Um Segredo.



Capítulo 40 – Um Segredo.

Harry e Gina aproveitaram a manhã para namorar nos jardins. Mas uma coisa estava incomodando a ruiva. Todos estavam olhando para o novo casal da escola.
- Eles não têm mais nada pra fazer. – explodiu a ruiva depois que um grupo passou apontando para eles.
- Não liga. É a novidade da escola. Daqui a pouco eles esquecem ou você de acostuma. – disse Harry dando um beijo nela.
- Espero que esqueçam mesmo. Eu nunca vou me acostumar com isso. Ao contrário de você, que sempre teve muita gente te olhando.
- Eles ainda não sabem da expulsão do Malfoy.
- Sim, por me atacar. – disse a ruiva aborrecida.
- Ops. – disse ele. – Quem sabe a expulsão do Snape. Meu pai me falou isso.
- E por te atacar com uma maldição. – disse a ruiva.
- É mesmo, tinha me esquecido deste detalhe. – disse Harry passando a mão no cabelo.
- Você fica muito bonitinho envergonhado. – disse ela. – Mas quando seu pai te falou isso? Não sai do seu lado hoje.
- Acho que está na hora do almoço. – disse ele despistando, não era o momento dela saber sobre a ligação mental entre Potter, somente quando ela também tivesse, para não assustá-la.
Eles seguiram para o castelo, a ruiva ficou incomodada pela falta de resposta, mas foi distraída pela atenção que os outros davam a eles.
- Não liga, e pura inveja. Todos querem ser felizes como nós dois.
- Você está dizendo que todas as meninas querem estar no meu lugar isso sim.
- Elas podem até querer, o lugar ai meu lado já está ocupado, e pretendo que permaneça deste jeito para sempre. – disse ele. – E você tem que ver que todos os meninos querem você ao lado deles.
- Deixa de ser ciumento. – disse ela, mas vendo a razão dele.
Eles seguiram para o almoço e encontraram todos os amigos ali.
Terminaram e subiram para a torre.
- Rony, o que você está fazendo toda noite que some? – perguntou Harry ao ficar para trás com o amigo.
- Não é nada disso que você está pensando. – disse o ruivo olhando para ver se Hermione tinha visto. – Eu tenho treinado para o teste de goleiro da Grifinória.
- Angelina tinha me dito. – disse Harry. – Fique calmo. E tudo dará certo.
Rony ficou aliviado pelo amigo não ter zoado dele, e estar dando apoio.
De repente, Cris saiu correndo, subindo uma escada. Tiago estava parado ali esperando por eles.
Quando a ruiva chegou ao topo, o brasileiro estendeu para ela uma belíssima rosa, que possuía inúmeros tons de azul. Ela pegou e cheirou a flor. No meio das pétalas havia algo brilhante. Um anel, prateado com duas runas antigas, repetidas.
- Quer namorar comigo? – disse ele com o sotaque que estava fazendo muitas meninas suspirarem.
 -Sim. – disse a ruiva com um sussurro como se não acreditasse.
O beijo foi calmo e apaixonado.
Eles se separaram e nem prestaram atenção nos filhotes de marotos ali presentes, que neste momento assoviavam e batiam palmas, com exceção de Harry, que havia fechado a cara.
- Tenho que contar a notícia pra meus pais, antes que alguém conte isso de forma errada. – disse Cris.
- E eu tenho que comer, fiquei te esperando aqui todo esse tempo. – disse Tiago descendo as escadas.
Todos cumprimentaram o menino, mas ele parou na frente de Harry. Um encarou o outro por breves segundos, todos viram o que parecia ser faíscas saindo dos olhos dos dois. Os dois desviram o olhar quando perceberam o clima entre os outros. Tiago se encaminhou para direita para continuar seu caminho, mas Harry se colocou em seu caminho e acertou com tudo em seu ombro esquerdo.
Imediatamente uma mancha de sangue apareceu na camisa de Tiago.
- O que você fez? – perguntou Cris para o irmão.
- Não fiz nada. – respondeu Harry. – Nada que eu fizesse ia causar isso.
- É só um machucado antigo que abriu. – disse Tiago para acabar com a briga deles. – Vou passar no meu quarto para cuidar disso antes de ir para o salão.
- Nada disso. Mamãe vai dar uma olhada nisso. – disse a ruiva.
- Não precisa. – disse ele. – Eu cuido disso.
Do nada Daniela apareceu ali.
- Se machucou de novo. – disse a loira. – Como foi dessa vez?
- Não foi nada. Foi um que reabriu. – ele respondeu em português.
- Reabriu? Você se machucou aqui em Hogwarts e não me falou. – ela falou também em sua língua materna.
- Achei que já tivesse cuidado disso.
- Vocês podem ir discutino para a ala hospitalar.- disse Cris, mesmo sem entender nada do que foi dito. – Só vou largar você quando isso estiver fechadinho.
 Daniela olhou por dentro da blusa para analisar o machucado do irmão.
- Está muito profundo para que eu consiga isso sozinha. – disse a menina. – Será melhor uma ajuda profissional.
- Então vamos. – disse ele.
- Tem certeza que quer ela lá? – perguntou Daniela.
- Sim, Dani. Eu ia contar pra ela, mesmo. – disse Tiago.
- Mas e eles? – essa pergunta foi em português.
- Isso uma hora ia se espalhar. Eles estão envolvidos nisso, você sabe bem disso. – respondeu ele em português.
- Essa língua tem uma sonoridade legal. – disse Fernanda chamando a atenção dos dois irmãos.
- Mas eu não entendo nadinha. – disse Neville.
- Às vezes é para isso mesmo. – disse o menino de cabelo azul de forma misteriosa. – Um dia nós contamos o que falamos.
Logo estavam na enfermaria. Tiago e Daniela conversavam com os filhotes de marotos normalmente, apesar de algumas vezes o menino demonstrar dor.
- Mãe, você está ai? – perguntou Cris ao chegar na enfermaria.
- Que foi Fada? – perguntou Lilian aparecendo.
- Ele precisa de ajuda. – disse a ruiva apontando para Tiago que já se dirigia para a sala reservada.
- É melhor que seja aqui. – disse ele ao perceber a cara de surpresa de todos.
- Qual o problema? – perguntou a medibruxa.
- Esse machucado. – disse o brasileiro apontando para as costas.
- Terá que tirar a camisa. Eu ainda não sei ver através das roupas. – disse Lilian de forma divertida.
Ele olhou para Cris, como se pedisse desculpas.
- Ele tá com vergonha. – disse a ruiva. – Agora estamos namorando e ele parece não gostar de ficar seminu na frente da sogra.
- Meu problema não é a sogra. Ela é medibruxa. O problema é as suas amigas. – disse ele, mas retirou a camisa.
O físico do menino era perfeito, e não era percebido, pois ele usava roupas mais largas.
- Porque eu fui aceitar o convite do Neville? Assim eu teria a chance de ser eu a portar um anel agora.– perguntou Fernanda se abanando.
- Já mandei tirar o olho. – disse Cris.
Lilian analisou as costas do paciente. Além do corte na altura da escápula, havia uma tatuagem ali. Lembrava muito um homem, mas possuía a pele vermelha, uma roupa que parecia medieval, com um ar sensual, um tridente na mão e um sorriso mau no rosto. Parecia muito com as tatuagens dos filhos, mas parecia estar viva, já estava olhando para o ferimento.
- É um demônio. – disse Tiago. – Ou a representação de uma classe deles.
- Como assim? – perguntou Hermione. – Nunca soube que demônios tinham classes.
- Eles são como os anjos. Tem classes separadas pela hierarquia de poderes e inteligência. Este aí é da classe superior, um anjo caído. – disse ele, enquanto a tatuagem liberava asas negras.
- Outra hora você repassa seus conhecimentos. – disse Lilian. – tenho que curar isso.
Ela tentou curar o ferimento com um feitiço, mas nada aconteceu. Ela percebeu que havia pedaços de esparadrapo presos ali, provavelmente seguravam o ferimento, que não era novo como supunha, tinha alguns dias.
- Onde você arrumou isso? – perguntou Lilian.
- Eu tenho desde pequeno. – disse ele secamente.
- Não a tatuagem, estou falando do corte. – disse a ruiva.
- Eu também gostaria de saber. – disse Dani.
- Mais uma mãe eu não aguento. – disse o paciente para a irmã. - Foi um acidente.
- Eu tenho que saber como isso ocorreu. Pode ter algum veneno nisso. Não está fechando.
- Isso foi de um machado. – disse ele.
Ao ver que a irmã estava sofrendo por isso, Harry resolveu contar.
- Ele estava tentando salvar dois meninos do segundo ano de outros do sexto de outra casa, quando eu apareci e o distrai. Os meninos o atacaram, mas erraram e acertaram uma armadura. O machado caiu na direção dos outros dois, e ele acabou por se jogar na frente. O ferimento era para ser maior.
- Mas por que não fecha? Não tem nada nas armaduras que faz isso.
- Não é nada no que causou que impediu isso, sou eu. – disse Tiago. – Nenhuma magia pode me afetar. Pelo menos não aqui em Hogwarts.
- Conta de uma vez menino. – disse Dani.
- Juramos que não contamos para ninguém. – disse Luna.
- Deixa de mistério. – disse Rony.
- Eu sou filho de um caçador com uma bruxa. Possuo o poder dos dois lados. – disse ele.
- E você? – perguntou Neville para Daniela.
- Sou apenas uma bruxa. – disse a menina. – Mas tenho algumas habilidades dos caçadores, assim como o Rafael, nosso irmão mais velho, que é caçador puro, mas que senti magia.
- Mas o que isso tem haver com o ferimento? – perguntou Tony.
- Um lado acaba prejudicando o outro, quando estou em ambientes que possuem uma carga muito grande de poder de um dos dois lados. Se estou cercado de caçadores sem nada mágico por perto, perco um pouco a minha humanidade e posso lançar feitiços com poder extremos. Em ambientes mágicos com proteções como é este castelo, ou qualquer ministério do mundo, parte dos meus poderes de caçadores são anulados, entre eles o meu poder de cura, que por ser elevado me deram o codinome de Wolverine, mas isso também inibe os feitiços em mim. Nenhum me afeta.
- Quer dizer que nada pode te curar? – perguntou Cris preocupada.
- Existe uma técnica, mas eu não consegui. – disse Tiago. – É uma técnica trouxa.
- É muito profundo. – disse Dani. – Eu não posso ajudar.
- Vocês estão falando de pontos? – perguntou Lilian.
- Sim, você sabe dar?
- Sei, mas não tenho o material aqui.
- Eu tenho. – disse loira. – Eu trouxe, pois sei que esse ai não consegue ficar inteiro. E como ele não pode se curar sozinho, tenho que fazer isso por ele.
- Já disse que eu já tenho uma mãe. – retrucou ele.
- Eu assumo os cuidados dele agora. – Lilian disse de forma maternal, recebendo um olhar carinhoso da filha. – Agora cadê o material?
Daniela convoca seu material para cuidar do irmão. Era uma caixa de madeira com uma cruz vermelha.
-Aqui está.
Lilian começou a trabalhar no ferimento. Era preciso calma, já que teria que usar uma técnica para fechar o ferimento profundo sem precisar de muito sofrimento para ele.
- Como você fez magia sem varinha? – perguntou Flávia impressionada.
- Na verdade nós temos varinhas. – disse Daniela.
- Sim, mas uma regra dos caçadores é nunca perder suas armas, elas foram implantadas em nosso braço. – disse Tiago, mostrando os dois antebraços, onde havia uma elevação mostrando a localização delas. Em Daniela podia se ver uma leve linha, onde era a cicatriz que foi feita para o implante.
- Não sabemos bem se a usamos ou não. – explicou Tiago. – Já que na família existem pessoas que não precisam de usar. Elas são feitas de um liga especial, adamantium, pau-brasil, uma madeira oriunda do Brasil, e podem ser adicionados núcleos mágicos extras. Tenho corda de coração de Dragão, pelo de unicórnio e pena de fênix. Em cada uma das duas varinhas de espécies de cada um.
- Eu só tenho uma, de pena de fênix. – disse Daniela emburrada.
- Claro, teve uma hemorragia muito grande. – disse Tiago. – Mas ano que vem você recebe a outra. Podemos até buscar novos núcleos por aqui. Ouvi falar que Rubéo tem um grupo grande de hipogrifos.
- Legal.
- Às vezes eu prefiro que eles falem em português. – disse Rony. – assim pelo menos eu sei o motivo de não entender nada.
- Qualquer um pode fazer isso? – perguntou Gina, recebendo um olhar de Lilian que dizia claramente “Sua mãe te mata se ouvir isso”.
- Não, o sangue caçador facilita isso. – disse Daniela.
- É contraditório. – disse Hermione.
- Sim, mas é o que ocorre. – disse Tiago.
- Conta mais sobre os caçadores. – pediu Cris.
- Basicamente os caçadores são seres humanos que caçam criaturas que comprometem a existência dos humanos. Vampiros, lobisomens, demônios, yokais, e outras ameaças não mágicas. Existem alguns registros na história que podem ser de caçadores, mas o primeiro que se tem certeza é Gabriel Van Helsing. Ele tinha um assistente e um pupilo. Foi ai que surgiu a instituição dos Caçadores. O Assistente não era um caçador, mas um excelente ferreiro e fazia as armas para os caçadores. – disse Tiago.
- Vocês têm alguma hierarquia, ou todo mundo é igual? – perguntou Fernanda.
- Temos classes. De acordo com a característica de cada um. Temos os guerreiros, que são os que combatem as criaturas, são a maioria de nós. Também há os pensadores, que os que analisam as situações e armam as estratégias, apesar de também combaterem. E os Alfas, que são os líderes, cada grupo tem o seu, e um geral. São os melhores e mais fortes de todos.
- O papai é o Alfa geral. – disse Daniela orgulhosa.
- Diz logo de quem somos descendentes. – disse Tiago em português.
- Você é o que? – perguntou Luna.
Mas ele não respondeu.
- Você não vai deixar a gente morrendo de curiosidade. – disse Gina.
Todos começaram a pedir para ele falar. Cris apenas sentou-se ao seu lado e colocou a cabeça sobre seu ombro e sussurrou.
- Nada vai mudar.
Lilian previu que era algo maior que uma classe, e também mostrou seu apoio ao acariciar seu braço. Daniela apenas deu de ombros.
- Um predador. – disse ele depois de um suspiro. - Sou filho de um Alfa com uma Maga. Esta classe é solitária. Os mais perigosos e mortais de todos. Um só pode equivaler a um batalhão inteiro de Guerreiros. Existem apenas dez de nós em todo o mundo.
- E você Daniela? – Perguntou Tony.
- Eu estou aqui para mantê-lo no controle. – disse Daniela. – Coisas terríveis podem acontecer se isso ocorrer.
- Se eu perder o controle, me torno um monstro, posso destruir tudo a minha frente. – disse ele meio encabulado. – São poucas coisas que me fazer voltar ao meu normal, a pequena aqui sabe algumas, mas mesmo ela pode falhar.
- Então nos asseguramos que nada te faça perder o controle. – disse Cris, dando um beijo em sua bochecha.
- Acredito que Dumbledore saiba disso tudo. – disse Lilian.
- Sim, sabe. Mamãe estudou em Hogwarts. E ficou muito amiga da Minerva. Foi inclusive no casamento dela.- disse ele.
- Já acabei aqui. – disse a ruiva. – Vocês já podem ir, mas quero que você Tiago volte todos os dias para que eu acompanhe o processo de cicatrização.
- Pode deixar Lírio. – disse ele.
- Por que todo Tiago me chama de Lírio? – perguntou para si mesma a medibruxa, ao ver eles saindo.
- Ainda não entendi como nós temos pouco conhecimento dos caçadores, mas vocês sabem muito sobre os bruxos. – perguntou Hermione que parecia ter inúmeras perguntas para ele.
- Assim como os bruxos, os caçadores preferem manter-se em segredo. Mas algumas vezes os caminhos se cruzam, e os caçadores têm que saber como se defender, ou atacar um bruxo, por isso sabem muito. Os bruxos tendem a temer os caçadores, assim acabam por tentar exterminar os caçadores ou dominá-los. Então é mais seguro para todos que os bruxos não saibam de nossa existência, já que não pretendemos mexer em assuntos mágicos quando não for extremamente necessário. – disse Tiago.
- Nós somos a exceção. – disse Daniela. – Somos bruxos.
- Mais uma pergunta. – disse a morena. – Por que você chama o Harry de Lobinho.
Harry gelou, Cris olhava do irmão para o namorado, e Daniela teve que segurar o riso.
- Hum, ele me parece muito certinho. – começou uma desculpa. – Me lembra muito os escoteiros, e lobinho é uma classe deles. Só isso.
- E melhor eu guardar as minhas perguntas, senão a Cris vai me matar por atrapalha o namoro dela. – disse a monitora entrando na torre.
Todos se despediram e foram entrando.
- Tenho que fazer meus deveres. – disse triste Cris. – Amanha a gente se fala mais. Assim que encontrar com o papai eu vou contar para ele que estamos namorando, tome cuidado, ele parece que não gosta muito desta ideia.
- Não se preocupe, vou tomar cuidado. Você é importante para mim. – disse ele.
Assim que a irmã entrou Harry parou na frente do cunhado.
- Não vou mais me meter nesse namoro, mas se ela sofrer por você, você conhecerá a fúria de um Potter, Azulzinho. – ameaçou claramente.
- Se você magoar a Gina, eu faço questão de me juntar as ruivos para quebrar a sua cara, Lobinho. – devolveu a ameaça.
- Agora que vocês já se entenderão, temos que ir. – disse Daniela. – Você ainda não almoçou.

- Já de volta? – perguntou Lilian ao ver o menino de cabelo azul entrando na enfermaria.
- Felizmente não tenho nenhum machucado novo para tratar. – disse ele observando o ambiente e vendo que não havia mais ninguém. – Eu senti que você ficou tensa quando eu disse que caçamos lobisomens. Eu sei o motivo.
- Sabe? – perguntou ela. – Claro que sabe, você é um caçador.
- Sim, percebi que o Remo é um lobisomem, até mesmo Dani percebeu isso. Mas ele não corre nenhum risco. Alguém que consegue conviver anos com muitas pessoas e pouquíssimas percebem isso, não é ameaça para ninguém.
- Fico mais tranquila. – disse ela. – Você não está aqui para ver isso né?
- Não, os lobisomens da Inglaterra não são vistos como ameaça há quase vinte anos, quando romperam com Voldemort. O único a ser caçado é Greyback, que no momento está na Alemanha.
Ficaram alguns segundo em silencio.
- Você vai cuidar bem da minha filhinha?
- Sim, nada seria pior que vê-la magoada por minha causa. – disse ele.
- Bem vindo a família, filhote.
- “Você sabe que essas palavras são perigosas” – disse ele pela mente.
- “Mas como? Nunca soube que eu pudesse fazer isso com outros além do Ti, Harry e Cris.”
- Eu sou diferente, e você acabou de me considerar um filho. Só tome cuidado com a Dani. Ela é tagarela. – disse ele saindo.
- O que esse menino estava fazendo aqui? – perguntou Pontas ao entrar na enfermaria logo depois da saída dele.
- Ele é um paciente. – disse Lilian, sabendo que demoraria para o marido aceitar o namoro da filha com o estrangeiro. – Eu sei que você sabe que ele é um caçador.
- Dumbledore nos contou. – disse ele. – achei que não era importante te contar, antes. Mas agora é preocupante.
- Não é não. Ele é uma pessoa que pode cuidar de nossa Fada.
- Você concorda com esse namoro?
- Sim, e não vejo o motivo de você nem o Harry, gostarem disso.
- Não é bem o namoro que me incomoda. E mais algo nele que me deixa com o pé atrás. – disse ele, mas vendo a cara da mulher. – Mas vou tentar não atrapalhar nada, se for para ver nossa menina feliz, como ela estava quando me contou.
- Ele é um bom menino, você vai ver. – disse a ruiva abraçando o marido.

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