Poderes sem controle



Capítulo 77 – Poderes sem controle

As teorias sobre o que estava acontecendo em Hogwarts se tornavam cada vez mais elaboradas e fantasiosas. Para alguns era coisa dos duendes que queriam tomar o controle sobre os herdeiros dos cofres que eles guardavam. Outros acreditavam em uma serie de coincidências armadas pelos centauros. Porém havia alguns sussurros dizendo que era um ataque dos trouxas.
Mas ninguém chegou a pensar em Logan, um dos motivos pelo qual ele se isolou. Se ninguém o visse, não veriam que ele também foi afetado, aliás, o primeiro a ser afetado.
Felizmente as pessoas estavam mais interessadas no que viam do que aquilo que não viam.
Como aconteceu com as gêmeas Black.
Tony foi abordado por uma menina com segunda intensões. Porém, por ele ser monitor e, geralmente, as meninas avançavam no Harry, o filhote de maroto não percebeu as investidas. O que transformou o flerte em algo descarado.
No momento que a menina perdeu a paciência, por não entender que o monitor não a estava a ignorando de propósito, foi quando Flávia e a irmã apareceram no corredor em que eles estavam.
Flávia viu tudo ficar escuro, quando percebeu que a menina passava a mão pelo braço do rapaz, com uma cara bem maliciosa. Fernanda não fez nada para segurá-la. Pelo contrario, sacou a varinha para ajudar a sua gêmea.
Flavia não perdeu tempo e deu logo um tapa na cara da menina.
- O que você pensa que está fazendo, Black? – perguntou a menina passando a mão na bochecha, que já estava inchada.
- Colocando uma vagabunda no lugar dela. – disse Flávia com raiva.
- Eu não tenho culpa se seu namorado é galinha. – disse a menina tentando inverter as coisas.
Flavia e Fernanda deram gargalhadas.
- Nós nos conhecemos desde o berço. – disse Flavia fagulhas começaram a sair do seu cabelo. – E Tony não é galinha. Você podia tirar a roupa toda e dançar para ele que ele não ia perceber o seu intento, ainda mais se ele está com um livro na mão.
- Eu me lembro que você teve que azarar ele para que ele percebesse os seus sentimentos. – disse Fernanda que também tinha as fagulhas saindo do cabelo.
- Isso pode ser um sinal que ele não gosta de você. – disse a menina com certa coragem.
Mas assim que terminou de falar percebeu que as fagulhas, se tornaram fogos de artifício, e que ao encostar nela queimavam.
- Eu não enfrentaria o pai dela se não gostasse. – disse Tony. – Apesar dela me achar lerdo, eu a amo.
O filhote de maroto puxou a morena para um beijo. E os fogos aumentaram. Fazendo a menina correr.
- Rafael tem que terminar essas provas rápido. – disse Fernanda. – Não aguento ficar de vela mais.

Meia hora depois, alguns fogos ainda disparavam das duas quando, elas e o restante do grupo se dirigiam para a sala dos aurores.
Era estranha essa reunião. Mesmo porque todos eles em algum momento perderam o controle de sua magia.
- Se acalmem. – disse Tiago assim que eles entraram. – Não é nada relacionado com o alinhamento e seus poderes.
- Bem que você podia retomar o controle dos seus. – disse Sirius irritado. – Perdi muito dinheiro para você essa semana.
- Ninguém mandou você apostar com alguém que pode ver o futuro.  – disse Mary que flutuava a alguns centímetros do chão, e não conseguia colocar seus pés no solo desde que levantou, sendo mais uma isolada.
- E que tenho um comunicado para fazer a vocês. – disse Remo, este sofria por não poder estar lendo. Seu cérebro precisava absorver conhecimento. – No começo das férias, Eu e Dora vamos nos casar.
- Parabéns. – disse Tony o primeiro a se manifestar, indo cumprimentar o pai e sua futura madrasta.
O lobisomem sorriu feliz pela atitude do filho. Era ele quem mais o preocupava. Os outros sabiam que não teriam muito que falar.
O casamento seria logo na primeira semana das férias, e seria uma cerimônia simples somente com a família da noiva, ou seja, seus pais, e os marotos com seus filhotes, os Weasley e alguns membros da Ordem.

Mas nem todos os descontroles de magia forma inofensivos.
Tiago patrulhava os corredores durante as aulas, o sinal das aulas havia acabado de tocar e somente os mais atrasados ainda estava correndo para as suas aulas. Mas o maroto sentia algo de errado no ar. Contatou Harry e Cris e percebeu que com eles e os filhotes de Marotos estava tudo bem. Não se preocupou com Logan e Dani, eles estavam isolados e podiam cuidar um do outro.
Quando virou um corredor, parecia que tinha voltado à época de Voldemort, onde corpos ficavam espalhados pelo chão depois de ataques. Três garotos estavam caídos aos seus pés, para seu alivio eles estavam vivos. E no fim do corredor havia uma garotinha do primeiro ano encolhida.
Era uma das pessoas que tinham o nome na lista que Logan tinha passado, mas sem revelar seus poderes. Ele foi na sua direção, mas depois de dois passos sentiu um feitiço vindo contra ele. Armou um escudo, mas o feitiço foi muito forte e o arremessou longe.
Tentou se adiantar, mas novamente um feitiço veio em sua direção. Preparado ele armou o escudo, que desta vez foi eficiente.
Ele percebeu que a menina parecia sentir dor quando ele se aproximava, e tentou falar com ela a distância, mas a menina não tinha condições de escutá-lo.
- “Lírio. Preciso de você aqui no segundo andar.” – chamou ele.
Cinco minutos depois, a ruiva chegava ofegante.
- Espero que seja muito importante. Larguei a turma de NIEM sozinha. – disse ela.
Tiago apenas apontou para a cena. Lílian logo entendeu tudo.
- Vou tentar chegar perto dela. - disse ela. – Fique atento.
Ela conseguiu se aproximar da menina sem problemas, confirmando assim a teoria de que os meninos a atacaram e ela ainda estava se defendendo.
- Vai ficar tudo bem. – disse a professora, a abraçando.
Depois de dez minutos com a menina chorando ela volta a perguntar.
- O que aconteceu? Podem me falar, nada do que você disser vai te prejudicar.
- Eles me atacaram. – disse a menina quase que num sussurro. – Disseram que eu não era digna de ser uma bruxa. Só porque minha família não é bruxa, e eu sei usar um arco e flecha. Eles me chamaram de sangue ruim e caçadora.
- Não se preocupe com que os outros falem. – disse a ruiva. – Somente com o que você é. Eu também sou de família sem magia. Nem por isso sou menos bruxa que eles. E ser chamada de caçadora não é ruim. Minha filha namora um caçador. E é preciso muito mais para ser um caçador que ser um bruxo. Eu já vi ele treinando.
- Serio? Deve ser bem legal. – disse a menina.
- Sim. É. Por que não vamos conversar com ele? Ele pode te contar muitas coisas.
- Eu posso machucar ele. – disse apontando para os meninos inconscientes. – Eu ataquei o Sr Potter.
- Você já percebeu que tem um lugar mais frio no castelo? – a menina só concordou com a cabeça. – Pois bem, e perto do quarto dele. Ele também está com uns probleminhas e vai entender se você o atacar, e tem mais, você está mais calma agora.
- Sim. – disse a menina.
- Vamos lá, então. – disse a medibruxa.
Ao andar pelo corredor, Lílian sem nem menos mover a varinha curou os meninos de qualquer coisa.
- Acorde eles, e de uma bela detenção neles, pior que qualquer uma que os Marotos tenham sofrido. – disse ela para Tiago.
- Sem Dó.  – disse o auror.

Várias pessoas tiveram o mesmo sonho, uma determinada noite. Comensais invadindo o castelo, sendo combatido pela Ordem, professores e alunos. Mas no fim Dumbledore morre, caindo da torre de Astronomia.
Poucas pessoas foram a que conseguiram entender o sentido deste sonho. Muitos acharam que era apenas um pesadelo.
Harry sabia exatamente o que significava aquilo, principalmente que seu sonho foi maior que os dos outros. Envolvia uma caverna cheia de Inferis, poções e a cabana de Hagrid em chamas. Em sua outra vida, aquilo aconteceu. E segundo Fenrir, o dia em que ele voltaria no tempo se aproximava.

O alinhamento pareceu acabar assim como suas influências sobre a magia de muitos. Ou diminuiu consideravelmente.
Tonks conseguia mudar a cor de seu cabelo segundo a sua própria vontade, apesar de não controlar a cor. Remo já deixou de ler tanto, mas sempre sentia um comichão ao ver um livro. Sirius já não tinha pelos pelo corpo, só que latia algumas vezes. Mel podia falar normalmente, apesar de não conseguir segurar a língua. Mary não flutuava, somente quando pulava. Tiago parou de ver o futuro o tempo todo, mas algumas visões ainda o desconcertavam.  Lílian voltou a ter que usar a varinha para curar.
Os filhotes pareciam normais, claro que as gêmeas ainda soltavam faíscas dos cabelos, uma onda de calor podia ser sentia quando se passava perto de Harry, ainda mais quando ele estava perto de Gina. E uma onda de frio perto de Logan, que usava um grande casaco, que tentava esconder escamas de dragão.
A vida do castelo foi voltando ao normal, principalmente agora que todos estavam mais próximos dos exames.
 - Aposto que quem inventou esses tais de NOMs não precisou fazer um. – reclamou Gina, quando ela finalmente se sentou ao lado de Harry em um sofá da sala comunal, depois de horas de revisão.
- Isso só prova que era um incompetente. – disse Harry a acalmando.
- Não era para você concordar comigo. – disse a ruiva com beicinho. – Era pra me mostrar a importância dos NOMs para minha vida e falar que tudo vai dar certo.
- Pra que repetir o discurso da Mione, se eu o odiei. – disse ele. – Mas tudo vai dar certo. Você está mais que preparada, e vai arrasar nos exames.
Ele a puxou para um beijo.
- Nada de anéis de fogo. – berrou Rony de algum lugar do salão.
- Para de encher o saco e agarra logo a Mione. – disse Gina. – Sabe vale toda a pena esse esforço para depois ficar com você aqui.
- Bom, espero mesmo. Já que depois disso, teremos meses para ficar juntinhos. Onde vão acontecer o casamento do Aluado e Tonks, do Gui com a Fleur. Meus pais estão armando uma viagem, e quero que você vá comigo.
- Não sei se minha mãe vai deixar. – disse ela, curiosa para saber mais.
- Quem vai conversar com ela vai ser o Logan.
- Logan?
- Sim, parece que ele vai ser nosso agente de viagem. – disse ele e vendo que ela não entendeu explicou. – Uma profissão trouxa que a pessoa arruma tudo para outra pessoa ou grupo viajarem, tais coisas como transporte, hospedagem, locais onde vamos visitar.
- Parece divertido.  – disse ela. – digo a viagem, mas para onde?
- Ainda não sei. – disse o moreno. – Logan conhece vários lugares. Quase o mundo todo.
- Então ele pode ser nosso agente de viagens pessoal. – disse a ruiva. – Quero viajar o mundo todo com você.

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