- É impressão minha, Granger ou você está tentando afastar Rony de mim? – Encarei a tal da Brown sentindo as orelhas quentes de raiva.

- De maneira nenhuma, apenas estou passando um recado. – A loura sorriu e fitou Rony sinicamente.

- No meu ponto de vista está parecendo forçar a barra. – Sinceramente estava com muita vontade de bater com a cabeça dela no balcão.

- Está apenas entendendo mal minhas palavras, Brown, mas já estou acostumada com isso. – Quase sorri da cara de ofensa da oferecida.

- Esta me chamando de burra?

- Esse título querida, é você mesma quem está se colocando. – Pronto, dessa vez eu tinha cutucado a ferida da maldita.

- Escuta aqui sua...

- Hermione, você poderia nos dar licença? – Fitei Rony, chocada; com a interrupção e palavras dele.

- Mas... – Tentei argumentar.

- Você está nos atrapalhando. – Uma angustia gigantesca invadiu meu peito.

- Não escutou Granger? – Engolindo toda vontade de chorar, e catando o restinho de dignidade que existia no meu ser, dei a volta e deixei os dois a sós.

Voltei para a mesa arrasada. Rony tinha preferido ficar com ela. Porque logo com ela?

- O que houve Mi? – escutei Gina me chamando atenção.

- Rony me mandou sair. – Respondi revoltada.

- Como assim sair? – Gina olhava de mim para o irmão sem entender nada.

- Sair Gina, do verbo, desaparece, some, escafeda-se daqui, vaza, vá para o raio que a parta. – Assim que terminei, uma lágrima escorreu de meus olhos, mas de puro ódio.

- Mi não fica assim. O Ronald é um idiota, e vai ver que isso é criancice. Logo irá parar com isso.– Minha amiga tentava a todo custo me acalmar.

- Eu estou com tanta raiva, Gina. E magoada também.

- Vamos tentar esquecer isso está bem?

- Não vou esquecer Gina, estou com muita raiva. – Ela respirou profundamente.

- E se a gente cantar...

- Não quero cantar Gina, quero é bater com a cabeça daquela oxigenada no balcão. – Neste momento olhei pro casal e quase vomitei com a meiguice exagerada que ela mostrava pra ele.

- Você tem que se acalmar.

- Ele ta pedindo guerra Gi. – Falei com os olhos brilhando de raiva.

- Mione é exatamente isso que Rony quer. – Olhei para a minha amiga novamente e sorri.

- Então que seu desejo seja atendido, Virginia. – E com isso sai da mesa com o meu celular na mão.

Pra quem eu iria ligar? Ah! Rony que me aguardasse!

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Por mais que eu estivesse me divertindo naquela tarde, uma coisa estava martelando minha cabeça, isso se devia ao fato de Rony estar todo receptivo a uma garota que não fazia idéia, e Mione que demonstrava todo aquele semblante vingativo, que cometeria um assassinato a qualquer momento.

E lógico que só conhecendo muito bem os dois é que se nota que é uma verdadeira idiotice, já que estão na verdade loucos para ficar juntos.

Enquanto Rony continua com sua hospitalidade em alta, fazendo a loura rir até de coisas trágicas, Mione acaba de voltar pra mesa com um sorriso pra lá de vitorioso, macabro, e eu confesso que mesmo sendo sua melhor amiga, chego a me assustar com essa atitude.

- Será que seria muita curiosidade da minha parte lhe perguntar o motivo de tanta felicidade? – Seu sorriso, por mais que impossível que possa parecer, triplicou.

- Na hora certa você saberá, Gi. – Estranhei. Droga... Mione tinha mais uma vez agido por impulso.

- O que você fez, Mi?

- Já disse que na hora certa você vai saber. Tenha paciência Gina. A pressa é a inimiga da perfeição. – Balancei a cabeça em negação.

Porque eu estava com a terrível sensação que aquilo iria dar em confusão?

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Situações imprevisíveis deveriam vir com manual. Um manual completíssimo, e que te ensinasse a sair de enrascadas como a minha.

Como em nome de todos os seres divinos, sairia ilesa naquela situação em particular?

Como posso desgrudar minha boca da boca da lombriga desbotada, se ela nem se quer coopera para isso?

E porque senhor, minhas pernas nunca me obedeciam quando eu queria? Por acaso elas tem vida própria e eu não sei??? Sou uma anomalia da ciência e cada parte do meu corpo toma suas decisões por si só?

Gemi...

Aí ótimo! Porque eu não escrevo logo na minha testa que estou louca por ele?

Por acaso eu permiti meu corpo reagir de tal forma? Quem mandou o infeliz gemer?

Arrepiei...

Maravilha. Estou definitivamente certa que meu corpo não me pertence mais, só isso explica tantas coisas esquisitas!

Tremi...

Deus! Se tiver alguém aí no céu que me ama, ou que pelo menos gosta de mim, me salve, por favor!!!

Amoleci...

Será que é normal sentir que vai cair, desmaiar, morrer sem ar, tudo ao mesmo tempo?

Delirei...

Porque esse infeliz tinha que beijar tão gostoso???

Draco passeava as mãos pelas minhas costas, me provocando varias sensações indescritíveis. Meu ar estava difícil de chegar aos meus pulmões. Meu coração batia tão rápido, que estava me deixando tonta. A boca morna, experiente, mordia a minha, me fazendo ter fraqueza nas pernas.

Por tudo que é mais sagrado alguém me ajude!

E sabe o que é pior? Minha maldita boca não parava de retribuir! Era tão fiel aos lábios dele que chegava a dar ódio.

Tentei empurrá-lo, sentindo os comandos do meu corpo voltarem, mais foi completamente estúpido, já que ele era mais forte que eu, e apenas me imprenssou mais.

Fechei a boca de pirraça e Malfoy sorriu travesso, com a minha birra.

- Fazendo pirraça, que bonitinho... – Murmurou rouco entre meus lábios.

Tremi outra vez...

Alguém me da um tiro!

Segurou minha nuca com uma das mãos, e meus pensamentos foram pra longe.

- Abre a boca pra mim, abre... – Fechei os olhos sem agüentar aquilo.

Estava sendo torturada.

- Eu sei que você quer... – Engoli em seco quando senti a língua do louro passando nos meus lábios.

Tranquei com força a boca, eu não podia sucumbir, não podia...

- Eu preciso de você, Chris... Me deixa ter você... – Não acreditei a principio no que tinha escutado.

Apenas quando abri meus olhos e encarei a sinceridade, e o brilho hipnotizante daquele olhar prata, é que vi que ele realmente parecia precisar daquilo, mais do que qualquer coisa no mundo.

- Me beija também, Chris... Anda, eu sei que você quer... Me beija...

E não agüentando mais a pressão, e vendo mais uma vez meu corpo ceder àquele pedido tão quente, eu fiz exatamente o que ele havia suplicado, o beijei.

N/B Georgea: Sobre o momento que está passando, continuo aqui pra vc, minha querida, vc sabe. Beijocas até a Arinha fazer ARGH! E nada de bobagem com o cap. , ficou muito... ah, leia abaixo!

Sobre o capítulo: Amiga, irmã... Você é a rainha do amasso. Da NC. Do desespero. Do atentado ao pudor! Ahauhauhauahauhaua! To tontinha... Essa Krika é muuuuito forte. Eu já tinha... vc sabe o que, há muito tempo. Hihihi. E a Mione? Qual será a vingança? Meus olhinhos brilham deliciados. Vingança! Sim! Vamos fazer o ruivo tomar do próprio remédio! Já estou me roendo pra ler o próximo. Mais Draco e Krika! E Mione e Ron (morto de ciúmes)! E Gina e Harry, sempre lindos, meus amores maiores. Beijo imenso, maninha. E parabéns por atear fogo em tudo, Tochinha! XD

N/A: Arinha tentando desviar de todo tipo de coisa sendo lançada para ela... Arinha uma hora mais tarde aparecendo cheia de hematomas por ter levado o castigo que merecia! Ahauahuahuaha.

Peço um milhão de desculpa pela demora... juro que eu não queria ter feito isso, mais como nossa vida é muito imprevisível, eu tive certos problemas que dificultaram e muito a saída desse capitulo. Um em particular, foi a morte do meu sogro, que eu considerava como pai. Foi muito forte pra mim, e foi uma barra terrível que minha família passou.

Espero que tenham gostado do capitulo. Confesso pra vocês que eu não achei legal, sei lá, achei que poderia ter feito mais, mais infelizmente ainda está sendo difícil.

Só uma coisa eu afirmo pra vocês com toda certeza, não irei abandonar nada, nenhuma das fics!

Geo, mana do meu coração, brigada por betar a fic, e deixá-la melhor. Amo-te!!!

Um beijo enorme pra todos... eu amo vocês!

Arinha

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