CAPITULO 5



CAPITULO V

Fazia mais ou menos uma hora que Colin e Luna tinham ido embora, resolvi tomar um banho, pois estava exalando cheiros de diferentes ervas e um cheiro horroroso de alho saia da minha boca, e eu estava preocupada até comigo mesma, eu poderia cair dura ali mesmo com o meu próprio mau hálito. Escolhi uma bermuda bege e uma blusa de alça rosa claro e me dirigi ao banheiro, deixei a água acariciar meu corpo e me pus a cantar no chuveiro, tava me sentindo triste, e a melodia que saiu de meus lábios era extremamente doce e melancólica.

“Hummmmmmmmm

Seus olhos são espelhos d'aguaaaa

Brilhando você

Pra qualquer ummmmm”

“Hummmmm

Por onde esse amor andava

Que não quis você

De jeito algummmmm”

“Hummmmmm

Que vontade de ter você

Que vontade de perguntar

Se ainda é cedoooo, ummmm”

“Hummmmmmmmmm

Que vontade de merecer

Um cantinho do seu olhar

Mas tenho medoooooooooo”

Comecei a ensaboar meu corpo com meu sabonete de erva doce, dançando ao som doce daquela melodia que saia pela minha boca, fechei meus olhos e comecei a dançar, lentamente imaginando esta dançando com ele, e rapidamente me puni por esta pensando nele novamente, era como uma doença, que eu não podia me livrar,nem se eu tomasse todo remédio do mundo, muito menos as doideiras farmacêuticas de mamãe. Aquela doença chamada Harry Potter, parecia que não ía deixar meu ser de forma nenhuma, e ainda mais agora, eu nem conseguia olhar pra outros caras por causa dele. Desliguei o chuveiro, abri o boxe e alcancei minha toalha e me pus a secar meu corpo.

“Graça ao meu bom Deus, não estou mais com febre, mais também se estivesse depois de tomar aquele coquetel, derruba elefante da mamãe, eu poderia dizer que não faço parte desse planeta. Até agora me pergunto como eu consegui a sobreviver às doses matinais de cachaça...”.

Coloquei minha roupa e sai do banheiro, e dei de cara com Hermione e Draco no meu quarto, sentados em minha cama com olhares divertidos pra mim. Não pude deixar de me assustar, não tinha escutado nenhum dos dois ali, e fiquei imaginando quanto tempos eles estariam ali me esperando sair do banho.

- GENTE QUE SUSTO! Gritei com a mão no coração, para os dois projetos de amigos em minha frente – Assustar uma doente não é legal, vocês deviam ser presos. Falei dramaticamente pra os dois.

- Aí, será que existe um ser mais dramático que essa cabeça de fósforo ambulante? Hermione falou rindo fitando Draco e a mim.

- Oi Gi. O louro falou comigo, ignorando completamente o comentário de Mione – Pelo o que vejo já esta se sentindo melhor? Ele perguntou de forma carinhosa e ao mesmo tempo sedutora.

- To bem melhor. Dirigir-me ao armário e peguei uma escova e me pus a pentear as madeixas vermelhas – Pelo menos não estou com febre, vocês não tem a mínima noção de como eu sofri com os remédios loucos da mamãe. Contei sorrindo e sentei próximo ao louro, passando a escova pelo cabelo.

- Liga não Gi, toda mãe é assim, acho que são feitas na mesma fabrica. A morena disse as gargalhadas – Eu trouxe suas tarefas, e não se preocupa que você não perdeu nada demais. Vi minha amiga pegar algumas folhas em sua mochila e me entregar.

- Valeu Mi. Sorri agradecida – Tem certeza que o que eu perdi não foi importante né? Perguntei um pouco aflita, pois odiava perder aula.

- Não Gi. Mione caiu na gargalhada e eu não entendi nada, tinha perguntando alguma coisa engraçada por acaso? Depois de muitas gargalhadas – Você só perdeu Gi uma aula interessantíssima com nossa ilustre professora de filosofia fantasiada de alface.

- Hã? Foi tudo o que eu consegui dizer depois de ouvir as palavras daquela morena maluca. Olhei pro lado e pude ver Draco me fitando seriamente e corei loucamente, por mais que fossemos amigos de muito tempo, não tinha me acostumado com esse jeito de Draco me olhar, sempre me deixava sem graça.

- Deixa pra lá, depois te conto sobre a mulher alface. Desviei minha atenção de Draco para Mione – Agora mudando de assunto radicalmente, aconteceu alguma com você? Ela perguntou intrigada e pude perceber que Draco continuava a me fitar.

- Como assim? Perguntei alarmada.

“Gente, será que eu tenho amigos que lêem mente? Ou eu sou mais transparente do que eu pensava!”

- Você esta diferente. Ouvi Draco dizer me observando minuciosamente – Aconteceu alguma coisa você que te mudou. Engoli em seco com aquele olhar tão penetrante, parecia que ele estava lendo minha alma.

Levantei-me da cama e comecei a arrumar a escrivaninha, que estava perfeitamente arrumada, eu só queria uma desculpa para não encarar aqueles olhos pratiados que me faziam tremer. Estava tão nervosa tentando em vão disfarçar minhas “mudanças” que não percebi que Draco estava atrás de mim, senti suas mãos quentes em meu ombro e tremi quando ele me virou para encará-lo. Não consegui olhar nos seus olhos novamente, e abaixei a cabeça, meus pés pareceram naquele momento muito mais “encantadores!”.

- Fala pra mim o que houve Gi. Meus olhos encheram de lágrimas, Draco estava sendo extremamente carinhoso comigo, e eu estava me sentindo muito carente naquele momento.

- Não houve nada Draco. Ele colocou sua mão em meu queixo erguendo meu rosto para que me fitasse nos olhos, e não pude mais me segurar quando vi tanto amor ali naqueles olhos cinza. – Draco, por favor...não insisti... – Falei me desvencilhando de seus braços e voltando a sentar em minha cama.

Abracei minhas pernas, e afundei meu rosto em meus joelhos, e chorei silenciosamente, senti o colchão afundar ao meu lado e sabia que Draco estava ali me fitando, com seus olhos preocupados, mais não queria contar aquilo pra ele, estava envergonhada demais pra contar o que tinha acontecido, principalmente pra ele.

- Você nunca teve segredo comigo. Eu o ouvi dizer, com um pouco de mágoa na voz e levantei minha cabeça lentamente e o encarei seriamente, e me dei conta que faltava alguém naquele quarto.

- Cadê a Mione? Perguntei enxugando minhas lágrimas e passei os olhos pelo quarto à procura da morena.

- Saiu assim que você se levantou pra arrumar a mesa e disfarçar que esta nos escondendo algo Ele falou me fitando.

“Será possível, porque que eu tinha que arrumar logo um amigo que me conhece melhor do que eu mesma? Assim não dá!”

- Eu não sei se tenho coragem de te dizer o que aconteceu Draco. Falei corando, aquilo era difícil demais de se dizer, ainda mais pra ele.

- Porque você não experimenta? Quem sabe eu não saia correndo assim que você relatar essa coisa tão horrenda. Sorriu divertido, e eu não pude deixar de rir também, Draco é uma pessoa maravilhosa, sempre conseguia ver algo bom nas piores coisas, ele tinha o dom de me deixar alegre mesmo se eu estivesse um caco.

- Okay eu vou contar, mais eu posso te contar quando estiver me sentindo preparada? Meus olhos brilharam de aflição naquele pedido desesperado para o louro em minha frente.

- Preparada... – Eu o ouvi sussurrar e me fitou mais sério do que nunca. – Virginia... – Corei da cabeça aos pés naquela hora e fiquei completamente sem jeito, Draco havia acabado de descobrir, sim, pois ele só me chamava de Virginia, quando eu fazia algo em que ele considerava grave, e era raríssimo ele me chamar de Virginia, a não ser é claro se estivesse brincando, e definitivamente, ele não parecia brincar naquele momento.

- Draco eu... – Minhas palavras morreram em minha garganta quando o fitei e vi decepção em seus olhos, não queria machucá-lo daquele jeito, mais era algo inevitável para mim, eu não o amava, não daquele jeito.

- Tudo bem Gi. Ele murmurou sem me fitar nos olhos, e aquilo doeu no meu coração, porque sempre que a gente deseja não machucar alguém que gostamos, sempre acabamos magoando essa pessoa? – Vamos esquecer isso ta bom? Você deve ter tido seus motivos e eu não vou perguntar quais foram, afinal de contas à vida é sua. Ele falou erguendo a cabeça e me olhando nos olhos e sorrindo docemente para mim, e nesse instante senti meu coração amolecer, balancei minha cabeça positivamente.

- Obrigado. Falei sinceramente, e me joguei em seus braços e não pude deixar de pensar em como estava me sentindo protegida em seus braços, sorri aliviada, por ter colocado aquilo pra fora, mesmo não falando nada, me senti mais leve por ter contado pra alguém, mesmo que esse alguém seja Draco. – Eu adoro você meu louro. Gargalhei em seus braços e o ouvi rir também e isso me deixou feliz.

- Eu também te adoro minha ruiva. – Sua voz saiu carregada de sentimento, e percebi que ele respirava pesadamente, me afastei um pouco de seu abraço e fitei seus olhos, estes por sinal estavam escuros, o prateado de seus lindos olhos estava opacos, e eu não sei explicar se foi carência, mais naquele momento, sentir uma vontade louca de beijá-lo. – Gi eu... – Mas eu não permiti que ele falasse mais nada, foi mais forte do que eu, em um minuto estava o escutando e no outro estava beijando com toda minha fome, desejo e carência tudo junto.

Seus lábios eram frios, porem, macios, senti uma corrente elétrica correr por meu corpo, e me vi desejando mais daquela boca, Draco me apertou mais em seus braços, e senti sua língua quente passando por meus lábios pedindo passagem para entrar, coisa que não neguei, fui invadida por uma língua quente e experiente, seu gosto de menta, era maravilhoso, e estava me fazendo arfar, passei meus braços em volta de seu pescoço, e me pus a acariciar suas madeixas louras, ouvi um gemido de satisfação sair dos lábios do louro, quando nossas línguas começaram uma dança sensual. Draco acariciava minhas costas, e minha nuca ao mesmo tempo e deixava um rastro de fogo por onde suas mãos passavam, minhas pernas começaram a fraquejar, e eu dei graças a Deus por esta sentada, pois acho que se estivesse em pé, provavelmente teria caído. Por um longo momento esqueci do moreno, e adorei ainda mais Draco por isso, e investi mais naquele beijo, que parecia que não ía acabar nunca, nossas bocas se buscavam, e eu me vi caindo num abismo sem fim, senti o louro me puxar para seu colo, e continuar com aquele beijo, que mais parecia um carinho, de tão doce. Não podia comparar jamais o beijo de Draco com o de Harry, o moreno havia me beijado com uma fome e um desespero tão grande, que só podia se comparar a um homem do deserto sedento por água, o beijo dele havia sido bom, fogoso, impetuoso, voraz, dentre outras coisas e eu tinha gostado de ser beijada daquele jeito, mais o louro me beijava com uma calma, com carinho, amor, tudo era passado naquele beijo, e eu naquele momento, era o que mais desejava, precisava me sentir querida, amada, e isso, Draco estava fazendo com uma maestria formidável. Já estava sentindo falta do ar em meus pulmões e quando não deu mais pra agüentar, nos separamos, dando fim então aquele beijo.

Respirávamos com muita dificuldade, eu sentia que estava vermelha, pois meu rosto parecia que ía pegar fogo, e me vi fitando meu joelhos, com muita vergonha pelo o que eu tinha feito, tinha atacado Draco na cara dura, sem me importar com seus sentimentos, e isso fez me sentir uma cretina de primeira por ter me aproveitado da situação, não podia ter feito aquilo, sentia seus olhos sobre mim, talvez esperando por uma explicação, mais não conseguia encara-lo, estava muito envergonhada por tudo, desejei com todas forças de meu ser um buraco pra enfiar a cara, e quem sabe só sair de lá, quando criasse vergonha na cara, ou morar lá pra sempre e fazer amizade com as minhocas, essa última realmente era tentadora. Estava tão concentrada em meus pensamentos, que não percebi que ainda me encontrava em seu colo, e isso fez com que eu ficasse mais vermelha do que eu já estava, e só não sai correndo do quarto feito uma adolescente que acaba de receber seu primeiro beijo, completamente transtornada e envergonhada, principalmente, pois escutei a voz de Draco, enquanto me puxava para seus braços, me ajeitando em seu peito e acariciando minha cabeça.

- Obrigada. Engoli em seco após ouvir isso. – Não se preocupe que não vou te cobrar nada. Senti ele dar um beijo em minha cabeça e me apertar mais em seus braços. – Só queria te dizer, que seja qual for sua decisão Gi, eu vou te apoiar. Fechei meus olhos e afundei meu rosto em seu peito.

Tinha que fazer uma escolha, e ela já estava feita, e era o melhor pra mim, tinha que pensar um pouco em mim também, eu sei que poderia me apaixonar por Draco, e esquecer o moreno, isso só exigia força de vontade, eu iria tentar, também tinha o direito de ser feliz, e nada melhor do que ficar com uma pessoa que gosta da gente.

- Obrigada Draco. Minha voz saiu abafada, por esta com o rosto colado em seu peito. – Obrigada por me entender. E me permitir ficar mais nos braços daquele louro que eu tanto amava, pena que não era da mesma forma em que ele me amava.

xxxXxxx

Tinha acabado de sair do quarto de Gina, a deixando conversar com Draco, ela com certeza estava em melhor companhia do que ao meu lado, resolvi deixa-los a sós com um pouco de esperança, quem sabe a ruiva não da uma chance pra ela mesma e para Draco, que é completamente apaixonado por ela, talvez desse certo, ou talvez não, aquilo só o destino poderia saber, mais Gina tinha que se dar aquela chance, isso ela tinha.

Dirigi-me a ultima porta daquele corredor, e parei de frente a mesma, encostei um pouco meu ouvido na porta tentando escutar qualquer barulho que identificasse o que o ruivo estaria fazendo no quarto aquela hora, mais não escutei absolutamente nada, e aquilo me intrigou, o que Rony estaria fazendo no quarto aquela hora, naquele silencio total.

“Estudando?”

Pensei curiosa, mais definitivamente ele não estaria estudando, Rony não era do tipo que estuda, muito menos numa tarde daquela, era praticamente uma coisa impossível de se imaginar.

“Mas o que esse ruivo folgado ta fazendo nesse quarto nesse silencio todo?”

Provavelmente dormindo, era a coisa mais lógica a se pensar, para aquele silencio todo, e empurrei a porta devagar, para não assusta-lo ou acorda-lo, afinal não sabia o que ele estava fazendo no quarto mesmo, só tinha certeza de uma coisa, ele estava naquele quarto, pois ele havia dito que iria esperá-la no quarto, então ele estaria ali.

Abri a porta lentamente e entrei sem fazer nenhum barulho, e quando passei meus olhos pelo quarto, vi uma silhueta ruiva deitada, toda esparramada na cama, tive vontade de ri, Rony dormia um sono tão pesado que podia cai uma bomba naquele quarto, que na certa ele não iria acordar. Aproximei-me de sua cama e vi, que ele dormia apenas com uma calça boxe, e aquilo fez meu corpo todo estremecer, um arrepio subiu pela minha espinha, quando vi o tronco de Rony todo nu, seu tronco todo definido, e liso, não continha nenhum pêlo, sua respiração estava calma como a de um bebê, muito diferente da minha, já estava suando e as pernas mais moles do que geléia, só de ver aquele garoto que tanto amava, deitando semi nu naquela cama, estava fazendo sentir um calor no baixo ventre, que se não tomasse cuidado iria atacar aquele ruivo, igual uma louca por sexo, meus lábios se encontravam secos e me vi desejando mergulhar nos do ruivo que se encontrava abertos por onde saía sua respiração calma e tranqüila.

Sentei no pequeno espaço que tinha ao seu lado na cama e me pus a acariciar seu cabelos cor de fogo, e imaginando se eu poderia algum dia amar outro homem como amava aquele ruivo em minha frente. O que sentia por ele era mais forte do que qualquer coisa que eu podia imaginar, era mais forte do que qualquer coisa que conhecia, mais forte que todo meu ser, e não sabia exatamente, quando passei a ama-lo com tanta intensidade, era um amor tão grande que chegava a doer, mais ao mesmo tempo, me sentia completa, como se um pedaço que tiraram de mim a muito tempo, fosse recolocado de volta, como um quebra cabeça, que se você tirar uma peça, para sempre ele estará incompleto, mais se você devolve essa peça, ele estará novamente completo, era assim que eu me sentia com aquele ruivo, como se ele tivesse preenchido o espaço vazio que tinha no meu coração, como se ele tivesse colocado a peça que faltava no quebra cabeça do meu coração.

Enquanto acariciava seus cabelos e pensava em como adorava aquele ruivo, não percebi que ele já havia acordado e agora fingia esta dormindo, olhei bem pra cara de Rony e pude perceber um pequeno sorriso em seus lábios. Não pude deixar de sorrir, ele estava fingindo esta dormindo, só para receber meus carinhos.

“O ruivo folgado é esse que eu fui arranjar!”

Pensei divertida, e sem ele esperar lhe dei um pequeno puxão de cabelo, fazendo assim ele exclamar um grito e esbugalhar os olhos. Agora eu não tinha mais como segurar e cai na gargalhada.

- Ai Mione! Ele falou esfregando o lugar onde eu havia puxado o cabelo e eu continuava a gargalhar. – Para de rir, sua louca, se não eu vou te fazer calar. Olhou-me com um sorriso malicioso.

- AHUAHUAHUHAUHAUH – E eu continuava a gargalhar, era mais forte do que eu, não conseguia parar, Rony tinha o dom de fazer as caretas mais engraçadas que eu já tinha visto, e ele tinha feito uma justamente hilária, que seria difícil deixar de rir assim de uma hora pra outra. – Foi mal Rony... – Falei tentando controlar a respiração, pois estava muito ofegante, depois daquela crise, que parecia que não queria passar nem tão cedo. – Sua careta foi demais pra mim. – E lá ía eu de novo caindo na gargalhada mais uma vez.

- Ah! Vai parar de rir não... É? Ele falou com tom de ameaça em sua voz, enquanto eu segurava a barriga que já estava doendo de tanto rir, estava curvada em cima do ruivo e parecia que havia surtado, de tanto que ria. – Eu avisei Srta.Granger. Escutei ele dizer, antes de me pegar em seus braços, me puxar pra cima dele, rolar na cama e ficar em cima de mim. Sufoquei um grito de susto por sua atitude.

Parei de rir na mesma hora, como se alguém tivesse apertado um botão em mim, o fitei seriamente e pude ver aqueles lindos olhos azuis brilhando para mim, seu sorriso estava me fazendo sentir arrepios pelo corpo, e quando vi Rony se aproximando de meus lábios, meu corpo se incendiou por completo, minha respiração já estava descompassada e fechei meus olhos nervosamente para receber os lábios do ruivo. O toque de nossas bocas foi como uma explosão e na mesma hora me senti derretida, e ao mesmo tempo protegida com aquele corpo másculo em cima de mim, com aquela boca e língua dançando com a minha, meu corpo transpirava desejo, e eu comecei a acariciar seus cabelos enquanto sentia Rony passar suas mãos pelo meu corpo me fazendo erguer o tronco de encontro ao seu corpo, louca por sentir o corpo do ruivo mais próximo ao meu. Deixei escapar um gemido, quando ele interrompeu o beijo e mordeu meu lábio inferior, o chupando e mordendo me deixando louca, senti uma das mãos de Rony subir por baixo da minha blusa e chegar em meu seio e não pude mais segurar as lamurias que saiam da minha boca descontroladamente, aquilo estava me deixando fora de órbita, nunca tinha sido beijada daquela forma por ninguém, e aquele amasso estava me fazendo subir pelas paredes e se eu não parasse logo com aquilo, iria acabar fazendo algo não me sentia preparada.

Relutantemente empurrei Rony de cima de mim e sentei na cama o fitando sorrindo e arfando como uma louca morrendo asfixiada.

- Acho melhor a gente parar por aqui. Eu disse sentindo minhas bochechas esquentarem.

- Claro, também acho. Ele falou me fitando com os olhos dizendo totalmente o contrário. – Me desculpa se me excedi Mione, não queria te assustar. Ouvi o ruivo falar de forma preocupada, e sorri agradecida por sua compreensão.

“Tadinho, ele me pedindo desculpa e eu pensando numa forma de estuprá-lo, Deus, eu sou uma maníaca, maníaca por sexo, será que preciso de acompanhamento médico?”

- Não precisa pedir desculpa Ron, eu adorei cada momento que passei com você. Disse sem fita-lo, pois senti minhas bochechas esquentarem novamente, devia estar da cor dos cabelos fogo de Rony de tanta vergonha.

- Eu também adoro cada momento que passo com você minha morena linda. Fui puxada para seus braços, em um abraço carinhoso, e me senti a mulher mais feliz do mundo.

- Eu te amo Ron. Falei beijando seu peito e percebi um leve tremor quando meus lábios afastaram de seu tronco nu.

- Eu também te amo Mi. Escutei ele dizendo e logo em seguida beijar minha cabeça e me apertando em seus braços.

Sorri bobamente, estava me sentindo a mulher mais sortuda e feliz do mundo, e nada podia estragar aquela felicidade que estava sentindo, afinal de contas eu tinha achado minha peça do quebra cabeça e nada iria tirá-la de mim, nada faria meu quebra cabeça ficar incompleto novamente.

xxxXxxx

Tinha acabado de acordar, com gritos vindo do quarto de Rony, provavelmente, meu irmão não estava no quarto sozinho, e apurando bem os ouvidos poderia dizer com toda certeza que aquela era a voz de Mione. Estava contente em saber que Rony tinha conseguido o que queria, pois sempre soube que ele era e é louco pela Mione, e vice versa. Via Rony todo dia tentar uma aproximação com a morena, e ela o chutar como um traste inútil, mais todos sabíamos que aquilo era só fachada, e logo logo ela iria dar o braço a torcer e se entregar aquele amor tão bonito que era aquele daquele dois, era só questão de tempo.

Levantei-me da cama, e me dirigi ao banheiro, precisava tomar uma ducha, pra aliviar a tensão, a dor de cabeça tinha passado, mais a dor na consciência não. Fui me arrastando, e quando cheguei ao meu destino, não pude deixar de pensar no que tinha acontecido naquele banheiro algumas horas atrás. A bancada onde eu a havia colocado sentada, já estava arrumada com meus produtos de higiene, mais as cenas e gemidos, tudo passava diante de meus olhos como um filme, e logo me vi acariciando aquela bancada, onde tinha sido o palco de nossa paixão, onde nos dois tínhamos nos estragado um para o outro, suspirei profundamente, e liguei a água, o jato quente começou a cair, e pus minha cabeça em embaixo daquela cachoeira e fechei meus olhos, me permitindo viajar por um país livre de preocupação e livre de Gina Weasley, livre de suas curvas, livre de sua boca vermelha, livre de sua voz melodiosa, enfim livre de tudo que possa lembrá-la.

Depois de um tempo, que na verdade não saberia dizer quanto, sai do boxe, peguei minha toalha, enrolei em minha cintura, e sai do banheiro e busquei uma bermuda e uma camiseta na gaveta de meu armário. Coloquei a roupa, e comecei a imaginar um jeito de me aproximar de Gina, falar com ela, e quem sabe, pelo menos, voltar ao que era antes. Não podia deixar a situação fugir do controle, ninguém podia desconfiar sobre o que tinha acontecido conosco, não definitivamente, aquilo estava fora de cogitação. Só de imaginar que mamãe e papai poderiam descobrir, um medo tão grande invadia o meu ser, que eu não conseguia comparar com nada, ao não ser é claro, com o dia em que eu pensei que Gina tinha se afogado, aquele dia também senti muito medo, algo que nunca tinha sentido na vida, sensação de perda, sensação de vazio. Só de lembrar da cena, fazia meu coração ficar apertado, como se duas mãos invisíveis esmagassem ele sem dor nem piedade. Conseguia lembrar nitidamente daquele dia, em que só Gina e eu sabíamos, e por muitas razões resolvemos não contar pra ninguém.

FLASHBACK

Há três anos atrás...

O sol estava torrando minhas costas, mais isso não estava fazendo efeito nenhum em mim, eu continuava eufórico, e jogava aquela bola sem parar naquela cesta, que papai havia colocado ali naquele espaço vazio da casa. Quanto mais eu jogava mais sentia, necessidade de jogar, e cada vez que fazia uma cesta, vibrava como um louco, saia pulando e gritava para minha platéia imaginaria, com direito a dancinha de comemoração e tudo.

Estava me preparando mais uma vez pra jogar a bola na cesta, quando avistei a ruiva, passar por mim, com seus patins pendurados em seu ombro, com um pé jogado pra um lado do corpo, indo direto para a área em volta da piscina e sentar em umas das cadeiras e começar colocar seus patins. Pus-me a observá-la, e fiquei completamente transtornado com a teimosia da ruiva quando a vi, dando voltas ao redor da piscina com seus patins. Já tinha perdido as contas de quantas vezes mamãe já havia dito que não era para ela patinar com eles em volta da piscina, pois ela corria o risco de cair na mesma e até se afogar, já que Gina não sabia nadar de jeito nenhum. Mas quem disse que ela ligava, parecia que quando mamãe falava com ela, entrava num ouvido e saía pelo outro, de tão teimosa que era aquela ruiva, e lá estava à danada, correndo em volta daquela piscina e me deixando preocupado, pois nem me concentrar em meu jogo eu conseguia mais.

Resolvi não jogar mais, não iria conseguir me concentrar mesmo, e me dirigi ao lugar onde a ruiva se encontrava girando em torno da piscina com seus cabelos vermelhos soltos, esvoaçantes, eu ri quando a vi patinando como um anjo deslizando sobre uma superfície de mármore. O medo de cair na piscina e acabar se dando mal, não parecia lhe afetar, pois ela sorria e continuava a deslizar de um lado pra outro, me sentei em uma das cadeiras que se encontrava ao redor da piscina e puxei assunto com ela.

- Você não tem medo de cair não ruiva? Perguntei a fitando um pouco preocupado, pois tinha acabado de ver um de seus pés passarem na beirada da piscina.

- Gosto de viver perigosamente maninho. Ela disse, agora andando de costa, e isso fez com que meu medo aumentasse.

- Gina cuidado, você pode acabar caindo, presta atenção moleca! Falei me levantando da cadeira e seguindo seus movimentos de perto.

- Harry você parece um velho, curta mais a vida. Ela disse abrindo os braços e passando por mim numa velocidade enorme, seus cabelos vermelhos passaram pelo meu rosto e o cheiro invadiu minhas narinas sem pedir licença. – Com perigo, as coisas ficam muito melhores, muito mais gostoso. Gargalhou me fitando com seus olhos azuis.

Não pude deixar de achá-la linda, com o seu jeito de menina moça, suas bochechas vermelhas por causa do sol escaldante, suas sardas mais ouriçadas, por assim dizer na sua pele branca, a testa com pequenas gotículas de suor, os lábios rubros como sangue, por ser mordidos varias vezes, demonstrando o esforço que fazia para patinar naquele clima quente. Os cabelos soltos emoldurando seu rosto de boneca, com alguns fios molhados colando em sua testa, bochechas, ombros e colo, um verdadeiro quadro do pecado, seu jeitinho de ninfeta, lolita, era de deixar qualquer ser do sexo oposto caindo de amores, sei que não era nada sadio pensar nela na forma em que eu estava pensando, mais era mais forte do que eu, ela conseguia ser extremamente sexy, mesmo sendo ela mesma, meu corpo se incendiava simplesmente às vezes em vê-la comendo algo, chupando um sorvete, se lambuzando com uma fruta, e nessas horas me sentia um total depravado. Gina foi me conquistando com seu jeito inocente e ingênuo de ser, e quando percebi, já estava completamente louco pela aquela ruiva risonha que adora cantar e andar de patins em volta da piscina.

- Gina, eu vou entrar e tomar um banho, você não acha melhor dá uma parada? Olhei pra ela todo esperançoso, querendo de qualquer forma que ela entrasse comigo, não queria deixá-la sozinha ali correndo aquele risco.

- Harry deixa de ser chato, eu sei me cuidar muito bem, poxa que porre! Ela falou exaltada, e aquilo me deixou realmente revoltado, eu estava ali preocupado com ela, e ela nem ligando pra minha preocupação.

- Ta bom. Falei nervoso passando por ela. – Mas depois não vem me pedir ajuda se cair nessa piscina. Deixai-a sozinha e entrei em casa mais do que indignado com a atitude dela.

Catei um refrigerante na geladeira e corri os degraus a cima, pra chegar logo em meu quarto. Chegando lá, tirei minha blusa e joguei numa cadeira perto da minha escrivaninha, fazendo assim a pilha de roupa que se encontrava em cima dela, cair no chão, resolvi não dar atenção aquela pequena bagunça e peguei minha tolha que se encontrava jogada junto com as roupas, quando ouvi um grito e um barulho de algo caindo dentro d’água. Senti um aperto no coração e sai correndo feito louco pelo corredor e até hoje me pergunto como desci as escadas tão rápido daquele jeito, logo já estava do lado de fora da casa e comecei a procurar a ruiva desesperadamente, corri pra piscina e vi um borrão vermelho boiando cobre aquelas águas avermelhada, isso mesmo avermelhada, pois tudo ao redor da ruiva parecia manchado de algo vermelho, e eu nem raciocinei e pulei rapidamente em sua direção, e quando cheguei perto dela, pude ver que esta com um corte na cabeça que sangrava muito, e que ela estava desacordada e não respirava, nadei velozmente para a borda da piscina e a puxei para cima. Estava pálida como neve e meus olhos encheram de lágrimas instantaneamente, comecei a balançá-la, mais ela não demonstrava nenhum sinal de vida e aquilo estava me fazendo ficar fora de mim, não sabia o que fazer, estávamos sozinhos em casa, e eu não sabia como proceder num caso como aquele. Estava tremendo como vara verde, e resolvi respirar profundamente e pensar em algo para fazer, logo minha mente clareou e eu dei graças a Deus por isso, todo minuto agora era valioso e eu não poderia desperdiçá-lo.

Encostei meu ouvido em sua boca e não senti sua respiração, posei meu ouvido mais uma vez em seu peito e seu coração estava muito fraco, comecei a ergue sua cabeça um pouco para trás, tapei seu nariz, e abri sua boca e rezei com todas as minhas forças pra aquilo dar certo. Encostei minha boca em seus lábios e senti meu corpo todo se arrepiar e pensei comigo mesmo.

“Harry Potter, isso não é hora pra pensar nessas coisas, comporte-se e presta atenção no que você esta fazendo, sua anta tamanho G!”

Assoprei uma boa quantidade de ar pra sua boca, e pressionei seu peito três vezes, depois retornei a sua boca novamente, e depois ao seu peito de novo, Gina não reagia e minhas lágrimas não eram mais controladas, estava desesperado, tava vendo a ruiva morrer e não estava conseguindo fazer nada.

“Meus Deus, não a leve de mim, eu a amo mais do que qualquer coisa que eu possa pensar... por favor... não faça isso comigo... foi culpa minha, eu não devia a ter deixado sozinha...”

Meus pensamentos desconexos, estavam me fazendo me sentir cada vez pior. Mais não ía desistir, nem que eu segurasse a vida dela com minhas mãos, mas não iria deixá-la morrer.

- Anda ruiva, acorda. Falei antes de colar meus lábios nela e assoprar ar em sua boca. – Vamos abra esses olhos azuis, heim? Pressionei seu peito novamente. – Anda Gina, por favor, ruiva não faz isso comigo? Minha voz estava abafada por causa das lágrimas. – Volta pra mim Gi, eu prometo que nunca mais te encho o saco, mais volta? Minha respiração estava mais descompassada do que qualquer coisa, e quando mergulhei meus lábios novamente a inflando como um balão, Gina tossiu, expulsando uma grande quantidade de água pela boca e eu a pus de lado para que pudesse expelir toda a água.

Contrai meus lábios num sorriso, que não consegui esticar mais porque minhas limitações faceais não permitiram mais naquele momento me senti a pessoa mais feliz do mundo, só de vê-la ali respirando e me olhando com aquelas íris azuis como duas pedras de anis, fizeram meu coração ficar mais acelerado do que já estava e antes que eu pudesse raciocinar, a tomei em meus braços e a beijei com todo amor e saudade que eu sentia em meu ser, e provavelmente a peguei de surpresa, pois Gina demorou para corresponder ao beijo, mais correspondeu, e foi o melhor beijo que eu já dei em toda minha vida, apesar daquele ser o primeiro e eu não fazia idéia de como era outros beijos, mais eu estava muito feliz, pois estava dando o meu primeiro beijo numa pessoa que eu gostava muito, e tinha que demonstrar isso de alguma forma, e beija-la tinha sido pra mim a melhor forma de mostrar minha felicidade.

Foi um beijo inexperiente, mais muito bom, um beijo inocente, mais gostoso, e estava fazendo meu corpo reagir de forma estranha, Gina esta com suas mãos em minha nuca, mexendo em meus cabelos, e eu estava sentindo minha espinha ficar toda arrepiada, nossos corpos molhados, e minhas mãos passando pelo seu corpo estavam fazendo minha cabeça fervilhar com cenas que eu jamais pensei, tinha que parar com aquele beijo, antes que fôssemos longe demais, ou que alguém pegasse a gente, ali daquele jeito, mais quem disse que eu queria terminar aquele beijo. Gina me puxou pra cima dela e eu perdi o pouco de razão que restava em mim, meu corpo inteiro formigou e minha excitação começou a ficar aparente demais, tinha que sair logo de cima dela, senão, não responderia mais por mim. Empurrei Gina com um aperto no peito e procurei urgentemente por ar, meus pulmões respiraram aliviados, ergui o corpo e encarei a ruiva na minha frente muito vermelha e ofegante, e me senti extremamente envergonhado, lhe estendi a mão a ajudando a ficar sentada e achei melhor falar alguma coisa pra quebrar com aquele silencio constrangedor.

- Hã... temos... temos... Que cuidar desse seu ferimento aí... aí.. na testa. Estava muito nervoso e não conseguia encara-la, a única coisa que queria no momento era um foguete para quem sabe me mudar pra Plutão e nunca mais voltar.

- Certo.. claro.. – Ela também disse sem me fitar, tava da cor de pimentão de tão vermelha.

Levantei-me e a ajudei a se levantar, fomos para a cozinha, onde eu peguei a maleta da mamãe de primeiros socorros e comecei a tentar dar um jeito naquele corte, não tinha sido profundo, só num lugar da cabeça que sangrava bastante, quando machucado, por sorte não estava mais sangrando e eu pude limpar e fazer um curativo. Durante todo tempo, não nos encaramos, e isso estava sendo muito mais muito estranho mesmo. Sentia uma volta avassaladora de beijá-la novamente, mais não podia fazer aquilo, por isso fiz o máximo e impossível para me controlar, e graças à misericórdia dos deuses eu consegui.

- Pronto. Falei guardando as coisas de volta na maleta. – Você pode ir tirar essa roupa molhada. Terminei pegando a maleta e guardando de volta no lugar.

- Harry eu... – Ela começou mais eu não permiti que ela continuasse.

- Gina vamos esquecer isso ta bom? Falei triste, e não puder deixar de ficar pior do que já estava quando vi nos seus olhos lágrimas de tristeza também.

- Quer saber Harry Potter... - A vi levantando de seu lugar e subir pelas escadas de cabeça baixa, mais antes eu ainda consegui ouvir. – Vai se ferrar. E assim a vi desaparecendo escada acima.

FIM DO FLASHBACK

Lembrar daquele dia horrível, definitivamente não era legal, o medo de perdê-la foi terrível, não queria passar por aquele tipo de situação nunca mais, estava além das minhas forças, algo que nunca estaria preparado novamente.

Resolvi sair do quarto e tentar falar com a ruiva, cheguei ao corredor, e me aproximei de sua porta, quando estava exatamente em frente da mesma, não conseguia encontrar coragem para bater e falar com ela, simplesmente parecia uma coisa muito difícil, levantava a mão no ar para bater, e perdia as forças e a mão desabava ao lado do meu corpo, o medo tinha se apoderado do meu ser.

“Vamos Harry, não seja medroso... coragem homem! É só bater na porta e esperar ela ter a bondade de te aceitar sem antes quebrar sua cara, muito simples, coisa pouca, encara isso de frente...”.

Estava soando frio e minha coragem parecia que tinha esquecido lá no quarto, pois eu tinha saído certo do que ía fazer, mais agora não sabia absolutamente nada, tinha virado um retardado inseguro em questão de segundos.

Fechei meus olhos e respirei profundamente, era agora ou nunca, tinha que fazer aquilo, ergui meu punho fechado lentamente e posicionei na porta, pronto para reproduzir o “toc toc toc” e quem sabe por milagre divino chamar a atenção da ruiva, quando de repente a porta a minha frente foi aberta rapidamente me fazendo dá um salto pra trás como um gato fugindo de um banho d’água fria. O susto foi tão grande que senti uma vontade quase que descontrolada de socar a cara daquele loiro que tinha aberto a porta sem nem ao menos ter me avisado. O cara parecia que vivia pisando em ovos, sempre que caminhava, ou fazia qualquer tipo de ação não produzia barulho algum, era terrivelmente esquisito. Lá estava ele me olhando como se eu fosse uma ser de outro planeta, pois ele tinha essa característica, se ele quisesse, conseguia fazer com que a pessoa se sentisse pior que o E.T de Varginha, e isso eu posso dizer e afirmar, já que conhecia aquele aguado a muito tempo e já tinha perdido as contas de quantas vezes ele já tinha direcionado aquele olhar pra mim.

- Juro, seu eu fosse mulher e estivesse grávida, com certeza teria parido! Falei exasperado fuzilando Draco com olhar e vendo ele me fitar muito sério. – O que foi? Perguntei estranhado seu comportamento, ele seria o primeiro a gargalhar da minha cara.

- Nada. Disse seco, e aquilo foi muito estranho. – Você vai falar com a Gi? Perguntou-me assassinando com o olhar, e aquilo deu medo.

“E agora essa, será que eu sou rodeado de maluco? O que deu nele agora? Será que a Gina... Ah! Não... Eu não acredito que a Gina fez isso!”

- Hã... Sim. Gaguejei e me senti um completo idiota, estava muito envergonhado. – Ela esta aí dentro? Perguntei sem encará-lo.

“Nossa! A vergonha me deixou debilóide? Que pergunta estúpida, é claro que ela esta lá dentro, o que mais ele estaria fazendo no quarto dela sozinho!”

- Ela esta dormindo Harry. Mais uma vez ouvi a voz de meu amigo, mais gélida do que o habitual. – Acho melhor deixa-la descansar. Finalizou o assunto e virou pro corredor e antes de desaparecer na escada eu o escutei. – Harry você é um imbecil! Fitou-me seriamente e sumiu pelas escadas e não pude deixar de concordar com ele.

“Tem toda razão meu amigo, e sou um imbecil!”

xxxXxxx

Estava mais uma vez com a cara enfiada na cama, pensando em tudo que tinha acontecido comigo, minha vida tava parecendo angu de bêbado de tão bagunçada que estava, meu corpo parecia bem melhor, não sentia mais aquele dor cruciante na garganta e nem estava mais com febre. Provavelmente voltaria pra escola amanhã mesmo, e estava contente por isso, não agüentava mais ficar presa naquela casa, apesar de ter ficado só aquele dia, não gostava da sensação de ficar enjaulada a um lugar sem poder sair pra canto nenhum.

Draco tinha praticamente acabado de sair, e eu agradeceria ele eternamente por não ter deixado Harry entrar, não estava nem um pouco a fim de encarar a conversa com o moreno agora, pois eu sei o que me esperava, era sempre assim, ele fazia suas burradas comigo, pedia pra que eu esquecesse e depois vinha pedir desculpa por tudo, que era um idiota e blá blá blá... Não... Sinceramente não estava com saco pra aquilo, e quanto mais eu pudesse adiar aquele conversa fiada dele, eu iria adiar, pois eu precisava de tempo pra me mostrar forte, quando ele viesse, queria estar preparada, e não me desmanchar em lágrimas.

Enquanto divagava em meus pensamentos, escutei numa terra longínqua alguém entrar no quarto e resolvi voltar do planeta Potter, e ver quem invadia meu quarto, e não pude deixar de rir, lá vinha minha pobre amiga toda descabelada, os lábios vermelhos e inchados, as roupas toda amarrotada e um brilhos nos olhos de dar inveja.

- Nossa Senhora heim! Exclamei tentando segurar a risada em vão. – Não sabia que meu irmão era tão... tão... FERVOROSO! E não pude mais me segurar, a cara a pobre Hermione fez e a cor que ela ficou, só ajudou para que eu gargalhasse mais de sua cara.

- Aí Gi, você não é uma amiga nada discreta. Ela disse sentando ao meu lado na cama e começou a me espancar com os travesseiros. – Para de rir da minha cara, Gininha. Falou debochadamente, sabendo que aquilo me irritava.

- Gininha é a put...

- Olha a boca suja. Ela interrompeu antes que eu terminasse. – Se não irei ser obrigada a enfiar uma barra de sabão de goela a baixo em você, Gininha. Agora era ela que gargalhava da minha cara indignada.

- Ta bom. Levantei meus braços me rendendo. – Eu não comento mais sobre seus amassos incrivelmente quentes com meu irmão, e você não me chama mais de Gininha, sabe que eu odeio isso. Terminei fazendo bico, e pude ver Mione me imitando, e depois de três segundos, caímos na gargalhada mais uma vez.

Depois de basicamente uns cinco minutos rindo feito duas malucas no quarto, resolvemos parar para respirar, e resolvemos colocar o papo em dia, conversamos sobre a escola, a aula da Professora Louva Deus, que Mione tinha carinhosamente apelidado, conversamos sobre o namoro dela com Rony, e acabamos chegando num assunto, que não queria lembrar, muito menos falar, mais eu precisava contar pra ela, precisava de uma opinião feminina, uma opinião de melhor amiga. E foi o que eu fiz, contei tudo, pra ela, que me escutava atentamente, contei com alguns detalhes, não todos, pois alguns eu não tinha coragem de repetir nem para mim mesma, ainda mais contar pra outra pessoa, mesmo que essa fosse minha melhor amiga. Terminei meu relato e pude ver Mione me fitar com sua testa franzida, indicando que estava preocupada com algo, passou-se alguns minutos e ela continuava a me olhar e aquilo estava me deixando em cólicas pra saber sua opinião, e eu não estava agüento mais, tinha que perguntar.

- Mi? A fitei agoniada. – Fala alguma coisa amiga. Respirei fundo. – Grita, briga, sei lá, faz qualquer coisa. Pedi desesperada.

- Você usou camisinha Gi? Ela perguntou séria e eu gelei, tinha esquecido completamente desse “pequeno” não menos importante detalhe. – Me diz que você se preveniu Virginia? Eu engoli em seco, e tive vontade de gritar.

“Gina sua jumenta, como foi esquecer de algo tão importante.”

- Não. Sussurrei e vi Mione bater com a palma da mão na sua própria testa e me olhar de um jeito que me deixou desolada.

- Meu Deus Gi, e agora? Perguntou com seus olhos mais do preocupados. – E se você engravidar? E eu não pude mais evitar, me joguei em seus braços e chorei compulsivamente. – Ah! Gi, calma, não é o fim do mundo também. Ela tentava me acalmar sem sucesso. – Vamos dar um jeito. Ela disse por fim.

- Aí Mione, como eu fui burra, como pude me deixar levar e ainda fazer uma burrada dessa, esquecer de algo tão importante. Estava em frangalhos, não conseguia me conformar com a minha ignorância.

- Não foi culpa sua, isso acontece. Ela ergueu meu rosto com suas mãos e me olhou. – Me diz, quando que você menstruou? E eu estranhei aquela perguntar mais resolvi responder, afinal, não tinha força nem pra pensar do porque daquela pergunta.

- Faz dois dias que ela acabou. Vi minha amiga abrir um sorriso e aquilo foi realmente medonho. – Por quê? Não conseguia conter a curiosidade.

- Tabelinha. Ela disse simplesmente e eu acreditei fielmente que ela enfim tinha enlouquecido de vez. – Acorda Gi! Ela exclamou e eu continuei sem entender, acho que chorar estava fazendo mal ao meu cérebro, o pobrezinho estava lento. – Sua menstruação é regular não é? E eu respondi balançando a cabeça positivamente. – Pois então, a tabelinha funciona pra quem tem a menstruação regular, e se a mulher teve relação nos primeiros dias depois da menstruação, não corre o risco de engravidar. Abraçou-me sorrindo e eu ainda estava meio perdida.

- Mi, mais isso é cem por cento certo? Continuava aflita e tinha que saber se aquilo era confiável.

- Bem, cem por cento, não, nenhum método é, mais digamos que você pode respirar um pouco aliviada.

- Não sei não Mi, acho melhor eu procurar um médico. Falei nervosa me levantando e catando na minha agenda o nome do médico.

- De qualquer jeito você vai ter que esperar, nenhum exame que você faça vai acusar esta muito cedo. Voltei a olhar pra ela e concordei com ela, agora o que eu podia fazer era só esperar.

“Essa vai ser a espera mais agonizante que eu já vivi!”

xxxXxxx

Sabe quando você acorda no meio da noite com vontade quase descontrolada de comer algo, e essa vontade vai te consumindo e tomando conta de todo seu ser, pois é eu estou assim, eu Virginia Weasley, e provavelmente milhões de mulheres no mundo, e sabe por quê? Porque isso é mal de mulher, toda mulher tem vontade de comer algo que não faz a mínima idéia do que é. E vocês devem estar pensando, nossa que doidera, mais é verdade, mulher é um ser estranho, esquisito, fora do normal, e esse tipo de coisa, de querer algo que não faz a menor noção, só pode sair de uma mulher, e é nessas horas que odeio ser mulher. To olhando pro teto do meu quarto e pensado com uma força descomunal, estourando meus pobres neurônios, fazendo a massa cinzenta trabalhar pra saber qual seria o alimento que faria essa vontade quase alucinante de comer algo passar, e sabe a qual alimento eu cheguei por fim? Nenhum... Isso mesmo, pois eu não seria mulher se chegasse nessa conclusão rapidamente, resolvo então levantar e me dirigir à cozinha o mais silenciosamente possível, já que se mamãe me pega, eu posso dar adeus a minha pessoa.

Não me dou o trabalho de colocar o Robe, afinal eu não estava assim tão indecente com aquela camisola de seda preta, curtíssima e com detalhes em renda, e devo citar também, nada sexy, bom... Pelo menos é o que eu acho, pena que nem sempre nossas opiniões são levadas a sério. Mas continuando, rumei para as escadas lentamente para não fazer barulho e no escuro total daquelas escadas, o medo de levar um tropeção e me estabacar escadas a baixo era gigantesco, e me vi descendo agarrada as paredes como uma largatixa ou aranha se preferir, uma cena ridícula vista de fora, mais fazer o que, se ultimamente venho fazendo coisas ridículas.

Chegando ao lugar desejado, me apressei em fechar a porta e ligar a luz do lugar, pois ainda não tinha feito teste pra vaga lume e não estava nem um pouco a fim de brincar de caçar comida no escuro, ainda mais comida que eu nem sabia qual queria. Liguei a luz e me pus a olhar a cozinha, com seus vários armários distribuídos pelas paredes, sua bancada no meio da cozinha, com alguns banquinhos ao redor desta, para um lanche rápido, ou até conversar com quem estivesse cozinhando. Mais um pouco, ao fundo da cozinha, uma mesa retangular, com suas oito cadeiras espalhadas de cada lado dela, três de cada lado, os maiores e uma em cada ponta, as menores. Abri a geladeira e fiquei admirando seus conteúdos, com nada me aguçando a vontade que eu estava, fechei a porta desolada e fui para os armários, teria que achar, nem que passasse a madrugada inteira lá. Quando já estava desistindo, pois já tinha olhado todos os armários, achei ela, sim ela, linda, em seu formato de lata, com seu rotulo branco, com as bordas prateadas, e um nome que me atraía mais do que qualquer coisa “Leite Condensado”, nunca pensei que fosse amar tanto uma lata de leite moça. Comecei a pular igual a uma gazela pela cozinha, minha felicidade era tamanha, que eu comecei a dançar, uns passos toscos, de dois pra lá e dois pra cá, na boa, ainda bem que estava sozinha, pagar esse mico na frente de alguém é humilhação para o resto da vida.

Já tinha me decidido sobre o que eu realmente queria comer, e só uma coisa piscava em minha cabeça.

“Brigadeiro”

Nossa minha boca encheu de água, e eu me vi salivando em cima daquela lata, tava parecendo um cachorro, quando encontra o osso, tamanha era minha vontade. Peguei uma panela, abria a lata cuidadosamente, derramei seu conteúdo lá, peguei os outros ingredientes e após uns cinco minutos, estava em frente ao fogão, mexendo pacientemente, para depois degustar daquela maravilha. Enquanto eu mexia o brigadeiro, pensava na música que Draco tinha me ajudado a terminar, e fechei meus olhas tentando lembrar da batida e da letra, e comecei a cantá-la depois de um tempinho.

“Voe por todo o mar e volte aqui, Voe por todo mar e volte aqui Pro meu peito...”

Respirei fundo, sentindo aquela dorzinha chata no peito incomodando, e abri os olhos fitando o nada a minha frente e continuei.

Se você foi, vou te esperaaaaaaar

Com pensamento que só fica em vocêeeee

Aquele dia, um algo maiiiiiiis

Algo que eu não poderia preveeeeeeer

Você passou... Perto de mimmmmmm

Sem que eu pudesse entendeeeeeeer

Levou os meus sentidos todos pra vocêeeeeee

Mudou a minha vida e maisssssssssssss

Pedi ao vento pra trazer você aquiiiiiiiii

Morando nos meus sonhos... E na minha memória...rá

Pedi ao vento pra trazer você pra mimmmmmmmm

Vento traz... você de novo

Vento faz... do meu mundo novo

Voe por todo o mar... e volte aqui

Voe por todo mar... e volte aqui...

Pro meu peiiiito. Pro meu peitoooooooo

Ahhhhhhhhhhhhh, rá rá

Comecei a dançar vagarosamente com aquela música, era incrível como eu conseguia expressar todo o meu sentimento com aquela canção, tinha se tornado umas das minhas favoritas, depois que Draco e eu terminamos ela naquela tarde, eu tinha me apaixonado por ela completamente e estava disposta e já tinha decidido com Draco, que tocaria ela na próxima festa que tivesse no colégio.

Mudou a minha vida e maisssssssssssss

Pedi ao vento pra trazer você aquiiiiiiiii íiiiiii íiiiiii

Morando nos meus sonhos... E na minha memória...rá

Pedi ao vento pra trazer você pra mim.

Vento traz... você de novo

Vento faz... do meu mundo novo

Voe por todo o mar... e volte aqui

Voe por todo marrrrrrrr... e volte aqui...

Pro meu peiiiito. Pro meu peitoooooooo.

Pro meu peitooooooooo, pro meu peitooo baby,

Ehhhhhhhh, naranáaaaaaaa...

Finalizei a música e sorri pra mim mesma, tinha conseguido decora-la rápido, e nem tinha a cantado tanto assim, desliguei o fogo do meu brigadeiro e peguei um pano de prato em uma gaveta e fui pro fundos da cozinha e sentei em cima da mesa, e comecei a espalhar o brigadeiro na panela para esfriar, passei o dedo com cuidado na colher de pau e levei a boca, e quase tive um orgasmo instantâneo de tão gostoso que estava aquele doce, comecei a me deliciar com aquele doces dos deuses, relaxei meu corpo, sentei na mesa mais desposada, parecia até um bebê brincado e se lambuzando com aquele doce, senti a alça da minha camisola escorregar no meu ombro, deixando um pouco a mostra a silhueta do meu seio, a levantei, sem dar qualquer importância, não tem nada mais gostoso do que comer brigadeiro com colher de pau, delicia dos deuses. Depois de um tempinho senti como se estivesse sendo observada, larguei o doce e comecei a procurar de onde vinha aquela sensação e quando olhei pra porta, quase deixei a colher de pau no chão, lá me observando com seus olhos verdes brilhando em minha direção estava ele, Harry Potter.

xxxXxxx

Tinha acabado de acordar de um sonho nada inocente com a Ruiva, meu coração parecia que ía sair pela boca a qualquer hora, minha respiração totalmente desconexa e estava suado dos pés a cabeça, e tinha uma parte particularmente do meu corpo que me fazia querer desesperadamente um banho gelado, congelante de preferência. Não tava dando mais, precisava ter aquela ruiva nos meus braços mais uma vez, mais toda vez que eu tentava me aproximar, senti um medo tão grande de acabar fazendo uma besteira, que evitei de qualquer formar, ficar perto dela, mais apesar de só esta longe dela desde a última madrugada, meu corpo parecia dizer que era dias longe dela. E aquele tipo de sonho não estava ajudado em nada em minha busca por paz, minha busca em ficar longe se seu corpo, longe de Gina. Só de pensar nela meu corpo queimava como brasa, e o desejo me consumiam de uma forma que dava até medo. Cara, só faltava eu virar um tarado, obcecado por aquela ruiva, que só faz me tirar do sério, acho que pra ser sincero, já me transformei nesse tarado obcecado.

Levantei da cama e corri pro banheiro, tirei meu short e entrei no boxe, liguei a água gelada, em cima da minha costas, quase cai, de tão fria que estava, mais era melhor assim, quem sabe não baixava o meu... facho. Fechei meus olhos e tentei me entregar a aquele banho nada agradável, tava frio pacas, e quando olhei pra baixo, vi que pelo menos de uma coisa havia servido, o pobre do meu amiguinho tinha sumido, também, com aquela água recém tirada do freezer, ele tinha que sumir mesmo, se não sumisse, iria me considerar dali pra frente de Highland.

Sai do banheiro tremendo e estava roxo de tanto frio, mais tinha valido a pena, agora meu corpo tinha esfriado, agora posso dormir um sono tranqüilo e quem sabe, tentar resolver os problemas amanhã. Enquanto passava a toalha em meu cabelo e tentava tirar o máximo de água deles, ouvi um barulho no corredor, e depois de prestar bastante atenção, escutei uma porta se fechando. Comecei a imaginar quem era, e logo vi que só poderia ser duas pessoas, Mamãe ou Gina, pois as duas é que tem mania de acordar de noite e assaltar a geladeira. E então por eliminação, já que Gina estava doente, a única que pode está agora na cozinha, é mamãe, então resolvi ir fazer uma visita a ela também. Quem sabe ela não esta fazendo algo gostoso e eu posso tirar proveito disso, e coloquei minha calça boxe, pois estava com frio, mais não coloquei camiseta, não gosto muito de andar vestido, mania.

Desci as escadas correndo, e quando cheguei à posta da cozinha, fui abrindo a porta sem nenhuma cerimônia, quando de repente senti que iria desmaiar a qualquer segundo, ali na minha frente de olhos fechados e cantando, estava ela, a ruiva, com uma camisola tentadoramente preta, de seda com detalhes em renda, que fizeram o meu corpo até recentemente gelado, pegar fogo.

“Ô merda, assim não dá, o que adiante eu tomar banho gelado, se ela fica desfilando pela casa de camisola preta, de seda, renda e curtíssima... Meu pai do céu, isso é demais pra um pobre coração igual ao meu.”

Tinha que sair dali antes que ela me percebesse, mais eu não conseguia, minhas pernas pareciam que tinha enraizado ali, tentei com todas as minhas forças não pensar em nenhuma besteira, mais vê-la ali daquele jeito, dançando lentamente ao som daquela doce melodia que saía de seus lábios, estava fazendo uma verdadeira combustão no meu corpo. Agora conseguia entender perfeitamente o que tinha lido naquele livro louco, que minha professora de literatura tinha mandado ler.

“Dizem que quando se esta amando, você sente todas as químicas do seu corpo afetadas.”

Aquilo realmente era uma verdade, pois era sim que eu me sentia, como se todas as químicas do meu corpo estivesse sendo afetadas e todas de uma vez só.

Eu ainda a olhava e ela agora tinha se dirigido a mesa com a panela fumegando e cheirando muito bem, parecia o cheiro de um doce, e conhecendo Gina como eu conhecia, sabia muito bem o que era aquilo, brigadeiro, doce que ela mais gosta, e que sempre come, quando esta com vontade de comer algo que não sabe o que é. Meio maluco isso, mais deixa pra lá, coisa de mulher, é melhor nem querer tentar entender. Mas eu tinha o conhecimento disso, pois já vi a ruiva dá um ataque na minha frente, de querer comer algo que não sabia e depois pular meia hora com uma lata de leite condensado na mão, às vezes ou quase sempre acho que a ruiva não bate bem da cabeça, mais depois eu penso melhor, não tem nada a ver com doidera dela e sim com seu sexo, sexo feminino.

Mas enfim, agora eu podia ver a ruiva sentada na mesa, com a colher de pau na mão, chupando e lambendo o doce dela, e eu senti minha calça ficar apertada, e a falta de ar, boca seca foi inevitável. Podia ver dali onde eu me encontrava naquela porta de cozinha um vislumbre de sua calcinha branca contrastando com sua camisola, já que ela estava com as pernas levemente aberta e relaxada, e aquilo fez meu desejo aumentar em mil. Apertei a maçaneta da porta com uma força que pensei que jamais estivesse pra ver se escondia lá no meu interior àquela vontade de escancarar aquela porta, toma-la em meus braços e faze-la minha novamente. Ela chupava os dedos com tanta vontade e pude perceber que a ponta de seu nariz estava suja com o doce e me vi imaginado como seria bom limpa-lo com a minha língua. A alça de sua camisola deslizou pelo seu ombro alvo e tive a visão do paraíso quando vi de relance o bico rosado de seu seio, ela automaticamente a levantou de volta e parecia não deixar de chupar aquela colher de pau nem tão cedo. Estava desejando com todas as forças do meu ser aquela colher de pau, para esta tão próxima de seus lábios como ela. Não estava mais conseguindo controlar os meus desejos e empurrei a porta dando a visão pra ela, quando levantasse a vista de me ver, mais não estava mais ligando pra isso, a única coisa que eu queria no momento era a Gina, queria aquela ruiva, e a teria de qualquer jeito. E enquanto eu me deliciava com aquela visão, de menina-mulher se lambuzando com aquele doce, vi aqueles olhos azuis se direcionarem pra mim, e eu pensei, não existia nenhuma mulher mais linda do Virginia Weasley.

xxxXxxx

“Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh”

Minha mente gritava dentro da minha cabeça, estava estática, paralisada, imóvel, como uma estatua, nada nesse mundo parecia me tirar do meu transe. Porque quando você acha que as coisas na sua vida vão melhorar, ai vem um ser mal amado, aquele que escreve o seu lindo livro da vida e pensa que pode transformá-la em coisa melhor, depois de xeretar sua historia, vai o babaca com sua linda caneta, ou pena seja lá o que for e começa:

“Nãoooooooo, a vida dela ta boa demais, vou dar uma mudadinha aqui, fazer uns reparos ali, mexer lá...”

E quando sua vida ta uma verdadeira zona, ai o desgraçado termina.

“Pronto, agora esta perfeito, nada melhor do que colocar ela quase nua com ele quase nu um de frente pro outro.”

E ta aí a merda feita, pois é, porque tudo na minha vida tem que ser assim, mais complicado e difícil, por quê? Isso é uma das coisas que eu vou ter prazer de perguntar quando subir ao céu sabe? Bater as botas?

Agora estamos um de frente pro outro, nos encarando e isso com certeza é pior do que qualquer coisa.

“Poxa, porque não é a mamãe? Bem que podia ser ela... Porque esse projeto de cabelo não sabe andar vestido? Sempre tem que ficar desfilando com esse peito, liso, definido e gostoso por aí?”

Ele continua a me fitar, com seu peito subindo e descendo, seu olhar de “Se te pego, coitadinha de você!”, esta me fazendo suar frio, e um calor subir pelas minhas pernas incontroláveis, meu estômago, provavelmente vai deixar meu corpo daqui a pouco, pois o danado parece que criou vida, as pernas, nem conto mais com elas, tenho certeza que estão tão firmes, quanto gelatina.

Acabo de ver ele lamber o lábios, com tanta vontade que foi quase impossível me manter aqui parada observando, senti minha boca ficar seca, e apertei com mais força o cabo da colher de pau que segurava. Meu doce, fora completamente esquecido, a vontade de comê-lo tinha desaparecido.

Comecei a tremer, quando o vi se aproximar lentamente pra onde eu estava, meu coração começou a batucar com mais força, e eu pensei que ía ter um ataque, ou quem sabe quebrar alguma costela, pois ele batia com tal velocidade e tal força, que se não me machucasse, seria um milagre.

Não podia deixar ele se aproximar de mim novamente e brincar com meus sentimentos, já tinha me decidido, iria esquecê-lo, partir pra outra, e nada nesse mundo iria mudar minha idéia, eu precisava ser forte e não sucumbir as minhas tentações... Mas bastava o filho da mãe me olhar com esse olhar de cachorro abandonado, que minhas barreiras caiam por terra, poxa, eu tinha que ser mais forte que isso, não podia esta sempre a sua mercê, tinha que me dar o devido valor.

- Gina.. – Escutei ele falando, ao mesmo tempo que eu descia da mesa e me preparava pra ir embora. – Eu preciso falar com você. Terminou me olhando seriamente.

De repente, raiva começou a se apoderar do meu corpo, comecei a tremer, e aquilo foi subindo, como se eu fosse explodir a qualquer hora, sentia raiva de mim, por ser fraca,

raiva dele por ser idiota, raiva do mundo por não saber nem se quer o que estava acontecendo, raiva do carinha que escreve meu livro da vida, enfim raiva de qualquer ser ou qualquer coisa que passasse na minha frente.

- Se você não sair da minha frente agora, eu juro por Deus que você vai se arrepender. Ameacei mais vermelha do que nunca, o ódio estava transbordando pelos meus poros.

- Mas Gi...

- Mas nada Potter. Mas uma vez o interrompi. – Desaparece da minha frente. Eu realmente estava irritada, tava dando medo.

- Mas é importante. Ele tentou mais uma vez. – Por favor, Gina. Senti uma de suas mãos segurando o meu braço e eu só não o soquei, porque não estava nem um pouco a fim de encostar minha pele na dele, mais do que já estava.

- Me larga Harry. Puxei o braço com força, mais o infeliz é forte demais. – Me larga. Tentei mais uma vez e dessa vez tive êxito, comecei a sair da cozinha o mais rápido possível.

- Gina espera. Harry veio atrás de mim, e eu desesperada comecei a correr escadas a cima, parecia uma louca desvairada. – Eu preciso te dizer uma coisa importante caramba. Escutei-o correndo atrás de mim bufando irado.

- Não, me esquece. Cheguei à porta do meu quarto e dei graças da Deus, entrei e fechei a porta com tudo, quase na cara dele.

- Abre essa porta garota. Harry batia na minha porta de forma desesperada. – Eu só quero conversar, eu prometo. Escutei sua voz baixa e abafada, mais nada me faria mudar de opinião, tinha que ignora-lo, e isso eu teria que fazer até o fim.

Continuei muda, e me encontrei na porta e escorreguei lentamente por ela até chegar ao chão e sentei abraçada aos meus joelhos. Ainda podia escutar o moreno pedindo pra entrar, mais eu sabia que se deixasse ele entrar, não iria conseguir prosseguir com minha promessa, de ficar longe dele, não na certa iria cair nos braços dele, e quando ele estivesse se saciado, me jogaria fora, como da ultima vez.

- Okay, se você quer assim Gina tudo bem. Ouvi a voz do moreno falar atrás da minha porta. – Mais saiba que eu não vou desistir. Meu corpo tremeu nessa hora. – Boa noite Gina. Escutei seus passos se distanciando e logo veio o silencio.

Meus olhos arderam novamente, mais respirei fundo e não deixei as lágrimas mancharem meu rosto novamente, levantei do chão e fui lava o meu rosto no banheiro e lá eu vi meu reflexo no espelho e pensei comigo mesma.

“Gina ta na hora de você mudar menina! Ta na hora de você dar a volta por cima e mostrar pra ele, que você não depende de jeito nenhum dele para viver. E essa mudança sua vai começar amanhã... Amanhã tudo ira mudar... Amanhã eu nascerei uma nova Virginia... Prometo isso pra mim mesma.”

E com esses pensamentos, segui para cama deixando pra trás uma Virginia bobinha e carente, como se eu tivesse a prendido naquele espelho e mergulhei em minha cobertas, pronta pra a nova mulher que irá nascer de mim amanhã.

“Harry Potter, você não perde por esperar...”

E esse foi meu ultimo pensamento antes de cair nos braço de Morfeu.

N/A: E a galera vibra, aéeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, e a galera canta aleluiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aleluiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

Pronto passou o surto, uahuaauhauhauahauha!

Acho que todo mundo deve eszta se perguntando onde a doida da Arinha se meteu pra ter demorado tanto pra postar o cap. 5?

Bom galerinha, eu estive dodói, e muito dodói, cara eu fiquei muito doente e tive que abandonar vcs, fiquei de coração partido, mais fazer o que, tinha que cuidar um pouco de mim né?

Poxa mais vamos falar do cap. E aí valeu a pena esperar? Vcs gostaram?

Como sempre eu encho a fic de música e nesse, as músicas foram Espelho D’água de Patrícia Marx, e o Vento de Jota Quest. Eu amo as duas músicas, são lentas mais fofas!

Pra quem não sabe quem é Morfeu, o pobrezinho não é nenhum tarado que agarrou dona Gina não, ele é apenas o Deus do Sono, da mitologia grega se eu não me engano!

Acho que é só isso galera...

E eu queria agradecer pelos reviews de todos, amo todos eles...

Galerinha como estou dodói, eu vou apenas colocar o nome de todos, mais no próximo cap. Eu agradeço direitinho.. Vamos lá.

Miaka-ELAVirgin PotterA.C. LennoxSweet Lie-Nay Black-PedroXSra. Radcliffex0x Lanni x0xHarada SanLunnafeRoberta Nunes, dani, Teka Prongs, isa, Leticia.weasley, June, Mariana, MaRiAniNhA, Ginny Potter, Lais Mayara, MARIA JOSÉ, Adriane Granger, Bárbara, Havylv potter weasley, Rita de Cássia, Mirachan, Ginny Weasley, Camila CarvalhoKakazinha, Hana.

Ufa, nossa já pensou agradecer responder todo mundo, nossa, depois era só ir pro hospital direto rsrsrsrs...

Muito obrigado, amo todos vcs, eu fico mais empolgada de escrever por causa de vcs, e fiquei mais feliz ainda quando vi minha fic em quinto lugar no Aliança, vcs são demais galerinha.

Um big bj pra todos e valeu pelo carinho..

Arinha...

Ahhhh e não se esqueçam de deixar reviews lindos e enormes para mim!

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