Eu sou seu filho.



Capítulo 21 – Eu sou seu filho.

- Aquilo não foi um sonho? Foi real? – perguntou Gina sem saber as implicações que isso teria.
Tiago e Lilian se entreolharam e perceberam que chegaram a mesma conclusão. Que a memória do Guinho tinha retornado. Mas não falariam nada. Assim como Remo.
Harry depois de assimilar o que a menina disse, começou a se preocupar com a repercussão desta noticia. Agora que Voldemort tinha sido derrotado, ele poderia se revelar como ele mesmo. Ele ainda precisava ver se a ruiva concordava com ele, então olhou bem fundo nos olhos dela antes de falar qualquer coisa.
Gina ao ver o olhar de Tiago e Lilian, percebeu a mancada que deu. E olha para Guinho que estava olhando profundamente para ela.
- “Será que devo contar tudo? Agora que não corremos o risco de destruir o futuro, já que ele é diferente.” – falou mentalmente Guinho.
- “Será melhor que inventar outra desculpa para seus pais.”- respondeu a ruiva.
- A que romântico. – disse Alice quebrando o clima.
- É, essa me superou. –disse Sirius. – sempre pensei que o meu foi o primeiro.
- Agora que sabemos sobre os beijos, o que aconteceu com você, Guinho? Para passar tanto tempo dormindo. – perguntou Mary.
- Esta historia é um pouco longa e precisa ser revelada onde ninguém possa nos ouvir. Alice, acho que o Frank precisa ouvir também, será que você pode escrever uma carta pedindo para ele venha até aqui.
- Não vai demorar muito? – perguntou a menina. – E por que ele precisa ouvir?
- E algo maior que vocês pensam e ele esta envolvido. – disse Harry. – Por isso mesmo que eu vou buscá-lo pessoalmente daqui a pouco.
Enquanto Alice escrevia o bilhete para o namorado, Guinho e Gina acertavam os detalhes.
- Onde vamos conversar? – perguntou Gina baixinho de forma que só eles escutassem.
- Sala Precisa. Poucos a conhecem e lá cabemos todos. – disse o moreno.
- Vai chamar mais alguém? Dumbledore?
- Não ele não, mas uma pessoa vai estar lá escondida. – disse em tom de mistério.
- Aqui está a carta. – disse Alice para os dois.
- Ótimo. – disse o maroto. – agora sigam a Gi, que ela os levará para o melhor local para isso. Eu só vou buscar quem falta. –disse ele mostrando a carta.
- Depois a gente conversa sobre o senhor ficar beijando meninas inocentes enquanto elas dormem. – disse Gina.
- Claro, minha bela adormecida. – disse ele deixando a menina corada. – Como se eu fosse o único a me aproveitar de pessoas adormecidas.
Enquanto Gina levava um grupo confuso para a Sala Precisa, que não é muito distante da torre, Harry ia atrás de quem faltava.
Primeiro aparatou na porta da sala da Minerva, ela precisava ouvir tudo. Deixou com ela a capa dele, assim ela poderia ouvir tudo sem que os outros a vissem. Seria mais fácil assim.
Depois aparatou no apartamento do namorado da amiga. Que ficou surpreso e depois de ler a carta aceitou acompanhar o moreno.
Os dois aparataram na porta da Sala Precisa, que já fora ativada pela ruiva. Lá tinham uma serie de sofás e poltronas, onde os amigos estavam sentados em casais. Sendo que Tiago e Lilian dividiam um sofá ao lado da poltrona que Gina ocupava. A poltrona era grande e com certeza a ruiva queria que ele se sentasse com ele. Depois de assegurar que a professora tinha entrado, ele fecha a porta, a tranca e a enfeitiça para que ninguém de fora consiga abrir ou escutar algo.
Ele atravessou a sala e sentou do lado da namorada, pensando em como ia começar a contar as coisas.
-Fenrir, eu acho melhor você começar a falar logo, senão alguns aqui começaram a pensar coisas nada dignas. – disse Pontas tentando quebrar o clima pesado que tinha se instalado na sala quando eles chegaram.
- Isso não é fácil. Eu sei que mesmo entre amigos existem segredos e alguns podem mudar todo o relacionamento. Eu menti para vocês e estou escondendo segredos muito graves. – disse Fenrir.
- Isso quer dizer que você recuperou a sua memória. E sua vida e bem diferente de tudo isso. – disse Aluado.
- Como assim perdeu a memória? – perguntou Anna ao seu lado.
- Quando eles caíram aqui em Hogwarts, ele sofreu amnésia pelo feitiço que os trouxe aqui. – disse o monitor.
- Isso é uma das mentiras que eu contei. Eu não perdi a minha memória hora nenhuma. Me desculpem. – disse o moreno de cabeça baixa.
- E por que você nos fez achar isso? – perguntou Lilian em um tom decepcionado. – sim eu também sabia assim como o Tiago. Todos os professores deviam saber também.  
- Eu peço que esperem eu terminar de contar a historia toda para que me julgar. Esse foi um recurso que usei para esconder a minha verdadeira identidade. A Gina não sabia que eu não tinha não perdido a memória, eu também a enganei neste ponto, mas só assim todos, e neste caso incluo Dumbledore, não suspeitariam de nada. – disse ele de forma cansada. – eu não vim para cá com o intuito de estudar, ou conhecer algum de vocês, aliás era para eu vir sozinho, mas a Gina acabou vindo junto.
- Se é para falar de segredos e mentiras, acho que eu devo começar a falar. – disse Aluado. – Eu tenho um segredo que guardo comigo a muito tempo, alguns aqui já descobriram.     
- Aluado, você não precisa disso. – disse Fenrir.
- Preciso sim. Cansei de me esconder e viver pela metade. Foi você mesmo quem me convenceu que eu posso ter uma vida, e meus amigos fazem parte dela, então eles merecem saber.
- Nós sempre estaremos com você. – disse Pontas.
- Eu também, meu amor. – disse Anna.
- Dá para parar com essa ceninha e falar logo. – disse Almofadinhas.
- Deixa ele falar o que quiser, seu cachorro. – disse Mary.
- Eu sou um lobisomem. – disse Aluado, mas desta vez não abaixou o olhar ou tentou fugir.
Ele esperou que todas as meninas se assustassem. Mas somente Mary e Alice tiveram alguma reação. Não foi a esperada que é a de medo, mas uma que revelava que elas entendiam a sua dor. Assim como Frank. – Fui mordida ainda criança.
- Vocês já sabiam? – perguntou Anna para Gina e Lilian.
- Sim, descobri depois do ataque do Snape. – disse Lilian.
- Faz parte dos nossos segredos. – disse Gina, indicando que ela fazia parte de alguns dos segredos do maroto.
- Eu só não entendi a parte dos marotos nesta historia, já que todos sumiam durante as noites de lua cheia. – disse Alice.
- Sem contar os machucados. – disse Frank, que ainda não sabia o porquê dele estar ali.
- Esses malucos, digo, Almofadinhas, Pontas e aquele outro, depois que descobriram no segundo ano o que eu era tentaram de todo para me ajudar, principalmente durante a lua cheia, inventando inúmeras desculpas e tentando achar algo para minimizar os efeitos, até que descobriram que os lobisomens não eram perigosos, quanto a maldição para os animais. Para eles virarem animagos foi um pulo, demorou anos, mas enfim eles conseguiram me acompanhar.
- E quanto ao Guinho? – perguntou Anna.
- Isso só ele pode responder. Quando ele chegou aqui ele disse que percebeu o que eu era, se bem que você me induziu a contar que eu era um lobisomem, contando aquela historia que você tinha ouvido quando criança. Como eu não percebi depois que isso era impossível quando você disse que tinha perdido a memória.
- Você sempre ficou um pouco distraído quando olhava para a lua. – disse Gina.
- Bom, agora que isso esta fora do caminho eu vou revelar a verdade sobre mim, ou melhor sobre nós. Tem partes da historia que eu sei que nem mesmo Gina conhece. – disse Harry para chamar a atenção de todos de volta para ele. – Primeiramente nunca foi nossa intenção mentir para prejudicar ninguém, mentimos para que as coisas seguissem seu caminho. Apesar de não termos conseguido fazer isso. A história que a Gina contou quando nós caímos aqui é quase toda falsa. Nós não somos americanos, nem ganhei como premio por vencer um torneio escolar a estadia aqui em Hogwarts.
- Isso quer dizer que você não é um Potter? Como você pode. – disse Pontas com raiva. – Vocês enganaram até mesmo meus pais.
- Não, essa parte é verdade. Você deve se lembrar da Gina gritando comigo antes de perceber onde estava, e ela sempre me chamando de Potter, coisa que só faz quando está com raiva. Eu sou realmente sou um Potter, na verdade nós dois somos do futuro. Sou seu futuro, Pontas. Eu sou filho seu filho. Seu e da Lilian.
O silêncio na sala foi instantâneo, quando todos pararam para pensar nas palavras do moreno.
Fenrir então começa a falar de forma mecânica, já que depois de começar o resto ficava mais fácil. Falou do terror que Voldemort impunha que pioraria com os anos, e que todos ali resolveram combatê-lo, falou de que os dois se casaram e depois de sua gravidez. Explicou a profecia e suas implicações, demonstrando para Alice e Frank o motivo deles ali. Depois seu nascimento e a necessidade de esconderem, o Feitiço Fidelis e a traição de Rabicho. Que resultou na morte de Tiago e Lilian e a prisão do Sirius. Falou do ataque ao outro casal.
Seguiu contando a sua vida como trouxa, o que deixou Lilian revoltada com a irmã, sabia que ela não gostava de magia, mas fazer isso a uma criança era demais. Depois contou sobre a vida no colégio. Contou somente o básico, que era da Grifinória, virou apanhador no primeiro ano e como ele combatia Voldemort desde o primeiro ano.
Os outros ficavam sem ação, somente escutando o que o moreno dizia, com algumas intervenções de Gina. Ele estava tentando não sair correndo dali, já que seus pais nada falaram depois das informações, Mas ele não parou de falar.
Ele contou sobre os ataques aos trouxas e como ele combateu o basilisco. Gina ficou contente que mais uma vez ele omitiu o fato de que ela era a responsável pelos ataques.
Fenrir falou então como Sirius escapou e ele achou que o maroto fosse o responsável pela morte dos pais. E como ele descobriu a verdade, no mesmo momento que descobrira que o professor Remo era um Lobisomem. Seguiu com a Final da Copa Mundial de Quadribol, os comensais e depois o Tribruxo. Decidiu não detalhar muito as provas e foi direto para o cemitério. Quando ele falou do ressurgimento de Voldemort foi que teve alguma reação dos seus ouvintes. As meninas colocaram a mão na boca evitando um grito.  
Quando ele passou para seu quinto ano e a perseguição do ministério e da Umbrigde, e a criação da AD, foi que ele percebeu que todos estão se segurando. As mãos de Pontas e os olhos de Lilian demonstravam a raiva que eles sentiam pelo que o filho teve que passar. Mas ao falar da invasão do ministério o menino não conseguiu prosseguir, deixando Gina falar até quando ele saiu correndo atrás da Bellatrix. Então ele voltou a falar. Lágrimas corriam nos rostos de todas as meninas, mesmo Gina que já conhecia a historia. Mas quando ele falou de sua batalha em sua mente com o lorde das trevas foi interrompido pela namorada.
- Eu nunca soube disso. – disse Gina.
- Eu nunca tinha contado para alguém, ver vocês naquele estado e pensar que era tudo minha culpa, eu não queria mais isso nas minhas costas.
- A culpa não foi sua, já te dissemos isso. – disse ela.
- Isso mesmo filho. – disse Lilian se aproximando. – a culpa foi de Voldemort.
Pontas estava ao lado dela e ambos abraçaram o menino, confortando-o.
- Vocês não estão com raiva de mim? – perguntou ele para os pais. – Mesmo depois disso tudo.
- Vamos esperar você terminar para poder estipular seu castigo por isso tudo. – disse Pontas com um sorriso no olhar.
- Acho melhor você continuar, Fenrir. – disse Aluado. – ainda quero saber o final disso tudo.
- Sim. Está bem. – disse ele antes de continuar.
A poltrona em que Fenrir e Gina estavam sentados começou a aumentar para dar espaço para Lilian e Tiago se sentarem ali.
Fenrir então relatou o seu sexto ano, onde ele descobriu sobre a vida de Voldemort e sobre as Horcruxes, estas já eram de conhecimento de todos, já que ele tinha falado isso durante a batalha de Hogwarts.
- Então você é o Lorde Gryffindor? – perguntou Lilian. – Como se vimos vocês dois juntos?
- Um feitiço de Clonagem. Depois que deixei a ruiva aqui, na enfermaria eu realizei o feitiço e o Fenrir que voltou era o clone. Eu mesmo combati Voldemort. Durante os anos fui percebendo que tinha poderes diferentes dos bruxos normais e fui me aperfeiçoando, no meu tempo sozinho e aqui com a ajuda da Minerva. – disse ele. – Sim eu contei para ela partes da historia para que ela pudesse me ajudar. Alguns poderes são em níveis diferentes dos outros, como vi na AD. E outros que pouquíssimos possuíam, como a habilidade de fazer magia sem varinha, esta eu só descobri aqui. Mas a historia não acabou.
Ele continuou a relatar a visita a caverna e a invasão do castelo. Resultando na morte do diretor. Agora a parte que só ele sabia, o Exílio. E finalizando com a Batalha Final nos gramados do castelo.
- Bom, como eu ainda não poderia destruir Voldemort ali, e estando bem fraco por causa da batalha e do exílio, eu acabei apelando para um vira-tempo que encontrei no ministério. Ele era diferente e precisava de ser ativado por um feitiço poderoso para que pudesse viajar anos. Não sabia onde ia cair, por isso tinha inúmeros planos para essas situações. Como fui encontrado por vocês dois – disse Fenrir para os pais. – resolvi usar a amnésia para me proteger e proteger a todos. Se eu falasse quem eu era podia alterar toda a história e destruir tudo. Como quase aconteceu quando vocês brigaram.
- Como assim? – perguntaram os dois.
- Desde que aparecemos aqui, estamos alterando o futuro. Mas essas mudanças ainda não eram grandes o suficiente para me apagar da história. Só a nossa presença aqui fez com que Voldemort antecipasse seus planos acreditando que ia ser vitorioso. Como o ataque com os dementadores. Mas as minhas ações só ajudaram o futuro. Assim vocês acabaram se juntando, mas eu quase não tive nada haver com isso, só acelerei um pouco as coisas. Mas a briga entre vocês parecia ser definitiva não teria forma com que eu nascesse. Se eu não nascesse, não poderia alterar o passado e a única coisa que eu teria feito seria impedir vocês de ficarem juntos. Deixando o caminho livre para a dominação mundial pelo lorde.
- Isso quer dizer que se eu voltar no tempo e conhecer meus pais, e acabar destruindo o casamento dos dois antes de eu nascer, eu não poderia nascer, e não voltaria no tempo para destruir o casal e mesmo assim não haveria casal. – disse Aluado. – Isso é muito confuso.
- São as regras do tempo. Nem Merlin pode quebrá-las. Se um viajante do tempo alterar as coisas de forma a ele mesmo não nascer, em decorrência do que aconteceu, ele seria apagado da história, e seus atos seriam corrigidos, menos o que causou a sua própria destruição. Os seja se meus pais não estivessem se reconciliados a tempo eu teria desaparecido, assim como a Gina, e seriamos esquecidos. A única coisa que não mudaria seria que os dois não namorariam mais.
- Agora nos temos aqui Pontas pai e Filho. – disse Almofadinhas.
- Não, Almofadinhas. Eu posso ser parecido com meu pai, mas sou uma pessoa diferente. – disse Fenrir. – Serei sempre o Fenrir.
- Qual é o seu nome verdadeiro? – perguntou Mary.
- Acho melhor deixar que os dois o escolham sem minha influencia. – disse ele sorrindo. E então começou relatar suas aventuras neste tempo. Como encontrou o grifo, sua busca pelas horcruxes.
- O que você tinha na cabeça para montar um dragão cego? – perguntou Lilian se levantando e colocando as mãos na cintura.
- Era isso ou enfrentar todos os duendes do banco. Sabe, eles tem uma magia diferente da nossa e conhecem uns feitiços bem, digamos, desagradáveis. E já tenho experiência com dragões. A segunda vez foi meramente um passeio. – disse ele com cara de inocente.
- Nunca mais faça isso. – disse ela.
- Pode deixar. Da próxima vez eu uso um dragão que enxergue. – disse ele tomando dois tapas, um de Lilian e o outro da Gina.
- E nós, Guinho. Como nós somos no futuro? – perguntou Mary depois que todos pararam de rir, apontando para ela e Anna.
- Me desculpe, mas não conheço as duas. Nem os dois me falaram nada. Me lembro de ver fotos de vocês duas no casamento deles. Pode ser que vocês não tivessem juntos, já que eu dei um empurram bem grande para esses relacionamentos e pode ser que eles não tenham acontecido ou não duraram tanto tempo assim. – disse Fenrir tentando se desculpar. – mas com a confusão que foi a vida deles pode ser que tenham esquecido de me falar, só isso.   
Ele preferiu não comentar nada sobre a Tonks ou o Teddy. Não podia acabar com o relacionamento do Aluado com a Anna com algo que poderia não ocorrer mais.
- Gente, acho que está na hora de irmos. – disse Aluado. – Vamos deixá-los conversar.
E assim saíram da sala deixando apenas Pontas e Lilian com os dois viajantes do tempo.
- Tem mais coisa? – perguntou Lilian.
- Sim. Mas antes, Mimi queira se juntar. – disse Pontas.
A professora saiu de debaixo da capa e mudou de cadeira ficando mais perto dos dois casais.
- Por quê? – perguntou Gina.
- Tem um segredo de família que eu descobri quando pesquisava sobre Voldemort, e vi que ele matou quase toda a minha família, ou melhor, os Potter. Acho que passa de geração em geração. E a Mimi o conhece. – disse Fenrir.
- Vocês não acham que o Guinho ter se proclamado Lorde Gryffindor, o Herdeiro de Hogwarts estranho não. – disse a professora.
- Não, ele é um grifinório. – disse Gina.
- Sou mais que isso. – disse Fenrir. – Os Potter são os descendentes de Godrico. Ou vocês acham que eu conseguir ter um Grifo real como parceiro algo normal.
- Sem contar que tanto ele quanto eu, temos mais poderes que os bruxos normais. E pelo que percebi da historia, também tem evitado mostrar seus poderes por ai, mesmo não conseguindo aqui neste tempo. – disse Pontas.
- Mas como você sabe? – perguntaram Lilian e Gina para a Minerva.
- Eu sou irmã da Laura Potter, portanto sou Tia do Pontas e tia-avó do Fenrir. – disse a professora.
- Então é por isso que vocês tiram notas tão altas e conseguem se safar das encrencas que se metem. – disseram as ruivas ficando em pé e colocando as mãos na cintura.
- Então é assim que vocês pensam de nós. – disseram os dois morenos se entreolhando e aparatando os dois individualmente para longe dali.
- Ainda não sei como esses dois ainda acabam com vocês duas depois de tanta patada. – disse Mimi. – O Fato de eu ser tia deles não quer dizer que protejo, ou protegerei eles. Muito pelo contrário. Eu sempre fui mais exigente com eles. As provas e deveres eu sempre corrigi com mais rigor, mas eles sempre conseguiram se superar e ficar as notas mais altas. Até mesmo as detenções eu pegava mais pesado com eles. Sim o Guinho me falou com eu tratava ele no seu passado.
Minerva esperou que a informação penetrasse bem nelas antes de voltar a falar.
- Os Potter só contam isso para quem eles confiam muito. Acredito que Tiago não tenha contado para os Marotos, ainda. Se eles resolveram contar para vocês ainda sendo somente namorados, vocês deviam estar honradas, pois isso geralmente ocorre na Lua de Mel. Eu mesma só fiquei sabendo disso tudo depois do nascimento do Tiago. Mesmo assim por que eu sou professora aqui, senão Felipe nunca deixaria que Laura me contasse.
- Merlin, nós fizemos mesmo isso. Acusamos eles de serem algo que não são e brigamos com eles. O que fazemos agora? – perguntou Lilian que ainda não sabia lidar com esses rompantes do namorado.
- Pedimos desculpas? – perguntou Gina, mas para Minerva que para a sogra.
- Sim, mas primeiro vocês terão que achá-los. – disse a professora antes de sair da Sala. – Ah, eu não sei se vocês perceberam mais os Potter têm os mesmos poderes, todos eles. Alguns precisam desenvolvê-los mais rápido que outros. E aparentemente Tiago também aparata aqui.
- Vamos, precisamos dos outros para encontrar os dois fujões. – disse Gina.
- Mas eles podem ter aparatado para qualquer lugar no mundo. – disse Lilian.
-Lily, você tem que começar a pensar como um maroto. – disse Gina puxando a outra ruiva para a torre. – os Marotos têm formas de se comunicar a distância e conseguem localizar qualquer pessoa neste castelo. Como você acha que o Tiago te seguia, mesmo sem sair da Torre?
- Mas você não me disse como sabe que estão no castelo.
- Simples, eu ainda sinto eles perto. Eu sei que você já conversou muito com os dois pela mente. Aliás, eu percebi que foi assim que eles ficaram sabendo do Snape. – disse Gina com a Lilian confirmando. – Bom, o Guinho me contou que essa ligação envolve todos os Potter, inclusive aqueles que entram na família por casamento. Eu sinto somente o Guinho, mas você consegue sentir seu filho e o pai dele. Além do mais, eles sabem que correríamos atrás deles e não iriam longe, apesar de não esperar que os encontremos. Eles só foram esfriar a cabeça e esperar que a situação se resolva.
- Como você sabe tanto assim? – Quis saber Lilian.
- Eu convivo com o Guinho há seis anos, mas convivo perto mesmo. Pude observá-lo por todos esses anos. Você também saberá reconhecer tudo com o tempo, e te garanto quando nos dois casarmos, você conhecerá seu filho melhor que ninguém, bem tirando o pai, mas ele é a mesma coisa então não conta.
As duas entraram e foram direto para Sirius. Os amigos estranharam que as duas entrassem sozinhas.
- Falamos bobagem e os dois sumiram. – disse Lilian interpretando bem a cara dos outros. – Melhor nem perguntar.
- Precisamos de ajuda. – disse Gina. – precisamos achá-los. Eles aparataram de lá. Sirius, você pode chamá-los pelo espelho?
 As meninas se espantaram quando Sirius tirou um espelho do bolso e chamou o amigo. Ele manteve o objeto na mão de forma que todos pudessem ver.
Aos poucos a imagem do Sirius foi mudando para a imagem de Tiago.
- Fala Almofadinhas. O que está pegando? –disse o menino de forma que parecia que nada estava errado.
- As ruivas apareceram aqui pedindo ajuda. Onde vocês estão? – perguntou.
- Por ai. – disse Tiago finalizando o contato.
- Pega o mapa. –disse Gina um pouco desanimada. – Se estiver com vocês.
- Está comigo. – disse Remo, puxando-o do bolso. E depois de trocar um olhar com Sirius disse a senha.
- Vejamos. Eles estão.... – disse Sirius. – em lugar nenhum.
- Como assim? – Perguntou Lilian desesperada. – Eu tenho certeza de que eles estão no castelo. Como vocês podem ter um mapa que mostra o castelo todo e não os encontra?
Gina tentava pensar mais não conseguia e estava quase entrando em desespero como Lilian.
- O Pontas tem um lugar secreto aqui em Hogwarts, um que ninguém mais sabe. – disse Remo. – Ele costumava ir para lá quando queria ficar sozinho. A única coisa que sabemos era que precisava voar para chegar lá.
- Ainda bem que o Guinho não conhecia esse lugar. Senão ia ser difícil encontrá-lo. – disse Gina. – vamos pegar as vassouras e procurar por eles.
Assim foi feito. Mas foram somente as duas. Eram elas que precisava se desculpar. Pensaram que poderia ser algum lugar na floresta. Mas depois que decolaram da janela do dormitório masculino. Lilian percebeu algo que nunca tinha visto no castelo. Parecia uma arena ou picadeiro, em cima de um dos telhados. Indicou para Gina de forma a irem para lá.
Pousaram e ficaram admiradas com o local. Parecia ser um local para proteção do castelo e um lugar para descanso. Deram uma volta no local e quando iam voltar para as vassouras deram de cara com duas feras.

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