CAPITULO 13



CAPITULO XIII

De manhã, no colégio...

Já fazia três dias que tinha saído da casa de mamãe. Isso mesmo três dias que eu estava vivendo como um adulto; sozinho e me virando. Tentando ser responsável como papai queria e havia me pedido. Mas infelizmente o motivo da minha saída repentina de casa, não tinha sido a minha vontade de demonstrar responsabilidade, e sim minha briga com mamãe.

Era triste, mas Molly Weasley não aceitava de forma nenhuma que sua adorável filha tivesse um relacionamento comigo, a não ser é claro o fraternal, esse sim; ela aceitava e dava o maior apoio. Como nas palavras da própria, o que estávamos fazendo era completamente anormal e muito pecaminoso. Uma coisa totalmente mal vista pelos outros, como se eu realmente me importasse. Mas por mais que aquilo estivesse sendo chato, eu não conseguia deixar de ficar feliz por estar enfim curtindo todos os prazeres que esse romance estava me proporcionando.

Gina era definitivamente espetacular, uma mulher maravilhosa, e perfeita em tudo. Pelo menos pra mim, é claro! Tudo nela me encantava e me embriagava. Me sentia um viciado perto dela. A felicidade parecia está sempre alojada no meu peito quando a ruiva estava nos meus braços. A verdade era que eu amava tanto que nem saberia explicar se alguém me pedisse tal ato.

O mais engraçado era que agora estávamos nos comportando como namorados, e não escondíamos isso de ninguém. Eu a buscava na casa dela pra irmos pra escola, sempre ficamos juntos no intervalo da escola. Ela sempre que podia, vinha pra minha casa nova, que era a antiga casa dos meus pais, que estava vazia, desde que eu era pequeno. Pois eu tinha me negado a vendê-la, ou alugá-la. E assim o nosso namoro de três dias estava seguindo lindo e feliz, absurdamente feliz.

Nossa felicidade só não era exageradamente completa por três motivos.

Primeiro Motivo: Molly Weasley, como eu já citei, ela ainda me odeia, e faz o que pode e o que não pode, pra me afastar da minha ruiva. Ainda bem que tenho a ajuda e benção de papai. Sim papai, ele sim nos apoiava. Tinha ficado tão feliz quando soube de nós dois; que tinha até me dado um aumento de mesada, e tinha me apoiado completamente quando resolvi sair de casa.

Segundo Motivo: Ronald Weasley. Sim, meu mano ainda estava desmemoriado, e pra piorar a situação estava completamente dependente da gente pra algumas coisas. Pois ainda estava se recuperando, e o medico tinha achado melhor deixá-lo numa cadeira de rodas para não forçá-lo a fazer esforços. Assim, Rony precisava da gente o tempo todo, e principalmente agora que não lembrava de ninguém. Ele ainda não tinha tido alta, mais graça a Deus a melhora dele, em relação aos ferimentos estava sendo assustadoramente boa. Rony ficava melhor a cada dia, e pelo o que disse o medico, logo estaria em casa e sem a “chata cadeira de rodas” como ele mesmo dizia.

Terceiro Motivo: Hermione Granger. Esse por incrível que parece, era o motivo que mais estava preocupando a nós. Principalmente a Gina, pois elas duas eram amigas demais. Parecia até que quando uma se machucava a outra é que sentia a dor. E agora não estava sendo diferente com elas. Mione por mais que tentasse disfarçar, estava arrasada por saber que Rony não relembrava de nada ainda. E vivia escondendo a tristeza de todo mundo, mais essa não conseguia disfarçar a tristeza para os olhos atentos de sua melhor amiga. Isso ela podia até tentar, mais não conseguia de forma nenhuma esconder de Gina, que sofria com a falta de memória de Rony.

Esses eram os três motivos que não deixavam a nossa felicidade ser plena. Tanto Gina quanto eu, não nos sentíamos confortável em ficar só sorriso, enquanto, mamãe, nosso irmão e nossa amiga estavam daquele jeito. Estávamos felizes, mas não cem por cento.

- No que está pensando? – Escutei a voz da minha linda ruiva, me tirando dos meus devaneios. Estávamos no pátio da escola matando o tempo vago.

- Estava pensando na mamãe, no Rony e na Mione. – Respondi-lhe sorrindo. Vi-a erguer a sobrancelha em interrogação.

- Pensando nos três ao mesmo tempo? – Perguntou sentando no meu colo, e confesso que senti meu sangue circular mais rapidamente nas veias.

- São os nossos maiores problemas, não é? – Ela sorriu me abraçando e juntando mais os nossos corpos. Tremi sem controle.

- Não digo que eles são os nossos problemas, porque estamos falando de pessoas importantes para nós. – A senti enfiar os dedos pelos meus cabelos, arranhando minha nuca, fazendo eu engoli em seco a vontade que me subiu de jogá-la no chão e possuí-la ali mesmo no meio do pátio.

- Ruiva?

- Hum? – Gina respondeu ainda fazendo carinho na minha nuca.

- Isso é tortura. – Respondi sem me agüentar, aquele simples toque, estava fazendo estrago em outra parte do meu corpo, que parecia no momento ter vida e vontade própria.

- Não entendi? – Percebi que sua voz tinha saindo completamente marota, desmentindo assim sua suposta duvida.

- Ahhh! É? Você não entendeu? Tem certeza? – A cada pergunta, eu a apertava mais ainda nos meus braços, se é que isso era possível, e aproximava meus lábios dos dela, que ela tinha entreaberto, me deixando com água na boca.

- Não sei do que está falando Harry. – Mais uma vez se fez de desentendida, mas percebi que arfava com a minha aproximação. Mordia seguidamente os lábios, me deixando a beira da loucura.

- Vou te mostrar como é bom torturar criaturas puras e ingênuas como eu. – Ela gargalhou em resposta. Sua risada fez uma fogueira se acender dentro do meu corpo.

“Deus! Até a gargalhada dela me dava tesão!”

- Harry meu amor, você pode ser tudo, menos puro e ingênuo. – Ela disse ainda rindo. Mas na verdade eu não tinha prestado atenção, as palavras “meu amor” ainda dançavam na minha cabeça. Era perfeito demais poder ouvir aquilo sem se esconder.

- Repete? – Perguntei a poucos milímetros de sua boca. Vi que ela tinha parado de sorrir.

- Que você não é puro nem ingênuo? – Balancei a cabeça negando com um sorriso bobo. – O que então? – Ela franziu a testa sem entender.

- Harry meu amor... – Falei sussurrando em seu ouvindo, senti-a tremer no meu colo.

Ela pegou meu rosto com suas mãos pequenas, e aproximou os lábios vermelhos do meu ouvido e sussurrou baixo e completamente sexy.

- Harry meu amor... Harry meu grande e único amor... – Mordi o lábio inferior com força segurando todo o meu desejo. Aquela ruiva sabia me enlouquecer.

E sem que eu esperasse, mordeu o lóbulo da minha orelha, varrendo pra bem longe todo meu controle e minha sanidade, e eu fiz a única coisa que me passou no momento pela cabeça. A beijei desesperadamente, como se aquele beijo fosse vital pra mim.

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- Sabe, ‘tô chegando a conclusão que você é retardado! – Falei pela décima vez para aquela coisa branquela azeda que estava atrás de mim, me seguindo as uns bons dez minutos.

- E eu ‘tô chegando a conclusão que você é surda! – Respondeu sarcasticamente.

- EU NÃO VOU FAZER ESSE TRABALHO IDIOTA DE MATEMÁTICA COM VOCÊ! – Gritei feito louca, no meio do corredor do colégio, parecia uma louca desvairada.

- Infelizmente Krikinha, nossos nomes foram sorteados para fazermos esse trabalho em dupla, e não é esse seu ataque infantil, que vai me fazer desistir da minha nota! – Draco falou baixo, ignorando completamente os meus gritos, me fitando muito sério. Porque que ele tinha que me olhar com aqueles olhos tão lindos? Aí que ódio!

- Merda! Porque que eu não posso fazer o trabalho com a Georgea, a Nana, ou a Sally, também tem a Re, ou a Priscila, ela é super legal, ou ah! Michelle, a Ara, ela é bastante inteligente em matemática, porque não ela? Porque tenho que fazer essa droga de trabalho com você? – Eu tinha gesticulado tanto pra falar que cheguei a ficar cansada. Estava tentando arrumar qualquer saída para não ficar no trabalho em dupla com aquele louro perigoso. Perigoso para minha saúde.

- Primeiro: a Georgea ta fazendo o trabalho dela com o Daniel, a Nana, bom essa, como eu posso te explicar... – Ele fez uma cara de safado, que na hora eu liguei os pontos.

- Você saiu com ela e agora ela te odeia com todas as forças? – Terminei por ele.

- Não. Bom, saímos sim, e foi muito bom, ela é espetacular, mais agora ela é apenas uma boa amiga. – Seu sorriso foi tão safado que me deixou irada.

- A Nana é uma boa amiga, ou uma amiga boa? – Perguntei sem me conter, parecia até que minha boca agia por si só. Cretina traíra!

- As duas coisas. E Outra a Nana vai fazer o trabalho dela com o Fred. – Revirei os olhos, indignada. – Continuando, a Sally vai fazer o trabalho com o Jorge, a Re com o Henrique, a Priscila com o Carlos, a Michelle com o Neville, e a Ara, bem ela, hum...

- Você também pegou? – Que porra! Aquele garoto tinha saindo com o colégio inteiro?

- A gente saiu sim, e também é uma boa amiga, que agora está namorando e vai fazer o trabalho com o namorado dela. Tom, gente fina, muito legal. – Terminou todo satisfeito de si, aquilo triplicou meu ódio.

- Você por acaso saiu com o colégio inteiro? – Mais uma vez minha boca maldita agiu sozinha.

- Não com ele inteiro, e posso te garantir que não é por falta de vontade delas. – Terminou gargalhando.

“Filho da Puta”

- Convencido.

- Realista.

- Certo, certo, eu faço essa porcaria de trabalho com você. – Respondi vencida.

- Sabia que você não resistiria ao meu charme. – Olhei pra cara dele, e enfiei um dedo na boca fingindo que iria vomitar. – Que tal marcar na minha casa? – Ele falou seguindo o caminho para o pátio.

- Porque na sua casa? – Perguntei o seguindo.

- Porque na minha casa a gente poderá trabalhar em paz. – Ele sorriu de lado e eu bufei.

- Ta certo Barbie, mas que fique uma coisa bem clara. – Apontei o dedo pra cara dele. - Nós iremos fazer um trabalho de matemática, apenas isso, um longo e tedioso trabalho de matemática. – O fitei por mais um tempo, abaixei o meu dedo e me virei para ir embora, mas estanquei no mesmo lugar.

Ali no meu do pátio, estava Gina e Harry num tremendo amasso, que abalaria as estruturas de qualquer lugar. Eles estavam tão envolvidos um no outro, que nem se quer percebiam a movimentação ao redor dos dois. Foi inevitável não olhar para Draco neste momento.

- Posso te fazer uma pergunta? – Draco desviou a vista do casal e me olhou seriamente. – Vocês não estavam namorando? – Ele voltou a olhar para o casal e depois sorriu.

- Estávamos.

- Estávamos? – Certo eu não sou burra, eu apenas não entendi aquele rolo doido.

- Sabe o que é engraçado? - Balancei a cabeça o incentivando a continuar. – Eu achava que amava a Gi, mas agora eu vejo que eu simplesmente era apaixonado. E isso eu posso te garantir que é diferente. – Respondeu me olhando tão intensamente que fez minhas pernas tremerem.

- E como você chegou a conclusão que era paixão e não amor? – Eu sentia que meu coração estava aliviado, mais não sabia por quê.

- Não estou chateado por vê-la ali com Harry. – Ele mais uma vez olhou para o casal, que ignoravam completamente o ato de respirar. – Pelo contrario, estou feliz por ver que felizmente a Gina ‘tá com o cara certo, que a ama de verdade. – Sorri concordando com ele. Realmente Draco tinha razão, era muito bom saber que Harry e Gina estavam juntos, depois de tanta coisa atrapalhando.

- Também fico feliz pelos dois. – Draco me olhou e sorriu novamente, e dessa vez pude perceber que o sorriso chegava às orelhas. Ele realmente estava falando a verdade, não estava chateado.

- Gina foi a primeira garota por quem você se apaixonou? – Minha curiosidade ainda me mata!

- Não. Fui apaixonado pela Mione. – Arregalei meus olhos pra tamanho de pratos, será que eu tinha escutado direito?

- Pela Mione? – Perguntei perplexa.

- É. Mas foi há muito tempo. – Respondeu displicentemente, como se falasse do tempo.

- Nossa! Não consigo imaginar você e a Mione juntos. – Eu falei mais pra mim do que pra ele, e ouvi-o gargalhar.

- Eu também. Hoje é claro. Mas na época que saímos e ficamos um bom tempo, eu era louco por ela. – Minha boca desabou.

- Vocês ficaram? - Já estávamos andando pelo corredor de novo, eu não sabia pra onde ele estava indo, só estava o seguindo e matando minha curiosidade. Afinal de contas, meu companheiro de conversas estava um pouco ocupado no momento.

- Uhum. Acho que ficamos por uns três ou quatro meses, por aí. – Balancei a cabeça chocada. Aquele garoto definitivamente era o senhor papa tudo!

- E como isso aconteceu?

- Você é bem curiosa né? – Ele perguntou me fitando e eu senti minha face arder, desviei o olhar, pois sabia que estava vermelha. – Tudo bem, satisfazendo sua curiosidade, eu descobri pela Gina que a Mione tinha uma queda por mim, aí a gente conversou um dia, e acabamos ficando. – Eu o ouvia atentamente. - E depois disso a gente foi ficando todos os dias, sem compromisso, e assim se passou quatro meses. Se pararmos pra analisar, a gente namorou, porque no momento que estive com ela, não fiquei com ninguém, e muito menos ela.

- Você não sente mais nada por ela? – Eu não queria fazer aquela pergunta, mais saiu sem que eu quisesse.

- Claro que sinto. Eu a amo. Amo muito. – Engoli em seco quando o ouvi dizer isso.

- E o Rony sabe disso? – Perguntei sem fitá-lo. Senti que estava sendo tomada por uma tristeza sem fim com aquelas palavras dele.

- Bom, agora eu não sei, ele não lembra de nós. Mais quando estava bem, sim. Rony sabia que eu amo a Mione como se fosse minha irmã. – Abri um sorriso enorme sem controle.

- É uma pena o Rony estar desse jeito, né? – Mudei de assunto rápido, com medo dele ter percebido meu enorme sorriso por ele sentir apenas amor fraternal pela Mione.

- É sim. – Ele enfiou as mãos nos bolsos da calça e continuou andando, percebi que estávamos indo para o terraço do colégio.

- Porque estamos indo pro terraço? – Ele me olhou e sorriu, minhas malditas pernas tremeram novamente. Aquilo por acaso iria virá rotina por acaso? Ele olha, e eu tremo?

- Você eu não sei, eu estou indo fumar. – Fiquei sem graça, quando notei que estava tão concentrada na nossa conversa, que tinha seguido ele até o seu refugio na nicotina.

- Então, eu acho que vou indo. – Por alguma razão que eu não quero saber realmente, eu não queria ir embora, e estava torcendo internamente que ele me impedisse de ir.

- Quer me fazer companhia? – “Isso!” Arregalei os olhos quando percebi que tinha vibrado internamente. “Deus eu ‘tô perdida!”

- Tem certeza? – Que horror, ainda me faço de difícil? Vou queimar no inferno!

- Não. Só estou perguntando por que sou educado! – Engoli com muita dificuldade, a vontade de mandá-lo tomar num lugar nada familiar.

- Certo, então já que você fez sua parte, sendo educado, eu vou me retirar porque sei muito bem quando não sou bem-vinda, sendo educada. – Virei nos calcanhares pra ir embora, mais senti sua mão segurando meu cotovelo. Engoli em seco, sua mão queimava minha pele.

- Não gosto de fumar sozinho.

- Certo, entendi, a verdade é que você não quer ir para o país dos pés juntos, sozinho, e sim que levar a bacaca aqui também? – Escutei ele gargalhar e senti meus pelos todos se arrepiarem.

- Poxa! Você descobriu meu segredo. – Falou irônico e eu não consegui controlar minha gargalhada. – Vamos Krikinha me der a honra de sua companhia? – Olhei pra ele e vi que foi minha perdição, pois o safado fazia a maior cara de cachorro em dia de mudança.

- Eu vou. – O sorriso que ele deu foi enorme. - Mais você vai fumar longe de mim. – falei decidida.

- Sim senhora. – Ele brincou batendo continência.

Balancei a cabeça, não me deixando levar pela brincadeira dele e seguimos rumo ao terraço, para que aquela coisa pálida pudesse fumar. E no caminho eu ia pensando como seria ficar sozinha com ele, naquele terraço deserto e tão propício a tantas coisas. Engoli em seco mais uma vez. Droga eu tinha caindo em uma baita armadilha.

“Krika, sua burra!”

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Eu tinha acabado de sair da sala de aula, carregando meus livros de forma bem displicente. Estava de saco cheio, louca de vontade de sumir daquele colégio e correr pro hospital e ver meu ruivinho. A saudade estava me matando, nesses três dias eu tinha vindo pra escola arrastada, sem nem um pingo de vontade de encarar os professores e fazer pilhas e mais pilhas de deveres. Era como se de uma hora para outra eu tivesse perdido todo o prazer que eu sentia de estudar, a única coisa que me importava era está ao lado de Rony e fazê-lo lembrar das coisas.

A senhora Weasley tinha deixado um álbum de fotos com ele, para ver se lembrava de algo. Eu esperava ansiosa para que ele tivesse lembrado de qualquer coisinha. E não conseguia me agüentar de vontade de correr até ele e comprovar se aquele álbum tinha feito o meu Rony voltar. Sei que era pedir muito, para alguém que tinha se acidentado há pouco tempo, mas sentia que tinha que me agarrar a alguma esperança. Simplesmente não conseguia imaginar Rony sem qualquer lembrança de mim, e das coisas que passamos juntos. Só de pensar nisso, sinto uma dor aguda no peito, a dor do desespero, dor do nunca mais.

Não, mais eu não posso me deixar abater, eu tenho que ser forte, por mim e por ele. Tenho que encarar esse problema de frente e enfrentá-lo, e ajudar Rony a vencê-lo.

- Granger? – Olhei para trás para ver quem estava me chamando e inchei de ódio.

- O que você quer Débora? – Eu não estava acreditando que aquela loura metida a gostosa tava ali me dirigindo a palavra.

- Só quero saber como anda o Ronald. – “Miserável de uma figa!”

- Acho que o estado que o Rony se encontra, não é da sua conta. – Para a minha alegria a descarada ficou muito puta com a minha resposta.

- Nem da sua, se fomos levar em consideração, que ele terminou com você! – Ela alfinetou sorrindo. Fui tomada por uma tristeza gigante, quando aquela desgraçada falou aquilo, senti meu peito apertando e meus olhos marejarem.

- Já disse que isso não é da sua conta, Débora. – Falei segurando a vontade de chorar na frente daquela cachorra.

- Vai chorar? – Ela perguntou debochada, tive vontade de socá-la.

- Acho bom você desaparecer da minha frente, Deby. – Ameacei, cuspindo o apelido nojento dela.

- Me diz uma coisa, como é gostar de alguém que nem ao menos lembra quem é você? – Débora falou gargalhando e aumentando assim minha vontade de chorar. – Deve ser muito doloroso, saber que Ronald não lembra da sua insignificante presença. – Senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, sem que eu conseguisse controlar.

- Ahhh! ‘Tá chorando? Chora não. Quem sabe com muito esforço e dedicação, ele não volte a gostar de você. – Sequei minhas lágrimas com raiva e me virei para ir embora. – Vai embora? Ahhh! Que isso! Fica mais, vamos con... – Mas eu não pude mais ouvir o que ela falava, pois no momento seguinte eu ouvi um barulho, que me fez virar e olhar para ela e ver o que tinha acontecido.

Parada, na minha frente e com o punho estendido e um sorriso de orelha a orelha estava Gina. Do seu lado estava Harry com a cara mais pasma que eu já tinha visto. E no chão estava a insuportável da Débora, botando muito sangue pra fora, pelo nariz, gritando feito uma gralha.

- VOCÊ QUEBROU MEU NARIZ! QUEBROU MEU NARIZ! – Ela gritava com a mão no nariz, tentando amparar o sangue que escorria.

- Quem dera que eu tivesse quebrado sua vadia oxigenada! – Gina respondeu com a mão na cintura a encarando. – Eu estava louca de vontade de fazer isso há muito tempo, mais pra minha falta de sorte não consegui quebrá-lo!

- VOCÊ É LOUCA! – Ela gritou mais uma vez.

- Acertou querida, eu sou louca sim, ainda mais quando mexe com a minha amiga! – Ela se aproximou da loura e ergueu o punho novamente. – Se aproximar de novo da Mione e eu quebro você em milhares de pedaços, sua oferecida de quinta! – Ela falou apertando o punho, fazendo seus ossos da mão estalar. Vi que Débora tinha tremido na base com a ruiva.

- O DIRETOR VAI SABER DISSO, VIRGINIA! – Gritou enquanto tentava se erguer do chão.

- Ótimo, aproveita e pede transferência pro inferno querida, e quem sabe você não dá pro capeta, assim você não vai dar em cima do namorado dos outros!! – E sem se deixar abalar com a ameaça da loura, Gina pegou na minha mão e na de Harry e nos guiou para longe dela.

Fomos andando até chegar numa sala vazia próxima, lá Gina me fez sentar e sentou na minha frente, me fitando profundamente.

- Como você está? – Ela fez a pergunta devagar, mais foi como um botão para que eu me soltasse.

Me joguei nos braços dela e chorei desesperadamente, colocando toda a tristeza, insegurança, e medo que eu estava sentindo pra fora.

- Shiii... Calma Mi. Vai ficar tudo bem. – Eu soluçava no ombro dela, incapaz de falar qualquer coisa.

- Se precisar de qualquer coisa é só falar com a gente. Até pra bater na metida da Débora. – Sorri em meio ao choro, quando ouvi Harry dizer isso.

- O..obriga...gado. – Agradeci aos meus dois amigos. – Eu... amo... vocês... – Murmurei ainda soluçando muito.

- Nós também. – E com isso os dois me abraçaram junto, e eu sorri feliz por ter amigos tão bons pra mim.

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Olhei para o terraço que estava na minha frente. Tinha sido a primeira vez que eu tinha ido ali, apesar de saber onde era, eu ainda não tinha estado ali. Era grande e com uma grande marquise que fazia uma sombra agradável. E era exatamente pra onde Draco estava indo. Segui-o e sentei ao seu lado, me senti um pouco desconfortável com o silêncio que tinha se instalado entre a gente, mas não queria ser a primeira a puxar assunto. Por incrível que isso possa parecer, estava nervosa e incerta se conseguiria falar.

Esperei pra ver se ele falaria algo, mais parecia está achando o silêncio bastante agradável, ou na certa queria tirar uma da minha cara, pois ele não dizia um a, e aquilo estava me irritando profundamente.

- Engoliu a língua? – Perguntei lhe fitando e para meu horror ele me deu uma olhada que fez estremecer todo o meu ser.

- Não, quer que eu te mostre? – Draco falou se aproximando.

- O quê? - Eu tentei me afastar, e me lembrei derrotada, que tinha sentado próxima a parede; vi que daquele jeito eu ficava sem escapatória.

- Você perguntou se eu tinha engolido a língua? E eu respondi que não. – À medida que ele falava, se aproximava cada vez mais de mim. – E eu lhe perguntei se você não queria que eu lhe mostrasse? – Falou já a poucos centímetros da minha boca.

- Mostrasse? – Sentia que meu cérebro estava em pane e eu não conseguia processar nada com aquela aproximação dele.

- Uhum. – Respondeu passando a língua nos lábios e eu mordi o meu, segurando minha vontade. Aquele desgraçado estava me deixando louca.

- Mostrasse o quê? – Perguntei bobamente.

- A língua. – Respondeu acariciando minha face. Foi impossível manter os olhos abertos.

- Que língua? – Minha pergunta não passou de um sussurro.

- Essa língua. – Respondeu, e quando eu abri os olhos pra ver sobre o que ele falava, senti-o diminuir o minúsculo espaço entre a gente e tomar meu lábios num beijo avassalador.

Suspirei e gemi ao mesmo tempo. Nunca tinha sentido algo daquela forma. Tudo bem que eu nunca tinha beijado na vida, mas caramba! Que beijo era aquele senhor? Será que sentir que está voando, que está completa, e maravilhosamente bem era normal com um beijo?

Se não era, aquele garoto definitivamente tinha talento. Nossas bocas dançavam, se enroscavam, se misturavam e se provavam de uma forma excepcional. Levei minha mão até a nuca dele e o trouxe para mais perto, aprofundando ainda mais o beijo. Escutei ele gemer baixinho, e senti a face arder de vergonha. Deus o que eu tava fazendo? O empurrei devagar e encarei o chão sem conseguir fitá-lo.

- Acho melhor eu ir embora.

- O quê? Por quê? – Percebi que ele tinha ficado tão bestificado com o beijo quanto eu.

- ‘Tá ficando tarde e eu tenho que ir embora. – O olhei de lado e vi que ele tinha passado a mão no cabelo num gesto um tanto nervoso.

- Ótimo Krika, vá então fazer suas coisas importantes. – Sua voz saiu completamente irônica.

- Eu...

- Olha só vá, ‘tá bom. – Ele falou nervoso e irritado, pegando um cigarro do bolso e o colocando na boca. – Afinal de contas eu só vi aqui fumar meu cigarro mesmo.

- Ótimo, aproveita e engole ele, idiota! – Falei puta, arrancando o cigarro da boca dele e o jogando no chão.

Fui em direção a saída do terraço, e pude ouvir ele rindo nas minhas costas, aquilo fez meus olhos se encherem de lágrimas. Aquela besta mitológica estava brincando comigo? Mas ele iria pagar muito caro! Ah, se ia!

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De tarde no hospital...

Estávamos caminhando em direção ao quarto de Rony, no segundo andar do Hospital.

- Por acaso eu já contei pra vocês como eu...

- ODEIA HOSPITAL! – Gina e eu falamos justas completando a frase de Harry.

Era praticamente um mantra, Harry sempre repetia as mesmas frases quando íamos visitar Rony no hospital. Era até engraçado ver as caretas dele, e ele tentando tapar o nariz por causa do cheiro do éter que o fazia enjoar.

- Mas é verdade, tudo me incomoda, as paredes brancas azedas, o povo vestido de branco; o silêncio apavorante e até...

- O CHEIRO AGONIZANTE! – Completamos mais uma vez.

- Vocês querem parar as duas de terminarem minhas...

- FRASES! – Terminamos mais uma vez, e em seguida caímos na gargalhada com o bico que Harry fez.

- Bobas! – Ele cruzou os braços e fez um bico gigantesco. Vi Gina gargalhar mais ainda da cara dele.

- Amor, a gente ‘tá brincando. – Ela se aproximou dele e segurou no seu braço. – É que você repete tantas vezes essas frases, que acabamos decorando.

- Liga não Harry, o seu segredo está guardado conosco! – Falei brincando. – Ninguém vai ficar sabendo por mim que você tem medo de Hospitais.

- Heim! Eu não tenho medo de Hospitais! – Falou indignado. – Só tenho...

- PAVOR! – Não conseguimos nos segurar, mais uma vez terminamos a frase pra ele. E dessa vez nos três caímos na gargalhada.

Chegamos a porta do quarto de Rony e eu respirei fundo. Eu tinha me distraindo com o casal vinte e nem tinha me dado conta que estávamos já ali. Na porta do quarto dele. Com apenas uma barreira de madeira nos separando. Pra falar verdade, tinha mais do que uma barreira de madeira nos separando. Mas deixa pra lá!

Vi a ruiva esticar a mão e rodar a maçaneta da porta e assim dar passagem para Harry e eu passarmos. Entrei no quarto e vi Rony sentado na cadeira de rodas, com uma cara nada simpática. Segurava uma caneca na mão, com algo quente saindo dela, e com a outra brincava detraído com o couro que revestia o braço da cadeira. Parecia está tão perdido em pensamentos, pois em momento nenhum notou a nossa chegada. De duas uma, ou ele estava muito aéreo, ou estava nos ignorando completamente.

Droga, mesmo estando daquele jeito debilitado, ele estava tão bonito. Seus cabelos ruivos já apontavam, lhe deixando com a cabeça sombreada de vermelho, o corpo apesar de ter sofrido com o acidente, e ele ter perdido alguns quilos, ele ainda mostrava os músculos por baixo da camiseta branca de malha que vestia. Os braços continuavam fortes, as pernas grossas, que me fazia tremer, ao lembrar delas nos meios das minhas.

Um barulho de alguém arranhando a garganta me fez voltar pro planeta terra. E vi que isso também fez Rony perceber nossa presença. Ele virou a cabeça lentamente em nossa direção e quando me avistou abriu o maior sorriso que eu já tinha visto.

Minha respiração falhou num segundo, e meu coração deu um pulo forte no meu peito. Era estupidamente espantoso o poder que ele tinha sobre mim. Bastava ele direcionar aqueles olhos azuis, e aquele sorriso lindo, que eu sentia as minhas pernas fraquejarem e minha boca secar.

- Oi. – Ele falou me olhando nos olhos. Senti minha face arder de embaraço, porque mesmo estando daquele jeito, desmemoriado, ele me olhava daquela forma tão minuciosa? Deus! Parecia que ele estava me vendo nua!

- Oi. – Respondi tímida, ao olhar malicioso dele.

- Como anda o meu irmão preferido? – Gina perguntou indo abraçar Rony, e por um momento eu achei que ele tinha acabado de perceber que tinha mais gente no quarto além de nós dois.

- Ah! Oi, eu não vi vocês, me desculpe. – Minhas suspeitas se concretizaram.

- Nossa Mione, viu o que você faz com o meu irmão? – Gina brincou. – Por sua culpa ele nem percebe nossa presença! – Fiquei com uma vergonha crônica. Gina e sua maldita boca!

- Gina, cala a boca. – Murmurei baixo para apenas a ruiva ouvir.

- Eita! Que estresse, Mi! – Ela continuou rindo. – Até parece que eu falei algo de mais.

- E aí Rony, como está? – Harry interrompeu nossa briga infantil.

- ‘Tô bem melhor, minha cabeça não dói mais. – Respondeu passando a mão levemente pelo machucado da cabeça. Seus olhos caíram novamente sobre mim.

- Que bom Ron, fico feliz que você não esteja mais sentindo dor. – Harry exclamou feliz.

- É. – Ele respondeu ainda me olhando, percebi que ele estava em dúvida se me perguntava algo ou não. – Já nos beijamos?

Paralisei quando ouvi aquilo. Será que ele tinha lembrado de algo? Lembrado da gente? Senti meus olhos arderem novamente, mais resolvi não chorar, respirei fundo e me mantive firme.

- Porque pergunta? – Tentei soar o mais natural possível. Harry e Gina estavam mudos, escutando nossa conversa.

- Eu não sei explicar. – Rony falou sem graça, ficando da cor de tomate.

- Você se lembrou de algo? – Perguntei sem me conter.

- Não exatamente. – Ele desviou o olhar, parecia que iria explodir de tanto embaraço.

- Então, porque você quer saber se a beijou Rony? – Gina perguntou, arrancando de mim minhas palavras.

- Por nada. – Vi que ele tinha apertado a caneca que estava em sua mão com mais força que o normal. – Apenas curiosidade.

- Então, me deixa matar sua curiosidade. – Gina falou sorrindo. – Você...

- Somos apenas amigos, Rony. - Falei apreensiva. Não queria que ele ficasse sabendo das coisas que houve entre a gente daquela forma. Eu não sabia explicar, só sabia que estava em pânico.

Gina me olhou espantada com a minha reação. Me senti o próprio E.T, mas resolvi ignorá-la. Apenas lhe lancei um olhar que depois eu lhe explicaria, se é que eu conseguiria tal ato. Pra falar a verdade, eu não estava entendendo muito bem, meu medo repentino. Só sabia que no momento que Rony fez aquela pergunta, senti que não tinha que falar nada. Não queria forçar nada. Vai que ele sente que tem obrigação de corresponder ao meu sentimento, mesmo não sentindo e lembrado de nada! Eu não queria isso pra ele, nem muito menos pra mim. Se Rony tivesse que voltar um dia pra mim, teria que ser porque ele me ama de verdade, e não porque ele sente obrigação, por eu ter sido sua namorada antes de seu acidente.

- Bom, vamos pegar algo pra gente beber, né Harry? – Gina falou sorrindo de orelha a orelha, num sorriso incrivelmente forçado.

- Vamos? – Percebi o momento exato em que Gina pisou no pé de Harry disfarçadamente mal. – Cla-ro, meu doce. – Harry murmurou baixo, contendo a dor do pisão.

- Mi, você faz companhia pro Rony, enquanto a gente compra uns refrigerantes, ‘tá? – Engoli em seco e respondi com apenas um aceno de cabeça. – Ótimo, daqui a pouco voltamos. – E ela saiu rebocando um Harry completamente desnorteado pra fora do quarto.

Assim que Gina e Harry saíram, o quarto caiu num silêncio horrível, que me deixava cada vez mais nervosa. Sem saber o que fazer, arrisquei olhar para ele e percebi que seus olhos azuis estavam me fitando tão intensamente que chegou a me congelar. Um arrepio frio desceu pela minha espinha, e eu quase saí correndo do quarto.

“Deus porque eu estou com tanto medo?”

Respirei bem fundo e resolvi usar toda a minha minúscula coragem e sentei na sua cama para dar um clima de descontração.

- E então, ‘tá bebendo o que? – “Nossa! Que jeito maravilhoso de se começar uma conversa!”

- Chocolate quente. – Respondeu sério. “Droga porque ele ‘tá assim comigo?”

- ‘Tá chateado comigo?

- Eu não sei! – Vi que ele parecia está muito nervoso. – Na verdade, eu não sei nada, não é? – Perguntou sarcasticamente.

- Rony não fica assim...

- Não ficar assim? – Ele gargalhou. – Eu não sei quem sou eu, não sei quem é minha família, meus amigos; eu não sei quem é você! – Meu peito apertou tanto que eu pensei que explodiria de dor, quando eu o ouvi falar aquilo. - E mesmo assim eu sinto isso. – Ele murmurou.

- Isso o quê? – Minha voz não passou de um sussurro.

- Toda vez que te vejo, eu tenho que me segurar. – Minha respiração falhou. – Toda vez que olho pra sua boca, a minha enche d’água. – “Caramba!” – Toda vez que olho pro seu corpo, o meu queima. – Mordi os lábios, nervosa. – Toda vez que eu olho pro seus olhos, meu peito dispara, e sinto que...

- Quê? – O incentivei a terminar. Eu precisava escutar aquilo.

- Eu não sei se é algo de antes ou depois, só sei que é grande e assustador. – Abaixei a cabeça triste. Era lógico que pra ele era algo assustador, sentia tudo aquilo e não lembrava de mim. Parecia coisa de louco!

As lágrimas que com muito esforço eu estava segurando, começaram a descer pelos meus olhos sem nenhuma cerimônia. Me sentia uma grande merda por achar que ele estava tranqüilo com aqueles sentimentos. Era normal ele estar tão confuso e irado com aquilo. Como alguém podia sentira aquelas coisas, por uma pessoa que supostamente ele nem se quer lembrava e não ficar chateado? Era difícil demais pra ele.

Vi que o espaço em frente a cama tinha abaixado com um peso, e levantei o olhar e dei de cara com Rony me fitando seriamente. Seu olhar era tão penetrante que me deixava com falta de ar. E chorar e sentir o ar faltando não estava sendo fácil pra mim. Ainda mais agora que olhando pra ele tão perigosamente perto de mim, meu coração parecia que iria saltar pra fora do peito a qualquer momento.

- Eu devo ter te assustado, né? – Rony falou vermelho, e por um breve momento no meio daquela tensão eu o achei fofo por está com vergonha.

- Não. – Enxuguei as lágrimas e lhe dei um sorriso forçado. – Não liga pra mim não, eu choro a toa mesmo, sou uma boba.

- Você não é boba. – Fechei os olhos, quando senti ele acariciar meu rosto. – É linda. A garota mais incrível que eu já conheci, apesar de conhecer poucas no momento. – Foi inevitável ri.

- Então, eu acho que você devia conhecer outras pra poder tirar suas conclusões. – Falei aquilo com um nó na garganta. Mandar Rony procurar outras garotas não era maravilhoso por assim dizer.

- Eu não preciso procurar, pois eu já a achei. – Fui invadida por uma felicidade incontrolável, após ouvir isso.

- Rony eu...

- Posso fazer uma coisa? – Ele perguntou nervoso.

- O quê? – Estava com medo, mais a curiosidade era maior.

- Te beijar? – De repente o ar ficou impossível de chegar aos meus pulmões. – Posso? – E eu respondi a única coisa que consegui no momento. Eu balancei a cabeça.

Foi como se o tempo e qualquer coisa ao redor dele parasse. Vi Rony se aproximar de mim, trêmulo, meio hesitante, passar o polegar pelos meus lábios, como se tivesse reconhecendo a área. Fechei os olhos, sentindo aquele toque quente e prendi a respiração esperando só matar a saudade que eu sentia de sua boca, quando a porta do quarto foi escancarada de uma vez, me dando um tremendo susto, me fazendo quase ir ao chão.

N/A: Aéeeeeeeeeeee, terminei até que enfim!

Bom galerinha, é isso aí, eu tinha mais planos pra esse cap., mais resolvi fecha-lo aí...

Vou começar o outro com mais ação e mais Nc's! ahauhauhauahu

Um big beijão pra todos e um especial pra minha miga Sally que betou o cap. pra mim!

Te adoro maninha!!!

E um outro beijão pra minhas outras Manas...

Nana, Pri, Rê, Jô, Paty... Amo todas vcs!

Ahhh outra coisinha, estou escrevendo uma fic muito irada, Nc, com essas meninhas acima que acabei de citar, a fic se chama Conquistando seu Amor, e está um máximo!

Quem quiser ler, pode acha-la na minha lista de fic favoritas... ou no de autor favoritos com o nome de As escritoras!!!

Bjão pra todos!!! Espero que tenham gostado!

Arinha...

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