Depois da Vitória



Capítulo 70 – Depois da Vitória

No salão da Grifinória tudo já estava pronto para a viagem. Este ano eles decidiram que cada família iria para sua casa. E se encontrariam na casa do Potter, que era maior, e onde ocorreria a ceia de Natal.
Lílian convidou Logan, Dani e Rafael para ficarem na casa deles, mas preferiram declinar. Eles tinham algumas coisas para resolver, mas os dois rapazes garantiram que deixariam a menina lá caso fosse extremamente necessário.
A loira reclamou, mas os dois disseram que não queriam escutar broncas, e que quando ela dominasse mais alguns poderes eles sempre a levariam.
Mas o trio assegurou que não perderiam a ceia por nada.
- Não entendo essa de agora dormirmos em casas separadas. – disse Gina para Harry.
- Por incrível que pareça foi ideia do Sirius. – disse ele. – Acho que ele ainda pensa em controlar a Fernanda e Flávia. Mas os outros aceitaram por questões de espaço. Não daria para todos dormirmos na mesma casa. Ainda mais com os demônios e comensais por ai.
- Mas no verão nós ficamos lá em casa. E ano passado, ficamos na casa das meninas.
- Bem no verão é bom ter para onde fugir do calor, e tinha menos gente. Não vai dar para colocar uma barraca do lado de fora, por ironia, somente nossos amigos brasileiros iam conseguir ficar lá fora, mesmo com os feitiços de aquecimento. E bem, ano passado tinha o seu pai, que estava no hospital, lá era mais perto.
- Ainda não gosto disso. Queria ficar o máximo de tempo perto de você. – disse ela.
- Ninguém disse que não podemos dormir um na casa do outro de vez em quando. – disse ele marotamente. – Claro que eu teria que dormir no quarto do Rony e você da Cris, mas teríamos mais tempo para namorar.
De repente, Harry sente algo.
- Você sentiu isso? – perguntou Rony.
- Eu senti. – disse Tony.- E o Logan?
- Ele, com certeza, sentiu. Já deve estar indo pra lá. – disse Harry.
- Lá onde? – Perguntou Hermione.
- Não temos tempos para discutir isso. – disse o moreno. – Segurem-se em mim ou na Fada.
Eles aparataram na sala comunal dos aurores. Logan, Dani e os dois meninos que participaram do torneio com eles já estavam lá.
Eles chegaram a tempo de ver a porta sendo praticamente arrombada.

Rufus estava visivelmente alterado. Acabara de receber uma carta de um dos membros do conselho de Hogwarts elogiando a iniciativa de Dumbledore de promover o Torneio de Duelos e do ministério de dar seu apóio.
Ele não tinha dado apóio nenhum, nem ao mesmo sabia da organização de nada na escola. Novamente os Marotos estavam escondendo coisas deles, e Dumbledore tinha arriscado a integridade física dos alunos permitindo a participação do Caçador.
Ele saiu que nem um hipogrifo desembestado em direção a saída do ministério. Os acessos pelas lareiras estavam extremamente difíceis nos últimos meses, e ninguém no departamento de transportes mágicos conseguiu achar algum problema na rede de Floo, que parecia afetar apenas Hogwarts e a casa de algumas pessoas ligadas a escola.
Ele apareceu no limite do feitiço e continuou andando para o castelo.
Não se preocupou com olhares e cochichos que encontrou pelo caminho. Foi diretamente para onde os aurores se alojaram no castelo. E abriu a porta com tamanha violência que acho que poderia ter quebrado a porta.
- Não me importa que você é o ministro da magia. – Disse Remo. – Invadir assim a escola poderia ser considerado um ato de agressão e ser combatido como tal.
- Você deu sorte que sabíamos que era você. – disse Sirius, ele e todos os aurores estavam com varinhas nas mãos.
- Apesar de estarmos te esperando há algum tempo. – disse Mel.
- Eu sou o ministro e vocês devem em tratar como tal. – disse ele.
- Por isso mesmo não foi enfeitiçado assim que aparatou na frente da escola. – disse Tonks. – Agora diga o que veio fazer, ainda temos que ajudar no embarque para as festas.
- Eu quero saber que historia é essa de Torneio de Duelos. E quem deu permissão para o caçador participar. – disse o ministro.
- O Torneio de Duelos, conforme nossos relatórios semanais que foram enviados para o Senhor, foi uma ideia do Dumbledore. – disse Tiago de forma mais profissional e impessoal possível. – Ele achou que o clima da escola pedia algo diferente, principalmente depois da visita da Sra Umbrigde e o retorno do Sr Malfoy.
- Quanto ao caçador, ele foi outro motivo para o torneio. – disse Lilian. – Muitos alunos planejavam ou chegaram a atacar o Logan. Ele preferia ignorar essas pessoas, mas o diretor acreditou que se as pessoas conhecem seus poderes, evitariam que houvesse incidentes mais graves.
- Mas ele é um caçador. – disse o ministro. – Usou de violência para ganhar.
- Ele venceu mesmo. – disse Sirius. – Mas não vi violência.
- Existe mesmo essa crença que Caçadores são violentos. – disse Lilian. – Mas não precisei atender ninguém depois de um duelo em que ele participasse no torneio.
- Se você tivesse lido os relatórios teria ciência de que as regras foram alteradas e os feitiços usados eram mais fracos que os normais. – disse Tiago. – Dumbledore fez isso pensando nas habilidades dele em um duelo normal.
- Não foi o suficiente, já que ele ganhou. – disse o ministro.
- Sim, ele ganhou, mas não foi sozinho. A sua equipe não tomou conhecimento dos adversários, conseguindo uma incontestável vitória de forma invicta. – disse o auror de óculos.
- Ele só quer ganhar a confiança para nos atacar pelas costas. – disse Rufus.
- Então, por que você ainda está vivo? – perguntou Logan.
O ministro se virou e encarou os adolescentes.
- Vai me dizer que você não nos viu aqui? – disse Tony.
- Estamos aqui desde que você chegou. – disse Rony.
- E confesso que não gostei de nada que você falou. – disse Harry.
Rufus olhou para aqueles quatro garotos e viu algo que não via desde a batalha entre o grifo e a cobra que terminou a guerra contra Voldemort. Eles demonstravam tanto poder que ele se sentiu inferior. Ele também percebeu que Tiago, Sirius e Remo também estavam prontos para atacá-lo. Ninguém ia se mexer para salva-lo. Ele era um garotinho no meio dos dragões.
- Eu já dei provas de que estou aqui para estudar, já que eu sou um bruxo. – disse o menino o cabelo azul. – Agora não me venha com piti, os caçadores deixaram de perturbar os bruxos há mais de trezentos anos e ainda existe essa rixa. Você já foi apresentado a vários caçadores e nem sabe, alguns já salvaram a sua vida. Eu tenho a minha missão, mas pode ter certeza não estamos interessados em governar povo nenhum. Queremos o mesmo que a maioria. PAZ.
Dito isso, Cris puxou o namorado para sair. E todos os outros o acompanharam.
- Como esse menino pode falar assim comigo. – reclamou ele.
- Vai ver que ele não tem medo de você, e nem mesmo do que você pode fazer para ele. – disse Mel. – Pelo o que eu andei conversando com ele, o Logan combate criaturas do submundo desde que consegue erguer uma arma. E já viu mais coisas que você.
- Eu se fosse você não ousava falar mal do menino perto de nenhuma mulher em Hogwarts e muitas fora. Elas o defendem como se fossem seus filhos ou sobrinhos. – disse Sirius. – Mas tenho que confessar que não o quero como inimigo.
- Você não permitiria que ele namorasse com uma das suas filhas.
- Eu não seria louco de permitir isso. – disse ele, o que o ministro abriu um sorriso. – Não ia deixar minhas meninas se meterem com o namorado de uma ruiva, ainda mais que ela é uma Potter. Eu deixei que a Fernanda namorasse com o irmão mais velho dele.
O sorriso do ministro sumiu.  
- Eu já te disse que confio a vida de minha filha a ele. – disse Tiago. – Neste tempo, ele fez mais que você para proteger a todos na escola e no mundo mágico. Faça o seu serviço, ministro, que nós fazemos o nosso. Não tente fazer algo contra ele, ou contra nós, Nem mesmo Voldemort foi páreo para a gente.
Os olhos dele mudaram rapidamente assustando o ex-chefe dos aurores.
- Se está tudo nos conformes, eu vou embora. – disse ele saindo correndo.

- Você foi muito bem, Gi. – disse Harry abraçando a menina que parecia cansada.
- Com um professor deste quem não aprenderia. – disse ela com um sorriso.
- Mas devíamos tentar controlar esse ‘fogo’ lá fora. – disse ele.
- Você sabe que se os meus irmãos escutarem o que você disse, você teria problemas. – disse ela.
- Ninguém mandou eles serem enxeridos. – disse o moreno. – E eles sabem muito bem que estamos treinando para que você possa se controlar, Foguinho. Sabem como você é poderosa. Eles me contaram como sofreram na sua mão.
Ela bufou.
- A Cris parece que não tem problema com o gelo. – disse ela olhando para a cunhada e o brasileiro que estavam no quintal brincando.
- Sim, sempre achei isso muito estranho. Desde pequena ela gostou mais do inverno que o verão. Agora entendo. Mas ela tem problemas com o fogo. Ela não consegue fazer o fogo aparecer do nada, somente mudar o fogo para o congelante. Surpreendentemente Logan tem paciência com ela. Você sabe como ela gosta de entender tudo.
Eles ficaram observando os dois, que não faziam marca nenhuma na neve.
Dado momento, Logan parou e endireitou o corpo se voltando para um ponto ao longe. Um segundo depois, Cris desmaia.
O caçador a pega no colo e a leva para a casa.
Harry e Gina seguem para a sala, ao encontro dos dois.
- O que aconteceu? – perguntou Harry.
- Os demônios estão nas brumas. – disse Logan, acomodando a ruiva no sofá. – Ice vamos.
A pequena fada saiu da tatuagem da menina e posou no ombro dele. As asas apareceram nas costas deles e partiu voando pela porta que ainda estava aberta.
- O que ele quis dizer com isso? – perguntou Gina.
- Eles estão tentando invadir Avalon. – disse Dani, que também desceu as escadas. – Nunca iriam conseguir tal fato, cada Senhora de Avalon, cada Merlin aumentou a proteção da ilha. Eles ficariam perdidos nas brumas eternamente. Mas o que enfureceu o Ti, foi o fato de que existem outros locais que podem ser acessados pelas brumas, e uma delas ser o País das fadas, que foi reinada pela vovó Morgana. E claro que se os demônios podem atacar qualquer um enquanto estiverem por lá. O que menos vai sofrer será o que ele decapitar.
- Ele os encontrou. – disse Cris acordando.
- Eu posso entender a ligação dele com Avalon, mas não a sua. – disse Harry.
- É o futuro. – disse Dani, tanto ela quanto Cris estavam com os olhos vidrados, como se vissem a cena que acontecia.
 De repente as duas estremecem.
- Ele não devia ter falado isso. – disse Cris.
- O que fez o Logan fazer aquilo? – perguntou Lilian, que apareceu com Tiago.
- Falou da mamãe. – disse Dani. – sabe como ele fica pode perder a razão quando mexem com quem ele gosta. Basicamente ele exorcizou o demônio.
- Como ele fez isso? – perguntou o auror.
- Existem duas formas. A primeira é um feitiço, muito parecido com o exorcismo feito pelos padres, e serve principalmente para os que podem possuir suas vitimas. Mas eficaz para aqueles que podem fazer o encantamento enquanto luta. E o segundo somente quem controla o fogo pode fazer, já que basicamente queima toda existência dos demônios, mais difícil e mais eficaz, mas o Ti tem um diferencial com ele, o seu fogo congela ao invés de queimar o que o torna mais eficaz. Pode consumir muita energia, por isso ele levou a Ice, como ele retira energia do frio, a fadinha o manterá até que não sobre nenhum demônio.
- Como você sabe o que ele está fazendo? – perguntou Tiago.
- Ele perdeu a razão, está usando os instintos. – disse a ruiva. – Com isso ele não bloqueia a sua mente, qualquer um com ligação com ele pode ver o que ele está fazendo. Acho que vamos ter visitas para o Natal.
- Ei quem tem visões do Futuro está relação sou eu. – disse o moreno.
Gina conseguiu ver algumas coisas da luta, mas parecia estar embasado. Ela acreditou que ser o primeiro contato entre as mentes e ele não tinha consciência disso. Os morenos ao perceberem isso ficaram chateados.
- Esse moleque não pode fazer isso. – disse Tiago.
- Isso é coisa dos grifos. – disse Dani. – Ele é imune a poderes psíquicos por causa do esqueleto. O que inclui os poderes dele mesmo. Ou seja, ele não pode usar Leglimência, nem Oclumência. Mas ninguém que não seja de um clã de grifo pode entrar na mente dele.  Claro que qualquer mulher que o considere da família acaba entrando para o clã dele. Ou seja, ele tem um harém.
- Espero ser a única na cama dele. – disse Cris, ela completou ao ver a cara do pai. – Não que frequente ela.
- Grifos são monogâmicos. – disse Dani. – E bem honrados.
- Alguns descobrem isso bem tarde. – disse Lilian olhando para Tiago.
- Eu não tinha achado a pessoa certa. Bem ela não me aceitou. – ele se defendeu.  
- Ele se acalmou. – disse Cris ao ver a cara de frustrado do pai ao tentar ver o que acontecia. – Está vindo para cá.
Realmente ele apareceu, ainda com as asas, segurando uma cesta de maçãs em uma mão e na outra a cabeça do demônio que ele decapitou.
- Helena mandou para você, Fada. – disse ele colocando a cesta na mesa de centro.
- E a cabeça? – perguntou Gina.
- Um recado para Demogorgon. – disse ele.
Ele pegou a cabeça e a embrulhou.
- Adoro presentes de Natal. – disse Gina. – Principalmente quando não sou eu que recebo os deste tipo.

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