Uma Noite Incomum



COMO PROMETIDO CAPITULO POSTADO ATÉ O FIM DA SEMANA! PROMESSA É DIVIDA! Ann Malfoy – muito obrigada por comentar! Que bom que você está gostando da fic! Também gosto desse tipo de fic, mas achei poucas que eu gostei de fato!! Continue lendo e comentando!! Bjos CAROS LEITORES, BOA LEITURA!!!


Capitulo 4

Uma Noite Incomum



...

- James, sou eu seu idiota.
- É a voz do Sirius – disse Lily apreensiva – e vem lá de cima.
- Ele deve ter entrado pela janela pra querer pregar susto na gente em pleno Halloween, é a cara dele fazer isso, mas ele tem que entender que em momentos como esses ele deve abandonar essas gracinhas de vez – disse James irritado ainda com o susto que tinha levado.
- Não sei não James, ele não faz mais isso há tempos, e além do mais pode ser alguém se disfarçando de Sirius.
- Vou ver – respondeu James sério. Lily, como sempre, tinha razão, desde que Sirius virou fiel do segredo deles nunca mais tinha feito as suas brincadeirinhas, James às vezes sentia falta do tempo que sempre era acordado com os sustos de Sirius.
- Tome cuidado, meu amor, vou ficar aqui com Harry – O pequeno sonolento olhava da mãe para o pai, parecia entender os momentos de aflição da família.
-James, será que para vir logo? Eu não tenho a noite toda. – Disse a voz sussurrando, mas audivelmente.
- Tio Sirius, Tio Sirius – disse Harry com as mãozinhas apontadas para a escada.
- Shiuu Harry, fica quietinho filinho – sussurrou Lily.
James olhou para Harry, que agora estava completamente acordado, e Lily, que lhe apoiou com um olhar forte, então ele subiu degrau por degrau a escada que levava para o primeiro andar da casa.
- Sirius? É você? Onde você está? – disse num sussurro quase inaudível, sua voz saiu tremula apesar de toda segurança que quis passar.
- Pontas, onde você está? Sou eu, Sirius, preciso de ajuda rápido. Cadê você seu cervo idiota?
James se surpreendeu com o tom da voz do amigo, agora tinha certeza que era Sirius, mas sua voz soava perigosamente urgente e séria, mas de onde ela estaria vindo? James olhou para a porta do quarto. Era impossível, apesar dele ter cogitado a possibilidade minutos antes na sala com a Lily, que ele tivesse entrado pela janela, não depois de todos os feitiços de proteção, e ele não faria isso, mas James tinha uma quase certeza que a voz viera do quarto. Resolveu, então, abrir a porta de seu quarto, ele estava escuro, a janela estava fechada e trancada por dentro, como Lily deixava todo dia depois que o sol se punha, James olhou intrigado por todo o cômodo, olhou debaixo da cama, no banheiro que ficava no quarto, até no armário, não achou nada, mas ele tinha certeza que a voz viera de algum lugar daquele quarto. James sentou-se na cama pensativo, olhando para o espelho de corpo inteiro que tinha no canto da parede. Cadê você, Sirius? – pensou olhando para sua imagem escura no espelho.
- O espelho... É isso! – correndo pelo quarto em direção ao seu criado-mudo, desembrulhou um espelho do tamanho de um livro e sussurrou – Sirius?
- Até que enfim Pontas, onde você se meteu? To te chamando há horas. – respondeu um Sirius assustado, porém aliviado de ouvir a voz do amigo.
- É que a Lily e eu achamos que fosse uma emboscada. Mas isso não importa agora, onde VOCÊ está? – Perguntou James assustado com a “paisagem” por trás do amigo. Sirius estava numa espécie de porão, masmorra ou algo do gênero; as paredes de pedra tinham aspecto úmido e não havia barulho nenhum a não ser a respiração tensa do seu amigo.
- Nem eu sei, é uma história longa e a gente não tem tempo para histórias de ninar! Não importa como eu acabei indo parar nas mãos de uns comensais que me estuporaram e me trouxeram pra cá, mas os idiotas só retiraram minha varinha e me jogaram nessa pocilga, esqueceram de me revistar e por isso não acharam o Espelho de Dois Sentidos, que eu carrego comigo desde que vocês estão jurados de morte por Voldemort. James, eu não tenho muito tempo, você tem que dar um jeito de avisar Dumbledore, amanhã de manhã eles devem me interrogar atrás de vocês, eu prometo que não vou falar conscientemente, prefiro morrer, mas você sabe que se eu morrer vocês ficarão em sérios perigos, todos que sabem do segredo vão virar fieis do segredo, e a gente ainda não sabe quem é o traidor.
- É lógico que vou avisar a Ordem inteira, eu mesmo vou atrás de você...
- Shiu, acho que vem vindo alguém, você fica pra cuidar de Lily e Harry, posso ser só uma isca para te atrair, mantenha o espelho perto de você, vem vindo alguém, avise a ordem, e não vem James, cuide do Harry pra mim caso acontecer alguma coisa...
Nesse momento, Sirius sumiu do espelho, James não o chamou de volta, pois sabia que se alguém estava indo ao encontro do seu amigo, poderia ouvi-lo chamar e desconfiar de algo.


No porão, Sirius tratou de esconder o espelho o mais rápido que pode por entre o sobretudo, deitou-se no chão e fingiu que ainda permanecia desacordado. Barulho de passos ia ficando cada vez mais forte, agora Sirius conseguia distinguir duas vozes diferentes sussurrando:
- V... V... Você acha que ele ainda está estuporado?
- É claro, você o conhece melhor que eu. Se ele tivesse acordado estaria fazendo um escarcéu aqui. Não seja tão covarde homem, ele está desarmado.
- O Siri... Quer dizer o Black é um homem muito inteligente, não podemos subestimá-lo.
- Ora, Ora se fosse tão inteligente, o meu priminho, já teria descoberto que você é o espião covarde que eles tanto procuram.
Uma das vozes era feminina – Pensou Sirius – provavelmente de Bellatrix, sua priminha querida, mas a outra não era estranha e pelo conteúdo da conversa essa voz era do traidor, mas quem seria.
Agora os donos das vozes estavam na frente da cela de Sirius, que não ousava abrir os olhos, pois a varinha da comensal estava diretamente apontada para o seu rosto.
- Sirius, Sirius, logo logo esse rostinho bonito fará parte da coleção do Lord das Trevas, e você terá a morte que sempre mereceu seu traidor de sangue nojento, vergonha da família Black, escória. Se o meu amado Lord não quisesse matá-lo com as próprias mãos eu mesma o faria com prazer. Ah mi Lord vai ficar satisfeito comigo por levá-lo diretamente a ele. Pare de tremer como um rato sujo, Rabicho, você já está começando a me irritar de verdade.
- Rabicho... – sussurrou Sirius sem querer.
Agora não só a varinha de bela iluminava Sirius, mas como a de Rabicho também.
- E...Ele falou alguma coisa?
Acho que foi só impressão – respondeu Bella – vamos, precisamos avisar aos outros que pegamos esse traidorzinho do sangue.
Os passos foram sumindo pelo longo corredor, quando não havia mais nenhum resquício de luz e tudo ficou silencioso, Sirius sentou-se escorado na parede fria e úmida da cela, passou as mãos nos cabelos.
- Ele é o traidor, Rabicho é o traidor – sussurrou enquanto buscava por entre as vestes o espelho e chamava pelo amigo, Pontas.


James desceu correndo as escadas de sua casa, Lily estava quieta atrás da estante com a varinha apontada para a escada e com Harry totalmente acordado bem seguro em seu outro braço. Uma pequena lagrima solitária descia pela sua face, a demora do marido só lhe dava a certeza de algo estava errado, James não demoraria tanto para voltar se não fosse nada ou se fosse uma peça pregada por Sirius, e o silencio inquebrável que estava à casa só a deixava mais angustiada. Até que ela conseguiu ouvir passos apressados pela escada:
- Lily cadê você? 
- Jay... James? É você? Porque demorou tanto o que aconteceu? Estava preocupada.
- Era o Sirius..
- E onde está ele, que eu não estou vendo?
James passou as mãos pelo cabelo, pegou Harry dos braços da mulher, lhe de um beijo apressado e disse:
- Não temos tempo agora, arrume algumas roupas pro Harry, se troque, nós vamos pra Ordem imediatamente, no caminho eu te explico.
Lily sentiu a voz séria do marido, ele quase nunca falava com esse tom de voz, mas ela tinha certeza que algo grave estava acontecendo para explicar a atitude do marido, subiu correndo então as escadas e pegou algumas mudas de roupa para Harry, trocou seu pijama e desceu. James a esperava com Harry no colo e eles saíram de casa e aparataram direto para a ordem.

Na sede da Ordem da Fênix estavam apenas alguns membros, entre eles Arthur que passava informações importantes para Dumbledore sobre o Ministério. James chegou e foi direto para a sala de reuniões parando apenas para perguntar para Dédalo Diggle se Dumbledore estava lá, o amigo lhe respondeu que sim e lhe perguntou que estava havendo, depois, vendo que James não respondia, lançou um olhar curioso para Lily que fez um gesto como dizendo que também não sabia o que estava acontecendo. James, ainda com Harry nos braços, invadiu a sala de reunião que estava sendo ocupada apenas por Arthur e o diretor.
- James o que aconteceu? Vocês foram atacados? – perguntou o velho diretor preocupado. A essa altura todos os outros membros, antes na sala de estar, estavam na sala de reunidos curiosos para saber o porquê do James ter entrado assim na Ordem.
- Sirius – respondeu James passando Harry para Lily que permanecia do seu lado intrigada – Sirius foi capturado por comensais da morte e agora está preso em algum porão ou calabouço que eu não sei onde é. Precisamos ir resgatá-lo, Dumbledore, ou se não Voldemort irá matá-lo.
- O quê? – perguntou Lily sendo acompanhada pelo resto da ordem.
- Calma – pediu Dumbledore estendendo os braços e indicando as cadeiras para que todos sentassem – Explique essa história direito, James.
- Quando pegávamos detenção juntos em Hogwarts geralmente colocavam eu e Sirius separados para que não pudéssemos aprontar novamente, mas nós tínhamos uma coisa que usávamos para nos comunicar durante esses momentos. – James tirou o pequeno espelho do bolso e o colocou sobre a mesa – Esse é o Espelho de Dois Sentidos, cada um tinha um par e quando eu queria falar com ele chamava o nome dele e ele aparecia no meu par assim como eu aparecia no dele e podíamos conversar. Depois que acabamos a escola, cada um ficou com um par, usamos apenas algumas vezes depois disso, mas hoje à noite Sirius o usou para me chamar, ele estava carregando o par dele para todo o lado caso ele precise falar comigo. Sirius foi pego, Dumbledore, precisamos achá-lo o mais rápido possível, antes do amanhecer, Voldemort vai matá-lo se não conseguir o que quer, e se eu conheço Sirius com certeza ele não dará. 
- James...
Todos olharam assustados para o espelho, da onde saiu a voz sussurrada de Sirius.
- Sirius, to na Ordem, nós já estamos indo te salvar, fique quieto, não faça besteira e aguente o máximo que puder, nós já estamos indo.
- Nós uma ova, James, você vai ficar ai cuidando da Lily e do meu afilhado, nem ouse aparecer aqui. Mas eu não tenho muito tempo, eles podem aparecer de novo a qualquer momento. James, Rabicho é o traidor!
- Rabicho? – perguntou James intrigado – É impossível, como você descobriu? Não pode ser verdade Sirius, simplesmente não pode.
- Eu mesmo o vi e ouvi, ele veio me ver enquanto eu fingia que estava inconsciente, ele estava com Bella, aquele rato nojento é o traidor que a gente procurava.
Todos na ordem que sabiam dos apelidos entre os marotos olharam pasmados para o espelho, algumas indignadas xingavam baixinho Peter, outras diziam que não podia ser, que era impossível, Lily era uma dessas que não acreditava, mas sabia que inteiramente possível. Arthur, ainda por fora das “intimidades” dos amigos, não associou quem era Rabicho, foi preciso que Emelina (que era uma das que xingavam Peter) lhe contasse quem era o tal traidor.
- Psiu, escutem – Sirius falou do espelho – Dumbledore está ai? – perguntou e assim que viu a confirmação de James pelo espelho continuou – Eu tenho quase certeza que eu estou na casa da minha amada priminha Bella, na mansão dos Lestrange, eu darei um jeito de sair desse porão fétido e sair da casa deles escondido, com sorte, se o traidor covarde do Rabicho não contou meu pequeno segredinho aos novos amigos dele como eu creio que ele não contou, eu sairei daqui sem que eles percebam, mas eu preciso de alguém do lado de fora porque provavelmente eu não vou recuperar a minha varinha, e preciso aparatar.
- Todos nós iremos, Sirius, e só entraremos na mansão se acaso você for pego no seu plano de fuga, levaremos o espelho, qualquer coisa nos comunique. – disse Dumbledore se levantando – Vamos todos, menos você Lily – Dumbledore olhou pra James e completou – tenho certeza que seria inútil lhe pedir pra ficar James, você não deixaria de ir nem por um decreto de Merlim, estou certo?
- Lily ficará bem, Dumbledore, ela é mais forte e mais esperta do que podemos imaginar – disse olhando para Lily que permanecia com um olhar firme – Tudo ficará bem meu amor, eu prometo.
- Lily pode ir lá para casa, não é tão confortável quanto a Ordem ou a sua casa Lily, nem tão protegida, mas ninguém sequer sonha que eu ou Molly fazemos parte da Ordem, e pelo menos lá você não ficará sozinha, tenho certeza que Molly está me esperando acordada e as crianças também não devem estar dormindo essa hora. Harry pode dormir no quarto de Rony, eles têm praticamente a mesma idade, ai você aproveita e avisa a Molly que eu vou demorar.
Lily olhou para Dumbledore, que lhe sorriu e depois para James que concordou com um gesto e depois sorriu para Arthur agradecendo a gentileza e confirmando que iria sim.
O Sr. Weasley foi em direção à lareira falar com a esposa, enquanto James abraçava Lily e um Harry adormecido nos braços da mãe, o pequeno garotinho sorriu quando o pai lhe deu um beijinho e falou que logo logo estaria de volta.
Lily pegou o pó de flu e foi para A Toca dando um último olhar para James que suspirou e quando não se podia mais ver se quer um fio de cabelo ruivo de sua mulher girou sobre os calcanhares e suspirou:
- Sinto muito Sirius, dessa vez eu não posso fazer o que você quer! Aguente firme Almofadinhas, eu estou indo.


Sirius já tinha passado seu próprio plano pra si mesmo umas duzentas vezes, estava torcendo para que o rato do Rabicho não tivesse contado para os outros comensais que ele era um animago. O erro do Pedrinho, pensou Sirius, é que ele deixou que eu o conhecesse demais, apesar de nunca passar pela minha mente que ele um dia iria ser um comensal, mas sete anos de escola não se jogam fora, Rabicho pode parecer idiota, mas muitas vezes é fingimento, afinal ele havia se tornado um animago, com uma grande ajuda dos amigos, mas mesmo assim, se transformar em um animal não era uma coisa das mais fáceis. Rabicho era esperto, ele tinha enganado incrivelmente bem os amigos, se mantinha ainda meio em cima do muro, era quase certeza que ele não havia contado para os seus novos amiguinhos que ele era um rato de verdade, para caso ele necessitasse sumir sem ser percebido.


- Como será que ele pretende sair daquele lugar? 
- É uma ótima pergunta, Arthur – respondeu Moody – Não está escondendo nada de nós, não é Potter?
- Ora imagina, Olho-Tonto, se eu vou saber das ideias de Sirius, ele é completamente maluco às vezes, mas podemos confiar nele, ele sempre consegue o que quer. – James tremia, não podia confessar que ele, Sirius e Peter eram animagos clandestinos, isso seria terrível, pois traíram a confiança de Dumbledore e prejudicaria principalmente o Aluado. Por Merlim – Pensou James – o Aluado, eu me esqueci dele, acho que eu, Lily e Sirius devemos desculpas a ele por pensarmos que era ele o traidor. 
Dumbledore olhou James com seus profundos olhos azuis, o maroto sentiu estar sendo observado, nesse momento James percebeu que Dumbledore tentava imaginar o que eles e seus amigos estavam escondendo, será que não é melhor contar? A mente de James estava cheia de perguntas, enquanto eles esperavam por Sirius em uns arbustos ao lado da casa dos Lestrange. Agora nós vamos ter que contar para todos que somos animagos, afinal Rabicho também é e agora todos estamos à caça dele também. – pensava sério James.


- Lily, que bom que você veio, não repara na casa, com tantos filhos ela fica uma bagunça, esses pestinhas não param um segundo. Eu sei que você está acostumada com casas grandes, mas apertando aqui e ali agente dá um jeito...
- Oi, eu sou Gui Weasley! – o garotinho de cabelos ruivos estendeu a mão em direção a Lily – Ela é mais um de nossos parentes, Mamãe?
- Haha, não Bill, essa é a senhora Potter, amiga da mamãe, vai ficar aqui essa noite. Esse é meu filho mais velho, Lily, Willian tem 10 anos, vai pra Hogwarts ano que vem, é um garoto muito inteligente.
- Tenho certeza que sim – sorriu Lily – muito prazer, Bill.
- Mamãee, Mamãee cadê o papai? – mais um ruivo vinha em direção a eles – ele falou que ia treinar quadribol comig... Quem é ela? – perguntou o rapazinho.
- Não aponte, Charlie, é feio, essa é uma amiga da mamãe, a Sra. Potter. Cadê seus irmãos? Se vocês dois estão aqui quem está cuidando dos outros?
- O Percy, ta com a Gina, e a gente deixou o Ron com o Fred e o Jorge. – respondeu Bill com um enorme sorriso.
- VOCÊS SÃO LOUCOS? VOCÊS QUEREM MATAR SEU IRMÃO? – o sorriso do pequeno Bill se esmaeceu – Desculpe Lily, mas eu não posso dar as costas por um minuto que essas crianças já aprontam, E VOCÊS DOIS, TRATEM DE IR LÁ EM CIMA BUSCAR A GINA E O RON, E MANDEM AQUELES TRÊS DESCEREM, E EU NÃO QUIRIA ESTAR NA PELE DE VOCÊS SE O RON TIVER SE QUER UM POUQUINHO ARRANHADO, VOCÊS SABEM QUE OS GEMEOS SÃO IMPOSSÍVEIS!!!!
Lily dava risada, Molly com certeza era um grande mãe, daquelas que fazem tudo pelos filhos, mas não desperdiçam uma boa bronca. A Toca era incrivelmente acolhedora, a princípio parecia bagunçada, mas olhando bem, não passava de alegria familiar. Peças de xadrez de bruxo estavam espalhadas pelo carpete da sala, um ursinho jazia encostado no sofá, figurinhas de sapo de chocolate podiam ser vistos no console da lareira, tudo indicava uma grande e maravilhosa presença de alegria familiar.
Os dois garotinhos ruivos voltaram do andar de cima cada um com um bebê ruivo no colo e mais ruivinhos atrás deles. Charlie trazia um bebê da idade de Harry, mais ou menos, apesar de ser maior que Harry não parecia ser muito mais velho. Charlie parecia emburrado com o irmão mais velho, que segurava um embrulinho cor de rosa, que Lily imaginou ser a filha mais nova de Molly. O bebê no colo de Charlie estava com um dos olhos em um tom roxo esverdeado e não tardou Molly perceber isso.
- O QUE É QUE ACNTECEU COM ELE, CHARLES? O OLHO DELE TÁ ROXO – explodiu Molly
- Fo... fo..foi os gêmeos, mamãe, quando eu cheguei ele tava assim – disse Harlie, passando o pequeno Ron, que chorava, para a mãe.
- EU DISSE PRA NÃO DEIXAR ELE COM OS GEMÊOS, ELES AINDA VÃO MATAR O SEU IRMÃO – disse Molly, fazendo um floreio com a varinha e curando a roxidão do filho.
- Mamãe, será que a senhora pode parar de gritar um pouquinho, nós temos visitas, não temos? – disse um ruivinho, que saiu detrás de Bill.
Molly estava prestes a explodir com Percy por ter dito aquilo, mas percebeu que ele estava certo.
- Desculpe-me Lily, você sabe como é né? Ah, deixe-me apresentar o resto dos meus filhos: esse garoto que chamou minha atenção é o Percy, meu filho do meio, tem 4 anos, é mais ajuizado de todos, esse no meu colo é o Ronald, acredito que ele Harry serão grandes amigos, aqueles dois pestinhas escondidos de baixo da escada são Fred e Jorge, os mais levados, e essa é minha pequena Ginevra, não é um docinho?
- São lindos seus filhos, Molly, será que eu posso colocar o Harry no sofá, essa noite foi meio incomum e ele está desperto, duvido que com esse monte de criança ele volte a dormir. – Harry olhava curioso para todos os ruivos, parecia achar aquilo demais.
- Claro Lily, o deixe aqui, vou deixar Ron com ele, quem sabe os dois não brincam juntos. Vamos para cozinha, você deve estar com fome, pobrezinha. Vamos tomar uma sopa, depois vou arrumar uma cama pra você no quarto do Ron, ele pode vir dormir no meu quarto, lá tem um berço e você pode por o Harry.
- Não se de ao trabalho, Molly eu me ajeito no sofá.
- Imagina que eu ia deixar você no sofá, nem sonhando. Agora vamos, porque a sopa deve estar esfriando. E vocês meninos já pra cama, já passou da hora de vocês dormirem, amanhã vocês tem o jardim inteiro pra desgnomizar.
Depois de um coro de “Ahhh Mãeee”, os pequenos Weasley foram para as suas camas, sobrou apenas o curioso Ron brincando com Harry no tapete da sala, enquanto as duas mulheres jantavam na cozinha.


Já devia ser bem tarde, o lugar estava com uma escuridão profunda, o silêncio chegava a ser angustiante, aquele era o momento, se ficasse mais claro eles podiam vê-lo, além do mais a maioria dos moradores devia estar dormindo, apenas um ou dois guardas. Era chegada a hora de fugir.
Sirius se transformou em cachorro e tentou enfiar a cabeça, agora de cachorro, pelas grades da cela, conseguiu, apesar de ainda ser um animal grande, era muito mais fácil fazer aquilo na forma de cachorro. Enfim, depois de algum esforço, ele conseguiu sair do cubículo onde estava instalado – A primeira parte foi fácil – pensou Sirius – o problema vem agora. Ele olhou para os dois lados do comprido corredor – Pra onde a Bella e aquele traidor foram mesmo? – Então ele lembrou que os dois vieram da esquerda e voltaram pelo mesmo lugar – Deve ser para lá então – com passos suaves (não era a toa que seu apelido era Almofadinhas) ele seguiu pelo corredor até dar com uma porta – Ahh meu Merlim, só falta essa porta estar trancada, ai como eu faço – e não deu outra a porta estava trancada, sem varinha Sirius começou a ser apossado pelo desespero, como ele faria para sair dali? Foi quando viu uma janela pequena entreaberta, a um metro e meio do chão, era sua única chance, pulou e passou por ela com certa dificuldade. A janela dava para uma espécie de copa pequena com uma mesa retangular de seis lugar e um pequeno armário rebuscado com ornamentos de cobras, no escuro elas pareciam se mexer. Sirius seguiu em frente e chegou a umas escadas, quando estava prestes a subir um barulho o surpreendeu, tinha certeza que fora pego, as quando olhou para trás viu Macnair, dormindo a sono solto do lado de uma porta, que deveria ser aquela que estava trancada quando ele tentou passar, o barulho viera de seu ronco alto, com um suspiro de alivio Sirius, ainda em forma de cachorro, subiu as escadas o mais rápido e devagar que pode. No andar térreo, tudo parecia calmo, calmo demais até. Sirius continuou em frente onde viu uma grande porta de ébano totalmente barroca, com certeza era a porta de entrada, tinha que ser, e era. Dessa vez a porta estava preocupantemente destrancada – Está fácil demais – pensou Sirius. 


- Ele está demorando demais, estamos aqui a mais de duas horas e nada – disse Emelina Vance – daqui apouco está amanhecendo e com certeza vão nos ver aqui.
- Nós devíamos entrar lá e acabar com todos, se Sirius está mesmo aqui nós temos desculpa, além do mais a gente aproveita e acaba com meia dúzia de comensais – esbravejou Olho-Tonto.
- Nós colocaríamos a vida de Sirius em perigo assim, não Moody? – disse Arthur – Seria muito perigoso, não?
- To com o Moody e não abro, se o Sirius demorar mais quinze minutos eu mesma vou lá, arrombo aquela porta e acabo com todos os Comensais nojentos que estão lá. – Resmungou Emelina.
- Quietos, querem calar a boca vocês três. Querem que eles nos descubram aqui? – Sussurrou James nervoso, pra falar a verdade por ele, todos já tinham invadido aquela mansão, Sirius estava demorando demais, devia ter acontecido alguma coisa...
- Ei, gente! – sussurrou Dédalo Diggle apontando para a porta da mansão – acho que tem alguém ali!
Todos ficaram em silencio, mesmo no escuro e com toda a distância que os separavam da porta de entrada da casa dos Lestrange podiam ver a porta se entreabrindo silenciosamente.


Sirius abriu a porta o mais silenciosamente que pôde, algo estava lhe soando estranho, não podia estar tão fácil assim, apenas Macnair guardando um prisioneiro tão precioso para Voldemort, o único que o poderia levar para os Potter. 
- Relembrando os velhos tempos Almofadinhas?
Sirius, ainda como cachorro, olhou para um arbusto ornamental ao lado da porta de entrada onde surgia um homem pequeno com feições de rato e um sorrisinho amedrontado nos lábios. 
- Eu vim te salvar, fiquei sabendo que estava preso, venha comigo Sirius, vamos voltar para dentro, vamos sair daqui com pó de flu, eu tenho um punhado aqui no meu bolso. Vamos venha comigo, confie em mim, é o jeito mais fácil de sair daqui.
Sirius se transformou em homem novamente, sua cara estava retorcida pelo asco e pelo espanto. Olhou com aversão para a mão que o ex-amigo lhe oferecia e seguiu em direção ao portão onde provavelmente os membros da Ordem estavam. Peter o olhou com inquietação, mas que logo se transformou em um olhar de compreensão.
- Descobriu meu segredinho, Sirius? 
- Qual deles? Que você é nojento e asqueroso? Isso eu no fundo no fundo sempre soube – sussurrou Sirius ainda de costas para o Comensal, sentia um ódio mortal pelas palavras dele.
- Vejo que sim. Isso é ruim, Sirius, muito ruim. Você até podia sobreviver, era só dar ao Lord das Trevas o que ele quer, ele é bom para quem o ajuda, Sirius, ele seria bom com você também, mas agora que você descobriu meu pequeno segredinho, terei que dar um jeito de te calar.
- Haha, faça me rir, Rabicho, você dar um jeito de me calar? Se enxerga! Você sempre foi uma sombra minha e de James, nunca teve coragem pra nada, não é de se admirar que tenha se bandeado para o lado desse Lord babaca – Sirius estava se enfurecendo, havia se virado e encarava o ex-colega. Sirius era bem mais alto que Peter, mas um sorrisinho nada agradável apareceu no rosto do traidor, Sirius, então, olhou de soslaio e percebeu uma ação rápida do seu rival, ele não puxara a varinha ou coisa parecida, ele apenas apertara com o dedo indicador uma mancha na parte interna do seu braço, a marca negra.
- Filh... – mas Sirius não teve tempo de terminar a frase, imediatamente apareceu uma dúzia de mascarados ao seu redor, além de uma Bellatrix em trajes de dormir atrás dele.
- Onde pensa que vai priminho?


- Gente eu acho que o Sirius ta encrencado.
- Quieta Emelina! Eu já disse que a gente vai esperar mais quinze minutos, se ele não aparecer à gente entra. – James estava cada vez mais nervoso com a demora do amigo.
- Não, James. Dessa vez a Emelina está certa. O Sirius está bem encrencado – respondeu Arthur.


Sirius estava numa situação bem desvantajosa, ele estava sozinho, sem varinha contra quatorze comensais armados até os dentes.
- Ora, Ora, o filinho da mamãe do Black está querendo escapar dos Comensais, e veja, sem varinha! – disse um dos encapuzados girando a varinha de Sirius por entre os dedos e segurando a própria com a outra mão.
- Muito bem, Rabicho. Até que enfim você fez alguma coisa direito, mas eu só queria saber como ele conseguiu sair da sua cela – disse Bellatrix.

- SIRIUS ABAIXE-SE!
Com grande velocidade Sirius se abaixou, todos os comensais olharam pra ver da onde vinha a voz, exceto Rabicho que se abaixou também, seguiu-se então uma saraivada de feitiços vindo do portão. Os membros da Ordem corriam em direção a Sirius, atirando todos os feitiços contra os Comensais da Morte, pôde se ver alguns caindo, mas a maioria se recuperou a tempo e começou a revidar o feitiço, causando no ar um grande caos de luzes e sons. O lado da Ordem da Fênix estava em desvantagem, havia praticamente dois Comensais para cada membro, mas mesmo assim a luta estava equilibrada. James corria procurando nos que já estavam caído, por Sirius, até que o viu saindo debaixo do corpo inerte do, já sem máscara, Dolohov e pegando sua varinha das mãos dele. James o deu a mão contente, por nenhum dos feitiços ter pegado nele.
- VOCÊ NÃO DEVIA ESTAR AQUI! – gritou Sirius por entre a confusão instalada na porta dos Lestrange.
- EU NÃO PODIA DEIXAR VOCÊ NA MÃO – respondeu James, desviando de um feitiço que veio de só Merlim sabe onde, e lançando outro em direção à Bellatrix.
- FOI O RABICHO QUE DEU O SINAL QUE EU ESTAVA AQUI, ELE SABIA QUE EU IE TENTAR ESCAPAR, ESTAVA ME ESPERANDO AQUI. – disse Sirius, agora com sua varinha, atirando no primeiro encapuzado que passou por ele.
FILHO DA MÃE! – gritou James em resposta desviando de um feitiço vermelho que vinha em direção a ele.
- PEGUEM O POTTER E O BLACK, O LORD DAS TREVAS QUER ELES VIVOS, O RESTO PODEM MATAR! – gritou do meio da multidão o único comensal que permanecia encapuzado – ELE JÁ ESTÁ CHEGANDO.
James e Sirius se olharam, era a hora de ir embora, querendo ou não eles estavam em grande desvantagem, quase três para um, e ainda estava para chegar Voldemort, era impossível sair vivos da batalha se não partissem agora. Derrubando mais um, James gritou para a multidão:
- VAMOS EMBORA AGORA, QUERO TODOS FORA DAQUI JÁ!


Houve uma correria em direção aos portões, feitiços voavam para todos os lados, vozes confusas se misturavam aos farfalhares das capas. James agarrou Sirius pelo colarinho e correu, ambos eram os últimos dos Membros da Ordem. Um feitiço veio voando na direção deles, mas um vulto entrou na frente antes os atingissem, tato era o nervoso de ambos que nem perceberam o fato.


Cada um dos membros da Ordem ia aparatando, apenas um homem com um corpo inerte nos braços ficou nas sombras olhando atentamente para a batalha que ainda seguia, Sirius e James tentavam dar tempo para que os outros pudessem escapar era aproximadamente 10 contra 2, James olhou para fora do portão par ver se todos já tinham ido, mas...
- ARTHUR, O QUE VOCÊ AINDA ESTÁ FAZENDO AI? SAIA JÁ, LEVE DÉDALO COM VOCÊ!
O senhor Weasley apenas apontou para um corpo estendido no chão ao lado de Sirius, James olhou assustado, não podia ser o que ele estava fazendo aqui? Distraído, James teve o braço esquerdo atingido por um feitiço Diffindo. 
- JAMES, ACORDA VOCÊ ESTÁ NO MEIO DE UMA BATALHA, SABIA? 
- SIRIUS, DO SEU LADO... NÃO, OLHA NO CHÃO.
Sirius levou um susto, olhar o rosto do corpo caído a meio metro dos seus pés doía seu coração, ele ao menos tivera tempo de se desculpar. Se ele estivesse morto, Sirius nunca se desculparia por ter desconfiado dele, sentiria remorso pelo resto de sua vida.
- Aluado, você veio me salvar? – sussurrou baixinho, ainda olhando o amigo desacordado no chão.
- SIRIUS, PEGUE O ALUADO E CORRA, VÁ!
- NÃO! ELES QUEREM A MIM, NÃO A VOCÊ! VÁ VOCÊ JAMES EU PROTEJO A RETAGUARDA!
- CALA A BOCA ALMOFADINHAS, PEGUE O REMO E VAI EMBORA, EU TE ENCONTRO ASSIM QUE ACABAR COM ELES!
- Pontas... – Sirius tentava argumentar mais era inútil, ambos estavam a dois passos do portão da mansão dos Lestrange, Sirius já estava com o inerte Remo nos braços, olhava suplicante para o amigo, mas seria impossível os dois escaparem juntos, ainda mais com Remo.
- Vai logo Sirius, e se... e se eu não voltar proteja Lily e Harry pra mim – James deu um empurrão no amigo pra que ele fosse para fora dos terrenos da casa para poder aparatar.
Sirius se viu jogado através do portão, olhou resignado para o seu melhor amigo, segurou firme o corpo mole de Remo e começou a girar o corpo para aparatar quando viu um homem, branco como cera, surgido das sombras indo na direção de James, mas era tarde demais, pois já estava quase aparatando, a única coisa que ficou no ar foi seu grito desesperado:
- PONTASSSS!



Em algum lugar em Ottery St. Catchpole também ouviu-se um grito advindo de um pesadelo:
- JAMESSS!







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Espero que vocês tenham gostado desse capitulo, foi o maior da fic até agora, e o mais difícil de escrever, mas também é o que tem mais ação, espero que vocês tenham entendido. Eu demorei mais pra postar esse que os outros porque: 1. Ele é maior que os outros 2. Começaram as provas, ai já viu neh? 3. Eu não sou muito boa com cena de ação, mas espero que tenha ficado pelo menos entendível!! Cometem por favos, vocês não sabem como a opinião, os comentários e as sugestões de vocês me fazem feliz!! Bjãooooo Até a próxima! ^^

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