Treinos Natalinos



Capítulo 89 – Treinos Natalinos.


 


Dumbledore observava os alunos se direcionando para Hogsmeade. Seriam poucos que permaneceriam no castelo durante o feriado, apenas uma menina da Sonserina e um garoto da Lufa-lufa. E claro, os Marotos e seus Filhotes.


 - Prefiro vê-los felizes correndo para casa, do que com medo se escondendo aqui. – disse Minerva ao seu lado.


- Sim, mas o que me preocupa é essa guerra que se aproxima. – disse ele. – Não quero perder mais alunos.


- Pelo menos no Natal estamos seguros. – disse a professora. – O único demônio que suporta o frio está dentro do castelo, e os comensais sozinhos não são fortes para tentar um ataque em grande escala.


- Sinto que eles estão esperando algo para finalmente começar tudo. Que eles estão se preparando para um grande evento. E eu estou aqui parado.


- Você permitiu um caçador aqui na escola. Deu liberdade para que eles treinassem aqui.


- Como se eles tivessem pedido, ou aceitariam minha proibição. – disse ele com um meio sorriso. – A questão é que ainda estou de fora disso.


- Você sabe muito bem que a culpa é toda sua, seu velho cabeçudo.


- Minha culpa? Eu não estou tão velho assim.


- Eu não estou falando em idade, mas no que você fez ao longo dos anos.


- Os Marotos me respeitam, mas só isso. Os filhotes parecem não confiar em mim. Os caçadores só me veem como um diretor, e daqueles que podem ser enganados facilmente.


- Sim, mas você sempre tentou controlar todos eles. Você sempre tentou inibir os poderes daqueles que poderiam te superar. Principalmente os Potter. Guinho me contou algumas coisas que você fez para ele. Isso abalou a confiança dos Marotos, mas que mesmo assim tem como um sábio. Já os Filhotes não te viram assim desde o começo, andando com as próprias pernas. E ainda acho que Harry tem lembranças de sua outra vida. Já para os caçadores, você é só mais um inimigo em potencial. Alguém que poderia vir a lutar contra eles. Você não ia contar seus segredos para o inimigo.


- Ele contou para os Marotos. – disse Dumbledore como se isso resolvesse tudo.


- Contou, somente depois de considerar todos de sua família. – disse ela com um sorriso vencedor. – Os grifos tem essa tendência de agrupar todos os que eles gostam, independente de sua origem. Isso não importa a cor de sua juba. Agora se me der licença. Tenho alguns preparativos para fazer para receber meus convidados.


- Ainda mais essa.


 


Uma verdadeira multidão desembarcou do expresso Hogwarts naquela tarde. Potter, Evans, Weasley e Tonks. Famílias completas para o Natal.


- Agora entendo o fascínio que você tem por essa viagem. – disse um homem encapuzado atrás eles.


- Uma pena que são poucas viagens. – disse uma mulher que estava com eles.


- Cláudia, Gabriel. – disse Molly reconhecendo os dois. – Vocês deviam ter procurado pela gente. Se eu soubesse que vocês estavam no trem...


- Molly. Queria ter uma experiência diferente agora. Algo que não podia ter na minha época.


- Por que não tive essa ideia. – disse Felipe Potter.


- Deixa de ser assanhaço. – disse Laura para o marido. – O que eles vão pensar de você.


- Que eu tenho uma bela esposa?


- Sabemos de onde Tiago tira essas coisas. – disse Gabriel. – E eu sendo treinado longe de tudo isso. Eu sou Gabriel, pai dos caçadores.


- Eu sou Cláudia. – disse ela se cumprimentando e todos se apresentaram.


Pegaram carruagens para o castelo. Foram todos recebidos por Minerva.


- Sejam bem vindos. – disse ela. – Os seus filhos não sabem que vocês já chegaram ou pelo menos a maioria não.


- Lilian sempre falou do castelo, mas nunca imaginei que fosse assim. – disse Samanta Evans.


- Pode ser redundante, mas é magico. – disse Ricardo.


- Vocês são trouxas. – disse Arthur. – Ah, me desculpem, sou fascinado pelo que vocês fazem sem magia. Podem me falar como funciona...


- Arthur. – ralhou Molly. – Deixa eles conhecerem o colégio antes, e depois vocês os tortura.


- Queria que os Granger tivessem aqui. – disse ele.


- Algumas vezes não temos tudo que queremos. – disse a ruiva. – Eles merecem também uma viagem sem ninguém, eles trabalham de mais.


 


O primeiro treino foi logo no dia seguinte.


- Uma coisa muito importante nas batalhas não é saber usar seus recursos, sejam magia ou armas. – disse Gabriel. – Mas quando e como usá-los.


Todos prestavam atenção no que ele dizia. Mesmo Ricardo e Samanta, que insistiram em assistir, apensar de nenhum dos dois gostar de ter seus meninos envolvidos nisso.


O líder dos caçadores e sua esposa estavam em pé na frente de todos.


- Muitas vezes não devemos usar magia contra magia, ou arma contra outra arma. – disse Cláudia. – Uma decisão rápida pode evitar desgaste, machucados e perda de tempo.


- Como meus brilhantes filhos devem ter explicado, cada um tem competência diferentes com armas, assim como a própria magia. – disse Gabriel. – Então vamos escalonar os treinos para que cada um desenvolva melhor suas aptidões. Vamos demonstrar.


Logan, Cláudia e Dani se posicionaram em um ponto contrário a ele.


- Eles usarão magia, enquanto usarei as minhas armas. Variaremos as coisas para que todos possam entender melhor o que quero dizer.


O trio começou com feitiços estuporantes. Feitiços simples e comuns em duelos. Gabriel usou uma espada para bloquear, desviar e até mesmo cortar os feitiços.


Os feitiços foram evoluindo, e ganhando força e velocidade. Então o caçador sacou uma adaga e começou a se aproximar. Quando eles ficaram ao alcance da espada, eles pararam.


- Como vocês puderam ver, espadas e armas de corte podem ser boas para combater bruxos que se valem de magia apenas, que se movimentam pouco.


Depois fizeram demonstrações com bastões longos e curtos, armas ninjas e correntes.


- Algumas armas não são boas para ataques diretos. Como arcos e flechas e outras armas que devem ser atiradas. – disse Gabriel. – são boas para emboscadas, e quando temos reforços que utilizam outras armas.


- Agora veremos o contrário. – disse Cláudia. – Como lutar com magia contra pessoas com armas.


Ela seria a pessoa que usaria a magia. Gabriel usaria uma espada, Rafael que não tinha participado da demonstração anterior usaria uma maça, Logan uma corrente com uma bola em uma ponta e uma foice na outra e Dani ficaria com arco e flecha.


Ela demonstrou uma agilidade impressionante para se desviar e atacar os três homens e ainda evitar as flechas. Até que ela pegou uma segunda varinha e assim passou a levar vantagem.


- Eles não usaram tudo o que sabem. – disse Cláudia. – Mas também não haverá uma luta que envolva tantas pessoas com tal habilidade. Demônios usam espadas ou suas garras, bruxos deixaram de usar armas há muito tempo.


 


Grupos foram formados e avaliados. Os Potter acabaram em um grupo com Logan, Dani e Gina. Poderes semelhantes, principalmente que eles eram grifos, bem que Gina ainda não tenha demonstrado alguns poderes, mas iria. Principalmente que eles poderiam fazer magia sem varinha, e tinham fortes os feitiços com fogo.


Isso permitia que eles se livrassem para namorar. Todos os casais foram para um lugar diferente.


- Muito interessante esse novo treinamento. – disse Gina. – mais cansativo, por misturar tudo, mas bem mais efetivo.


- Sim, ainda mais que eles acabaram não separando casais e pessoas próximas. – disse Harry. – acho que torna mais agradável isso. Sem contar que nos conhecemos melhor e podemos lutar sem problemas.


- Mas não viemos aqui para isso. – disse Gina.


- Sim, viemos para outra coisa. – disse ele pegando um pedaço de bolo. – Viemos comer.


- Mesmo com pouca gente aqui, ainda tem muito trabalho para os elfos.


- Eles gostam, não podemos deixar eles desocupados. Só espero que Mione não me escute. Ela sempre fica doida com isso.


- Isso tem muito dos pais delas. Mesmo você que foi criado muito perto dos trouxas não vê as coisas assim.


- Minha mãe vê. – disse ele. - Mas como temos um em casa, não deu para ela fazer a nossa cabeça, e ela acabou acostumando. Só precisamos não maltratar eles.


 


 


 

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