CAPITULO 6



N/A: Queria dedicar esse cap. para minha miga Miaka-Ela que me ajudou a ter varias idéias sobre o nosso lindo, maravilhoso, suculento, todo bom Draco Malfoy. Aí Amiga esse cap. é pra você e lógico pra todos aqueles que são fãs de D/G!

Arinha v

CAPITULO VI

Eu olhava a cidade passando pela janela do carro, mas não estava realmente prestando atenção em nada, a única coisa que eu fazia era pensar nas coisas e amigos que tinha deixado mais uma vez, mesmo que eu não tenha feito nenhum, por conta das loucuras de mamãe, não era a primeira vez que nos mudávamos assim de uma hora pra outra no meu do ano letivo, sem que ela se importasse se eu estava feliz com aquela situação ou não. Era sempre de veneta, quando ela cismava que estava de saco cheio da cidade, lá ía eu juntar minhas tralhas e me enfiar num carro com ela e partir pro outro “paraíso” como ela chamava.

Era incrível, mas eu com meus atuais 16 anos, não tinha nenhuma amizade, nem nunca, isso mesmo nunca tinha dado um beijo num garoto, era triste, vergonhoso, mas infelizmente a verdade. Não que nunca ninguém tenha tentado fazer amizade comigo, e que eu não tenha tido oportunidades de ficar com um garoto, mais as raras ocasiões eu tinha evitado com todas as minhas forças, para não me envolver. Sei que aquilo não era legal, e só me fazia me tornar uma chata antipática e anti-social, mas eu tinha medo de me envolver demais e depois sofrer por conta da minha mãe louca.

Olhei pro lado e vi mamãe falando, mas não estava escutando nada, já que estava escutando música no meu cd player, a fitei e comecei a prestar atenção nela, Noelly Dawson um nome forte, mais que não combinava em nada com a pessoa ali na minha frente, pele morena, 1,70 de altura, corpo legal, rosto de menina, olhos negros e profundos, cabelos castanhos claros, boca pequena, nariz comum, mamãe era assim, comum, mais muito louca, às vezes eu me perguntava quem era a adolescente naquela família. Com meu famoso sorriso maroto fiz com que ela acordasse e logo percebeu que eu não ouvia uma palavra se quer que falava pra mim com tanto entusiasmo, com um sinal mandou que eu retirasse o fone dos ouvidos, e eu com nenhuma paciência tirei e desliguei o aparelho.

- Você ouviu alguma coisa que eu falei Krika? - Mamãe me perguntou com um tom de aborrecimento na voz.

- Nenhuma palavra. - Falei da forma mais natural possível, e desviei meu olhar para a janela mais uma vez.

- Ainda chateada comigo Krika? - Escutei ela perguntar preocupada e eu tive que me controlar para não lhe dar uma resposta malcriada.

- Não mamãe - Respondi se nem ao menos olhá-la. – Porque estaria? - Perguntei ironicamente.

- Minha filha não fica chateada com a mamãe.- “E lá vem a chantagem emocional...” – Você me conhece, sabe que eu não gosto de ficar parada muito tempo no lugar, poxa quem fica parada, colada na sua casa é tartaruga, e aquela cidade já estava passada, precisamos arrumar outras novidades pra nossa vida pacata. - Após ela terminar, eu não consegui me conter e tudo que eu tava rezando pra não acontecer, aconteceu, eu explodi.

- PACATA! - Gritei, e pude perceber que mamãe não esperava meu ataque histérico. – VIDA PACATA? O QUE EXATAMENTE A SENHORA ENTENDE DE VIDA PACATA MAMÃE? - Perguntei indignada.

- Minha filha eu sei que você esta triste porque teve que deixar pra trás seus amigos, isso é normal, mas pode ter certeza que você vai encontrar outros. - Ela sorriu, e aquilo me deixou com mais raiva do que estava.

- Mamãe... – Respirei fundo tentando me controlar e respondi engolindo a vontade de gritar e correr pra longe dela. – Eu não vou me sentir triste porque deixei pra trás amigos, porque isso mamãe eu não tenho. - Terminei mais revoltada do que nunca e voltei minha atenção para a janela.

- Filha... – Foi só o que eu escutei antes de colocar o fone de volta nos ouvidos e aumentando o volume no máximo, não estava com nenhuma disposição para escutar as desculpas e lições de moral de Dona Noelly Dawson.

“Sua vida é um saco Christina Dawson, um verdadeiro saco.”

Pensei melancolicamente encostando minha testa na janela e pensando como eu uma pessoa tão normal poderia ter uma mãe tão desequilibrada, tudo bem que eu não era nenhum poço de normalidade, tinha até algumas coisas que para certos tipos de pessoas chamava atenção, como piercing no nariz e umbigo, vários buracos nas orelhas, um cabelo muito negro e picotado, com as pontas vermelhas, mas nada comparado com uma mãe louca que tira onda de adolescente, que só pensa nela mesma e que quando esta de saco cheio da vida, joga suas trouxas na mala do seu velho carro e se manda no mundo com sua pobre filha a tira colo.

Permaneci nesse meu estado meio inerte por um tempo que eu não saberia dizer ao certo, e nem percebi quando tudo ao meu redor começou a escurecer, minha cabeça parecia esta oca, pois não conseguia pensar em nada, apenas estava me deixando ficar ali naquela poltrona do carro, escutando a música, que invadia meus ouvidos e logo senti meu corpo pedindo descanso, fechei meus olhos e rapidamente adormeci.

xxxXxxx

Sabe aqueles dias que você acorda com uma preguiça crônica, aquela exageradamente grande, que te faz instantaneamente ficar com um incrível mau humor e uma baita dor de cabeça, daquelas tão fortes, que você sente como se o seu crânio tivesse rachando ao meio? Pois é eu acordei hoje assim, aí eu penso comigo mesma, não era melhor ter permanecido com meus olhos fechados, dormindo, descansando, sonhando com as coisas mais maravilhosas e impossíveis desse lindo mundinho?

“Sim Virginia era melhor...”.

Então resolvo, abrir meus olhos e dou de cara com a luz que entra pela janela do meu quarto, o iluminando todo, meu mau humor e multiplicado por mil, o sol está brilhando, os pássaros cantando, o despertador não pára de tocar aquela música incrivelmente irritante, sinto aquela vontade louca, de puxar as cobertas até a cabeça, puxar meu travesseiro e coloca-lo em frente da minha própria fuça e gritar até perder a voz.

E lá pela décima ou vigésima vez - eu não saberia dizer ao certo, já que minha cabeça não esta processando nada a não ser dor - escuto mamãe me chamar, então mesmo a contra gosto, resolvo escorregar da cama, isso mesmo escorregar, já que na minha atual circunstância, me levantar da cama e ir andando ao banheiro, está totalmente fora de cogitação. Então, como eu ía dizendo, escorrego da cama e caio praticamente de quatro, e sinceramente isso não deve ser uma visão nada bonita, mais quer saber? Que se dane, eu to no meu quarto e não estou nem um pouco a fim de tentar fazer minha pobre cabeça dolorida mandar seus comandos para meu corpo preguiçoso.

Vou engatinhando para o banheiro, mas antes alcanço um sapato e jogo com toda força naquele despertador inútil que só me faz acordar estressada. O acertei em cheio e só tive um pequeno vislumbre do pobre coitado caindo com tudo no chão e sumindo embaixo da cama. Voltei a minha atenção a minha longa “engatinhada”, já que não posso falar caminhada, pois continuo de quatro. Chego lentamente perto da porta do banheiro e abro a mesma com a cabeça, a empurrando, pois como havia dito meu corpo ainda não me responde.

Aproximo-me da pia e coloco minha força nela para me erguer, com muito custo consigo e olho meu reflexo no espelho, e sinceramente só não sai correndo, pois não tinha força para tal ato, mas que eu tava a coisa mais horrenda, ah! Isso eu tava com certeza. Sabe aquela expressão, “O cão chupando limão do lado averso, corcunda, vesgo, banguelo, maneta, perneta, bichado, carcomido e dentre outras!” ? Pois eu tinha conseguido a façanha de estar pior. Tudo bem, eu posso estar sendo um pouco dramática e exagerada demais, mas eu estava realmente mal, minha cara tava parecendo um atropelamento, meus cabelos, mais um pouco poderia ser comparado com espoja de aço se continuasse daquele jeito, logo mamãe não precisará comprar bombril, já que sua querida filha está os cultivando aos montes em sua cabeça.

Resolvi não olhar mais no espelho até que voltasse ao normal, não podia arriscar ficar traumatizada para sempre com aquela minha cena patética. Tirei minha roupa, tomei um banho gostoso, daqueles que lavam ate a alma e sai enrolada na toalha para o quarto.

Abri o armário e lembrei que a partir de hoje todos os alunos estariam liberados para ir com as roupas que quiséssemos, já que estávamos na temporada de verão, e o colégio abria essa exceção, dava graça a Deus por isso, pois não estava nem um pouco a fim de me assar dentro daquele uniforme quente. Peguei um vestido tomara que caia branco com flores rosa bem clarinhas. Ele ía até a altura dos joelhos, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, pus uma maquiagem leve, uma gargantilha de couro com uma letra V em forma de pingente, calcei uma sandália rasteira de couro, e pra completar o visual uma bolsa de couro da mesma cor da sandália.

Estava me sentindo linda e renovada, respirei fundo e sai do meu quarto pronta pra colocar meu plano em ação. Esquecer Harry Potter. Desci as escadas lentamente e quando cheguei à cozinha encontrei quem eu menos queria ver aquela manhã. Lá estava ELE, sentado, comendo seu café matinal, e só em ver sua cara de manhã, meu estômago embrulhou e minha vontade de comer resolveu dar um passeio. Mas, infelizmente, não podia negar que o desgraçado estava gostoso, usando aquela calça que eu adorava cargo, com uma camiseta preta que deixava aparente seus braços fortes e me faziam suspirar feito idiota, os cabelos como sempre mais bagunçados do que nunca lhe cobrindo os olhos verdes.

“Aí que ódio... se concentra Gina... passa direito e nem olha na cara desse ser extremamente cabeludo e... Gostoso, lindo, maravilhoso! Ah! Eu me odeio!”

- Mamãe eu já vou indo. - Passei rápido por mamãe, para que ela não me alcançasse e resolvesse me obrigar a comer.

- Não senhora. - Ouvi sua voz autoritária. – A senhorita acha que eu vou deixar você sair sem comer dona Virginia Weasley! E ela me deu aquele olhar medonho que toda mãe sabe dar.

- Mas mamãe... – Falei suplicante.

- Mas nada. - Ela disse nervosa. – Pode sentar aí e colocar um pouco de comida nesse estômago. - E sinceramente nem deu pra discutir com ela, eu realmente tinha amor a minha pobre vidinha. – Agora você vê, nem se recuperou ainda e já quer sair sem comer... – Escutei ela resmungar, enquanto mexia nas panelas.

Sentei na cadeira vazia em frente à Harry e do lado de Rony, mais não olhei na cara dele nem uma vez, não queria encará-lo, pois sabia que se eu o fizesse, não iria em frente com meus planos, peguei a tigela que estava na minha frente e peguei um pouco de salada de fruta e me pus a comer devagar, sentia seu olhar em cima de mim e aquilo estava me incomodando mais do que o normal, tive vontade de jogar a tigela na sua cara, o tempo todo eu o ouvia limpar a garganta, como se quisesse chamar a minha atenção de alguma forma e aquilo estava sendo incrivelmente irritante, será que ele não se tocava que eu não estava nem um pouco a fim de olhar pra fuça deslavada dele?

“Canalha de uma figa, ainda tem coragem de tentar me dirigir à palavra, aí ninguém merece mesmo!”

- É impressão minha ou vocês três estão muito calados? - Fitei minha salada de fruta mais do que coisa depois de ouvir mamãe nos dirigir a palavra.

- Eu estou com sono mamãe... – Rony se pronunciou pela primeira vez naquela manhã. – O Harry e a Gina é que estão estranhos. - Terminou voltando à atenção para seu prato.

“E é exatamente nesses momentos que eu me pergunto, pra que serve irmão? Isso mesmo, pra que diabos existem esses seres mal amados que só fazem sua humilde vida virar um verdadeiro inferno? Por que eles têm essa capacidade de quando abrir a boca, sua vida virar pelo lado averso? A capacidade de transformar você em uma idiota em questão de segundos é bizarra! A capacidade de fazer você sentir-se pior do que o cocô do cavalo do bandido? Uma verdadeira façanha! Isso, realmente só um irmão igual ao meu tem a capacidade de fazer!”.

Depois da minha pequena reflexão, resolvi dar uma resposta à altura para meu queridíssimo irmãozinho.

- Eu sinceramente não vejo nada de estranho em nós dois Ronald. - Minhas orelhas estavam pegando fogo de raiva e fitei Harry pela segunda vez no dia. – Você não concorda comigo Harry? - Perguntei ironicamente, encarando profundamente aquelas íris verdes como esmeraldas.

- Claro maninha. - Estremeci completamente ao ouvir aquela voz rouca e ver seu sorriso safado direcionado a mim.

“Deus... Ele faz de sacanagem, só pode ser!”

- Viu Rony, não tem nada de errado com a gente. - Desviei minha atenção de Harry para Rony. – Nem muito menos estranhos. - Falei finalizando o assunto.

- Ótimo - Mamãe falou. – Vamos terminando os três, porque já estão quase atrasados. - Foi aí que eu percebi que estava faltando alguém.

- Mamãe? - Chamei sua atenção. – Cadê o papai? Ele sempre toma café conosco. - Perguntei preocupada.

- Ah! Desculpe crianças, mais o pai de vocês viajou ontem de noite para resolver uns problemas da firma. - Vi que mamãe estava nervosa e parecia esconder algo. – Eu tinha esquecido de contar pra vocês. - Ela sorriu virando de costa com a atenção voltada para as panelas novamente.

“Estranho...”

Foi o primeiro pensamento que passou pela minha cabeça.

Papai odiava viajar, sempre passava isso para os seus empregados, e agora estava viajando do nada para resolver assuntos da empresa? Isso realmente é esquisito, será que tinha acontecido algo? Que mamãe estava escondendo algo, isso tava nítido demais, tenho certeza que até o Rony que é o mais distraído, percebeu. Meus pensamentos foram interrompidos por uma buzina, Draco havia chegado para me apanhar, tínhamos combinado de que ele me levaria para escola de agora em diante, quanto menos contato com Harry melhor. Levantei-me e fui em direção a mamãe para lhe dar um beijo de despedida.

- Você vai com quem minha filha? - Mamãe perguntou curiosa.

- Vou com o... – Vi a porta da cozinha se abrir.

- Oi Gi... - Draco me interrompeu da porta da cozinha. – Oi pessoal, bom dia senhora Weasley! - Ele cumprimentou a todos, mas percebi seu olhar prateado brilhando pra mim e me perfurando.

As lembranças do beijo que eu havia dado nele no dia interior vieram como avalanche e senti meu rosto corar violentamente. Não conseguia encara-lo sem lembrar do beijo e de como ele havia sido bom, e eu fiquei me perguntando o porquê de eu ter achado bom? Já que eu sou completamente louca por Harry, por que será que eu me senti tão balançada pelo beijo do louro? Será que ele tinha conseguido a proeza de me fazer esquecer Harry? Não acho que esquecer não, mas que ele tinha conseguido me balançar, ah! Isso ele tinha feito, e sorri bobamente com esse pensamento, será que com Draco eu seria feliz? Será que ele me faria esquecer o moreno que tanto tempo gostava?

Ergui minha cabeça e fitei seus olhos cinza maravilhosos e lhe presenteei com o meu melhor sorriso.

- Bom dia querido. - Mamãe respondeu lhe dando um abraço e um beijo na testa. – Já tomou café? - “E lá vai Dona Molly Weasley atacando de mãe protetora outra vez”, pensei divertida.

- Já sim senhora. Ele me olhou outra vez. – Só vim buscar a Gi. - Sorriu pra mim e eu percebi como estava lindo.

Calça jeans, blusa azul clara, com os dois primeiros botões abertos, e sapatênis. Uma mistura de sapato com tênis, os cabelos estavam molhados jogados displicentemente pelo rosto lhe dando um ar terrivelmente sexy. Suspirei pela segunda vez no dia e passou um pensamento maroto pela minha cabeça.

“É até pecado ter um amigo lindo desse e não se sentir atraída por ele nem se quer um pouquinho!”

- Já estou pronta Draco. - Beijei seu rosto entre o espaço da bochecha e a boca, isso fez o corpo do louro estremecer. – Vamos ou chegaremos atrasados. - Segurei seu braço me dirigindo à saída da cozinha. – Tchau mamãe, tchau meninos. - Tive uma vontade louca de gargalhar da cara que Harry fez nesse momento, me fitava com o mais puro ódio, e isso me fez sentir incrivelmente demais.

Mas antes que eu pudesse desfrutar do louro que estava ao meu lado, ouvi Harry reclamar com mamãe o motivo de eu estar indo com Draco e não com ele e Rony. E antes mesmo de mamãe responder sua perguntar, me virei pra ele, lhe encarei e respondi o mais natural possível.

- Agora em diante, irei para escola com Draco. - Pude vê-lo tentando se controlar para não pular no pescoço de Draco. – Acho que nada mais natural, uma garota ir pra escola com seu namorado, você não acha maninho? - Harry ficou branco, transparente, parecia que todo seu sangue tinha fugido de seu corpo. Ele abria e fechava a boca, como um peixe fora d’água, e vê-lo daquele jeito, foi quase que um orgasmo pra mim, de tão delicioso.

- Como? - Foi tudo que ele perguntou, acho que só conseguiu processar isso também.

- Ué! Draco me pediu em namoro e eu aceitei. - Falei olhando novamente para o louro que parecia esta se divertindo tanto quanto eu. – Simples. - Sorri debochadamente.

- Aí minha filha... Fico tão feliz por você. - Senti os braços da mamãe me envolvendo em um abraço maternal. – Vocês formam um casal tão bonitinho. - Apertou minha bochecha e não pude evitar ficar vermelha.

“Oh, pagação de mico meu Deus... ou será um gorila?”

- Tá bom mamãe. - Fugi de seus braços. – Agora estamos indo, bye! - E puxei Draco pra fora da cozinha pelo braço.

Chegando ao lado de fora da casa, Draco me fitou muito sério e confesso que senti minhas pernas ficarem bambas e o coração acelerar. Ele me olhava com aquele típico olhar dele, questionador, era óbvio que ele queria saber que história era aquela da gente esta namorando! E resolvi jogar limpo com ele, afinal de contas, primeiro que tudo éramos amigos, né?

- Me desculpe. - Falei um pouco sem graça. – Você deve esta achando que eu estou te usando pra fazer ciúmes no Harry? - Não conseguia encara-lo, vergonha era pouca, pra o que eu estava sentindo. – Mas te garanto que não é. Ergui minha cabeça e encarei seus olhos e pude ver compreensão ali.

- Se não é ciúmes, então é o que Dona Virginia? - Perguntou divertido, e eu não pude deixar de sorrir também.

- Eu falei sério. - Meu sorriso desapareceu, dando lugar a uma cara extremamente séria. – Eu quero namorar com você Draco. - Meu coração estava acelerado e eu não estava entendendo por que. – Se você quiser é claro. - Engoli em seco quando o vi se aproximar de mim.

- Tem certeza? - Senti uma incrível tremedeira quando ele chegou perto de mim.

“O que esta acontecendo comigo?”

- Uhum... - Foi tudo que eu consegui dizer, quando senti suas mãos em minha cintura, me arrepiando até a alma.

- E se você se arrepender? - Fechei meus olhos quando senti suas respiração em meu pescoço, aquele hálito quente estava me fazendo enlouquecer.

“Aonde esta o meu amigo? Por favor, me devolvam! Desde quando ele é tão sedutor? E desde quando minhas pernas ficam bambas assim por ele?”

- Eu não vou me arrepender, tenho certeza. - Falei convicta. – Fica comigo Draco? Fitei seus olhos e achei que iria cair quando os lábios do louro se encontraram com os meus.

Sabe todas aquelas sensações que eu senti no nosso primeiro beijo? Pois bem, eu senti o dobro, tudo girou, tudo parou, meu coração acelerou mais do que já estava acelerado, meu corpo inteiro formigou, esquentou, arrepiou, amoleceu, desfaleceu, tudo junto. Mas o melhor de tudo, eu me senti mais amada do que qualquer pessoa e isso me deixou extremamente feliz. Agora posso dizer Draco com certeza é único, ninguém é como ele, ninguém vai me deixar como ele, e arrisco dizer que ninguém vai me amar como ele. Posso até estar errada, mas no momento eu sinto que ninguém me ama mais do que Draco. Continuávamos a nos beijar e eu nem tinha percebido que Draco tinha me encostado na lateral do seu carro, uma Mitsubishi Pajero prata, linda em minha opinião.

- Sabe... Se a gente não parar com esse beijo agora, vamos acabar faltando ao colégio. - Disse divertida após o termino do beijo fitando o louro.

- Sabe... Eu não iria me importar nem um pouquinho de faltar no colégio, para ficar aqui te beijando. - Ele disse sorrindo mais do que eu, me apertando em seus braços.

Gargalhei com o comentário do louro e me desvencilhei de seus braços e dei a volta no carro e antes de entrar no lugar do carona e sorri de um jeito sexy que eu sabia que afetava o louro, o provocando.

- Quem sabe depois das aulas heim Malfoy? - Falei antes de desaparecer do outro lado do carro.

- Combinado Weasley. - Disse entrando no carro e me fitando intensamente. – Depois das aulas. Sorriu também, colocou o cinto e ligou o carro. - Você não perde por esperar ruiva. - Senti minhas pernas tremerem novamente, aquilo estava melhor do que eu pensava.

Fitei Draco, e logo já tínhamos deixado minha casa em direção à escola. Agora era só tocar minha nova vida pra frente, e esquecer de uma vez por todas que eu senti alguma coisa por Harry Potter.

“Eu vou te esquecer Harry, eu juro que vou te esquecer...”.

xxxXxxx

Sabe quando você esta com tanto ódio que não consegue por mais que se esforce pensar direito? Eu neste exato momento me encontro dessa forma, sinto como se a raiva transbordasse do meu ser, tamanho o ódio que estou sentindo, e o pior, são meus pensamentos de vingança, que eu sei lá no meu interior, não iram ajudar em nada, mas por enquanto é a única coisa que me faz respirar, que faz me manter sentado nessa cadeira, sem que eu saia correndo e acabe fazendo uma besteira gigantesca, ou seja, quebrar a cara de Draco Malfoy.

Não estava conseguindo processar ainda o que a ruiva havia dito para mim, era como se eu estivesse em outra realidade, como se estivesse sonhando, e logo eu abriria meus olhos ao som dos berros de mamãe, ou quem sabe da própria Gina esmurrando a porta, para que eu acorde e me arrume para levá-la a escola.

Mas infelizmente me encontro numa realidade monstruosa, onde eu, o imbecil em pessoa, acabo de despensar a garota dos meus sonhos, porque sou idiota demais e a entreguei de bandeja para meu melhor amigo. Agora me diz? Sou ou não sou o ser mais jumento da face da terra? Podem responder, eu deixo...

To com tanto ódio acumulado dentro de mim, que acho que será impossível chegar perto de qualquer ser humano sem mordê-lo. Mas ao mesmo tempo, vejo que sou responsável pela tremenda burrice que esta acontecendo e a única coisa que posso fazer agora, é permanecer com minha linda cara de bunda e seguir em frente, já que eu tenho certeza que a ruiva não vai olhar na minha cara nem tão cedo, muito menos me ouvir.

Resolvi me levantar logo daquela mesa e sai da cozinha sem nem ao menos falar com mamãe. Percebi Rony me seguindo, mas não estava a fim de conversar, e eu te falo com toda sinceridade que existe no meu ser, nada, eu repito, nada poderia ter me preparo para o que eu vi, quando cheguei ao lado de fora da casa.

Lá, encostada, no carro de Draco, e agarrada pelo mesmo, se encontrava Virginia Weasley em pessoa, aos beijos com o louro. Mais uma vez, sem pedir permissão, meu sangue fugiu do meu corpo, e o estado que eu fiquei, fez com que eu pensasse seriamente se ele – o sangue - não teria indo todo pros pés. Os dois pareciam não se importarem se estariam ou não fazendo a cena mais obscena naquela garagem, para os dois a única coisa a importar parecia ser os lábios um do outro. O ódio que estava sentindo foi multiplicado por um número que eu não saberia dizer ao certo já que ele extrapolou qualquer coisa que você possa imaginar, apertei com tanta força as chaves do meu carro, que percebi depois de muito tempo, observando os dois, que tinha furado minha mão, um fio de sangue escorria pela mesma, mas mesmo assim não sentia dor, quer dizer, eu sentia sim, só que não era necessariamente na mão.

Puxei o ar com mais força, na tentativa inútil de levar oxigênio para meus pulmões, já que meu estado não era dos melhores, tudo parecia girar e minha cabeça explodiu numa dor de cabeça que parecia que meus miolos queriam deixar a caixa craniana. E me vi pensando, será que era assim a sensação de ser trocado, ou melhor, ter o coração despedaçado? Pois tudo na vida naquele momento pareceu amargo, minha vida simplesmente tinha perdido o sentindo de uma hora pra outra, e o pior, a dor, que não parecia cessar por nada, é constante, como se eu tivesse uma faca encravada no peito, só que de uma maneira mais dolorosa, pois sentia uma mão invisível roda-la, no próprio eixo, para que a dor continuasse sempre presente.

Não tinha percebido mas meus olhos estavam marejados, e só me dei conta, quando a visão ficou embaçada pelas lágrimas. Tentei desviar minha atenção para outra coisa, mais era impossível, tinha alguma coisa puxando meus olhos para aquele local, onde dois jovens apaixonados curtiam o amor de forma romântica e feliz.

Tudo passava na minha mente, na velocidade da luz, todos os momentos, todas discussões, todas as ironias trocadas, todos os olhares, todos os beijos, a cena no banheiro, tudo vinha na minha mente e fazia a dor aumentar, se isso ainda era possível, mais e mais.

Tinha vontade de gritar, correr, me bater, morrer, me exilar, tanta coisa misturada, tantos sentimentos confusos juntos, era como se tivesse pego minha cabeça e a jogado no liquidificador, pois tudo estava uma zona, que me fazia crer que nem tão cedo conseguiria arruma-la.

Enquanto eu pensava, e me remoia como um miserável, percebi uma mão em meu ombro, uma mão sardenta e olhei pro lado pra dar de cara com olhos azuis me fitando seriamente, pedindo uma explicação com o olhar, vi todas as minhas forças se esvaírem, nem a Rony eu estava conseguindo enganar, nem a ele.

O fitei por um momento e abaixei a cabeça e balancei negativamente, como um pedido desesperado, para que ele não me perguntasse nada, pois mesmo que ele pedisse, não conseguiria força para tal proeza, já que instalado em minha garganta, se encontrava um bolo, que por mais força que eu fizesse para engoli-lo, não estava conseguindo.

Comecei a caminhar em direção ao carro, entrei, coloquei o cinto, enquanto do meu lado meu irmão repetia o mesmo ritual, coloquei a chave na ignição e dei a partida. Silenciosamente deixei minha casa, rumo ao colégio, mais triste do que jamais eu tinha ficado em toda minha vida. Agora minha ficha tinha caído, agora eu tinha percebido, tinha perdido Virginia Weasley de vez.

xxxXxxx

Acordei com a cara amassada, por estar com ela encostada à janela do carro, e procurei endireitar minha coluna, já que tinha pego no sono numa posição terrivelmente estranha, estou até me perguntando como que eu não estou torta até a alma, mas quer saber, deixa pra lá, me sento direito no carro e vejo que o mesmo se encontra parado. Olhando para fora, vejo que estou num posto de gasolina e percebo minha louca mãe conversando com um homem que nunca vi mais gordo, ou seja, lá estava ela de novo falando com estranho, como se o conhecesse a anos, ria escandalosamente, e o cara de vez em quando arrumava um jeito de toca-la, hora no ombro, hora no cabelo, ou mãos, e eu conseguia até imaginar pra onde aquilo iria, e precisava parar, antes que ela arrumasse mais confusão para nós duas.

Sai do carro decidida a acabar com aquela pouca vergonha, caminhei seriamente e me aproximei do casal.

- Ocupada mamãe? - Perguntei debochadamente, fitando a coisa que estava ao lado dela.

- Krika meu amor! Ela falou cheia de entusiasmo. – Deixe-me te apresentar Richard Gautier. - Empurrou-me com uma mão em minhas costas pra frente do homem. – Richard essa é minha princesa.

“Aí por que ela continua me chamando de princesa? Sabe que detesto!”

- Prazer. - Falei mais seca que maracujá. – Mamãe, será que podemos ir agora? - Olhei profundamente para Dona Noelly.

- Algum problema filhinha? - Ela fez sua melhor cara de mãe preocupada, senti minhas orelhas esquentarem rapidamente.

- Mamãe, vamos embora, por favor. - Pedi desesperada, estava tentando controlar o meu gênio, mas não estava funcionando.

- Calma princesa. - “Um, dois, três...”. – Deixa só a mamãe terminar de fal...

- NÃO. - Gritei puta da vida, sem deixá-la terminar. – VAMOS AGORA DONA NOELLY DAWSON. - Minha voz estava mais autoritária do que nunca.

- Krika...

- Nada de Krika mamãe, vamos embora. - E logo já estava a empurrando em direção ao carro sem deixá-la se explicar para o tal de Richard.

Senti meus olhos se encherem d’água na hora em que eu a empurrei para dentro do carro e não pude impedi-las de saírem, tava muito chateada com tudo. Poxa era pedir demais uma vida normal? Com uma família linda e unida, um quarto só pra mim, com meus pôsteres colados nas paredes, meu som para que eu possa ouvir minhas músicas, uma linha telefônica pra fofocar com as amigas, amigas? Um lindo gato pra que eu possa suspirar por aí, era pedir demais? Será que minha mãe não poderia baixar o facho e passar a se comportar como uma mulher de família e não como uma adolescente?

Mamãe me encarava, e pude ver que me olhava com pena, estava me sentindo um caco, a vi se aproximando de mim, e me enlaçando em seus braços e chorei silenciosamente em seu ombro, permanecemos por um bom tempo, dentro do carro abraçada, comigo chorando em seu ombro.

- Me desculpe minha filha. - Escutei mamãe falar com a voz embargada, ela havia chorado também. – Me perdoa, eu prometo que... – Mas eu não a deixei terminar.

- Prometa que iremos parar de nós mudar? - Tirei minha cabeça de seu ombro e fitei esperançosamente. – Por favor, mamãe.

Ela me fitou por alguns minutos, talvez pensando em minha proposta, estava rezando com todas as minhas forças para que ela considerasse o meu pedido, pra que ela enfim perceba que eu tenha necessidades, que eu preciso de uma vida.

- Okay. - Ela sorriu e nos abraçamos novamente. – Que tal procurarmos um lugar pra morar, heim? - Perguntou divertida.

- Sim, vamos sim. - Sorri agradecida. – Obrigada mamãe.

Mamãe deu a partida no carro e depois de um tempo, já estávamos na estrada em busca do nosso, enfim, lugar fixo.

xxxXxxx

Andava pelos corredores do colégio suspirando feito boba, e senti a uma vontade imensa de gargalhar, estava me sentindo extremamente feliz, minha notas estava altas, minha família de bem comigo, tinha uma amiga maravilhosa, uma banda melhor ainda e um namorado ruivo extraordinário, resumindo está tudo perfeito na minha vida. É ou não é tudo que uma garota pode desejar?

Enquanto eu caminhava em direção aos portões daquele colégio antigo, mais muito respeitado, vi um senhor, alto, magro, cabelos brancos, barba branca, olhos incrivelmente azuis e um sorriso encantador, não pude deixar de retribuir o gesto. Na minha frente sorrindo pra mim se encontrava o diretor mais carismático que qualquer pessoa já tenha conhecido, Alvo Dumbledore.

- Srta. Granger. - Falou abrindo os braços e sorrindo amavelmente. – É exatamente a senhorita que eu estava procurando. - Franzi a testa curiosamente.

- Eu, senhor? - Perguntei. – Por quê? - Sorri.

- Queria que a senhorita avisasse para os seus companheiros da banda, que daqui a duas semanas, pretendo fazer uma festa para comemorar a chegada do verão. - Seu sorriso e seus olhos brilhosos estavam me cativando.

- Mas que boa noticia senhor. - Fiquei bastante empolgada. – Eu irei avisá-los sim, pode deixar. – Me preparei para ir embora, mais o diretor segurou meu braço me impendido de sair do lugar.

- Uma outra coisa, Srta. Granger. - Respirou profundamente. – Eu estive pensando, e queria sua opinião sobre uma idéia que tive. - Soltou meu braço e sorriu novamente. – O que a senhorita acha dos alunos escolherem entre eles o repertorio que vocês iram tocar no dia da festa? - Seus olhinhos azuis brilharam mais do que o normal.

- Hã... Acho... – Não sabia o que dizer, não era eu que resolvia as coisas da banda, normalmente isso era coisa da Gina. – Bom senhor, eu teria que pedir a opinião de todos da banda, pois não posso decidir por eles também.

- Muito bem, Srta. Granger. - Ele falou, se distanciando. – Quando a senhorita tiver a resposta, me diga, sim? Logo eu já não o via mais, pois tinha se misturado com os alunos.

Sai em direção ao interior do colégio, pensando na proposta do diretor. Não podia negar que era uma proposta legal, mas também perigosa. Já pensou se os alunos pedissem músicas que a banda não conseguisse tocar? Seria um vexame, na certa. Mas também seria uma boa pra saber sobre quais músicas os alunos estariam interessados para o dia da festa, pelo menos dessa forma, estaríamos agradando, mais do que já agradamos é claro.

“É quem sabe não é uma boa idéia...”.

xxxXxxx

FLASHBACK

- Melhor você tomar um banho gelado, pra essa bebedeira passar mais rápido. - Falei um pouco corada, estava preste a dar banho em Harry.

- Você vai... hic..me dar...hic... banho? - Ele perguntou maliciosamente.

“Isso é incrível, nem bêbado ele deixa de ser safado!”

- Vou te ajudar, pra você não cair no boxe, mas não vou te dar banho, é só pra esfriar essa sua cabeça de bagre. – Falei sem fitá-lo, pois estava realmente corada, com seus olhares maliciosos.

- Você quer que eu tire a roupa? - Ele falou sério, e nem parecia mais bêbado, engoli seco. “Quero... quer que eu tire também?” Balancei a cabeça envergonhada, o mente fértil essa a minha.

- Fica... Fica só de... de...

- Cueca. - Ele completou, rindo do meu embaraço.

- É. - Respondi de cabeça baixa, tinha que sair logo dali, mais não conseguia, parecia que tinha uma força invisível me segurando

FIM DO FLASHBACK

Não entendia o porquê de ter lembrado daquilo agora. Poxa, isso realmente me deixava irritada, por mais força que eu fizesse pra esquecer aquilo, eu lembrava mais e mais, e cada vez lembrava de mais detalhes que nem lembrava que tinha acontecido, pelo calor do momento, é claro. Conseguia até sentir, de tão forte aquela lembrança estava no meu cérebro. Respirei profundamente, e balancei a cabeça pra espantar todas aquelas cenas que faziam meu corpo esquentar e ficar corada até a alma. Encostei minha cabeça no vidro do carro e me concentrei no nada, para não pensar mais em besteira. Estava de saco cheia daquilo, aquilo tinha que parar de uma vez.

Que falta faz nessas horas um apagador de memórias, isso viria a calhar nessa hora.

- Gina... Gina? - Escutei uma voz distante me chamando, virei-me de lado e dei de cara com lindos olhos cinza.

- Desculpa Draco. - Vi seu olhar perder um pouco do brilho. – Não escutei o que disse. - Sorri sem graça.

- Eu perguntei se você irá ficar no carro. - Sorriu divertido e o brilho dos seus olhos voltou novamente.

- Ficar no carro? Como assim? - O fitei curiosa e ele gargalhou gostosamente.

- Bom, já chegamos ao colégio, e como você não resolveu sair do carro, eu estava te perguntando se você vai ficar aqui o guardando, heim minha flanelinha? - Meus olhos queimaram de raiva com o deboche do louro na minha frente.

- Flanelinha é a m...

- Que boca mais suja Srta. Weasley. - Ele interrompeu meu desaforo, sorrindo sedutoramente.

- Ah, é? - Disse rindo. – Quer dizer que eu tenho a boca suja Sr. Malfoy? - Perguntei o encarando profundamente.

- Uhum. - Ele respondeu se aproximando de mim.

- Engraçado o senhor falar isso. - Comecei a me aproximar dele também. – Pois eu conheço um louro que adora beijar esses lábios sujos.

- Sério? - Ele fez cara de choque. – Quem é esse maluco meu Deus? E gargalhou da minha cara de espanto.

- Ora seu... – Mas não pude terminar com a minha frase, pois Draco havia passado a mão pela minha nuca e me trouxe com tudo para os seus lábios.

Senti novamente o meu espírito deixando o meu corpo, senti tudo se arrepiar, numa velocidade incrível, não estávamos de corpo colado, pois estávamos no carro, mas mesmo assim meu corpo queimava como fogo em brasa, a mão de Draco deslizando pelo meu pescoço, ombro, nuca, estava fazendo um verdadeiro turbilhão no meu estômago, que se encontrava gelado e com vida própria. Sabe aquele arrepio que você sente do final da espinha e de repente ele vai subindo e chega à sua nuca fazendo você quicar, não importa o lugar que você esteja? Isso está acontecendo comigo a cada três segundos. Uma vontade louca de sentar no seu colo passa toda hora pela minha cabeça, um calor no baixo ventre, as pernas moles... Deus como essa sensação é maravilhosa, me sinto completa, e fogosa, nossa, muito fogosa.

“O que esta acontecendo comigo? Por que eu não paro de pensar nem um pouco em querer mais?”

Draco parou de me beijar apenas para desviar seus lábios para meu pescoço, estou com o corpo todo tremendo, tamanho efeito dele sobre mim. Aquilo estava me assustando, eu não sabia que Draco era assim, nem que eu poderia sentir aquilo com ele, era como se eu tivesse sendo preenchida por ele, por todo o seu carinho. Senti-me fraquejar quando senti o louro mordendo minha orelha, sua respiração quente no meu pescoço, me provocando, me fazendo delirar, tava tudo rodando, o ar se perdia no caminho ao pulmão, pois minha respiração estava totalmente desregulada, senti seus lábios voltando a beijar os meus, sua mão deslizando pelo meu corpo, deixando aquele rastro quente, o puxei com mais força, e envolvi seu pescoço com meus braços, nossas línguas estavam esfomeadas, sedentas e buscavam uma da outra cada vez mais, como uma guerra pra ver quem era o melhor. Escutei ele gemer e aquilo teve proporções catastróficas em mim, estávamos praticamente nos engolindo naquele carro, nossos desejos estavam transbordando pelos nossos poros. Por Deus! Aquilo tava bom demais, então sem mais nem menos ele termina o beijo mordendo meu lábio inferior com um sorriso satisfeito no rosto que podia iluminar qualquer coisa, pois o louro na minha frente irradiava felicidade.

- Acho... melhor... a... gente entrar. - Ele falou com uma certa dificuldade, pois sua respiração estava totalmente descompassada, seus lábios estavam rubros e inchados, sorri satisfeita.

- Também... acho. - Falei tão sem ar quanto ele.

Ele pousou a cabeça no volante e puxou o ar com mais força, com os olhos fechados, como se estivesse meditando, ou se concentrando em algo.

- Gi... – Escutei sua voz rouca falar entre seus braços e volante.

- Hum? - Respondi com uma sobrancelha levantada, será que eu o tinha machucado?

- Se importa de ir na frente? - Perguntou ainda de cabeça baixa. Aquilo tava estranho.

- Draco aconteceu alguma coisa? - Perguntei preocupada.

- Não. - Continuou de cabeça baixa. – Eu to bem Gi, só preciso de um tempo pra me recuperar okay? - Disse erguendo a cabeça e me perfurando com o olhar, senti meu corpo inteiro se arrepiar novamente ao mesmo tempo que a ficha caía, corei loucamente.

- Claro. - Não consegui encara-lo. “Nossa que vergonha!” – Eu já vou indo então. - Falei abrindo a porta do carro pronta pra sair. – Te vejo mais tarde. - E quando já estava com o corpo quase todo fora do carro escutei ele me chamar.

- Gi? - Voltei para o carro o encarando vermelha feito tomate. Ele sorriu. – Você esqueceu sua mochila. - Disse rindo e senti como se tivesse perdido o chão.

“Como ele consegue isso, quem devia esta constrangido aqui era ele e não eu!”

- Ah! Claro. - Peguei a mochila. – Que cabeça a minha, tchau. - Quando me virei para sair, ele me puxou e me deu um selinho, um longo selinho e murmurou um tchau cheio de carinho que fez tudo derreter dentro de mim.

Segui meu caminho para o interior do colégio, me sentindo modificada e mais do que qualquer coisa, pronta para o que der e vier. E lógico com a lembrança mais que renovada de um beijo caliente de um certo louro que deixei totalmente sem forças no carro.

xxxXxxx

Procura imaginar comigo a criatura que se encontra na minha frente agora!

Homem alto, pele pálida, cabelos negros e oleosos, nariz gigantesco e horroroso, a boca, parece mais uma linha, como se a pessoa que o fez tivesse apenas passado a faca e aberto um rasgo, olhos tão pretos e profundos, que davam ate medo de olhá-los, rosto cumprido, roupas negras do pé a cabeça, e levando em conta que estamos no verão, me faz as vezes pensar se não estamos tendo aula com um vampiro, e sem falar no jeito nojento, que não tem um ser humano na face da terra que o agüenta cinco minuto sem querer estrangula-lo.

Conseguiram imaginar? Conseguiram? Parabéns! Vocês acabam de imaginar o meu queridíssimo professor de química Severo “Seboso” Snape!

Ahhh, com certeza é a criatura mais estranha desse mundinho, nunca vi ele dar um sorriso, nem por menor que fosse, parece um zumbi, que adora ver a desgraça dos outros, e o mais importante, me odeia, acho que com todas as suas forças, adora me chamar de sabe-tudo e isso me irrita profundamente. E vocês com certeza estão se perguntando por que ele me odeia? Não faço à mínima, acho que é porque eu nunca tirei uma nota baixa em sua matéria, como ele adora ver os outros se ferrando por sua causa e eu nunca me ferrei, o ódio ficou todo direcionado a minha pessoa. Lindo não? Só comigo essas coisas meigas acontecem!

Mas voltando...

Ninguém parece prestar muita atenção no que ele fala, também não é pra menos, sabe aqueles brinquedos a pilha, que quando é muito usado vai perdendo a força e no final, o som do brinquedo ta arrastado? Lento, da até agonia de brincar com o tal brinquedo, porque a gente logo imagina se ele ta possuído, principalmente se esse for uma boneca! Snape é assim, fala tão arrastado e tão lento, que na aula dele só o que a gente escuta, além da sua irritante voz é as cabeças dos pobres alunos batendo nas mesas a sua frente. A única que parece ter a paciência de todos os Deuses, sou eu, pois eu sempre escuto todas as aulas e presto atenção em tudo, por mais que seja chata.

Olho pra Gina ao meu lado, e vejo que está com semblante melhor, aquela cara triste sempre presente não esta mais lá, pelo menos ela não tá mais toda triste e se sentindo o pior ser da face da terra, como ela vem se sentindo há tanto anos, era incrível, mas desde que eu conheci Gina, parecia que aquele sentimento que ela alimentava pelo seu irmão de criação sempre a acompanhou, não tinha lembranças de Gina sem aquele sentimento que a corruía por dentro, era como se ela já tivesse nascido com aquele sentimento forte. Lembro-me da primeira vez que ela falou sobre estar confusa em relação a ele, e ela só tinha dez anos. Precoce, vocês podem esta se perguntando? Pode ser, mas Gina sempre foi muito precoce, tudo pra ela acontecia rápido ou cedo demais. Quando ela ficou sabendo que não era irmã de sangue de Harry, disse que tinha sentido como se o mundo que ela carregasse nas costas tivesse saído para que ela, enfim, pudesse se erguer, então eu deduzi internamente que Gina já sentia abalada com Harry, mesmo antes de saber que ele não era seu irmão.

Voltei minha atenção para a múmia lanzuda na minha frente, procurando prestar atenção nas suas palavras vagarosas. Parecia uma tartaruga oleosa dando aula! Olho pro relógio no meu pulso e vejo que a aula esta terminando, graça a Deus, nunca fiquei tão feliz pra uma aula terminar. Se eu tiver que escutar mais um minuto que seja do Prof. Snape explicando essa matéria de química super complexa, eu me jogo do ultimo andar desse colégio. Cara, parece o Vagaroso falando, sabem aquele irmão do Ligeirinho? Que fala super divagar? Totalmente o oposto do irmão que fala e faz tudo correndo! Bom se depender de mim, Snape será nomeado Vagaroso oficial, “cover”!

“Aí só eu mesmo, professora Louva Deus, professor Vagaroso... Daqui a pouco vou arrumar apelido até pro Diretor! Acho que to passando tempo demais com os Weasley’s!”

Plimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

Escutei feliz o sinal, avisando todos os alunos que as aulas daquele período tinha terminado, arrumei minhas coisas, enquanto eu via uma Gina muito afobada ao meu lado, me apressando feito louca.

- Vamos Mione. - Ela falava e empurrava minhas coisas de qualquer jeito na minha mochila.

- Calma Gina, que afobação é essa heim? - Perguntei curiosa.

- É que eu marquei uma reunião agora com a banda lá no auditório, vamos logo Mi. - Começou a me empurrar pra fora de sala.

- Okay, okay, já estou indo dona Afobada! Exclamei divertida.

Saímos correndo pelo corredor sem nos importar se algum professor iria reclamar, estávamos as duas... Quer dizer mais a Gina do que eu, com uma pressa desesperada de chegar naquele auditório, tava começando a achar que aquilo era por outro motivo e não por uma simples reunião. Como era bom ver minha amiga vivendo, sendo feliz, ela merecia isso, gostava muito do Harry, mas ele que me perdoe, mas não agüentava ver minha amiga sofrer tanto por ele, era doloroso demais.

“Tenho que me lembrar de agradecer o Draco por ta fazendo isso com a Gina!”

xxxXxxx

Até agora eu estava tentando me entender e não tinha chegado a lugar nenhum, fiquei a aula inteira pensando no beijo que Draco e eu tínhamos dado no carro, e cada vez que pensava nesse episódio, meu corpo ficava em chamas, tamanho o desejo que me invadia, e agora estou eu aqui, correndo feito louca pelos corredores do colégio pra chegar logo nesse auditório, pra poder ficar pertinho dele.

Estava me sentindo extremamente carente, com uma urgência de sentir seus carinhos e seus beijos que estavam me assustando muito. Nunca tinha sentido aquelas coisas, será que era assim quando se está namorando? Será que as outras pessoas sentiam essa carência também? Essa vontade descontrolada de sentir o corpo pegando fogo? De viajar pra lua sem sair do chão? De sentir o corpo todo desfalecido nos braços do amado? Será que todo mundo sentia o que eu estou sentindo?

Meu coração estava quase saindo pela boca, e me peguei totalmente tremula segurando a maçaneta da porta do auditório.

“Okay Virginia respira... você nunca se comportou assim... ele continua a mesma pessoa... não é só porque vocês dois estão namorando que você vai se comportar como uma adolescente...”.

Continuava a segurar a maçaneta e vi Mione perdendo a paciência ao meu lado pela minha demora.

- Como é que é Gina? - Disse Mione com cara de tédio. – Vai continuar fazendo carinho na maçaneta ou vamos entrar no auditório? - Reclamou ironicamente.

Estava num estado tão aéreo, que nem forças para responder a ela eu tive, respirei profundamente e girei a maçaneta vagarosamente, abri a porta e dei de cara com o resto da galera lá dentro já me esperando. Luna parecia se divertir bastante na bateria, enquanto Colin trocava idéias com Draco sentados no palco. Mione passou por mim e nem se deu trabalho de pedir licença, foi me rebocando, e eu quase me estabaquei no chão.

Draco parecia não ter me notado, eu continuava na porta do auditório o observando, e logo me peguei olhando pra ele e prestando atenção em todos os seus gestos, em como ele sorria, como seu cabelo caía displicentemente no rosto quando dava uma gargalhada, em como sua testa ficava com uma pequena linha de expressão quando estava anotando algo em seu caderno de músicas. Arranhava algumas notas no violão e voltava a escrever em seu caderno, Colin parecia gostar do que ele estava fazendo, pois sorria de orelha a orelha, também pudera, o som que Draco tirou do violão foi realmente bonito e contagiante, Colin a acompanhava batendo as mãos e Luna com a bateria, mais com o som brando.

Aproximei-me lentamente, sem deixar de fita-lo um minuto sequer, e quando já estava perto o suficiente, pude vê-lo rindo e erguendo o rosto e me encarando profundamente. A curiosidade me invadiu, tava louca pra saber o que ele estava aprontando, que música era aquela que ele estava compondo?

- Música nova louro? - Curiosamente perguntei.

- Sim ruiva. - Respondeu sorrindo, largando o violão no palco e se aproximando de mim como um felino, aquilo me fez ficar fraca e estigada ao mesmo tempo.

- Posso ver a letra? - O vi balançando a cabeça negando o pedido. – Por que não? - Perguntei indignada.

- Gi... – Senti meus pêlos novamente ficarem eriçados com o som da sua voz rouca. – Sabia que a curiosidade matou o gato? Riu maliciosamente.

- Mas Draco eu vou saber de qualquer forma mesmo. - Falei sorrindo, mesmo ele negando, eu saberia mais cedo ou mais tarde.

- Não adianta ruiva, só vai saber na hora certa. Aquilo só fez minha curiosidade aumentar mais ainda, “Como assim hora certa?”.

- Draco, a ordem dos tratores não altera o viaduto. - Disse lhe virando as costas e seguindo para o palco. – Você falando ou não, não vai fazer diferença. - Tentei falar como se eu nem me importasse.

- Não. - Falou finalizando o assunto, com um sorriso irritante nos lábios.

- Você é quem sabe. - Mais uma vez falei sem dar a mínima, subindo no palco e percebendo que seus olhos não desgrudavam de mim. – E aí Colin, Luna! Cumprimentei alegremente meus amigos de banda que sorriram alegremente pra mim. – Vamos botar pra quebrar? - Dirigi-me ao microfone querendo extravasar naquele auditório, cantar até ficar sem voz.

- VAMOS. - Gritaram todos em coro.

E depois de alguns segundos, estávamos todos a postos, cada um com seu instrumento e preparados para ensaiar.

Ao som das baquetas de Colin, pude ver Draco começar um solo na guitarra, um som fraco, 1 2 3, 1 2 3, apenas algumas notas e de repente ficou forte, como um baque, Colin, Mione e Luna logo o acompanharam, e depois de repetirem o som forte duas vezes, foi à vez de encaixar minha voz e foi o que fiz, abri a boca e fechei os olhos pronta pra extravasar tudo que eu sentia quando cantava.

Eu gosto de você

Eu penso em você

Eu só respiro você

Eu tento te esquecer

E te deixar pra lá

Mas não consigo, não dá

Sonhos (sonhos) perdidos

Que não saem do meu coração

Que vem (que vem) mesmo que eu diga não

Mas é só te ver

Pra enlouquecer

Faço tudo que você quer

Vou me arrepender depois

Mas eu não resisto a nós dois

Ou não (bis)

O som forte e a música agradável estavam fazendo alguns alunos curiosos aparecerem para assistirem o ensaio, era sempre assim, sempre que começávamos um ensaio, o auditório ficava entupido de alunos, era como se a gente estivesse fazendo um show, e pra falar a verdade é muito bom, gosto de ver as caras sonhadoras das meninas enquanto escutam minhas músicas, os garotos babando por mim, me faz sentir o ego inchar, orgulho de mim mesma.

Você é mel e sal

Você é o bem e o mal

Você me deixa sem sono

Sem ter você pra mim

Eu fico meio assim

Feito um cãozinho sem dono

Sonhos (sonhos) perdidos

Que não saem do meu coração

Que vem (que vem) mesmo que eu diga nãaaaaaaaaaooooooooo

Mas é só te ver

Pra enlouquecer

Faço tudo que você quer

Vou me arrepender depois

Mas eu não resisto a nós dois

Ou não (bis)

Olhei pra os integrantes da minha banda com orgulho e sorri pra cada um deles, vi Mione acenar para alguém nos fundos do auditório, e quando segui seu olhar me deparei com Rony e Harry me assistindo, senti meu rosto esquentar, não por vergonha de cantar na frente deles, mas sim de ver Harry me fitando enigmaticamente e me deixando completamente sem chão. Por mais força que eu fizesse, não conseguia desviar meus olhos daquelas íris verdes esmeraldas em minha direção, respirei fundo, numa tentativa completamente inútil de levar ar para meus pobres e sofridos pulmões e me preparei para cantar a última parte da música, sendo encarada por ele. E essa não passou de um sussurro, como se eu estivesse confessando algo muito pecaminoso.

Eu já me condenei

Por ser como eu sou, oooooooooooo... uoooooooooooo

Mas já me perdoei

É por amorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, oooooooooooo... uoooooooooooooooooooo

Mas é só te ver

Pra enlouquecer

Faço tudo que você quer

Vou me arrepender depois

Mas eu não resisto a nós dois

Ou não (bis)

Nós dois...

Ou não (bis)

Parei de cantar e escutei Draco mais uma vez encerrando dessa vez a música com o solo de guitarra. Quando terminamos a sala explodiu em palmas, berros e assobios do grupinho de alunos que se encontravam ali nos escutando e acompanhando a canção, havia também outro grupo que não parava de gritar “Mais um, mais um”, batendo palmas eufóricas. Mas a alegria de todos não estavam fazendo efeito sobre mim, pois ali no fundo daquela sala, ele continuava a me fitar, com os olhos de um jeito que eu nunca tinha visto, parecia decepção, tristeza, não conseguia identificar o seu jeito triste e enigmático, tinha algo em seus olhos e aquilo estava fazendo meu coração ficar apertado, desviei de seu olhar, era melhor evitar contato visual, pois eu não confiava nele e muito menos em mim!

Olhei pro lado e pude ver Draco dar atenção para algumas tietes e Mione conversando alegremente com Rony, Rony? Como Rony foi parar do meu lado? Tinha ficado tão distraída, que não tinha percebido que meu irmão estava ao meu lado conversando com a namorada, era incrível o poder que Harry exercia sobre mim, me fazia esquecer de tudo e de todos, aquilo dava medo.

Enquanto eu olhava para tudo que era lugar, menos é claro por final do auditório, me senti envolvida por trás, em braços fortes e alvos, com pêlinhos dourados, num abraço forte e gostoso. Sorri quando o cheiro do perfume do louro invadiu minha narina e o ar quente que saía de sua boca chegou ao meu pescoço, me fazendo fechar os olhos e respirar profundamente.

- Ficou triste de repente por quê? - Ouvi Draco perguntar perto do meu ouvido, seus lábios roçando de leve neles.

- Não to triste bobo, to muito feliz. - Falei aquilo mais pra mim do que pra ele.

- Estranho... – ele murmurou.

- O que é estranho? - Perguntei curiosa.

- Normalmente, quando a pessoa esta feliz ela sorri sabe? - Senti ele passar a ponta da língua na minha orelha, engoli seco, sentindo um turbilhão de coisas dentro de mim. – É uma ação normal, expressada por todos quando estamos felizes. - Terminou mordiscando minha orelha, me fazendo soltar todo meu peso no seu corpo.

Respirando um pouco e me recuperando, me virei pra ele e o olhei desconfiada.

- O que foi? - Ele perguntou me apertando em seus braços me perfurando com aqueles olhos pratas.

- O que você ta fazendo comigo? - Eu nem tinha pensado antes de perguntar, e quando eu vi as palavras já estavam saltando da minha boca, a pergunta tinha saindo meio aflita.

Ele ficou em silêncio e me fitou por uns segundos que para mim pareceram horas, e então, assim sem mais nem menos falou:

- Te amando Gi!

N/B:17Bom, Ara, eu AMEI betar sua fic! Lindão esse cap.! . Eu sei que falei muitas coisas que não tinham nada a ver com a betagem nos comentários ( RS ) mas se você ler o cap. Original e o betado, verá bastantes alterações! Bom, você merece mesmo estar em primeiro, viu? Beijões!

Teka.

N/A: E a galera vibra, grita aleluia, isso mesmo pessoal, Arinha linda e formosa (e nada humilde diga se de passagem!) Atualizou o Maninhooooooooooooooo, weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Pronto chega de viadagem! Surto galera, isso acontece de vez em quando! Coisas da vida!

Quero agradecer a minha linda miga Teka que betou minha fic, já que minha lida beta esta toda enrolada com provas e mais provas! Adorei Miga, ficou perfeito, o comentário que me fez quase cair no chão de tanto rir, “Sou ou não sou o ser mais jumento dessa terra? Resposta da beta: Simmmmmmmmmmm!” ri muito miga!

Valeu por tudo, te adoro de montão!

Bom galera vamos ao cap. 6, e aí? Gostaram? Ficou maneiro? Ficou Péssimo?

O que acharam das minhas personagens novas? Gostaram da Krika? Ahhh! Eu também! HUAHAUHUAHUAHAUHAUHA! Amei de paixão faze-la, e antes que alguém pergunte, ela veio tomar o Harry da Gina? Ummm! (Arinha fazendo cara de intelectual, pensando...), num sei! AHUAHUAHUAHAU, é claro que eu não vou responder, vocês é claro iram ter que descobrir! Draco e Gina, pra quem tem Paranóia Galopante e não aceita esse casal, queria lembrar a todos que essa fic é Harry e Gina, e o Malfoy só esta ajudando a pobre Gina passar por esse momento tão duro na sua vidinha conturbada, e galera, ele é gente fina, tão bonzinho a pobre criança, dêem uma chance a criança! Pra quem quer saber se vai ter NC-17 de Rony e Mione! Simmmmmmmmmmmmm, é lógico que sim, Arinha é boa pra os fãs de R/H também!

Galera digo e repito quem quiser me adicionar lá no msn, pode adicionar, meu end. Ta lá no meu profile! O end. Do meu blog fofo tb!

Ahh, outra coisa, to super feliz com todos os meus fãs por esta em primeiro lugar no Aliança, e também por ser a próxima entrevistada, olha quem quiser mandar pergunta pra mim, passa lá no meu blog que te o end do site do Aliança e lá vc podem mandar!

A música desse cap. foi a da Wanessa Camargo, Não resisto a nós dois, muito fofa, e tem um som maneiro!

Agora vamos aos reviews fofuxos!

Nay: Linda valeu pelo carinho. Eu tb te adoro muitoooooooooooooooooooooooooo!

Sweet Lie: É mesmo, Gina vai entrar em ação... Acho que gente vai sofrer aí! RSrSRRS! Bjs...

Miaka-Ela: Quem bom que vc gostou da determinação dela, espero que tenha gostado do novo cap. bjs linda

Jubs: Poxa fica com raiva de mim não, mais acho que o louro merece uma chance também, mais pode ficar tranqüila, que essa fic é de H/G, pode deixar que eles vão ficar juntos! Bjs... e não me abandona heim!

Virgin Potter: Linda, não é que o pobre harry seja tarado, mais se põe na situação, imagina, jovem, lindo, todo bom, e com apenas lindos 17 anos, nessa idade querida, eles pensam besteira até com o tapete se esse der bola pra eles, então não ligue pras coisas quentes que eu adiciono na fic, pq vai ser assim mesmo, encostou pegou fogo! RSRSRSRSRSR! Q bom que vc aceitou o beijo, e espero que vc tenha ficado feliz em ver que seu pedido foi realizado, pois o Harry viu a Gina e o Draco no maior amasso, e ficou com cara de tacho! (ahhhh, que lindo rimou!), Bjs linda... valeu pelo carinho!

Barbie30: Obrigado pelo carinho e elogio querida, fico muito feliz! Espero que tenha gostado desse cap. tb! Bjs linda.

Harada San: Fico tão feliz quando leio um de vcs me dizendo que o cap . ficou lindo, fico toda boba! É o cap. anterior ficou grandinho mesmo, esse tb, me empolguei miga! E eu sou igual a vc, adoro amor proibido, coisa difícil, aquele que o personagem come o pão que o diabo amassou... Essa fic que vc falou eu não li, mais quando tiver um tempinho vou ler sim, bjs linda e obrigado pelo carinho.

Annabelle Potter: “Nossa Espetacular”, não seja exagerada miga, assim Arinha aqui fica vermelha igual às orelhas de Rony, ou quem sabe da própria Gina! SRSRSRS! Achei legal vc ter pensando como seria o próximo cap. espero que esse vc tenha imaginado igual tb, e pode deixar, ele vai ter que sofrer muito ainda pra conseguir o que quer novamente. Bjs linda.

Agathabell Black: Que legal, quer dizer que a senhorita ficou me caçando, rsrsrsrs! Maneiro, pensei que só eu fazia essa coisas! Pode deixar linda que eu pretendo demorar o mínimo possível nas atualizações!

PedroX: Ahhhhhhhhhhh, viu Pedrinho, isso é mania de mulher, falar sério, somos um bando de loucas! RSRSRSR! Um big bjs lindo

Bethy Potter: Brigada pelo carinho linda, e pode deixar quando tiver um tempinho passo na sua e comento! Bjs.

Sophia-Writer: Sério? Você sentiu tudo aquilo mesmo que disse? chorar várias vezes, vibrar, imaginar, que máximo, fico feliz que tenha provocado isso em vc! RSRSRSR! Enquanto a cena do banheiro, só tenho que concordar com vc, simplesmente foda! Literalmente né? HUAHUAHUAHUHAUAH! Que bom que vc ta gostando do meu casal vinte! Brigada pelo elogio, valeu mesmo! Mais como vc falou, talvez seja esse o motivo que a galera leia minha fic, eu gosto de descrever as coisas! Não precisa ficar com pena do Draco, pois tudo ira se resolver pra ele.

E pode deixar que não irei mexer com Roniquinho nem com a Mione! Bjs linda.

Ju Granger: Linda, olha tua atualização aí! Bjs linda.

Angy: Amore, imaginação incrível, nossa fiquei com vergonha não acredito que uma das minhas autoras preferidas esta me dizendo isso? (Arinha se beliscando pra ver se é verdade... Arinha dando berro por causa do beliscão).

Coragem pra escrever sobre universo alternativo, sabe que eu acho até fácil! E é sim, é sem duvida uma sensação deliciosa, saber que um monte de pessoas querem ler minha fic! Agora me diz uma coisa? Vc, super craque, que escreve uma das minhas fics favorita, disse não ter talento pra escrever sobre universo alternativo! Fala sério né! Sabe que se essa idéia voltar serei uma das primeira a ler... Obrigada pelo carinho miga, fiquei super feliz. Bjs linda e atualiza logo a Aps 2, to com saudades das brigas gostosas de Mione e Draco, meu louro lindo e tudo de bom! Por sua causa não posso mais tomar limonada, rsrsrsrs! Entendeu? Sei que sim!

Galera do Aliança:

Ana Paula: Que bom linda que gostou da fic, aí esta sua atualização, espero que goste! E valeu pelo carinho!

Mariana: Olha o cap. aí linda, bjs.

Henrique: Brigada pelo carinho lindo, bjs!

Natália Regina Souza: oi linda, eu conheço sim a fic que vc falou, pois eu tb sou fã! Bjs linda, valeu pelo comentário!

Lê: Adorei seu comentário linda, e sim essa fic é cem por cento H/G, bjs.

Priscila Louredo: Brigada coração, e legal vc ter gostado dos cap.s, e pode deixar que eu to pensando na sua proposta sobra a música do Kid abelha! Bjs linda

Nani Potter: Vc amou? Jura? Eu já sabia! HAUHUAHAUHAUA! Eu te amo muito, vc sabe disso né? Eu sei que sabe! Bjs miga e agora sou eu que digo, atualiza logo a UBA!

Teka Prongs: Éeeeeeeeeeeeeeeeee, eu to em primeiro lugar, um máximo né, e pode deixar que não vou te decepcionar! Prometo! Bjs linda, a gente fofoca no msn! Te adoro muito! E valeu mais uma vez por betar minha fic lindona!

Dani: Uma atualização saindo fresquinha pra vc amore! Bjs linda! Espero que goste desse tb!

Galera da Floreios:

Ginny Potter: Pode deixar linda que nuna vou me esquecer de vcs viu! Bjs linda!

Maria José: Que bom que vc entendeu, eu estava mau mesmo, e por isso me atrasei! Acho ótimo vc ter gostado do cap. anterior, espero que goste do novo.

Bjs linda.

Adriane Granger: Ri muito quando vi o que vc escreveu, tendo espasmos, só tu msm! rSRRSRSRSRS! Fico feliz que tenha gostado do cap. e adorei sua idéia de colocar terror no pobre Harry! Bjs linda.

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