Indesejáveis



Capítulo 64 – Indesejáveis

- Belo time você formou. – disse Tiago, depois do fim do teste.
- Até dá vontade de jogar com vocês. – disse Sírius.
- Quem sabe dá próxima vez. – disse Harry.  
- Eu concordo com o meu cachorrinho, eu queria ter te ajudado, mas provavelmente eles reclamariam mais do que reclamaram por eu colocar minhas filhas e minha sobrinha no time, além do capitão ser meu sobrinho também. – disse Mary. – E por isso não poderei opinar sobre os outros times também, ao menos poderei ver os teste e verificar se não tem nada perigoso.
- Não fique triste.  – disse Harry. – eu deixo vocês jogarem em alguns treinos, ainda mais que minha dupla de batedoras é herdeira de vocês.
- Não sei o que vocês veem em ficar voando por ai com esses pedaços de madeira. – disse Lílian a única coisa que poderia dizer nessa situação que fosse diferente e que seria típica dela.
- Como se você perdesse um jogo meu. – disse Tiago.
- Você não era o único no time. – disse Lílian. – Mas não posso dizer que não gosto de te ver voando.
- Quem te deu a ideia de ter um time reserva? – perguntou Tonks.
- Eu me lembrei das histórias do papai. – disse ele tentando evitar que percebessem a mentira. – Por quê?
- Eu me lembro que tinha isso mesmo quando entrei na escola, principalmente na Grifinória. – disse a auror. – Mas depois deixaram de usar por ter poucos candidatos.
- Eu tinha um grande número de candidatos e entre eles bons jogadores. – disse o moreno.

O assunto do fim de semana foi o teste da Grifinória.  Muitos acreditaram que seria um time excepcional, por contar com pessoas que já tiveram pessoas em times campeões anteriores. Os capitães começaram a se preocupar em tentar mudar seus próprios times para bater os leões, isso com exceção da Sonserina, que não tinha um capitão definido ainda, nenhum dos jogadores do time se dispôs a isso.

Dumbledore solicitou uma reunião com os aurores para acertar algumas medidas de segurança, em vista que alguns alunos e pais não estavam satisfeitos com a presença de um caçador na escola, e estavam ignorando os avisos para não atacarem o menino, assim como sua irmã. E também para dar uma notícia desagradável vinda do ministro.
- Nenhum aluno foi para a enfermaria por causa do ferimento causado por Logan. – disse Lílian. – Pelo menos causado por ele propriamente dito. Alguns se acidentaram ao tentar sair de seu caminho. Alguns ainda estão com medo, mesmo depois de um ano com a presença dele aqui. Sem contar alguns que tiveram ataques de pânico.
- Já sabia que isso iria acontecer quando todos ficassem cientes deste fato. – disse o Diretor. – Pelo menos ainda não começaram as agressões contra ele.
- Isso é o que você imagina. – disse Tiago. – Várias pessoas já tentaram azarar-lo. Mas como nem sempre é um feitiço forte, ou teria a possibilidade de atingir mais alguém, ele deixa pra lá.
- Vamos ter problemas quando começarem a desafiá-lo verbalmente, ou atacar alguém diferente para atingi-lo. – disse Tonks. – Apesar de achar que poucos teriam coragem para isso. Mas o Ódio pode fazer coisas inimagináveis contra as pessoas.
- Você tem razão. – disse Dumbledore. – Por isso temos que tomar medidas mais rigorosas agora e evitar distúrbios.
- Acho que seria mais que interessante que retirássemos pontos sempre que isso acontecesse, além de uma detenção mais dura. – disse Sírius. – Sei que isso pode não ter muito efeito sobre alguns, como não fazia na gente, mas acho que impedirá a maioria de tentar algo.
- Poderíamos usar uma demonstração dos poderes dele. – disse Mel. – Sei que ele não gostará, mas seria uma forma de que as pessoas o respeitem pelas suas habilidades mágicas e o temam. Escutei alguns alunos do sétimo ano confabulando sobre ele ter mais fama que poder.
- Um Torneio de Duelo? – perguntou Dumbledore.
- Se for para ele vencer. – disse Lílian. – Ele não é afetado por magia, pelo menos não na escola, e qualquer feitiço usado para simular um ambiente não mágico não resultará para Logan.
- Podemos usar uma coisa diferente, algo como um colete, que marcaria pontos quando atingido e quem tivesse mais pontos perderia o duelo. – disse Tiago. - Esses pontos poderiam ser por precisão, força e velocidade dos feitiços. Sendo que estes apenas feitiços que não causariam muita coisa, somente como se fosse um soco ou choque.
- Boa ideia. – disse Sírius.- Eu estou querendo ver um duelo mágico dele, há muito tempo.
- Seria interessante também uma demonstração de verdade, um duelo dele com um auror. – disse Dumbledore. – o Melhor seria com você, Tiago.
- Sem problemas. – disse Tiago, que apesar de já ter aceito o brasileiro, e ter começado a gostar dele, ainda tinha a rixa pelos clãs grifos, que era uma coisa que nem mesmo o tempo separava, estava ansioso pelo combate.
- E qual seria a notícia desagradável que você teria para nos dar? – perguntou Tonks.
- Como vocês sabem, Cornélio não ficou nada satisfeito com vocês por não terem informado a presença de Logan na escola. – disse o diretor de forma cansada. – Menos ainda de ter sido desafiado por ele. Sendo assim ele vai colocar uma pessoa no castelo para averiguar as atividades de vocês e o comportamento de Logan na escola. E terá poderes para intervir no que achar necessário. Assim como também fará uma avaliação dos professores.
- Já esperava por isso. – disse Mel.
- Eles não podem fazer isso. – disse Lílian nervosa. – Isso é como retirar a autoridade que eles têm.
- Parece injusto, mas vocês não fazem nada de errado. – disse o diretor tentando acalmar a todos.
- Eles que venham. – disse Tiago com um sorriso maroto.
- Estaremos esperando por quem for. – disse Sirius com um sorriso igual.
- Estou nessa.  – disse Lílian. – Não importa o que vocês vão aprontar, e garanto que teremos ajuda de todos os professores e dos filhotes de maroto para isso.
- E sempre bom gerar rebelião. – disse o professor.
- E quem seria tal pessoa? – perguntou Tonks.
- Dolores Umbridge.

Todos ficaram curiosos quanto ao que Dumbledore quer falar neste jantar. Não é usual que o diretor se dirija a escola em meio às refeições, excluindo aos banquetes de abertura e encerramento do ano, ou alguma data comemorativa.
- É impressão minha ou esse salão está mais frio hoje? – disse Fernanda.
- Hoje está frio mesmo. – disse Neville.
- Não reclamem, estava muito quente esses dias. – disse Cris. – Mas acho que sei de onde vem isso.
Todos seguiram o olhar da ruiva, que ia para a menor mesa do salão, onde estavam apenas três pessoas.
- Será que ele sabe o que está acontecendo? – perguntou Flávia.
- Acho que não. – disse Gina. – Mas que ele deve suspeitar, deve.
- Não adianta tentar adivinhar nada agora. – disse Mione. – Mesmo porque Dumbledore vai falar a qualquer momento.
- Você tem toda razão. – disse Rony. – Mas parece que a noticia não agradou os professores.
- Meu pai não quer contar o que está acontecendo.  – disse Harry.
- Como se você não este com nenhum deles hoje? – perguntou Tony, que sempre suspeitou de algo com os Potter.
- Por isso mesmo, se ele quisesse me contar teria dado um jeito. – tentou concertar o moreno, mas só gerou mais desconfianças no monitor, em Mione e Gina.
Mas ele foi salvo e o assunto esquecido por hora, quando Dumbledore se levantou.
- Boa noite para todos. – disse o diretor de maneira seria. – Sei que é fora do usual, interromper esse esplêndido jantar, mas tenho um pequeno fato a relatar para vocês, e queria a máxima atenção de vocês. Na próxima semana receberemos no castelo uma funcionária do Ministério para avaliar como estão nossos funcionários. Nada que atrapalhe a vida da escola, mas contamos com a colaboração de todos para que a visita seja boa para ela. Agora podemos voltar para nossa maravilhosa cozinha.
Logo o silêncio, que surgiu quando o ancião se levantou, foi quebrado pelos comentários dos alunos. Enquanto os professores fechavam mais a cara.
- Dumbledore não falou tudo o que essa pessoa vai fazer. – comentou Harry, sem esperar que alguém respondesse, mas pode ver que Cris também ouviu o pai reclamando “Visita sei. Essa velha sapa quer espionar, e se fazer sobre nós como sempre”.
- Vou ver o que o Logan sabe. – disse Cris. – E acalmar ele um pouco.

Umbridge chegou na segunda-feira conforme combinado por coruja, esperava uma recepção digna do ministro, mas tudo que encontrou foi uma carruagem a esperando na estação de Hogsmeade.
- Deve estar todos preparando a recepção no castelo. – pensou ela.
Mas ninguém a esperava nas portas do castelo, nem mesmo Hagrid.
Tentando controlar a fúria, ela subiu as escadas entrando no Hall de entrada e vendo apenas alguns alunos, que entravam ou saiam do salão principal.
Então ela entrou no salão, e viu que alguns alunos perceberam a sua chegada, mas logo que a identificavam, voltavam ao que faziam antes, sem prestar atenção nela, nem mesmo comentando sobre esse fato.
Os alunos ainda se lembravam do que havia ocorrido no ano anterior, no qual ela voltará a favor do comensal da morte que tentou matar um aluno, mesmo ele sendo o caçador.
- Bem vinda, Dolores. – disse Dumbledore quando ela se aproximou da mesa. – Espero que tenha vindo na carruagem que preparamos para você.
- Sim, Alvo. – disse ela com uma voz venenosa. – Muita gentileza a sua.
- Vou te apresentar para os alunos. – disse ele se levantando. – Queridos alunos e alunas, apresento-lhe Dolores Umbridge, a funcionária do Ministério, cuja vinda avisei.
Poucos segundos depois, o salão voltou ao normal, nem palmas foram ouvidas.
- Hem, hem. – Dolores tentou chamar atenção de todos, mas parece que falhou, tentou novamente. – Hem, hem.
Alguns sonserinos olharam para ela, mas foi só. Nem mesmo os professores prestavam atenção nela, com exceção de Flich, que a olhava admirado.
Então ela resolveu que falaria assim mesmo.
 - Fico contente em voltar a Hogwarts, e ver tantos rostinhos felizes a minha espera. O Ministério...- ela tentou falar com a suas voz infantil, mas sua voz falhou, limpou a garganta e começou de novo. – O Minis...
Falhou novamente, e desta vez nada mais saía. Alguns alunos, que estavam sentados perto de onde ela estava, abafaram risos.
Minerva suspeitou que alguém tivesse lançado um feitiço nela, mas como não percebeu que não havia visto ninguém mexer com a varinha, percebeu que suas suspeitas podiam se direcionar para Tiago, Harry, Logan e Dani. Ela felicitaria os quatro na primeira oportunidade.
- Não vejo nenhum feitiço em você. – disse Madame Promfrey. – Deve ter sido o nervosismo de encarar todos os alunos tão cedo, que fez você perder a voz. Darei uma poção para que tome durante o dia de hoje e mais uma para o resto da semana. Sua voz deve voltar aos poucos e, por favor, não force.
Umbridge pegou as poções e saiu bufando, pensando em escrever para Fugde naquele momento mesmo, para ele poder ajeitar tudo com o novo ministro.
- Bem que o feitiço podia ser permanente. – disse a enfermeira para Lílian, assim que percebeu que Umbridge não escutaria. – Só vai durar alguns dias. Não aguento essa vozinha dela.
- A revolta começou, e mesmo os alunos estão nela. – disse a ruiva.
- Comensais da Morte não são bem vistos, e aqueles que ficam do seu lado também.

Aparentemente aquela não seria a única surpresa desagradável daquele mês. O diretor teve que aceitar novamente Draco Malfoy na escola. Alguns conselheiros do ministro, entre eles alguns comensais e a própria Umbridge o convenceram que o incidente que causou a expulsão do loiro era por causa da presença do caçador. Não foi preciso muito para convencer Fudge na realidade e assim o ministro.
O Sonserino voltou achando que mandava no castelo, mas nem mesmo os novatos o respeitavam com antigamente.
- Você não conseguiu se livrar de mim. – disse ele para Harry assim que se encontraram na frente da sala de poções.
- Se eu realmente nunca mais quisesse te ver na vida não teria me segurado aquele dia.  – disse Harry sem se alterar.
- Aprendi muitas coisas fora daqui. – disse ele, deixam a entender que pode ter sido na sua outra escola, ou com os comensais.
- Uma pena que não tenha aprendido a ficar de boca fechada. – disse Mione. – Faria um bem para todos.
- Calada, sangue ruim. – disse ele, feliz por ter feito Rony, Tony e Neville esboçaram uma reação.
- Menos cinco pontos para Sonserina e uma detenção para o sr Malfoy. – disse Lílian abrindo a porta. – Não sei o que te ensinaram fora de Hogwarts, mas aqui ainda temos que respeitar a todos.
- Onde está o Snape? – perguntou Malfoy preocupado, era ele quem mantinha as coisas seguras para ele.
- O Professor Snape foi demitido por tentar assassinar um aluno, e nem mesmo os amigos de seu pai poderiam, ou querem que ele volte para cá. – disse Lílian de forma fria. – E mais nenhuma pergunta sobre isso, ou terá mais detenções.


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