Ataques



Capítulo 53 – Ataques.

Harry e Gina se encontravam na arena dos grifos. O moreno havia conversado com Fenrir, que contou a historia da espada, ou melhor, parte da historia, deixou de lado o fato que Gina estava envolvida no incidente da Câmara Secreta. Não era necessário preocupar com isso agora, deixaria que ele lembra-se disso mais tarde.
A ruiva estava com a bainha, segundo instruções de Cris. Harry só poderia encostar nela quando estivesse de posse de uma espada, principalmente se fosse uma mágica.
Harry ainda procurava pela espada.
- Harry, se você fosse esconder uma espada onde esconderia? – perguntou Gina.
- Em um lugar que só eu conseguisse chegar. – disse ele.
- Acredito que aqui só você, Logan e seu pai conseguem chegar.
- Isso já são três pessoas. – disse ele como se aquilo fosse óbvio. – Sem contar que qualquer um com uma vassoura chega aqui, desde que procure. O que quero dizer que seria um lugar que só eu pensaria.
Ele continuou a olhar em todas as direções. Quando reparou que havia algo diferente na mureta do local. A pedra parecia mais polida e brilhante.
- Achei. – disse ele para a namorada.
Ela se aproximou para ver.
- Tinha que ser. Justamente em direção ao campo de quadribol.
- O Logan não pensaria nisso. – disse ele mostrando que era uma escolha boa.
- Mas aposto que ele já sabia que estava ai.
- Vamos parar de falar dele. – disse o moreno se concentrando.
Uma luz fraca começou a desprender da mureta, revelando a forma da espada, assim que ele colocou a mão sobre o local. Aos poucos o metal começou a aparecer e a espada surgiu na frente dos dois.
Harry pegou a espada e ela brilhou com uma cor vermelha.
- Bela espada. – disse a ruiva, passando a bainha para ele.
- Sim. E poderosa. – disse ele.
- Ainda não entendi o porquê você só pode pegar sua bainha depois de pegar a espada, e pelo que a Cris contou em Avalon foi o contrário.
- A Dama do Lago só entregaria a espada para alguém predestinado a ela, e que possuísse uma bainha feita na ilha.
- Avalon deve ser um lugar lindo para se visitar. – disse a ruiva de forma sonhadora.
- Quem sabe um dia, nós vamos lá. – disse Harry a abraçando, depois de guardar a espada na bainha. – Agora temos alguém que pode nos levar lá na nossa família.

Desde que os Marotos mudaram para o castelo, a sala que originalmente servia a Tiago sofrera modificações e agora se assemelhava a uma das casas da escola. Continha ali uma sala comunal e entradas para os quatros de cada um. Logicamente os casais dividiam um quarto, mesmo que Lilian possuísse um para ela nas masmorras, e Mel e Tonks tinha um quarto só para elas.
Tiago acordou com uma sensação estranha. Se esforçou para não acordar Lilian. Trocou de roupa e foi para a sala comunal, onde encontrou Mel lendo um livro, já pronta para o serviço.
- Caiu da cama? – perguntou a auror.
- Pode se dizer isso. – disse ele. – Alguma coisa está errada.
– Acho que vou ficar de olho nos Filhotes de Maroto então. – disse ela.
- Não sei, se vai ser necessário. Não é nada relacionado diretamente com eles.
- Fora do castelo?
Tiago apenas confirmou com a cabeça. E os dois ficaram pensando no que poderia acontecer.
Aos poucos os outros foram acordando e se juntando aos dois, em diversos graus de arrumação. Até que Remo apareceu com cara de sono saindo do quarto de Tonks.
Mary olhou para o marido esperando uma reação, mas ele não fez nada.
De repente, uma luz prateada surgiu pela janela. Era um patrono, uma lontra.
A voz de Arthur surgiu.
- A Toca está sobre ataque.
- Eu vou pra lá. – disse Tiago. – Avisem Dumbledore e o QG. Tentem não passar para os meninos o que está acontecendo. Mel você vai comigo.
Tiago encostou a mão nela, e aparataram diretamente para a Toca.
- Quem fez dele o chefe? – perguntou Sirius.
- Dumbledore. – disse Remo.
- E quem mais ia conseguir chegar lá tão cedo. – disse Lilian. – Você sabe bem que se for mesmo os comensais ele bloquearam qualquer saída mágica.
- Já avisei o QG. – disse Tonks. – acho melhor Sirius você avisar ao Dumbledore.
- Espero que a Mel volte bem e nada tenha acontecido com os Weasley. – disse Lilian.
- Você não está preocupada com o Tiago? – perguntou Tonks.
- Eu não. – disse a ruiva. – Se ele voltar machucado ele vai se ver comigo, e sabe bem disso.
- Acho que ele tem mais medo de você de que qualquer coisa. – disse Mary.
- Bom ter mesmo. - disse Lilian tentando amenizar o ambiente.

Tiago e Mel surgiram nos gramados da Toca, e viram feitiços voando no ar. Por mais incrível que pareça nenhum direcionado para os dois.
Arthur, Percy e Gui estavam lutando ali, mas a maioria dos feitiços lançados era em direção a casa. Pois essa era quem mais combatia os invasores.
Mais da metade dos comensais jaziam no chão.
Os dois aurores entram imediatamente na briga. Mas perceberam que alguns dos comensais não sofriam os efeitos esperados dos feitiços, eram lançados para trás, porem logo voltavam a luta como se nada estivesse acontecido.
Tiago apelou para a maldição da morte, mas nem mesmo ela resultou.
- Esses caras não morrem. – disse ele para um dos ruivos.
- Têm alguns bem mortos naquela pilha. – disse Gui. – Mas não foram mortos por feitiços.
Tiago olhou para um deles, e percebeu uma flecha cravada no meio do peito de um deles. Juntamente com sangue verde.
Sons de aparatação foram ouvidos logo depois.
Eram Moody, Fabian e Gideon.
- Agradeço o convite para a festa. – disse Fabian.
- Espero que não tenha chegado tarde. – disse Tiago.
- Vocês deveriam parar de brincar e lutar. – disse Moody.
- Por quê? A casa está fazendo bem o serviço. – disse Arthur.
- Como você pode estar tão calmo? – perguntou o ex-auror.
- Os comensais invadiram minha propriedade, mas até agora não miraram em mim. – disse o ruivo.
- Acho melhor terminarmos com eles, antes de discutirmos isso. – disse Tiago com um olhar estranho. – Quero pelo menos um vivo.
- Melhor seguir as ordens. – disse Mel. – Quando ele fica com esse olhar nem mesmo Dumbledore se atreve a discordar.
Assim eles voltaram para a batalha. Que logo foi encerrada, com um feitiço de Mel, que se dividiu em três, acertando os últimos comensais que ainda estavam em pé. Esse feito deixou Moody com seu olho bom arregalado.
- Mel, o que eu te disse sobre ficar se mostrando assim? – disse Tiago.
- Eu não devo ficar me mostrando por ai. – disse ela. – Mas se o fizer, que seja direito. E que só tinham três.
- Como assim fazer direito? – perguntou Moody cada vez mais abismado.
- Eu posso dividir o feitiço em sete, e estou treinando para nove. – respondeu a menina.
- Quem foram seus instrutores na academia?
- Tiago e Sirius. – disse ela indo conversar com os irmãos Prettew.
- Como assim? – voltou a perguntar Moody.
- Ela é irmã dos Marotos, começamos a treiná-la ainda em Hogwarts. Ela tem inúmeras qualidades. – disse o Maroto se ajoelhando perto de um daqueles com sangue verde e puxando a flecha de seu peito. – Eu já vi isso antes.
- Flechas trouxas? Onde você veria isso? O que andam ensinando naquela academia agora? Ainda bem que eu voltei.
- Apesar de serem conjuradas por magia, sim são autenticamente trouxas. – disse Tiago. – Eu as vi em outro ataque. No ataque a família da Lilian. Assim como já vi esse sangue verde em outros momentos.
- Muito Peculiar.
- Peculiar é o fato de uma casa se defender sozinha, diferenciando comensais e esses caras de sangue verde. E não é a primeira vez. Ocorreu o mesmo na casa dos pais da Lily. Quando cheguei lá, só encontrei os comensais com flechas nas costas. Como era uma zona trouxa, acho que se ativeram a coisas trouxas, e sem alarde.
- Então foi por isso que me convenceram a voltar da minha aposentadoria. Apesar de que Foi Dumbledore que me alertou desta vez.
- Acho que posso voltar para a escola. – disse Tiago. – Vocês podem terminar o serviço aqui.
- Não antes de comer uma coisa.  – disse Molly saindo de casa. – Aposto que saiu sem comer nada.
- Acho que posso ficar mais uns minutos. – disse ele.
- Mel, venha também. – disse a matriarca. – Você está muito magrinha.

Tiago voltou para escola, e foi diretamente encontrar com a esposa, deixando Mel encarregada de passar as notícias para o diretor.
Lilian dava aula para o primeiro ano da Lufa-Lufa e da Corvinal. Viu o marido entrando na sala e deu um suspiro ao ver a expressão dele, que parecia mais intrigado que preocupado.
- “Como foi lá?” – perguntou ela pela mente.
- “O de sempre, comensais atacando, desta vez em grande número.”- respondeu ele.
- “Oh, estão todos bem?”
- “Acho que os comensais nem perceberam que havia alguém por lá. A casa resolveu que tinha que se defender, assim como a dos seus pais. Isso incluía flechas.”
- “Você tem alguma ideia do por quê?
- “Tenho, mas vou pensar um pouco mais sobre isso. Minhas teorias ainda não contemplam aqueles caras com o sangue estranho.”
- “Pelo menos todos estão bem, é o que importa no momento.” – disse Lilian.
- “Até quando?” – disse Tiago se retirando da sala.

O dia amanheceu com uma terrível tempestade, o que fez com que o treino de quadribol fosse cancelado.
Harry aproveitou isso, escapou de Hermione e dos ruivos, e se encontrou com Gina.
- Essa tempestade está muito estranha. – disse a ruiva depois que eles saíram de uma sala, onde estavam namorando. – Devia esfriar, mas só esquenta.
- Muito estranho mesmo. – disse o moreno, depois que um relâmpago cortou os céus. – Acho que deveríamos voltar para a torre. Melhor que todos fiquemos juntos.
- Está sentindo algo?
- Só que temos que ficar juntos. – disse ele.
Eles começaram a caminhar para o sétimo andar.
- Oi, casal feliz. – disse Cris chamando a atenção dos dois.
- Oi, Fada. – disse Harry. – Sem quer ser chato, mas onde você estava?
- Na biblioteca. – disse ela. – Estava lá com o Logan, até que a Dani o chamou, mas não deu para entender o que eles falaram, não compreendi nenhuma das palavras, acho que falavam em gírias.
- Não deve ser nada. – disse Gina.
- Assim espero. – disse a menina.
Eles voltaram a andar. Quando eles passaram por um corredor, todas as tochas que iluminavam o caminho se apagaram.
Harry sacou a varinha e tentou iluminar o caminho, mas conseguiu iluminar bem pouco.
- Não adianta, esse graveto não vai funcionar. – disse alguém na frente deles, com uma voz grutal. – Se você quer permanecer vivo, saía daqui agora.
- Nunca. – disse Harry usando a mão livre para lançar um feitiço.
- Olha o menininho sabe feitiços antigos. – disse o ser. – Mas isso não vai adiantar comigo. Mas acho que o chefe vai gostar de você. E você pode ver o que faremos com ela.
Ele começou a gargalhar, depois de desviar de outro feitiço lançado pelo moreno.
Mas a gargalhada parou, e mudou para um som de engasgo. E logo algo pesado caindo no chão.
Um relâmpago iluminou tudo. No local, que esperavam ver um homem alto, viram uma figura arfante, com enormes garras pingando sangue. Com uma expressão de total de fúria.
- Wolverine. – Sussurrou Cris.

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