CAPITULO 14



CAPITULO XIV

Duas semana e alguns dias depois...

Sábado, para alguns, dia de folga, férias improvisadas da escola, dia de piquenique no parque, passear com amigos, ir ao shopping, comer comida de fast-food, mas claro que pra mim, isso tinha que ser diferente!

Tô chegando a conclusão de que nasci apenas pra sofrer nesse mundo cruel e completamente injusto. Como em nome de Deus, eu posso ta indo nesse exato momento, às oito horas da manhã, para casa daquele bicho de goiaba azedo pra fazer um maldito – tenho que sublinhar e destacar muito esse maldito – trabalho de matemática!?

Cara isso é mais do que castigo, mais do que tortura, mais do que macumba braba, mais do que... ah! Eu nem sei mais do que! O fato é que isso é completamente inconcebível. Sabe aquelas coisas que normalmente você pergunta: “Sério? Não acredito!” Pois bem, isso é aquele tipo de coisa. É algo fora do normal, algo difícil de aceitar, horrível de presenciar, macabro de viver... okay, okay, vou parar com todo o meu drama a La adolescente revoltada. Com certeza agora vocês ficaram sabendo o quanto eu abomino a idéia de estudar com Draco Barbie Malfoy!

- Krika, desfaz essa cara de bunda. – escutei Harry falando, eu tinha me desligado completamente do mundo.

Ele, como um amigo maravilhoso e muito prestativo, tinha se oferecido para me levar na casa da minhoca desbotada. Como infelizmente eu não tinha outra alternativa a não ser aceitar, estou aqui sentadinha e completamente inconformada ao seu lado, no seu carro novo, recém consertado.

- Essa cara de bunda que você esta vendo, Harry querido, é a que eu tenho e tragicamente com a qual nasci. – respondi melancólica, me sentia como se estivesse indo pra forca.

- Como você é dramática! Draco não é esse monstro que você pinta Krika. – respondeu rindo, tentando me animar.

- Quem dera fosse. – murmurei apenas pra mim.

- Porque você não dá uma chance a ele? – Harry realmente estava disposto a melhorar a imagem do amigo em relação a mim.

- Eu juro que é algo que vai além das minhas forças. – Por pouco ele não parou o carro pra brigar comigo.

- Krika, pelo amor de Deus, deixa de ser fresca!

- Isso não é frescura ta bom! Ta mais para auto-proteção. – respondi irritada.

- Auto-proteção de quê? Por acaso você acha que o Draco vai te atacar? – Harry quase gargalhou da minha cara.

- Aquele filho da mãe, Harry, já ficou com o colégio inteiro! – exclamei mais irada ainda.

- E ele não obrigou ninguém, ficaram por livre e espontânea vontade. Delas, devemos destacar. – fiz uma careta pra ele quando ouvi esse argumento, e ele sorriu achando graça.

Continuamos nosso percurso e eu me recusei a responder qualquer provocação que saia da boca de Harry. Sinceramente meu estomago não estava em nenhuma condição de ser contrariado, e ouvir meu melhor amigo, defender aquela Barbie metida e besta já o deixava pra lá de contrariado.

Depois do que pareceu pra mim apenas alguns segundos, Harry parou o carro na frente de um portão, com muros altos. Num canto tinha um interfone, e nos portões, tinha uma grande letra M talhada, no que me pareceu ser em ouro.

- Chegamos ao inferno? – perguntei choramingando.

- Se você pergunta se já chegou na casa do Draco, a resposta é sim. – Harry se preparava pra sair, puxando o freio de mão e tirando o cinto.

- Você por acaso não teria um saco plástico? Teria? – vi que Harry estranhou bastante minha pergunta.

- Posso saber para quê você quer isso? – encarei ele, puta, e respondi malcriada.

- Não sei ainda, estou em dúvida, posso vomitar nele ou apenas me matar asfixiada!

Harry me encarou profundamente, e eu esperei pela resposta dele, mais a que veio fez todo meu corpo entrar em estado de desespero.

- Me conta o que ele te fez? – a frase tinha saído rápida e direta, me deixando completamente sem ação.

- Co-como assim? – gaguejei nervosa.

- Eu conheço meu amigo, e conheço você, há pouco tempo eu sei, mais conheço o suficiente pra ver que você não esta com medo dele por achá-lo insuportável e sim por querer evitar. – engoli em seco. – Você esta evitando o Draco por algo que ele fez. – terminou sério e me encarando. Fiquei com o rosto quente. Droga eu tinha corado, maravilha!

- Eu... ele... bom... não houve algo que... droga! – e Harry, vendo que eu não conseguia responder, apenas gargalhou da minha cara.

- O que o Draco fez contigo Krika, pra ter te deixado desse jeito? – fiquei tão embaraçada com Harry rindo, que apenas o encarava envergonhada. – Ele não te tacou na parede e te atacou né?

- Foi mais ou menos isso... – murmurei baixo, mas ele ouviu.

- É por isso que está com medo? Porque o Draco te deu um amasso? – aquelas gargalhadas do Harry estavam me irritando.

- Não foi um amasso, foi apenas um beijo. – falei chateada por meu amigo ta tratando aquilo como um mero problema.

- Krika, relaxa ta bom? Acho que você está fazendo uma tempestade por pouca coisa! – revirei os olhos sem acreditar no que ele estava me falando.

- Harry, sei que para você parece ser algo pacato, banal, mas pra mim isso é mais do que eu posso contornar. – bufei irritada e encostei a cabeça no encosto da cadeira. – Você não entende, foi o meu primeiro beijo. – meus olhos encheram de lágrimas.

- Primeiro? Krika, me desculpe, eu não sabia, não tinha intenção...

- Tudo bem Harry, entendo o que você quer fazer. – falei o interrompendo. - Mas você tem que entender que isso é muito maior pra mim do que pra você. – uma lágrima escapou e eu a limpei rapidamente.

- Foi tão ruim assim? – Harry agora demonstrava mais solidariedade com o meu caso.

- O que foi ruim é que eu não soube o que fazer, e ele depois riu de mim, me humilhou Harry, me senti pior do que qualquer coisa. – senti um aperto no peito enquanto desabafava com meu amigo. – acho que ele percebeu que foi meu primeiro e por isso riu da minha cara.

- Não acredito que Draco faça uma coisa dessas. – Harry falou incrédulo.

- Mas fez, e me machucou. – olhei pro portão da mansão Malfoy, triste. – Por isso eu o odeio. O odeio com todas as minhas forças.

- Acha que isso é a melhor solução, odiá-lo?

- Acho que é a que me deixa mais confortável no momento. – respirei fundo e olhei para o meu amigo novamente. – Valeu. Estava precisando mesmo disso.

- Tudo bem, amigo é pra isso mesmo.

Inclinei-me no meu assento e dei um beijo na bochecha de Harry. Peguei minhas coisas do meu colo e sai do carro. Meu corpo inteiro parecia mais leve, tinha sido bom mesmo ter conversado e contado tudo para ele.

- Quer que eu entre com você? – escutei Harry perguntando do outro lado do carro, de pé, do lado de fora.

- Não tudo bem, eu mesma quero fazer isso.

- Tudo bem então, se precisar de mim é só ligar. – ele mandou um beijo no ar e entrou no carro.

Esperei ele dar a partida e depois ir embora, sumindo na esquina da rua.

Respirei profundamente, pela milionésima vez e apertei o interfone. A partir daquele momento começava o meu tormento, só esperava sinceramente que as coisas não tomassem um rumo muito trágico.

xxxxXXXxxxx

Ele me beijava apaixonadamente, o corpo dançando com o meu, encaixado entre as minhas pernas, ondulando junto comigo, me fazendo suar, delirar, me derreter de prazer. Cada célula do meu corpo parecia gritar de felicidade por estar, enfim, matando toda minha saudade.

As mãos do ruivo deslizavam pelo meu corpo de forma totalmente quente, possessivas, parecia até querer arrancar a pele do meu corpo, pela força que ele a segurava. Meus gemidos de agonia, excitação, podiam ser ouvidos em toda casa, eu queimava enquanto Rony possuía de forma quase que animalesca, o meu corpo.

Chupava minha boca, sugava minha língua, gemia e lamuriava entre os beijos, eu podia escutá-lo sussurrar meu nome em meio aos beijos luxuriosos que ele me dava.

Estávamos tão suados, a respiração desconexas, o coração galopando dentro do peito, as minhas mãos loucas, ensandecidas, percorrendo o corpo dele, marcando território, matando a saudade de tocá-lo.

Sentia que a qualquer momento nos iríamos chegar ao ápice, ao topo, ao Big Bang do prazer, quando ele desgrudou seus lábios dos meus e me fitou profundamente.

- Minha estrela... – arfei e gemi longamente quando ouvi aquele apelido sair dos lábios dele, apenas ele me chamava daquele jeito. – Eu te am... HERMIONE! – Estranhei quando escutei a voz de Rony afinar e ficar estranhamente parecida com a de Gina. – ACORDA ANTES QUE EU TE JOGUE UM BALDE D’ÁGUA! – Arregalei os olhos, que Diabos estava acontecendo, para Rony ta falando assim comigo, e ainda por cima está com a voz da Gina?

- MIONE ACORDA! – Quase cai da cama com esse gigante berro de Gina ao meu lado.

Abri os olhos preguiçosamente e percebi onde estava.

- Juro por Deus que se você gritar novamente foguinho, eu mergulho sua cabeça de fósforo no vaso sanitário! – Murmurei puta, com a cara no travesseiro. Gina tinha acabado de destruir o melhor sonho da minha vida.

E o que mais me irritava e doía era que aquilo tudo, o coração acelerado, o calor, as sensações, tudo não passava de um sonho. Apenas mais um sonho, dos milhares que eu vinha sonhando ultimamente. Se eu continuasse daquele jeito, logo morreria de infarto, ou então de tanta excitação.

- Miga o que houve pra você estar morta desse jeito? Ficou acordada até tarde, é? – ela perguntou maliciosa e eu só pude revirar os olhos.

- Ô mente podre! – exclamei enquanto me sentava. – Você não tem mais nada pra fazer não, ao invés de atrapalhar meus sonhos a essa hora da madrugada? – Gina fez uma careta para o meu mau humor, nem liguei! Ela tinha me atrapalhado, e eu estava chateada com toda razão.

- Minha doce e bela adormecida, sua amiga, quase irmã, veio te chamar pra ter um dia animado e bastante proveitoso. – esperei ela continuar, estava completamente sem saco. – Que tal um banho de piscina lá na casa do Harry, pegar um bronze nesse sol abençoado e depois matar a tarde no shopping? Tem um filme maravilhoso que eu estava super afim de ver!

- Gina você não tem namorado pra perturbar, não? – perguntei, fazendo pouco caso do programa da minha amiga.

- Aí Mione, deixa de ser chata! Vamos? Vai ser divertido! – sorri com o entusiasmo de Gina, ela realmente parecia disposta a me tirar do mundo de amargura.

- Quem vai? – percebi que Gina tinha ficado meio nervosa.

- Bom, o Harry claro! Draco, a chata da Christina, você, se aceitar, e eu! – olhei bem para a cara da minha amiga e notei algo, a danada estava mentindo.

- Sabe, Gina, é muito feio mentir. – ela deu um sorrisinho nervoso. – Porque não conta pra sua amiga, quase irmã, o que você realmente está aprontando?

- Cruzes, Mione! Eu não estou aprontando nada...

- Gina fala logo! – interrompi o discurso “eu sou santa”,dela

- Só queria que você saísse com a gente, e quem sabe você e o Rony se acertam? – eu sabia que tinha alguma coisa do Rony no meio.

- Minha resposta é não.

- Mas Mi...

- Não Gi, eu não vou participar disso.

- Mas é por uma boa causa. – Gina fez um bico quilométrico.

- Nem que fosse o próprio Papa pedindo, eu iria. – respondi decidida.

- Merda! Como você está chata Mi.

- Também te amo muito. – respondi sarcástica.

- Porque não se dar uma chance? Droga Mi, ele sente sua falta. – meu peito apertou, e meus olhos embaçaram de lágrimas.

- Ele não pode senti falta daquilo que não lembra.

- Mas de você ele lembra, lembra do hospital. – levantei da cama e segui para o meu banheiro, queria fugir de todas as formas daquela conversa. – Mione você esta sendo cruel e egoísta. – aquilo foi como um tapa na minha cara.

- Egoísta? – saí do banheiro e a encarei profundamente magoada. – Não me venha falar que eu estou sendo egoísta Virginia.

- Se não é egoísmo é o que então? – eu via que Gina queria que eu brigasse com ela, só não entendia o porquê daquilo.

- Você não sabe o que se passa comigo.

- Então me ajuda entender. – bufei irritada e me tranquei no banheiro, deixando Gina do lado de fora. – Eu quero entender pra te ajudar.

- Eu não preciso de ajuda Gina, não em relação a isso. – gritei para que ela pudesse ouvir.

- Porque não luta por ele? – não respondi nada, não consegui. – Rony faria isso por você. – mordi com força meu lábio inferior, as lágrimas quentes descendo dos meus olhos.

Continuei em silêncio, e depois de um tempo eu ouvi a porta do meu quarto ser fechada. Gina tinha ido embora, me deixado, talvez ela tenha percebido que tinha sido uma batalha perdida me convidar para um programa que seu irmão tivesse participando.

Tirei minha camisola e me preparei para ir tomar um banho. Quem sabe um banho bem gelado não faça todos esses pensamentos nebulosos sumirem da minha cabeça. Sonhar não custa nada mesmo!

xxxxXXXxxxx

Porque que as coisas tinham que ser assim? Porque o mundo não podia ser cor de rosa para sempre? Era pedir demais uma vida perfeita, com amigas perfeitas, e um pouco mais corajosas?

Estava tão chateada com aquele comportamento de Hermione. Droga! Era parecia querer entregar o meu irmão de mão beijada! A luta para ela estava perdida, antes mesmo de começar! Como alguém podia ser assim? Aonde o mundo iria parar?

Aquilo era algo tão idiota que estava fazendo meus miolos queimarem de raiva. Eu percebia como os dois sofriam com aquilo, e eu assistia todos os dias os olhos do meu irmão brilhando em direção a porta, em expectativa, esperando por uma visita dela. Aquilo era crueldade demais pra mim, Deus! Como ela conseguia viver daquele jeito?

Estava com tanta raiva, que não tinha notado que vários táxis tinham passado, então resolvi fazer sinal pra um e ir logo para casa de Harry. Quem sabe eu não consigo aproveitar um pouco do sol.

Vi um táxi apontando no começo da rua e me preparei para fazer sinal, quando um braço do meu lado fez o mesmo movimento. Virei a cabeça pra ver quem era e vi minha amiga me olhando com um sorriso amigo. Vestida com um vestido florido branco, e por baixo seu biquíni amarelo.

- Pensei que tinha desistido. – perguntei ao mesmo tempo que o táxi encostava perto de onde nós estávamos.

- Você não me esperou dar a resposta. – e com isso ela entrou no carro e deu o endereço para o motorista. – E então, não vai entrar? – sorri contente, e entrei no carro.

Seguimos conversando por todo caminho, rumo a casa de Harry, prontas para aproveitar um maravilhoso banho de piscina.

xxxxXXXxxxx

- Pois não? – Ouvi uma voz bem robótica, meio Darth Vader pelo interfone.

- Por favor, eu vim fazer um trabalho com o Mal... que dizer, Draco. – gaguejei e me xinguei por isso.

- Seu nome, por favor? – Darth Vader perguntou, por pouco eu não comecei a ri, fiquei imaginando o carinha falando, com aquela voz “Venha para o lado negro Krika”.

- Christina Dawson.

- Um minuto senhorita Dawson. – engoli de novo a vontade de rir.

- Claro Anakin.

Esperei uns minutos mais ou menos e depois o senhor que tinha falado comigo pelo interfone apareceu do outro lado do portão.

- O menino Malfoy já lhe espera na sala de estudos. – e me segurando muito para não gargalhar, com “o menino”, passei pelo portão que o mordomo segurava.

- Obrigada. – segui o mordomo e me encantei com a beleza da casa.

Eu não podia negar, era a casa mais linda que eu já tinha visto. Toda branca com detalhes em verde, o jardim imenso, com rosas espalhadas por todo canto. Uma fonte linda bem no meio do jardim, tornando tudo quase mágico. Mais um pouquinho a diante, pude ver a entrada da mansão e um carro estacionado em frente. Uma Pajero prata.

Corri um pouco para acompanhar mister Darth Vader e me deslumbrei quando entrei na casa. Era ainda mais linda por dentro, luxuosa, moderna e lindíssima. Arejada e muito acolhedora, tinha algo nela gostoso, o cheiro talvez. Segui por um corredor, com muitos quadros de obras de artes por ele, e me vi de frente a uma porta, toda de madeira, talhada, com uns detalhes bonitos, no que pareciam ser dragões.

O mordomo abriu a porta e eu quase cai pra trás quando vi que estava no que me parecia a maior biblioteca que eu já tinha visto em toda minha vida. Eram tantos livros, que fariam, com certeza, a biblioteca local ficar com muita inveja. Estantes enormes, lotadas de livros de cima a baixo, ela tinha três andares pelo o que eu pude notar.

- A senhorita Dawson. – escutei a voz robótica do mordomo me tirando do meu assombro.

- Obrigado Billy, quando for daqui há uma hora, por favor, pode nos enviar um lanche? – encarei Malfoy, que estava mais lindo do que nunca, sentando numa escrivaninha muito bonita e antiga.

- Sim senhor, com licença. – E assim o tal Billy nos deixou a sós.

Draco agora estava olhando pra mim, me fitando minuciosamente, os olhos prata brilhando, passeando pelo meu corpo descaradamente, me deixando vermelha e com muita vontade de correr dali.

- Pretende começar hoje o trabalho ou vim aqui apenas para você me observar? – nunca agradeci tanto pela minha voz ter saído firme, escondendo meu nervosismo total.

- Ainda estou me decidindo. – aquilo me irritou de uma forma que eu me segurei bastante para não jogar meu fichário na cara azeda dele.

- Olha, eu só quero fazer meu trabalho e ir embora. – ele ainda me fitava e minhas pernas começavam a dar sinal de fraqueza.

- Ótimo! Vamos começar então. – estranhei o fato dele concordar tão rapidamente comigo, mas aproveitei a sorte.

Me sentei de frente pra ele na escrivaninha e coloquei meu fichário e minha bolsa em cima dela.

- Vamos fazer o seguinte, são oitenta perguntas, podemos dividir e assim terminamos mais rápido, o primeiro que terminar, ajuda o outro a terminar sua parte. – olhei para ele desconfiada assim que ele terminou de falar, mas não vi nada de mais, a não ser a cara despreocupada dele.

- Okay. – e logo já tínhamos dividido em duas partes e cada um já tinha dado inicio ao trabalho.

Mas por mais que eu tentasse me concentrar no meu trabalho, eu não conseguia. Não com ele tão perto assim de mim, o cheiro delicioso dele parecendo ter entrado no meu nariz e resolvido ficar lá para sempre.

Levantei minha vista disfarçadamente e olhei pra ele. Deus, ele era bonito demais! Caramba, era até pecado ser tão lindo assim! Como pode o criador ser tão generoso assim com alguns e com outros nem um pouco?

Não consegui evitar o sorriso que escapou dos meus lábios, quando notei que ele mordia os próprios lábios quando estava concentrado. Seu olhar ficava sério e seu semblante de intelectual. Poxa! Até assim ele ficava bonito!

- Porque você tem essa mania de ficar me olhando? – corei até a raiz dos cabelos. Saco! Só dou mancada!

- Não estava te olhando. – tudo bem! Sei que foi muito ridículo falar isso. Mas eu jamais iria assumir que estava babando por ele.

- Ah! Não? Então estava olhando para o que então? – Draco levantou uma sobrancelha em deboche e minhas bochechas ficaram quentes de vergonha.

- Estava olhando pra ver se você estava realmente fazendo o trabalho.

- É mesmo? – notei que ele estava sendo irônico.

- Claro. – engoli em seco quando ele sorriu. “Aí que sorriso lindo!”.

- Você é a criatura mais pateticamente mentirosa que eu conheço. – fui consumida por ódio rapidamente.

- E você é a criatura mais filha da pu...

- Interrompo? – Ouvi uma voz macia e suave a minhas costas.

- Claro que não, mamãe. – engoli em seco pela segunda vez.

Quando eu me virei, dei de cara com uma mulher muito loura e exageradamente linda. Fiquei com tanta vergonha que nem consegui responder ao sorriso amável que ela me presenteou.

- Como você está, meu filho? – ela veio até a gente e deu a volta na escrivaninha, dando um beijo carinhoso na testa do filho.

- Estou ótimo, mamãe. E como foi a viagem? – eu não sabia onde enfiava minha cara. Na minha cabeça apenas uma coisa martelava.

“Será que ela tinha escutado que eu quase a xinguei?”

- Foi agradável, meu filho, seu pai fechou negocio com os Zabini. Está muito feliz com isso, acho que vai querer comemorar! – notei que ela estava feliz, e que de alguma maneira aquela noticia tinha deixado Draco um pouco preocupado.

- Claro mamãe, iremos sim. – neste momento ele olhou pra mim e eu quase implorei para ele não fazer o que eu achava que iria fazer. – Mas que falta de educação a minha, essa é Christina Dawson mamãe, a menina que eu te falei.

Minha cara deve ter mudado radicalmente, pois vi que Draco se segurava pra não gargalhar. Eu não estava entendendo nada, como assim a menina que eu te falei? Então quer dizer que ele falava de mim para a família dele? E o que exatamente esse doido falava pra família dele?

- Muito prazer querida, sou Narcisa Malfoy, a mãe de Draco como já deve ter percebido. – ela sorriu amavelmente pra mim, e eu só acreditei que Draco era realmente filho dela, por ser extremamente parecido com ela.

- O prazer é meu, senhora. – ela sorriu mais largamente e olhou para o filho.

- Ela é realmente bonita, meu filho, como você havia comentado. – arregalei os olhos e encarei Draco que para minha surpresa estava com um leve tom rosado nas bochechas. – Acho que irei deixar vocês dois sozinhos agora. Foi um prazer Christina, até mais querido.

- Tchau mãe.

- Tchau senhora Malfoy.

Respondemos quase juntos.

Depois que a loura saiu, o ambiente caiu num silencio tão desconfortável, que por pouco eu não gritei, apenas para desfazer aquela quietude toda.

Respirando profundamente e voltando minha atenção para o meu trabalho, que eu não tinha começado ainda, notei que Draco já tinha voltado ao seu, ou seja, ele estava mais adiantado do que eu. Que maravilha!

Mesmo tentando começar com o trabalho, eu ainda estava chocada com as revelações, ele tinha falado pra mãe dele que me achava bonita! Aquilo parecia ser algo tão anormal! Eu não sabia se ria, e eu nem entendia o porquê de querer rir, ou se me chamava de idiota por está pensando naquilo.

Agora o pior de tudo não era isso, o pior era minha maldita concentração que parecia ter ficado no carro de Harry. Não era possível! Não consigo nem somar dois mais dois, sem pensar no quanto a boca de Draco Malfoy estava incrivelmente tentadora.

Na boa, se continuar com esses pensamentos, vou me atirar com toda força na parede. De preferência de cabeça, pra ver se paro de pensar em asneiras!

- O problema está difícil?

- O que? – perguntei meio fora de órbita.

- O trabalho que estamos fazendo, percebi que você nem se quer começou. – olhei pra folha a minha frente e notei o quanto ainda estava branca, e suspirei vendo que, no mínimo, eu já deveria ter respondido umas cinco perguntas. – Você quer ajuda com alguma?

Olhei para ele e vi que Draco estava esperando minha resposta, não sei porque fiquei embaraçada, me sentindo idiota por está ainda parada sem fazer nada, ou dizer nada.

- Porque você me ajudaria? – minha pergunta malcriada tinha saído sem minha vontade, acho que já estava meio que acostumada a ser grossa com ele.

- Será porque estamos fazendo um trabalho juntos? – e para minha surpresa a pergunta não tinha saído sarcástica e sim brincalhona, me fazendo rir.

- Me desculpe, to meio avoada. – respondi sincera.

- Nota-se. – e ele sorriu. Retribui o gesto.

- Vou começar agora, e garanto que termino primeiro e ainda vou te ajudar. – falei brincando, afinal de contas, Harry podia ter razão, quem sabe se eu desse uma chance!

- Vou pagar pra ver, Princesa!

- Então vai separando as notas de cem! – e pela primeira vez eu não me irritei com o apelido meloso da minha mãe saindo dos lábios dele.

xxxxXXXxxxx

O caminho para a casa de Harry tinha sido rápido, e eu tinha que concordar com a Gina, aquele banho de piscina tinha vindo a calhar. Estava me sentindo mais leve, como se a cada mergulho, eu deixasse as incertezas e tristezas no fundo da piscina.

Mas por mais que eu estivesse adorando a situação de paz, não conseguia deixar de olhar para o lugar que dava para a porta de fundo da casa de Harry. Na minha cabeça Rony iria surgir ali a qualquer momento. Mesmo que Gina tenha me garantido que naquela manhã éramos apenas nós duas.

- O que tanto você olha pra aquela porta, Mi? – escutei Gina, ela tinha acabado de sair da piscina - da parte rasa, devemos destacar - e sentava na espreguiçadeira ao meu lado. – Ta esperando algum ruivo brotar de lá?

Olhei pra ela revirando os olhos, Gina realmente não desistia.

- É impressão sua, Gi. Não estou olhando pra porta. – minha amiga gargalhou.

- Toma vergonha Hermione, deveria mentir melhor, não acha? – dessa vez foi minha vez de rir.

- Gina, vai se afogar na piscina, vai. – ela respirou profundamente e depois riu.

- Meu salvador oficial não está aqui, portanto estou impossibilitada de me afogar, afinal de contas quem vai fazer boca à boca comigo? – olhei pra ela e fiz uma careta engraçada. – Eca! – Gina exclamou, me fazendo rir novamente.

- Pode deixar que se você se afogar, não irei de forma alguma chegar nem perto da sua boca, querida. – falei como se nem ligasse e ela jogou a toalha em mim.

- Bela amiga você! Quer dizer que nem pra me salvar você serve? – eu apenas meneei a cabeça negando, rindo. – Mas que pilantra! – e outra vez eu gargalhei.

Fazia tanto tempo que eu não ria, me divertia, que estava achando estranho. Olhei para Gina com carinho e fiquei feliz ao notar que ela realmente era minha amiga-irmã. Minha amiga fiel para toda hora. Só ela mesmo pra conseguir me tirar da minha casa e do meu mundo de tristeza. Eu definitivamente tinha sorte por ter uma amiga assim.

- Pensei que o Harry estaria aqui com a gente. – Falei assim como quem não quer nada, mas para minha infelicidade, Gina percebeu o rumo da minha conversa.

- Rony está com ele. – engoli em seco, Gina realmente me conhecia. – Harry disse que hoje levaria Rony num lugar só deles dois, um lugar especial de irmãos.

- Que lugar é esse? – minha curiosidade tinha sido cutucada.

- E você acha que eu sei? – suspirei desolada. – Eu também estou morrendo de curiosidade Mi, mas liga não, quando ele chegar eu descubro alguma coisa. Ah, se descubro!

- Seu poder de persuasão é bom?

- Digamos que é quase que invencível! – ambas gargalhamos da cara maliciosa que a ruiva tinha feito.

xxxxXXXxxxx

Fazia uma hora que eu tinha deixado Krika na casa de Draco e agora estava a caminho do nosso canto particular, o lugar que Rony e eu costumávamos ir quando queríamos brincar sem sermos perturbados.

Era um canto só nosso, que mais ninguém conhecia, e por esse motivo era especial. Era como uma casa na árvore, mas sem a árvore. Um QG, pra nós dois. Um lugar que passou a ser muito importante pra gente quando crescemos, quando descobrimos as mulheres, quando descobrimos o que o sexo oposto fazia com a nossa pobre cabeça. Um lugar pra discutir nossas conquistas.

- Estamos indo aonde? – Rony perguntou ao meu lado, caminhando com as mãos nos bolsos, descendo a rua da casa que crescemos juntos, a Mansão Weasley.

- To te levando no nosso lugar de irmãos. – falei eufórico.

- Hum. - foi o único som que saiu da boca dele.

Rony estava estranho, muito quieto, só falava o necessário, e muitas vezes era monossilábico. Não ligava mais para nada, e era completamente impossível ver um dos seus sorrisos. Ele parecia mais uma múmia, algo morto que caminhava. Estava bagunçado, a barba grande por fazer, os ralos cabelos desgrenhados, que parecia não ver pente nem água há muito tempo.

Ele estava largado, desinteressado, nem aí pra vida. Dava pena desse estado dele, pois todos nós notávamos que aquilo tudo era por culpa da zona que se encontrava sua cabeça. Era dose ter que assimilar tanta coisa, tantas pessoas, e tentar, mesmo que em vão, lembrar da família, amigos.

- Estamos quase chegando. – Falei pra ele, ao mesmo tempo que percebia que a casa abandonada estava chegando do nosso campo de visão. No final da rua, num canto afastado da mansão.

- Ta.

Já conseguia ver nosso lugar, a pequena casa abandonada dos Welling’s, aquela casa que todos pensavam e diziam ser mal assombrada. A casa dos Gritos como era chamada por alguns ali. Senti vontade de gargalhar, se alguém soubesse que os gritos e os contos de fantasmas tinham saindo da minha boca, ou da de Rony, acho que provavelmente seriamos linchados. Por nossa culpa, muitas pessoas deixavam até de andar na mesma calçada que ela, procurando evitá-la de todas as formas, e jamais, em hipótese alguma, iriam até ela, muito menos à noite. E caso fossem, a alma do rapaz morto brutalmente ali, os perseguiria pra sempre e nunca mais deixaria de gritar nos seus ouvidos.

Era patético, mas a mentira tinha colado e todos acreditavam nela piamente. O ser humano era incrível na sua ignorância. E às vezes na sua ingenuidade.

- Seja bem vindo ao nosso quartel general! – exclamei de braços abertos, olhando para a cada.

Sua aparência continuava a mesma, velha, puída, suas janelas trancadas com tabuas desgastadas, sua porta arranhada, alguns ninhos de pássaros no topo, sobre o telhado. As arvores ao redor, mortas, ou o que me parecia, fracas por falta de trato. O caminho cheio de folhas secas e muita sujeira. A cerca de madeira ao redor, baixa e acabada. O lugar era horrível, mas significava muito pra mim e para Rony também. Tinha esperança que alguma coisa ali o fizesse lembrar de algo.

- Está lembrando de algo? Eu, por acaso? – brinquei pra melhorar o clima pesado.

Vi por um momento o brilho dos olhos do velho Rony de volta, mais depois sumiu, era só impressão minha, talvez.

- Não.

- Vamos entrar então? – convidei, ao passar pela cerca de madeira, quer dizer o que havia sobrado dela.

- Porque temos que entrar nessa casa velha? – Rony perguntou sem sair do canto.

- Quero que você venha ver comigo o lugar que costumávamos brincar quando éramos crianças. – falei triste, Rony estava tão diferente. Não era nem a sombra do Rony de antigamente.

- Pra que você quer ter este trabalho? Eu não vou lembrar mesmo. – Rony estava mais miserável que nunca. – Essa porcaria de cabeça não serve na hora que eu quero, Harry.

- Porque está dizendo isso? – vi quando ele chutou a cerca com raiva, fazendo pedaços voarem pra todos os lados.

- Eu tento Harry, tento lembrar das coisas, dos momentos que passei com vocês, tento lembrar de vocês, mas não consigo. Eu queria, mas...

- Rony, é por isso que eu te trouxe aqui, quero ajudar para que você lembre da gente. Aqui passamos muito tempo juntos, aqui, Rony, você percebeu que gostava da Mione, foi aqui que você me deu um soco por me engraçar com a Violeta, na quinta série, a menina que você gostava. Foi aqui que você riu de se acabar quando eu contei como foi minha primeira vez com a Cho. Foi aqui que você quase quebrou toda casa, quando descobriu que a Mione estava namorando com o Draco. – falei tudo rápido e quando terminei estava ofegante.

Rony me olhava sério, e parecia chocado com tudo que eu tinha dito. Notei tarde demais que eu tinha praticamente vomitado um monte de informações na cara dele, não lhe dando tempo nenhum para respirar.

- Você está bem? – perguntei preocupado.

- Estou. Obrigado Harry, você tem razão. Vamos sim entrar e tentar lembrar.

Sorri feliz com a mudança de opinião dele e o convidei a entrar novamente, com novas expectativas.

xxxxXXXxxxx

Minha mão já estava doendo de tanto fazer cálculos, definitivamente matemática é a pior matéria do mundo. Porque inventaram ela mesmo? Sei lá, acho que provavelmente algum desocupado, cansado de não fazer nada, e com uma mente completamente diabólica resolveu criar essa matéria dos infernos pra perturbar pobres crianças desafortunadas como eu!

Como se fosse algo que a gente fosse usar no nosso dia à dia! A escola tinha que ser mais produtiva, nos ensinar como enrolar o coração, enfrentar nossos medos, burlar aquele tchan que a gente sente quando vê um cara bonito. Isso sim seria algo que usaríamos por toda nossa vida!

Soltando o lápis na mesa e esticando a coluna, antes que fique torta para sempre, percebo que estou sendo vigiada. Direciono meus olhos para o local e vejo que Draco está com os braços cruzados de frente ao peito, com uma pose aristocrata, linda de morrer, me observando, com um sorriso vitorioso nos lábios.

- Você terminou, não é? – já me sentia derrotada, o miserável tinha acabado primeiro que eu.

- Porque acha isso? – dei de ombros. – Estava apenas te observado.

- Me observando? Ora, por quê? – senti que minhas bochechas estavam esquentando.

- Você faz isso comigo direto, estava apenas agindo como você. – engoli em seco, seu olhar era tão penetrante que minhas pernas, mesmo estando sentada, estavam moles.

- Eu não fico te observando direto. – murmurei envergonhada. Porque ele simplesmente não parava de me olhar daquele jeito?

- Direto não, né? – ele riu, e eu corei mais ainda.

- Bom, de acordo com suas regras, se você terminou tem que me ajudar, não é? – Perguntei, mudando de assunto.

- Ta fugindo do assunto? – tremi inteira com a voz rouca que ele usou pra me perguntar isso.

- Não estou fugindo. – falei o mais confiante possível.

- Então porque mudou de assunto? – mordi meus lábios em puro sinal de nervosismo, e ele sorriu novamente.

- Só quero terminar logo esse trabalho, Draco. – arrumei força do fundo das minhas entranhas para encará-lo. – Depois podemos conversar sobre o que você quiser. – ele abriu um enorme sorriso, fazendo meu coração galopar no peito.

- Vou cobrar Chris.

- Chris? – estranhei.

- Sim, de agora em diante irei te chamar assim, se importa? – Draco tinha se aproximado e estava agora lendo as questões que eu tinha feito. – Se importa? – perguntou de novo. Ele agora olhava pra mim esperando a resposta.

- Não. Na verdade ninguém me chama assim. – Falei baixo, mas não tão baixo, pois ele escutou.

- Ótimo, serei o único então. – um frio gostoso se alojou no meu estômago, algo naquelas palavras pareceu ter mais significado que o normal pra mim.

xxxxXXXxxxx

Já estávamos no sol a um bom tempo, e eu se não quisesse virar um lindo camarão, teria que sair o mais rápido possível dali.

- Acho que a gente já torrou bastante, Mi. – Hermione que estava com os olhos fechados, estirada na espreguiçadeira, me olhou divertida.

- Gi você ta rosa, muito rosa mesmo. – e logo que terminou começou a gargalhar da minha cara.

- Engraçadinha. Você não devia rir de mim, já que está tão rosa quanto eu, gracinha. – falei chateada.

- Mas eu tenho cabelos escuros, ao contrario de você, cabeça de fósforo. – Mione queria me irritar e estava conseguindo.

- Cabeça de fósforo é a sua...

- CHEGAMOS! – parei minha frase no meio quando ouvi aquela voz grave, fazendo todos os pelos do meu corpo eriçarem.

Olhei em direção a porta dos fundos da casa de Harry e vi o próprio sair de lá, vestido apenas de sunga, preta e reta, quase desmaiei. Como podia um rapaz ser tão tudo assim? O corpo todo moldado, lindo e sorridente, dentes brancos e alinhados, a covinha charmosa aparecendo e dando um toque inocente, aquele sorriso malicioso, que parecia se deliciar com a falta de roupa no meu corpo. Os olhos verdes brilhantes, me engolindo, olhando minuciosamente cada parte minha, me deixando totalmente sem graça. Aiai (grande suspiro) eu to ferrada meu Deus!

Ao seu lado estava Rony, que parecia, na minha opinião, em estado catatônico. Parado, com a boca aberta, olhos vidrados e paralisados num ponto ao meu lado. Sorri quando percebi o ponto que ele mirava. Hermione parecia tão igual ou pior que ele, também devolvendo o olhar. Acho que minha amiga estava também se deliciando com a visão que estava tendo. Já que meu irmãozinho estava um verdadeiro pedaço de mau caminho. Usando apenas uma bermuda florida, que eu tinha certeza que era do Harry. O jeito despojado, cabelo curto desgrenhado e barba por fazer dele, estava fazendo um estrago na minha amiga, aquilo era demais para ela.

- Me diz que eu to sonhado, por favor, diz que é um sonho e eu posso pular em cima do teu irmão. – Mione murmurou perto do meu ouvido, me deixando em cólicas pra rir.

- Não é um sonho querida, mas você pode pular em cima dele quando quiser, sinta-se a vontade. – murmurei de volta entrando na brincadeira.

- Não me tenta Gina, isto é demais para mim. – minha pobre amiga parecia tão desesperada, que apenas choramingava no meu ouvido.

- Tenho certeza que ele ta pensando a mesma coisa, já que seu biquíni é minúsculo, dona Hermione Granger. – Assim que terminei de falar, vi Mione arregalar os olhos e depois ficar vermelha.

- O que eu faço?

- Como assim? – perguntei sem entender.

- Eu tenho que me esconder. – ai senhor... porque eu tinha que ter uma amiga tão covarde?

- Mione amor da minha vida, ele já te viu, por isso não importa agora você se esconder! – ela suspirou desolada.

- Tem razão.

- Mas o que tanto vocês duas cochicham? - estava tão concentrada na conversa com Mione que nem tinha percebido que Harry e Rony estavam ao nosso lado, esperando a gente terminar nosso papo.

- Nada meu amor. – falando isso me joguei nos seus braços e o beijei.

Nossa, foi tão bom sentir os lábios dele novamente. Estava morta de saudades. O beijo era macio e carinhoso, sem pressa, ele apenas provava minha boca, com se fosse a primeira vez. Um beijo cálido, forte, mais ao mesmo tempo terno, profundo e delirante. Era melhor eu parar, antes que a gente não consiga mais fazê-lo. Quando nos soltamos, notamos que Rony e Mione tinham ficado bastante constrangidos com a nossa pequena demonstração de carinho.

- Oi Mione! – Harry falou tentando amenizar as coisas.

- Oi Harry. – a voz dela tinha saído fraca. É, meu irmão perturbava mesmo minha amiga. – Oi Ron.

- Oi. – Ron respondeu de forma fria. – Vou dar um mergulho, está muito abafado aqui. – e assim ele seguiu para a piscina. Com Mione ao seu encalço.

Agora sim aquele banho de piscina prometia.

- Vamos mergulhar, minha ruiva? – Harry perguntou malicioso me apertando em seus braços.

- Só se for para você me salvar e depois fazer um gostoso boca à boca. – e o sorriso dele não poderia ser mais safado.

- De preferência lá no meu quarto, em cima da minha cama. O que acha? – Fiquei completamente excitada com a sugestão.

Tomando cuidado para que Rony nem Mione percebessem nossa fuga, peguei a mão de Harry e saímos de fininho, rumo ao quarto dele, pronta para fazer um delicioso salvamente naquele quarto. Só esperava me afogar muitas e muitas vezes dentro daquelas quatro paredes.

xxxxXXXxxxx

Eu tinha seguido Rony até a beira da piscina, preocupada com a loucura que ele queria fazer.

- Você acha prudente tomar banho de piscina no seu estado? – perguntei para o ruivo que estava já pronto pra entrar na água.

- E qual é o meu estado, Hermione? – ele estava frio comigo, e aquilo estava machucando mais que o normal.

- Você ainda está frágil por causa do acidente. – resolvi ignorar o fato dele estar sendo completamente indiferente a mim.

- Não se preocupe comigo, não irei fazer nenhuma besteira. Posso estar com amnésia, mas não sou idiota. – Meus olhos se encheram de lágrimas, Rony estava sendo exageradamente grosso comigo.

- Eu não quis dizer isso.

- Claro que não, você nunca quer dizer nada. – seus olhos expressavam uma fúria tão grande que eu me senti subitamente diminuída.

- Só estava preocupada com o seu bem estar. – minha voz tinha saindo falha por conta do choro contido.

- Não precisa, sei cuidar de mim.

- Porque está agindo assim? – eu não podia ter soado mais magoada que isso.

- Estou agindo da forma que você me pediu, ta lembrada?

- Não pedi que fosse grosso comigo. – uma lágrima escapou de meus olhos e eu a limpei rapidamente.

Rony pareceu se fragilizar com as minhas lágrimas, pois não respondeu, apenas me fitou. Depois do que pareceu um tempo, ele falou novamente.

- Me desculpe, ta bom? – o olhei, ainda com lágrimas nos olhos. – Estou com dor de cabeça e acabei descontando em você, me perdoe. – abracei meu corpo sentindo frio, mesmo que estivesse com um sol escaldante na minha cabeça.

O frio não era de fora, era de dentro.

- Acho que estamos sozinhos. – olhei ao redor e percebi que ele falava a verdade. Gina e Harry tinham desaparecido.

- É. – só consegui dizer isso com a minha voz engasgada.

Eu tinha um bolo enorme na garganta, me deixando sufocada, triste, agoniada.

Foi inevitável lembrar a ultima vez que tínhamos ficado sozinhos como agora.

Flashback

- Posso fazer uma coisa? – ele perguntou nervoso.

- O quê? – estava com medo, mais a curiosidade era maior.

- Te beijar? – de repente o ar ficou impossível de chegar aos meus pulmões. – Posso? – e eu respondi a única coisa que consegui no momento. Eu balancei a cabeça.

Foi como se o tempo e qualquer coisa ao redor dele parasse. Vi Rony se aproximar de mim, trêmulo, meio hesitante, passar o polegar pelos meus lábios, como se tivesse reconhecendo a área. Fechei os olhos, sentindo aquele toque quente e prendi a respiração esperando só matar a saudade que eu sentia de sua boca, quando a porta do quarto foi escancarada de uma vez, me dando um tremendo susto, me fazendo quase ir ao chão.

- Oh meu Deus me desculpem, eu não tive a intenção. – eu achei que fosse morrer de vergonha a qualquer momento.

Molly gesticulava e tentava de todas as formas se desculpar por ter atrapalhado a gente. Olhei para Rony e vi que ele tinha voltado para a cadeira de rodas. Parecia nem escutar o que a mãe dele dizia, mais uma vez parecia está perdido no seu mundo.

- Eu juro que se soubesse...

- Tudo bem Molly, não estava acontecendo nada. – na mesma hora eu me crucifiquei por ter dito isso, o olhar que Rony me deu, foi profundamente magoado.

- Eu vou deixar vocês dois sozinhos, me desculpem novamente.

- Não molly, não precisa. – evitava olhar para o ruivo. Mas seu olhar queimava, eu o sentia sobre mim.

- Precisa sim, querida. – e assim Molly saiu, nos deixando novamente a sós. Fiquei encarando a porta paralisada.

Meu corpo inteiro tremia de pavor. Ainda estava muito afetava pelo o quase acontecido beijo. Não sabia como agir, nem muito menos o que dizer numa situação como aquela. Queria virar e pedir para ele continuar onde tínhamos parado, mais o clima não permitia mais, nem eu muito menos teria coragem para pedir tal coisa.

Sentia que mesmo que o clima rolasse novamente, as coisas agora seriam de outra forma, já que me parecia, que Rony estava chateado comigo, magoado pelo o que eu tinha dito. Respirei fundo e me preparei psicologicamente para falar com ele.

Quando me virei, quase tive um enfarte, Rony estava bem na minha frente, a menos de um palmo de distancia de mim. Engoli em seco e apoiei minha mão no armário que tinha perto de mim.

- Por que... Por quê? – gaguejei sem controle.

- Porque tem medo de mim? – arregalei meus olhos em pânico.

- Não... não tenho. – minha voz saiu baixa, mais como um sussurro.

- Verdade? Então porque está tremendo? – a cada pergunta ele se aproximava lentamente de mim.

- Frio.

- Está calor. – ele respondeu, rindo ironicamente, e eu não sabia dizer se estava chateado ou se simplesmente estava me provocando.

- Mas eu... estou com... frio. – droga minha voz não firmava.

Rony me fitou seriamente e depois levantou a mão direita e levou ao meu rosto. Num toque macio e carinhoso.

- Estranho, sua pele está quente como a minha, fervendo. – fechei os olhos me arrepiando completamente com aquele gesto de carinho. – Porque sempre está hesitando? O que me esconde? – abri os olhos, chocada.

- Não escondo nada. – minha voz saiu mais desesperada que qualquer coisa.

- Não é verdade, você sempre se esquiva quando o assunto é nós dois. – o encarei decidida, e engoli toda minha vontade de chorar novamente.

- Isso é porque não existe nós dois. – acho que se eu tivesse enfiado uma faca no peito dele teria doído menos.

Rony se afastou lentamente de mim, seus olhos brilhando, marejados, magoados.

- Você está mentindo. – falou enfurecido.

- Não.

- Eu sei que está. – ele quase gritou.

- Eu não tenho nada com você Rony, não sou sua namorada. – meu peito doeu com aquela afirmação.

- Eu sinto.

- Sente errado. – falei já sentindo as primeiras lágrimas se formarem.

- Você não sabe o que eu sinto aqui no meu peito, Hermione! – ele falou batendo no próprio peito, quase que o machucando. – Eu sinto que a amo mais que tudo.

- Você está enganado, está confuso. – Deus, porque era tão difícil para ele entender que eu não queria me aproveitar do estado dele.

- Não, não posso estar. Não em relação a você.

- Você está me machucando desse jeito. – minha resposta saiu como um lamento, misturado às lágrimas quentes que marcavam o meu rosto.

- E a mim Hermione? Você não acha que estou machucado o suficiente? – saí de perto dele e caí num choro agoniado. – Deus, eu quero tanto você...

- Por favor, eu não posso. – murmurei soluçando.

- Por quê? – Senhor! Eu não iria agüentar ele implorando daquele jeito.

- Não posso me aproveitar do seu estado.

- Mas eu quero que você se aproveite. – se a resposta dele não tivesse saído tão desesperada eu teria rido.

- Eu quero te pedir um favor.

- Qualquer coisa. – falou eufórico.

- Quero pedir para que você esqueça desse assunto. – ele não esperava por isso, e foi como um soco gigante no meu peito, me deixando sem ar, quando vi uma única lágrima descer dos olhos azuis dele. – Até isso passar.

- Claro. – ele murmurou baixo, tive que praticamente ler os lábios dele.

Puxando o ar com toda força e não conseguindo respirar direito, eu saí do quarto, o deixando mais miserável que qualquer coisa.

Fim do Flashback

- No que está pensando? – Rony perguntou me fazendo sair dos devaneios.

- Em nada.

- Aé! Esqueci. Não posso te perguntar nada não é mesmo? – falou entre a ironia e a raiva.

- Não é bem assim. – respondi triste.

- Claro que não, é pior.

- Porque você não pára de fazer isso? – aquele jeito grosseiro dele estava me irritando, tudo bem que ele estava magoado, mais ele não tinha o direito de me dar patadas!

- Isso o quê? – perguntou todo nervosinho, entrando na piscina, na parte rasa, onde a água ficava na altura do peito dele.

- Fica dando uma de menino mau, sem ser. – respondi tão nervosinha quanto, entrando na piscina junto dele.

- Não estou dando uma de menino mau. - ficamos um de frente ao outro.

- Claro que não, que calunia, né mesmo? – fui debochada e aquilo o irritou mais.

- Você é maluca.

- Pelo menos eu sou maluca, e não finjo ser uma coisa que não sou, ao contrario de você. – sorri diabolicamente pra ele o provocando.

- Não estou fingindo ser nada.

- Ah não? E essa barba por fazer? Imitação barata de bad-boy! Esse jeito de não me toquem que eu posso explodir? Ou, eu odeio o mundo inteiro, porque ele continua girando e nem liga pra mim? Se isso não é fazer tipinho de menino mau, é o que então, Ronald Weasley?

- Eu quero apenas ficar quieto sem ser perturbado, é pedir demais? – ele perguntou, se aproximando de mim.

Nossos narizes estavam praticamente se tocando em meio à briga.

- Claro que não. Mas acho que se você vai fingir ser mau, pelo menos finja bem. – falei malcriada espanando água para a cara dele.

Ele limpou a água do rosto completamente transtornado. Seu olhar estava assustador.

- Você tem razão, eu vou a partir de agora fingir melhor e vou começar com você, sendo não um menino mau, mais sim um menino terrivelmente desobediente. – e diminuindo o minúsculo espaço que tinha entre a gente, ele me beijou, me prensando na borda da piscina.

xxxxXXXxxxx

De tarde no shopping...

- Porque eu topei mesmo vir com você? – perguntei pela milionésima vez.

- Porque perdeu a aposta. Já te respondi isso um milhão de vezes. – Draco respondeu calmamente, sentando numas das mesas da praça de alimentação do Shopping.

Aquilo era algo completamente injusto. Eu não tinha perdido droga da aposta nenhuma. Será que aquela coisa desbotada não percebeu que eu tinha apenas brincado com ele? Que o papo da aposta era apenas uma brincadeira pra quebrar o clima?

- Ainda acho injusto você ter me obrigado a ter vindo aqui te acompanhar. – falei chateada, cruzando os braços de frente ao corpo.

- Aposta é aposta, e cá entre nós, Chris, isso não é nada do outro mundo. – respondeu mais tranqüilo ainda.

- Pode não ser para você. Mas sair com você como se fôssemos um casal é muita coisa pra mim. – ele me olhou atentamente, com aquele jeito dele, de “eu não tive a intenção de ser gostoso” me tirando completamente do sério.

- Alguém já te disse o quanto você é dramática? – todas as sensações fugiram pra dar lugar a uma irritação súbita. – Devia ser menos estressada. Sei lá, relaxa um pouco, vai fazer ioga, socar a cara de alguém, que não seja a minha é claro, ou quem sabe arrumar algo mais agradável para fazer. – ele sorriu maldosamente.

- E é claro que esse algo mais agradável eu posso fazer com você? Contar com sua grande ajuda? – perguntei ironicamente, o que o fez sorrir.

- Claro, afinal de contas eu sou muito prestativo. – falou se aproximando perigosamente de mim.

- Draco. – falei manhosamente, fazendo os olhos do louro brilharem de expectativa. - Vai te catar! – minha vontade foi de gargalhar da cara de desagrado dele.

Ficamos mais uns cinco minutos ali, até que eu vi Harry, Gina, Rony e Hermione se aproximando da gente.

Harry e Gina vinham de mãos dadas, sorrindo, felizes, brincando um com o outro, a vida parecia ser só os dois. Sorri feliz pelo meu amigo. Harry merecia aquilo.

Rony e Mione estavam completamente o contrario do casal ao seu lado. Os dois de cara amarrada, evitavam se olhar, o que era muito patético, já que a gente percebia de longe que aquele dois faziam um tremendo esforço para não se agarrarem.

Aquele passeio prometia, pois eu nunca tinha saído com aquela turma. Só havia até hoje saindo com o Harry. Me dava bem com todos, exceto é claro, Gina. Essa sim era o meu grande problema. Parecia me odiar com todas as forças, apesar de Draco ter me dito que era completamente absurdo Gina me odiar.

- Acho que isso não foi uma boa idéia. – murmurei baixo, mas para minha surpresa Draco ouviu perfeitamente.

- Se acalma, você vai ver que a Gina é legal. – Draco falou sorrindo para os amigos.

- Como sabia que o que me preocupava era a Gina? – perguntei assustada, ele tinha acertado em cheio.

- É fácil, quando a gente olha pra sua cara de pavor. – falou rindo, e aquilo me irritou.

- Não estou com cara de pavor. – falei indignada.

- Claro que está. – Draco respondeu com calma. Às vezes acho que ele vive num estado de torpor eterno, cruzes!

- Eu não estou com cara de pavor.

- Está, e pelo amor de Deus Chris, dá um tempo com essas brigas. – ele me olhou, sorrindo cinicamente. – Daqui a pouco seremos chamados de Rony e Mione, a vingança!

- Cruz credo! – exclamei fazendo o sinal da cruz em frente ao peito, fazendo Draco gargalhar muito da minha cara.

- Desse jeito, você me faz sentir como o próprio demo.

- Quem dera. – falei pra mim mesma, quando notei que Harry e os outros tinham chegado até nós.

- Atrapalhamos? – Harry perguntou risonho, e se meu olhar matasse, ele teria caído morto no chão.

- Absolutamente... – me preparei para responder.

- Sim. – Draco me atropelou respondendo por mim.

Harry e Mione me olharam maliciosamente e riram pra mim, me deixando mais do que corada. Tive uma vontade crônica de ser um avestruz e enterrar a cara no chão. Gina limitou-se apenas a me olhar sério, enquanto Rony me olhava do jeito característico dele, “quem é você mesmo?”.

- Acho que já estamos atrasados. – Hermione comentou, e notei que suas bochechas estavam num tom avermelhado, e que Rony estava tão vermelho quanto ela.

Tinha acontecido algo com aqueles dois. Algo bem embaraçoso.

- Falta a Luna e o Colin. – Gina respondeu olhando ao redor. Provavelmente estava vendo se os amigos estavam chegando.

- Eles também vão vir? Pensei que eles estavam viajando. – Draco perguntou franzindo a testa.

- Eles chegaram hoje, me ligaram e eu os chamei. Tô cheia de saudades daquela loura. – Gina falou, sorrindo para Draco.

Pra mim era tão estranho ver os dois se tratando como amigos. Afinal de contas, quando eu cheguei ao colégio, eles namoravam, e digamos que deixavam claro pra quem quisesse ver que não era brincadeira. E agora vê-los assim, se tratando como se nada tivesse acontecido, era bizarro demais. Mas quem sou eu pra me meter, né?

- Me sinto completamente excluído, já que você só sente falta da loura, e do louro nem um tiquinho. – escutamos uma voz teatralmente dramática à nossas costas e nos viramos.

Luna e Colin haviam acabado de chegar e sorriam de orelha a orelha. Os dois estavam bronzeados e animados. Jeito natural deles.

- Meu casal de periquitos! – Gina exclamou toda animada e se jogou nos braços deles, que a receberam cheios de carinhos e risadas.

- Minha foguinho ambulante! – Luna gritou histérica, chamando atenção de todos no shopping pra gente.

- Estava com tantas saudades de vocês. – a ruiva falou, enquanto beijava os amigos nas bochechas.

- Mas que mentira. Pelo o que eu ouvi, você só estava com saudades da loura e não do louro aqui. – tive vontade de rir da cara de tristeza forçada que Colin fazia pra Gina. Todo mundo estava se segurando para não rir, aliás.

- Ah! Que menina má que eu sou. – ela se virou com um bico enorme pra gente e estendeu as mãos juntas. – Por favor, me levem presa, sou uma pessoa muito cruel, que detesta louros! E você, Malfoy está incluído! – começaram a rir com a palhaçada dela e eu acompanhei.

Definitivamente aquele resto de tarde prometia.

xxxxXXXxxxx

Depois da palhaçada da Gina, notamos que estávamos realmente atrasados, e passamos a correr como loucos pelo shopping, em direção ao cinema. O filme começaria em cinco minutos.

- Acho que... vou morrer sem ar... – Gina falou arfante, correndo de mão dada com Harry, tentando acompanhar o namorado, que tinha o passo maior que ela.

- Eu to... quase desmaiando. – Luna gritou rindo, correndo com Colin ao seu lado lhe dando língua, de brincadeira.

- Porque temos... que correr... eu sou uma pessoa doente... – Rony gritou ao meu lado completamente revoltado. Meu rosto automaticamente ficou vermelho.

Eu ainda conseguia escutar, por mais que quisesse esquecer, os gemidos dele no meu ouvido.

Flashback

- Você tem razão, eu vou a partir de agora fingir melhor e vou começar com você, sendo não um menino mau, mais sim um menino terrivelmente desobediente. – e diminuindo o minúsculo espaço que tinha entre a gente, ele me beijou, me prensando na borda da piscina.

Achei que fosse morrer. Sabe aquele beijo esperado? Um beijo desejado mais que tudo? Esse beijo foi assim. Começou assim, e estava indo para um caminho sem volta.

O corpo dele me apertava forte contra a borda, ondulando junto ao meu, me excitando. Me arrepiando. A língua dele deslizando pra dentro da minha boca, provando todos os cantos, sugando minha língua, mordendo sensualmente meus lábios.

As mãos de Rony subia pelo meu corpo quase nu, coberto apenas pelo meu biquíni, indo em direção ao meu pescoço, o alisando, me deixando arfando, lamuriando de tanta agonia. Mal percebi quando ele muito rapidamente, soltou o laço do meu biquíni e o fez cair, deixando meus seios a mostra.

Gemi longamente, naquela agonia sem fim, tinha que parar, mais não conseguia, e fiz a única coisa que meu corpo mandava fazer no momento, arqueei o corpo pra trás, dando uma melhor visão e melhor ângulo, para Rony sugar meus seios. E ele não se fez de rogado, e logo começou a acariciá-los com os lábios, língua, me levando ao delírio.

Eu tremia e pedia para ele parar, mais minhas mãos agiam sozinhas, e enquanto eu pedia para ele parar insistentemente, minhas mãos o empurravam de encontro ao meu corpo, o ajudando, facilitando a tarefa de me proporcionar prazer, carinho, amor.

Não fazia idéia de como eu tinha sentido saudade daquela boca, daquele corpo, daquele cheiro, daqueles gemidos, da voz rouca dele sussurrando o meu nome no meu ouvido.

Percebia que o caminho que tinha trilhado não tinha volta, as coisas já estavam avançadas e quentes demais para parar. Meu corpo gritava enlouquecido pelo dele, e não consegui frear o desejo e a vontade, quando num impulso, envolvi sua cintura com minhas pernas.

O encaixe foi perfeito, e se nós estivéssemos nus, nossos corpos estariam unidos num só nesse momento.

Comecei a rebolar no seu colo, sentindo a pressão do seu sexo no meu, ele estava latente e rijo, tocando minha intimidade, que mesmo sabendo que estávamos na piscina, tornando natural o molhado do meu corpo, eu sabia que naquele ponto, eu não estava molhada por causa da piscina, e sim por está praticamente subindo pelas paredes.

- Eu quero... – Rony murmurou, junto com um gemido longo, depois de mais uma investida minha.

- Também. – Falei lhe segurando pelo rosto e beijando seus lábios.

Deus! Parecia que tinha fogo nas minhas veias, o coração batia tão rápido, a respiração falhada, a boca inchada, vermelha, pedindo, clamando por mais. Rony me devorava, e eu não conseguia impedir. Estava fora de mim, eu o queria, e só isso passava pela minha cabeça.

Senti quanto Rony me empurrou para a parte rasa da piscina, e me sentou na borda, ainda beijando meus lábios, notei quando ele com um puxão, desamarrou a parte de baixo do meu biquíni, me deixando a sua mercê.

Rony me olhava completamente alucinado, seus olhos brilhavam de tanto desejo. Ainda que hipnotizado, ele colocou sua mão direita entre meus seios e me empurrou delicadamente contra o chão, onde eu estava sentada, me fazendo ficar com as pernas dentro da piscina, com Rony entre elas.

Fechei meus olhos sentindo meu corpo tremer de ansiedade, e mau sufoquei um grito, quando Rony mergulhou sua língua morna na minha intimidade, deixando-me cada vez mais molhada, receptiva.

Seu nome escapava de meus lábios a cada sugar dele. Eu choramingava sem controle, a pressão no ventre aumentando, pulsando, uma bomba preste a explodir.

- Eu não vou agüentar. – Minha voz saiu falhada, fraca.

Rony parou, e eu reclamei, queria mais, porque parar agora?

- Se prepare. – Ele murmurou roucamente, o olhei entre assustada e deliciada. – Você ainda não viu nada.

Ouvir aquilo dele foi como um botão para mim, pois logo eu me sentei, o puxei para mais perto de mim, enlaçando minhas pernas na sua cintura, o beijando apaixonadamente.

Eu não ligava para o fato de está ali na piscina, onde a qualquer momento poderia parecer Harry ou Gina e nos pegar numa situação muito constrangedora, o que me importava e estava me dando uma coragem descomunal, era o quanto meu corpo precisava daquele carinho, o quanto meu corpo queria e precisava se unir ao dele. Eu definitivamente era de Ronald Weasley, e precisava dele mais do que nunca naquele momento.

Rony parou de me beijar e me olhou, vi que seu corpo tremia, e ele parecia se controlar o máximo que podia. Respirei profundamente, enquanto sentia ele me puxar de encontro ao seu corpo, e quase me engasguei com minha saliva, quando nossos corpos se uniram, eu ali sentada a borda da piscina, com ele entre minhas pernas, sem deixar de me fitar um segundo se quer.

Um gemido longo e prazeroso escapou dos meus lábios, quando ele começou a se movimentar lentamente, numa deliciosa tortura. Seus olhos não deixavam o meu, como se de alguma maneira ele quisesse ler e descobrir toda verdade por eles.

- É tão quente. – Ele sussurrou enquanto deslizava pra dentro de mim, me fazendo arquear o corpo. – Quente e molhado. – Mais um gemido escapou, e eu o agarrei pelos cabelos e trouxe mais para mim.

- Mais rápido, por favor. – Implorei, as sensações eram tão intensas que estavam quase que insuportáveis de agüentar.

- Quero provar... me aquecer... – Deus! Se o que ele queria era me enlouquecer, estava conseguindo com maestria! – Deslizar e memorizar cada parte de você.

- Vai me enlouquecer desse jeito. – Choraminguei, rebolando e sentindo ele entrar devagar dentro de mim.

- Esse é outro dos meus propósitos. – O sorriso e o brilho nos olhos dele, me deixaram mais louca ainda.

Rony me torturava da forma mais gostosa que ele podia fazer. Sentindo o corpo como brasa viva, eu me soltei de seu corpo e me deitei novamente no chão. Ele continuava a se deliciar, e quando eu estava toda a mostra, deitada, ele levantou meus dois pés e colocou na borda da piscina, e me puxou mais para beirada, deixado o ato mais profundo.

Vi quando ele soltou a respiração pela boca, lenta e contida, e depois sorriu para mim, um sorriso safado e enigmático. Logo os movimentos começaram a ficar mais rápido, mais intensos, mais gostosos. Ele segurava meu quadril e me puxava com força de encontro a ele.

Eu estava quase explodindo, meu êxtase, meu clímax estava por um fio. Rony parecia tão o mais insano quanto eu. Mordia lábio inferior com força, os olhos fechados, as mãos grandes e fortes segurando meu quadril, e quando eu pensei que fosse morrer, ele gritou o meu nome, explodindo dentro de mim. Aquele grito foi o ápice para que eu também me entregasse a aquele delírio.

Fim do Flashback

Eu ainda não conseguia encara-lo sem ficar vermelha, ainda mais porque depois de tudo, ele tinha apenas puxado sua bermuda pra cima, cobrindo-se, e saindo sem falar nada. Me deixando com uma vergonha crônica. Sem saber como agir, apenas consegui me vestir, colocando meu biquíni, ficando um tempo na piscina e pensando em tudo.

A atitude dele foi completamente estranha, ainda mais quando eu vi que ele tinha ido embora. Simplesmente ido, e nem tinha falado nada. Me senti tão triste, sozinha, e ao mesmo tempo suja. Ele podia pelo menos ter dito alguma coisa, mais não. Sair daquele jeito, me deixou pior do que qualquer coisa.

Mais então eu comecei a compreender, quando as fichas caíram, quando tudo se encaixou. Ele tinha me dito antes de me beijar, que não iria ser um menino mau, mais sim um menino desobediente. Então era aquilo? Ele tinha sido desobediente, e tinha apenas quebrado a regra? Aquilo não passou de um quebra barreiras de um menino metido a desobedecer?

- Um homem lindo como eu não devia ficar correndo por ai, isso pega mal pra mim. – Escutei Draco gritar, enquanto ele puxava pela mão uma revoltada Krika, que tentava a todo custo se soltar.

- No dia que você for bonito, eu mudo meu nome pra Celestina querido. – Krika murmurou com raiva, sacudindo a mão, que estava vermelha de tanto Draco apertar.

Ri com achando graça dos dois, estava acontecendo alguma coisa com aqueles dois, ou eu estava enganada?

Olhei para o lado novamente, um pouco atrás de mim e vi que Rony apenas andava rapidamente, e quando nossos olhares se cruzaram, tive a nítida visão de nós dois na piscina, me fazendo corar até a raiz dos cabelos.

- Mione, Rony, querem parar de se encarar e apressarem os passos, assim a gente vai perder o filme. – Gina gritou nervosa, e eu apenas sorri cheio de vergonha pra ela, e apressei meus passos, sendo seguida por Rony, que também tinha ficado vermelho feito tomate.

xxxxXXXxxxx

Droga, a gente tinha corrido aquilo tudo por nada!

Era a frase que dançava na minha mente, quando chegamos em frente ao cinema e percebemos que o filme tinha começado, e pior, não tinha uma misera vaga. Murchei no meu lugar totalmente triste, meu plano de uma tarde gloriosa, para junta minha amiga e meu irmão tinha ido por água a baixo.

- Saco! Porque todo mundo tinha que inventar de ver o mesmo filme que a gente? – Perguntei chateada para o grupo a minha frente.

- Talvez por ser um filme super esperado e está na semana de estréia? – Krika falou brincando arrancando de todos uma gargalhada, inclusive a minha. Pela primeira vez não senti vontade de esganá-la.

- Eu tenho uma idéia, porque não vamos lá no Bar do Hagrid? – Luna perguntou toda eufórica.

- Isso, vamos matar a saudade e quem sabe o Rony lembra de alguma coisa. – Colin falou, dando força a idéia da namorada.

- Tudo bem, mais eu não vou cantar sozinho. – Harry falou arrancando outra leva de risadas, menos de Rony e Krika que não sabiam do que a gente estava falando.

- Harry amor, você tem que entender que é uma brincadeira, sorteio, e não é culpa nossa se você sempre cai sozinho e tem essa voz de gralha. – Falei rindo, enquanto Harry fazia um bico monstruoso.

Seguimos para o Bar do Hagrid, rindo e alguns de nós até fazendo planos para o que iria fazer assim que chegasse ao nosso destino. Draco explicava mais a frente o que aquilo significava para Rony e Krika.

Olhei ao meu lado e vi que Harry tentava persuadir Mione para cantar junto com ele, e sorri lembrando na nossa maravilhosa manhã na casa dele.

Flashback

Nós nos arrastávamos agarrado um ao outro, rindo e nos beijando como dois loucos, rumo ao quarto dele. Estava louca de vontade de matar logo aquela saudade que sentia, fazia quase uma semana, e ficar sem poder amar Harry por uma semana era algo extremamente ruim.

- Desde quando seu quarto é tão longe? – Perguntei quando ele me suspendeu em seu colo, com uma perna em cada lado de sua cintura.

- Com pressa Gi? – Ele perguntou malicioso, enquanto mordia e sugava meu pescoço.

- Muita. – Ele gargalhou, e meus pêlos ficaram todos arrepiados.

Harry me prensou na parede, assim que chegamos à porta de seu quarto, mais estávamos tão desesperados um pelo outro, que por pouco não arrancamos a roupa um do outro ali no corredor mesmo.

Ele com uma mão livre, enquanto me apoiava na parede, abriu a porta, passou pela porta feito um foguete, fechando-a com o pé, e sem que eu esperasse ele me jogou em sua cama, subindo em cima de mim, como um louco morto de fome, em frente a comida.

- Com pressa Harry? – Perguntei divertida, o encaixando entre minhas pernas.

- Você nem imagina o quanto. – Dessa vez foi minha vez de rir.

Ele rebolava em cima de mim, mostrando o quanto estava excitado, com apenas aquela sunga, dava para notar e sentir mais do que o necessário.

Puxou a parte do meu biquíni pro lado, revelando meu seio, e sorriu como uma criança feliz, antes de começar a brincar com ele, com sua língua, me levando ao delírio. Ele passava os dentes de leve, me arrepiando e pedindo mais.

A outra mão se encarregava de segurar as minhas, Harry simplesmente adora quando estava tomando conta da situação. E isso é claro incluía também a mim. Me ter ali a mercê dele o deixava louco, e quem era eu para reclamar de tal coisa.

Harry me beijava toda, meus seios, meu pescoço, meu colo, meu rosto, minhas orelhas, minha boca, eu só arfava e gemia enlouquecida, querendo logo que ele parasse de me torturar.

- O que eu preciso fazer para você parar com essa tortura? – Perguntei manhosa, enquanto me derretia com um de seus beijos quentes e molhados no meu pescoço.

- Eu não sei; me surpreenda. – Harry falou maroto.

Eu sorri, aceitando o desafio e o empurrei. Levantei-me, ajeitando o meu biquíni, e me dirigi ao aparelho de som, o ligando e procurando uma música mais propícia para a ocasião.

Quase dei um pulo de felicidade, quando a musica que eu sempre tinha sonhado em fazer um strip-tease para Harry, começou a tocar no radio.

My sexy love
So sexy
Mmm…
Hm…

She makes the hairs on the back of my neck stand up
Just one touch and I erupt
Like a volcano and cover her with my love
Baby girl you make me say
OoOOo

And I just can’t think (of anything else I’d rather do)
Then to hear you sing (sing my name the way you do)
Oh, when we do our thing (when we do the things we do)
Baby girl you make me say… OooOOo

Comecei a dançar de forma totalmente sensual, fazendo Harry suspirar, e eu sorri com o poder que eu tinha sobre ele. Rebolei e joguei meu cabelos para o lado, enquanto eu sentia a batida da música, e passeava minhas mãos pelo meu corpo.

Sexy love
Girl the things you do (oh baby, baby)
Keep me sprung
Keep me running back to you (oh baby, I)
OoOo I love
Making love to you
Baby girl you know your my
Sexy love

Apos o refrão percebi que Harry estava segurando as cobertas de sua cama, mordendo o lábio inferior, se segurando para não me atacar, me virei de costas e passei a dançar mais sexy ainda, o fazendo soltar um gemido. Levei minhas mãos ao nó atrás do meu pescoço e tratei de desfazê-lo, soltando, e depois desamarrando o das costas, para fazer a parte de cima do biquíni cair nas minhas mãos. Me virei meio marota, e joguei a peça para ele, rindo travessa.

I’m so addicted to how she’s the sweetest drug
Just enough… Still too much
Say that I’m slippin’ up sprung on love be above
I can’t help she makes me say
OoOOo

And I just can’t think (of anything else I’d rather do)
Then to hear you sing (sing my name the way you do)
Oh, when we do our thing (when we do the things we do)
Baby girl you make me say… OooOOo
My sexy love

Cai na gargalhada quando vi Harry cheirando meu biquíni, com cara de bobo. Me virei para ele, tapando o meus seios com um dos meus braço e com o outro enfiando dentro da boca o fazendo salivar.

- Não devia me provocar ruiva. – Vi o volume da sunga dele, e me deliciei com o quanto ele estava excitado.

- Estou apenas dançando. – Respondi maliciosa.

Sexy love
Girl the things you do (oh baby, baby)
Keep me sprung
Keep me running back to you (oh baby, I)
OoOo I love
Making love to you
Baby girl you know your my
Sexy love

Baby what we doing makes the sun come up
Keep on lovin’ til it goes back down
And I don’t know what I’d do if I would loose your touch
That’s why I’m always keeping you around
My sexy love

Levei as mãos ao laço do meu biquíni, no meu quadril e passei a provocar Harry, seus olhos brilhavam com a perspectiva do laço se desfazer, e eu apenas ria e fingia tirar.

- Gina se você não arrancar logo essa calcinha, eu arranco para você. – Meu sorriso dobrou de tamanho. A voz dele estava rouca e cheio de desejo.

- Verdade? – Provoquei, vendo ele se preparar para se levantar da cama.

Me virei de costa rindo e passei a rebolar, puxando devagar o laço, o desfazendo, ao mesmo tempo que sentia Harry encostar seu corpo quente e excitado atrás do meu.

- Que me enlouquecer? – O hálito quente entrando no meu ouvido, fez meu corpo tremer.

- Te surpreender. – Murmurei entorpecida, o corpo dele me deixava fora de mim.

Sexy love
Girl the things you do (oh baby, baby)
Keep me sprung
Keep me running back to you (oh baby, I)
OoOo I love
Making love to you
Baby girl you know your my
Sexy love

She makes the hairs on the back of my neck stand up
…just one touch…

Dançamos a última parte da música juntos, enquanto ele me ajudava a desfazer da parte de baixo do biquíni. O corpo dele roçando no meu, as mãos deslizando pelo meu corpo, o marcando, deixando um rastro de fogo por onde passava.

Ele beijava minha nuca, segurava meus seios, pressionando seu sexo em mim, apenas coberto pela sunga, aquilo era bom demais.

Começamos a andar, ele ainda nas minhas costas, e quando nos aproximamos perto da cama, ele beijou minha orelha, a sugando e depois murmurou apertando meu quadril: “Eu vou te amar agora”.

Meu corpo inteiro reagiu aquilo, e ainda de costa, senti quando ele me fez subir na cama, ficando de joelhos e depois fez meu corpo ir para frente. Gemi cheia de tesão pelo o que ele iria fazer. Vi quando sua sunga vôo em direção a cabeceira da cama, e mordi meu lábio, fechando os olhos em seguida, agora o corpo dele também estava nu.

Ele segurou meu quadril e sem dizer nada, deslizou para dentro de mim, me fazendo gritar. Segurei o lençol com as minhas mãos e delirei quando senti aquele vai e vem delicioso.

Lamuriei, arfei, gemi, suei, me derreti tudo de uma só vez, aquele homem sabia me amar, e eu tinha plena certeza que jamais teria outro igual.

Meu corpo estava sincronizado com o dele, dançava com o dele, e a medida que ele apertava o ritmo, tudo ficava ainda mais gostoso e delirante.

Uma de suas mãos foi para minha nuca, e me fez virar o rosto, apenas pra receber um beijo cheio de luxúria dele, um beijo gostoso e fogoso. A língua dançando e sugando a minha, me levando ao êxtase dos êxtases.

Quando ele soltou minha boca, deixou escapar um gemido longo, e notei que ele se segurava para não sucumbir. Rebolando, o recebendo mais e mais rapidamente, chegamos ao ápice juntos, suados e cansados, mas mais felizes do que nunca.

Ele segurou minha cintura e deitamos na cama, ele atrás de mim, me abraçando e distribuindo beijinhos carinhosos pela minha nuca.

- Acho que te amo. – Sua voz saiu rouca e mole, por conta ainda do sexo.

- Poxa que incrível, acho a mesma coisa. – Murmurei divertida, me aninhando em seu abraço, sentindo o cansaço do sol e de ser amada tomando conta do meu corpo.

E pouco tempo depois estávamos dormindo os dois abraçados, extasiados e completamente saciados.

Fim do Flashback

Não consegui frear o sorriso, que apareceu nos meus lábios com essas lembranças, olhei para Harry e notei que ainda tentava convencer Hermione de fazer par com ele.

- Ainda Mione lindinha do meu viver, faz companhia para o seu amigo do coração, amigo do peito, para toda hora, todos os momentos, que lutará por você na guerra, que te ajuda com o Roniquinho. – Nessa hora eu me segurei para não gargalhar, com a cara que a Mione fez, e o embaraço que o Rony ficou.

- Harry vai catar coquinho na ladeira. – Hermione falou entre uma risada e outra, seguindo para o bar que já estava a nossa frente.

- Será possível que ninguém quer ficar comigo. – Ele dramatizou, enquanto parava para mim esperar na porta do Bar.

- Eu quero. – Falei meigamente, enquanto os olhos dele brilharam em cumplicidade.

- Quer mesmo? – Harry falou sonsamente no meu ouvido, me agarrando pela cintura, por trás.

- Demais. – Minha voz saiu junto com um suspiro.

- Suspirando amor?

- Pois é, acho que é sintoma de uma doença entranha, já ouviu falar em paixonite Potteriana? – Ele gargalhou maravilhado.

- E isso é muito grave? – Mais uma vez sussurrou no meu ouvido.

- Depende do seu grau de gravidade. – Minhas pernas já tremiam.

- Me explique. – Sorri maliciosa.

- Quando fico nesse estado, quer dizer que o estágio da minha doença está avançado, e por isso eu acabo fazendo certos tipos de coisas.

- Que tipo de coisas? – Arfei quando a mão dele achou uma brecha na minha roupa, e passou a acariciar a pele da minha cintura.

- As mais insanas.

- Então eu acho que preciso imediatamente te tirar daqui e levar você para minha enfermaria, lá eu tenho certeza que posso te curar dessa terrível enfermidade. – Me virei no meu próprio eixo e o encarei profundamente, me pendurando eu seu pescoço.

- E quem disse que eu quero me curar, se depender de mim, ficarei doente por muito tempo.

E rindo com a minha resposta, e me dando um beijo carinhoso nos lábios, seguimos nossos amigos, que já estavam dentro do bar, conversando com Hagrid.

Continua...

N/B: Então... Tem outra coisa a dizer? PERFEITO!

Eu sou a beta de mais sorte da história das fanfics. Faz cara de “desculpa, não é minha intenção ser gostosa desse jeito”. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. Adorei isso.

Estou feliz e triste. Feliz porque li e palpitei antes de todo mundo. Triste porque quero mais... T.T

Como sempre, mana, segurando nossas respirações, disparando nossos corações... matando de infarto, agonia e êxtase. Plagiando pedreiro em obra: Ô fic gostosa!!!

Te amo Arinha. Georgea-Geo.

N/A: Poxa até que enfim né galera? Desculpe mesmo pela demora, mais eu ando bem ocupada, e tive um monte de coisas para me atrapalhar. Meu pc morreu definitivamente, perdi umas fic que tinham ficado nele, chorei rios e rios. Me mudei novamente, arrumei um emprego que toma muito meu tempo, e sem falar nas coisas rotineiras, como cuidar da minha filhota e do maridão.

Voltando para a fic, e aí gostaram?

Ficou chato?

Meloso?

Espero do fundo do coração que tenham gostado, já que tive que reescrevê-lo três vezes. Ah! A música é Sexy Love, de NeYo, baixem que é boa!

O próximo espero demorar menos, e terá mais coisas, e as duvidas esclarecidas.

Um beijo gostoso para todos, e valeu pelo carinho.

Reviews, reviews e reviews!

Obs: Se acharem algum erro nas Nc, é porque elas não estão betadas, já que mandei apenas o cap. Sem Nc pra beta. Depois concerto tudo!

Bjs...

Arinha Robert!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.