Correio-Coruja



Oi pessoas, Demorei, não é?? Desculpa gente, faltou inspiração!
Bom este capitulo terá muitas cartas, e os próximos pelo visto também, foi o jeito que arranjei para unir os pais e Harry. Se vocês acharem que ficou chato me avisem, que tento outra coisa.


Agradecimentos:


Bella Witch – Sua linda, não vou desistir, só ando meio lenta!! Fico feliz que tenha gostado!!


 


 


Correio-Coruja


 


Lily sorriu ainda segurando sua taça de vinho intocado.


- ... quando reparei os dois balaços vinham em minha direção – fez James com as mãos em punhos fechados e braços se fechando para que uma mão encontrasse com a outra – Então a única coisa que pensei  foi mergulhar, estendi o braço e os dois balaços explodiram bem acima de mim – ele fez um barulho de explosão com a boca e juntou as mãos espalmadas.


- E James Potter captura o pomo mais uma vez – disse Sirius com uma revista em formato de com, fazendo via de megafone – Hogwarts vai à loucura, Grinfinória campeão das casas!


- Olhem, lá vai ele – disse Remo depois de arrancar a revista de Sirius e apontar para a sua frente, como se narrasse algo ao longe. Ele estava sentado ao lado de Lily com Sirius no chão junto a James que estava apoiado nas pernas da esposa – Ele vai entregar o pomo para Lily Evans, garota de sorte. Oh não, isso é um tapa que eu vejo?


- Ah, calem a boca! – disse Lily vermelha observando os outros três gargalharem – Ninguém mandou ele roubar um beijo.


- Foi só um selinho, Lily – disse James rindo – Eu havia prometido que te dedicaria a vitória. Só me empolguei na comemoração, mas lembro de ter visto você guardar o Pomo com carinho.


- Tive que devolvê-lo a McGonagall. - disse Lily triste – Mas confesso que teria guardado, se pudesse.


- Minerva sempre estraga prazeres – disse Sirius – Mas sempre a favorita de James, você dedicou uma vitória a ela também, não?


- Sim, o campeonato do sétimo ano – disse James estufando o peito – Nunca vi a Minerva chorar tanto ao pegar o Pomo.


- Pelo que me lembre, ela lhe estalou um beijo na bochecha entre um abraço e outro – disse Sirius rindo maroto – Lily morreu de ciúmes.


- Morri nada! – disse ela fazendo beicinho.


James gargalhou, deu um selinho em Lily e voltou ao seu lugar.


- Só gostaria que ela deixasse Harry jogar em seu primeiro ano, ele ficaria tão feliz – disse James melancólico.


Lily ficou triste na menção de Harry, e ela não pode deixar de olhar pela janela em busca de alguma coruja do filho. E não foi em vão, pois avistou um ponto alvo vindo em direção a ela, Lily levantou tão rápido que acabou chutando James no processo.


- Hey, Lily! – reclamou ele, mas ao olhar para a esposa também viu a alva coruja e levantou em um salto, mal disfarçando a sua curiosidade e saudade do filho.


 - É Edwiges? – Perguntou ele, se aproximando da esposa.


Lily acenou positivamente sem tirar os olhos da coruja. Sirius e Remo riram em uníssono, mas também aliviados por notícias do menino.


- Você me deve um galeão, Moony – disse Sirius para o lobisomem.


- Caramba, custava esperar mais 10 minutos? – respondeu o maroto olhando no relógio e retirando um galeão do bolso e jogado para Sirius.


- O que vocês apostaram desta vez? – disse James desviando os olhos da coruja pela primeira vez e olhando para os amigos.


- Que não demorariam um dia para sentir falta de Harry – sorriu Sirius


- Claro que iriamos sentir falta de Harry – responde James com a testa franzida.


- Mas apostamos quando vocês iriam demonstrar isso – suspirou Remo.


- Ou seja, quando a máscara de pais descolados iria cair – terminou Sirius.


James mostrou a língua e voltou o olhar para a coruja que já estava entregando a carta a Lily. A ruiva tremia e tinha problemas em desamarrar o envelope. Edwiges foi para o poleiro e James tirou delicadamente a carta da mão da esposa, a levou para o sofá e sentou no chão pronto para ler, ele abriu e viu a letra do filho, bateu-lhe uma saudade, ele segurou as lágrimas e começou a ler:


- “Papai, mamãe, Sirius e Remo (se estiverem aí)”


- Eu acho que Harry nos conhece perfeitamente bem para saber que estaríamos aqui. – disse Sirius emocionado.


- “Hogwarts é incrível” – continuou James – “Vocês nunca me contaram que chegaríamos pelo lago, aliás Hagrid manda lembranças”.


- Qual seria a graça se contássemos tudo? – disse Sirius empolgado.


- Nem meus pais me contaram sobre o lago – disse James com os olhos brilhando – E foi melhor assim.


- “Nem que seriamos selecionados por um chapéu, Fred e George convenceram Rony que seria uma luta com um trasgo.”


- Pobre Rony, deve ter ficado sem dormir varias noites – disse Lily rindo.


- Bom, ele não deveria acreditar no que Fred e George dizem – disse Sirius – Ele conhece aqueles dois, era obvio que era mentira.


- Rony tem apenas onze anos e é completamente impressionado – disse Remo – Natural que acreditasse na opinião dos irmãos mais velhos.


- Então pedisse a opinião de Bill, Charles ou até Percy, mas não dos gêmeos – terminou Sirius.


- Rony errou em acreditar nos irmãos – disse Lily nervosa – Mas será que podemos deixar isso de lado e continuar a ler, quero saber para que casa meu filhote entrou?


- Achei que não fosse importante, Lily – caçoou Sirius, no que a ruiva mostrou a língua.


-“E adivinhem só. Entrei para a Grinfinória” – leu James comovido.


- EU SABIA!! – gritaram James e Sirius de alegria


Remo sorriu e bateu palmas juntamente com Lily que chorava e ria ao mesmo tempo, aliviada por Harry estar na sua antiga casa.


- “Somos Guerreiros, corajosos, campeões” – Cantaram James e Sirius como uma jinga escocesa, o antigo grito de Guerra de seu tempo de Hogwarts – “Quem manda é a casa dos Leões”.


Já pelo terceiro verso Remo cantava junto, todos os três de braços dados pulando pela sala. Lily gargalhava e fazia o rugido do leão quando a musica pedia.


- “Somos grandes e certeiros; Fortes companheiros; Se de pé, não vou cair; Ouça-me Rugir”.


Todos rugiram e caíram no sofá gargalhando.


- Precisamos mandar esta musica a Harry – disse Sirius – Me divertia horrores inventando novas estrofes para ela.


- A maioria delas indecente, Sirius – disse Lily sorrindo – Harry ainda não esta na idade de ouvi-las e, além do mais, estamos velhos, Hogwarts e a Grinfinória devem ter mudado muito estes últimos anos, esta canção deve estar completamente ultrapassada.


- Não seja estraga prazeres, Lily – disse Sirius se fingindo de bravo com a amiga – Continue lendo, James e depois me traga uma pena e um pergaminho, vou mandar a musica, Harry merece saber o melhor hino dos Leões.


James achou melhor mesmo continuar lendo, antes que Lily contra argumentasse.


- “Rony, Hermione e Neville também estão na Grinfinória.”


- Você me deve dois Galeões, Sirius Black – disse Remo contente.


- Em quem apostaram agora? – perguntou James divertido.


- Hermione e Neville – resmungou Sirius.


- Eu apostei que ambos iriam para a Grinfinória – disse Remo rindo recebendo dois galões de Sirius.


- Eu achei que Neville era Lufa-lufa e Hermione Corvinal – Sirius ainda disse emburrado – Ora vamos, ela é a menina de onze anos mais inteligente que eu conheci.


- Sim, mas bastante corajosa – disse Lily rindo – Foi mal, Almofadinhas, mas desta vez Aluado foi mais esperto.


- Eu sei Lily, já perdi, não precisa jogar na cara – resmungou ele.


- “Mas nem tudo é um máximo, o filho de Lucius Malfoy esta aqui. Sonserina, obviamente. Ele xingou Hermione no trem, mas fomos mais espertos, aliás obrigado Sirius, o feitiço foi bem útil.”


-Que feitiço, Black? – disse Lily nervosa.


- Nada demais, Lily – disse Sirius – Era só algo para ele se defender. E veja, foi útil!


- Sirius! – disse James em tom de aviso.


- Olhe não é nada demais, mesmo, nada que feriria outro aluno – disse Sirius emburrado – Harry vai precisar se defender, sabe quantos filhos de Comensais estão em Hogwarts? Além disso, Emelina estava fazendo a mesma coisa com Hermione, uma nascida trouxa, no estado de guerra em que estamos, tem que saber se defender, assim com um traidor de sangue e um mestiço como o Harry. Não vou deixar meu afilhado virar saco de pancadas.


- Isso é tudo culpa sua – disse Lily batendo na cabeça de James.


- Hey, por que culpa minha? Foi Sirius que ensinou o feitiço a ele – resmungou James.


- Brigar no primeiro dia, ainda no trem, com um sonserino – disse ela nervosa – Não sei, mas acho que já vi isso antes. Ele puxou isso de você.


- Com a diferença que eu era um idiota – disse James irritado – e ele estava defendendo um amigo.


- Querendo ou não, Lily, Sirius esta certo – disse Remo rindo – é bom que ele saiba se defender, e que eu me lembre já vi belas azarações suas nos corredores de Hogwarts.


- Inclusive em mim! – completou James – Não se preocupe, Lils, Harry é igual a você, aposto minha vida como ele só enfeitiçou o menino porque foi provocado. Mas se deixa feliz, vou conversar com ele.


- Eu sei que ele não fez por mal, eu sei. É que eu não sei se gosto desta mania de heroísmo dele – disse ela envergonhada – Tenho tanto medo que ele sei lá, saia por ai procurando encrencas, se metendo com alunos vais velhos.


James a abraçou consolando-a, não tinha argumentos, Harry tinha esta mania de herói que o deixava orgulhoso e pocesso ao mesmo tempo, ele suspirou e voltou a ler a carta.


- “Alias, Hermione também foi incrível, Emelina andou ensinando a ela fetiços bem legais, ela acha que Mione vai precisar, Neville disse a mesma coisa, parece que os Logbottons pediram para que ele tomasse conta dela”


- Não que ela precise – sorriu Sirius – Hermione sabe se defender.


- “Não que ela precise, Hermione é capaz de acabar com todos nós com as mãos nas costas, o que prova que pureza de sangue é uma burrice.”


- Ele tem um ponto! – sorriu Remo – Alice e Frank foram bem carinhosos em pedir que Neville cuidasse dela.


- Me sinto negligente – disse Lily –Hermione era minha responsabilidade, eu deveria ter pedido a Harry também.


- Lils, Harry não vai fazer melhor que ninguém, ele mal sabe desarmar alguém, por que aposto que não foi este feitiço que Sirius ensinou. – disse James olhando nervoso para Sirius – Harry vai tomar conta dela, mesmo se nós não pedirmos, ele sempre fez isso de uma forma ou de outra.


- Harry é um bom menino – concordou Remo.


- “Os professores parecem ser bem legais, claro que McGonagall parece bastente severa e dificilmente um aluno se atreveria a brincar com ela, exceto Fred e George, mas bem Fred e George são Fred e George.”


- Nós também costumávamos brincar com McGonagall – disse Sirius rindo.


- E ela costumava lhe dar coleções de Detenções – disse Remo.


- Mas éramos os favoritos dela – disse James rindo.


- Por que vocês eram os melhores alunos de transfiguração – disse Lily – Eu fico imaginando o que ela faria se soubesse que vocês são animagos.


- Provavelmente nos passaria um sermão daqueles e depois choraria de emoção – disse Sirius rindo.


-“Mas um dos professores não foi com a minha cara, eu acho. Percy disse que ele é assim com todos, mas ele pareceu não gostar de mim de verdade. Acho que vocês o conhecem, vi vocês falando dele no meu aniversario, mas gostaria de saber se o professor Snape não vai com a minha cara e se eu fiz algo errado?”


- Snape – disse James segurando a carta com força.


- Se ele  tocar em um fiozinho de cabelo de Harry – rosnou Sirius – só um fiozinho.


- James, Sirius – disse Lily irritada – Snape é professor de Harry agora, Dumbledore confia nele.


- Mas eu não confio – disse James a cortando – Ele pode até não ser mais um Comensal, mas sinceramente, Lily, você acha mesmo que ele vai tratar Harry como qualquer outro aluno?


- Claro que sim – disse Lily o encarando – Severo é adulto, sabe separar as coisas, Harry não é você, James.


- Eu sei, – respondeu ele nervoso e com uma pontada de ciúmes por Lily usar o primeiro nome do ex-melhor-amigo – você sabe que Harry não sou eu, mas ele sabe? Snape só vai me enxergar em Harry e vai odiá-lo pelo fato de ser meu filho.


- Harry é meu filho também, James – disse ela irritada – Caso você tenha esquecido.


- Eu não esqueci, Lils, meu ponto é que Snape não vai lembrar disso – disse ele encarando Lily – Ele me odeia, sinto muito, e Harry parece comigo, na aparência pelo menos.


- Você esta errado! – disse ela, enquanto isso Sirius e Remo acompanhavam a briga emcabulados, Sirius concordava enfaticamente com tudo que James falava enquanto Remo apertava os lábios querendo não se meter – Você é que não cresceu James, você que ainda enxerga Severo como seu inimigo pessoal.


- Lily, não seja cega, até Harry percebeu que Snape não gosta dele – disse James sacodindo a carta para ela – E sim, vou em defesa do meu filho se o Ranhoso encostar o dedo nele.


- Ele não vai fazer isso – disse Lily quase gritando – Harry esta enganado, Severo nunca foi de muitos amigos, Harry confundiu a seriedade dele com animosidade. Além disso, ele só esta impressionado com o que vocês contaram sobre ele.


- Vamos ver, Lily – disse James exasperado querendo encerrar a discussão – Vamos ver se Snape trata Harry com justiça . Se isso ocorrer serei o primeiro a dar o braço a torcer, agora se Snape tratar meu filho mal eu não respondo por mim.


- Ele não vai tratar MEU filho mal! – respondeu ela irritada.


- Se você precisar de ajuda James, estamos aqui. – provocou Sirius, que levou um olhar mortal de Lily.


- Cale a boca, Almofadinhas – disse Remo chutando o colega. – Mais alguma coisa na carta James?


- Sim – resmungou ele ainda bravo com Lily.


“O Salão comunal da grinfinória é incrível, mas vocês sabem disso, No meu dormitório, além de Rony e Neville, estão Simas Finnigan e Dino Thomas, parecem bem legais. Agora eu preciso ir, amanhã tenho aula e provavelmente irei me perder no caminho até o salão”.


Beijos, amo vocês.


Harry.”


- Eu também amo você, meu amor – sussurrou Lily para a carta. James a entregou para a esposa para que ela acariciasse como se fosse o filho e se levantou.


Foi a deixa para que Remo se levantasse e anunciasse a sua saída:


- Esta tarde – disse ele se espreguiçando – Você me acompanha Sirius?


- Acho que vou ficar mais um pouco – disse Sirius sentando no sofá preguiçosamente.


- Acordamos cedo, Almofadinas, Lily e James querem descansar, vamos – Remo falava entre dentes e quase matava Sirius com olhar. Como o amigo não demonstrou qualquer sinal de entendimento da sutileza. Remo se aproximou e sussurrou – Sirius estamos atrapalhando.


- Nunca atrapalhamos, Aluado – disse Sirius se soltando do amigo e olhando para James que demonstrava uma carranca – Quer dizer, talvez hoje estejamos mesmo.


Aluado suspirou resignado.


- Então, vamos?


- Sim, sim – Sirius se levantou e espreguiçou. Beijou Lily no rosto, a ruiva ainda permanecia sentada lendo a carta do filho absorta em cada letra, como se pudesse ver o menino – Tchau, Lils, não brigue muito com James.


Lily olhou para ele e piscou tentando entender o que o amigo disse, mas não respondeu apenas assentiu.


- Tchau, Pontas – disse Sirius abraçando James – Não perturbe muito a Lily.


- Ela precisa entender, Almofadinhas – respondeu ele.


- Ela vai acabar percebendo – disse Sirius – Quando Harry reclamar de Snape.


- Só espero que vocês estejam errados – disse Remo também cumprimentando James – Por Harry.


- Eu também, Aluado – respondeu James triste enquanto fechava a porta – Eu também.


- Eu vou me deitar – disse Lily indo para o quarto ainda abraçada com a carta do filho.


- Lils... – pediu James com a voz cansada.


- Não quero brigar James – disse ela sem de fato olhar para ele, mas parando antes de chegar a escada.


- Eu também não quero, meu amor – ele foi abraça-la – Entenda, eu estou me sentindo meio perdido, sem Harry pra proteger, acho que vivi tanto tempo em função disso que não sei como agir com ele em Hogwarts. Tenho medo de qualquer coisa e de todos, mas quero que Harry aproveite ao máximo, e sei que certas picuinhas fazem parte, então não sei o que fazer.


- Oh, James – disse Lily se virando e o abraçando. James viu que ela chorava – Eu sinto o mesmo, queria estar lá, ter certeza que ele esta bem, que Voldemort não vai tentar nada contra ele.


- Ele não é louco – disse James afagando os cabelos ruivos – Não embaixo do nariz de Dumbledore. Olhe, vamos fazer assim – ele segurou o queixo dela para que eles se olhassem nos olhos – Vamos para a Ordem amanhã, Dumbledore quer falar conosco, vamos conversar com ele sobre os esquemas de segurança de Hogwarts.


A ruiva sorriu e lhe beijou nos lábios se virando para subir as escadas.


- Não vai dormir? – perguntou ela.


- Vou responder Harry – disse ele se sentando novamente e pegando uma pena e um pergaminho - Queria encaminhar logo pela manhã.


- Não mande sem a minha – disse ela sorrindo e continuou indo para o quarto.


James suspirou. Não tocaria mais no assunto de Snape, mas não permitiria que o filho fosse prejudicado pelas suas próprias inimizades. Suspirou. Precisava transparecer tranquilidade e felicidade em sua carta para não assustar Harry. O exato contrário do que estava sentindo.


 


Lily acordou cedo, antes da luz do sol conseguir entrar em seu quarto. Antes mesmo de abrir seus olhos teve a consciência de James ao seu lado respirando calmo e pesarosamente, ela sorriu e pensou em ficar mais um pouco na cama, acordar com seu marido olhando para ela como sempre, mas pensou em Harry, seu bebê, ela riu sozinha ao imaginar a careta que ele faria se soubesse que ela estava pensando nele como um bebê.


Ela se levantou calmamente para não acordar James, passou as mãos pelos cabelos dele ainda o observando dormir e foi para a sala, sentou no sofá com pergaminho e tinha para escrever para o seu filho.


 


 


- Sirius, já de pé? – questionou Remo entrando na cozinha da Ordem e colocando uma carta em cima da mesa.


- Escrevendo para Harry – disse ele rindo e mostrando a carta semi-escrita – E você?


- Já escrevi – disse Remo mostrando a carta – E eu recomendo que termine logo, teremos uma reunião daqui a pouco.


- James e Lily virão? – questionou Sirius riscando uma frase inteira da carta.


- Sim – respondeu Remo se servindo com uma xicara de chá – Dumbledore quer falar com todos nós.


Depois de um tempo em silencio, Sirius disse:


- Aluado.


- Hum? – respondeu Remo por trás do jornal.


- Quando é a próxima lua cheia? – perguntou Sirius coçando o queixo com a pena.


- No próximo domingo – respondeu Remo franzindo a testa – Por que?


- Porque iremos visitar Harry, ora – disse Sirius sorrindo e voltando a escrever sua carta.


- Não vamos não – disse Remo irritado.


- Vamos sim – disse Sirius – Estou com saudades dele.


- Não vamos a Hogwarts, em lua cheia, lotada de alunos – Remo foi conclusivo.


- Isso nunca impediu antes, Aluado meu amigo – Sirius debochou dobrando a carta que encaminharia a Harry.


- Mas me impedirá agora – disse ele apontando para Sirius – Deveria ter mais cuidado com seu afilhado, Sirius e não coloca-lo perto de um lobisomem adulto.


- Não estou colocando Harry perto de um lobisomem adulto – disse Sirius – Você não é perigoso com a poção e eu e James estaremos lá, então não vejo problema. Já disse a Harry que nós iremos domingo.


- Você irá – disse Remo – Não farei parte disso.


Sirius deu de ombros e foi atrás de uma coruja, para anexar a carte dele e de Remo.


 


- Já de pé, meu amor? – disse James beijando o topo da cabeça de sua esposa.


Ela mostrou a carta que havia escrito a Harry e ela estava relendo.


- Não quis te acordar – disse ela simplesmente se levantando.


- Deveria – sorriu ele a beijando verdadeiramente – Me senti completamente solitário quando acordei só eu naquela cama.


- Coitado – disse Lily rindo, mas abraçando o marido – Pobre James Potter sozinho.


- Não zombe, Lily – disse ele apertando o nariz dela com o indicador a fazendo rir – Já perdi Harry, não me deixe perder você.


- Você não perdeu Harry – ela gargalhou – Não seja tão dramático, James.


- Perdi sim – disse ele triste – Ele logo vai virar aqueles adolescentes chatos, vou deixar de ser o herói dele e ele vai me trocar por um cantor destas bandas esquisitas ou um capitão de quadribol qualquer.


- Oh, meu Merlim, James – disse Lily gargalhando – Isto é crise de meia idade?


- Oh – ele respondeu encabulado – estou parecendo meu pai, não estou?


Ela riu concordando.


- Você nunca vai perder Harry, por Merlim, ele te adora – disse ela sem convencê-lo – Além do mais você foi o maior jogador de quadribol que ele conheceu, você, Sirius e Remo são quase uma banda esquisita e você é um animago. Quase o herói perfeito.


- Quase? – questionou ele rindo.


- Sim, quase – disse ela dando multiplus beijinhos nele – Você... é... o... pai... dele... – dizia ela pontuando cada palavra com um beijo – E... vai... dar... uma bronca... por ele... brigar... no trem. Nenhum herói faz isso.


- Pedindo assim... – disse ele sorrindo para ela e aproveitando os beijos – Já escrevi para ele ontem o recriminando por isso.


- Excelente – disse ela animada subindo para o quarto – Vou me trocar para irmos para a Ordem.


- Ah, qual é, Lily – disse ele indignado indo atrás dela – Você não pode me comprar por algo que eu já havia feito e me deixar sozinho aqui, volta.


Ouviu-se umas risadas no andar de cima e os Potters chegaram atrasados na reunião da Ordem hoje.


 


- Obrigada por virem – disse Dumbledore depois que últimos dois chagaram arrancando risadinhas de Sirius – Quer apenas comunica-los que estarei depositando em Hogwarts um objeto de valor inestimável este ano. Pertence a um grande amigo meu e estamos receosos que Voldemort queira este objeto. Providenciei as melhores proteções possíveis, tanto no castelo quanto sobre o esconderijo.


Todos olhavam atentos para o diretor, todos querendo perguntar que objeto era mas não o fizeram.


- Peço que não se preocupem – disse Dumbledore – E aqueles que tem filhos em Hogwarts, os filhos de vocês foram avisados e peço que reforcem para mantermos a segurança.


- Professor – perguntou  James – Os meninos não correm nenhum risco, não é?


- Claro que não, Sr. Potter – respondeu o diretor com um leve sorriso – Não colocaria minha escola em risco.


- Certo – disse James com a boca seca – Não quis ofender, mas com a posição delicada de Harry e tudo mais...


- Você subestima seu filho, James – sorriu Dumbledore – Mas dou minha palavra que Harry esta sobre meu controle pessoal.


James assentiu agradecido e sentiu Lily segurar sua mão com força.


- Outra coisa, Diretor – disse Sirius olhando nervoso pra James e Lily e depois voltando para velho senhor – Recebemos uma carta de Harry ontem...


- Achei que receberiam – sorriu Dumbledore.


- Bem, recebemos. E, Dumbledore, Snape... – ia dizendo Sirius.


- Não vou discutir Snape aqui, Sr. Black – Dumbledore suspirou cansado – Confio em Severo, ele é o meu professor e vai continuar sendo. E se eu fosse vocês não deixaria as velhas picuinhas de escola influenciarem Harry, Snape é professor dele e nem ele nem eu aceitaremos insubordinações de qualquer aluno.


- Harry vai respeitá-lo, Professor, pode ter certeza – disse Lily olhando feio para o marido e Sirius.


- Tenho certeza que sim, Lily – disse Dumbledore – Mas antes que eu vá, quero que vocês se organizem para rondas por Hogwarts, mas não deixem os meninos perceberem. Tenho certeza da segurança, mas temo que talvez Voldemort tenha se tornado muito ousado.


Todos concordaram. Dumbledore foi embora os deixando na Ordem. Discutindo a escala de rondas em Hogwarts.


- Vamos domingo – disse Sirius resoluto.


- Não, não vamos – disse Remo nervoso.


- Vamos sim – contradisse Sirius.


- Sirius eu não vou este domingo – disse Remo resoluto – Vá com James, eu vou com Lily na próxima semana.


- Por mim esta ótimo – disse Lily – Só não confio muito nestes dois juntos.


- Não vão fazer nada, não é Sirius – disse Remo com os olhos arregalados para o amigo – Não queremos que Harry aprenda nada que não deva.


- Isso mesmo – disse James se apressando e chutando Sirius – Além disso estamos bravos com Harry.


- Estamos? – perguntou Sirius.


- Sim estamos – respondeu James – Por brigar com os coleguinhas no trem.


- Mas era o Malfoy... – disse Sirius – Não tem como ficar bravo com isso?


- Viu, Lily – disse James – Sirius tem um ponto...


- Você sabia, Remo – Lily sorriu vingativa ignorando o marido – Que James esta morrendo de medo de deixar de ser o herói de Harry?


- Lily, sua traíra – disse James apertado os olhos para ela em meio às gargalhadas roucas de Sirius.


- Isso é crise de meia idade, Pontas? – Disse Sirius ainda em meio as gargalhadas.


               


Harry estava passando um ótimo dia na escola, já não se perdia tanto para chegar nas aulas. No fim do dia enquanto estava na torre da Grinfinória junto com Rony e Hermione chegaram duas corujas brigando para quem era atendida primeiro.


- São Edwiges e Terminator – disse Harry se levantando para recolher as cartas.


- Terminator? – perguntou Rony confuso.


- A coruja de Sirius – sorriu Harry.


- Sirius sabe que o nome da Coruja é o nome de um filme trouxa? – perguntou Hermione assutada.


- Claro que sim – disse Harry como se fosse comum – É o filme favorito dele. A antiga coruja dele se chamava Sarah Connor.


Hermione suspirou indignada. Mas sorriu quando viu o amigo com quatro cartas nas mãos.


- Todos eles te mandaram cartas? – Perguntou ela sorrindo.


- Eles devem estar sentindo sua falta para caramba – disse Rony – Você não saia de casa.


- Só espero não estar encrencado – disse Harry olhando para as cartas – Fiz a besteira de dizer que azaramos Malfoy no trem, mamãe disse que iria me buscar se recebesse alguma reclamação minha.


- Mas ninguém reclamou – disse Rony – reclamou?


- Vou ler a do papai, primeiro, e vamos descobrir – disse Harry.


“Filhão,


Grinfinória!! Eu sabia! Parabéns, De meus parabéns a Hermione, Rony e Neville por mim. Hogwarts é mesmo incrível, espero que você se divirta muito.


Minerva é a melhor professora de todas, mas, se eu fosse você, não a testaria, ela é maravilhosa, mas imensamente justa então até que ela confie em você não abuse.


E que história é essa de feitiço? Vou ter uma conversa séria com Sirius. Não quero ver você azarando Sonserinos nos trens e corredores. Não de a eles motivos para você virar um alvo, mas estou orgulhoso que tenha defendido Hermione.


Harry, falando sério agora, não se meta em encrencas, não procure por elas, não se meta em brigas e me avise de qualquer coisa esquisita que ver ou ouvir. Quero saber de tudo que ocorre ai.


Se cuida filhote e mande noticias.


Com carinho,


Seu Pai.


PS: Insista com minerva para que você entre no time de quadribol, ela estará perdendo um excelente jogador se não fizer isso.”


- Papai me deu bronca por azarar Malfoy? – perguntou Harry indignado – Depois de tudo que ele aprontava na escola?


- É o que os pais fazem – disse Hermione.


- E eu não vou contar tudo que acontece aqui para ele – disse Harry nervoso – Sei resolver meus problemas sozinho.


- Seu pai só quer te proteger – disse Rony.


- Não preciso de proteção – disse ele – Sei me virar. Não me virei sozinho quando fugi de casa e voltei? Estou em Hogwarts não tem lugar mais protegido, cansei de ser tratado como um bebê pelos meus pais. Se a carta de papai foi assim quem dirá a de mamãe.


Harry abriu a carta de Lily.


“Harry, meu amor


Estou morrendo de saudades de suas, hoje fiz sua torta favorita para o jantar e só depois me lembrei que não adiantava porque você não estaria aqui.


Eu sei que você não quer ouvir isto Harry, mas não se meta em encrencas, sei que estava defendendo sua amiga, mas não quero você envolvido em nada perigoso, principalmente com Malfoy.


Sirius vai ouvir muito ainda por te ensinar azarações.


Só se cuide, meu bebê. Preste atenção nos professores e os respeite, todos eles. Não ligue para o que seu pai diz, e muito menos para o que Sirius diz. Snape é um ótimo preparador de poções, o melhor em nossa época, será um excelente professor, então o respeite e preste atenção nas aulas dele, não deixe o preconceito te afetar.


Ele e James não eram muito amigos quando novos, ele vai perceber que você não é seu pai, então logo esta animosidade passa.


Estou muito feliz por ter entrado na Grinfinória, mande meus parabéns a Neville, Hermione e Rony.


Te amo querido e mande noticias.


Sua mãe.


PS: Fique de olho em Hermione por mim, e se caso algo acontecer conte aos professores. NÃO SE META EM ENCRENCAS.”


- Quem eles pensam que eu sou? – perguntou Harry aos amigos – Não é como se eu saísse por ai procurando alguma coisa.


- Não – disse Rony com bocejando – Mas elas sempre acabam te encontrando, não é?


Harry riu. Hermione ofereceu as outras duas cartas:


- Remo ou Sirius?


- Remo – respondeu Harry de mau humor – Se eu vou levar bronca que sejam todas de uma única vez.


Hermione gargalhou e lhe passou a carta de Remo.


“Harry,


Como estão as aulas? Hogwarts foi a melhor época de minha vida, acredite. Então aproveite muito.


Sei que não tenho o direito de te pedir para não aprontar, já que não fui o melhor exemplo em minha época, queria ter falado com você pessoalmente, mas parece que o seu pai não quis te manter perto de nós este ultimo mês.


Harry, eu sei que Sirius lhe contou sobre Voldemort anos atrás, e isto não mudou, ok? Então não corra risco desnecessário, ele com certeza estará esperando um deslize nosso, isto inclui Dumbledore, para que ele consiga eliminar o que você virou.


Eu sei que seus pais vão lhe dar bronca por isso, mas vou aproveitar a minha posição de tio postiço e parabeniza-lo pela azaração, Sirius finalmente acertou em algo, eu queria ter pensado nisso. Mas não se exponha demais, use apenas para a sua proteção e de seus amigos.


Bom, tenho que ir, parabéns pela Grinfinória, mande lembrança aos outros.


Abraços,


Remo Lupin


PS: Não ouça Sirius, ele costuma acertar somente uma vez por ano.”


- Remo foi bem bacana – disse Rony.


- Sim – respondeu Harry – ele pelo menos entende que não pode me dar broncas.


- Mas ele tem razão, Harry – disse Hermione – Quer dizer se você-sabe-quem realmente quer você ainda, então temos que ficar de olho e ter cuidado.


- Estamos em Hogwarts, Hermione o que pode acontecer de ruim? – disse Rony a contrariando.


Harry ignorou o que parecia ser o inicio de uma briga dos dois e pegou a carta de Sirius.


“Filhote,


Grinfinória!!!! Eu sabia, eu disse a você. Bem vindo aos Leões! Agora ganhe esta taça das casas e por favor entre para o time de quadribol, quero ver James humilhado com todas as quebras de recordes dele.


Harry, não mande mais em suas cartas que você anda azarando alguém, dormi esta noite com a voz doce e delicada de sua mãe ecoando em meus tímpanos. Mas me conte, Malfoy ficou muito ruim? Ótimo primeiro alvo, eu não podia estar mais orgulhoso.


Não deixe o seboso do Snape te prejudicar, se ele sair um pouquinho do ponto me diga, seu pai e eu iremos nos ver contra ele. Ele é um idiota, não sei como virou professor, mas não ligue para ele, vou te vingar se ele fizer alguma coisa.


Remo quer que eu te diga para você tomar cuidado e bla bla bla, Para todos os efeitos eu fiz isso, ok?


Se divirta, filhote!


Domingo estaremos ai, é lua cheia.


Até lá então.


Seu padrinho incrível e maravilhoso,


Almofadinhas.


PS: Segue o hino que costumávamos cantar na nossa época de Hogwarts.”


Seguia uma pagina de pergaminho com estrofes engraçadas de um hino de quadribol. Harry leu e passou para os amigos e esperou Rony parar as gargalhadas depois de ler uma estrofes nada ingênuas.


- Eles vem para lua cheia? – perguntou Hermione temerosa – Quer dizer estamos com aulas e...


- Remo não é perigoso – disse Harry ofendido.


- Ora Harry ele é um lobisomem, não é como se ele de fato quisesse machucar alguém – disse Rony.


- Ele não machucaria ninguém – disse Harry bravo – Ele passou sete anos como lobisomem em Hogwarts e nada aconteceu. Acharia incrível se eles viessem.


Os dois se olharam temerosos, mas não disseram mais nada com medo de ofender a Harry.


- Sirius foi descuidado – disse Hermione com cuidado – Quer dizer ele sabe que você-sabe-quem esta atrás de você e...


- Voldemort – interrompeu Harry – Quando vão aprender a chama-lo pelo nome.


- Você é corajoso – disse Rony que havia tremido ao ouvir o nome do lorde das trevas.


- Não, não sou – disse Harry – Mas que mal pode ter em chama-lo pelo nome que ele tem? Quer dizer, ele não vai sair de um arbusto e me matar a cada vez que pronuncio o nome dele. E Sirius sabe disso, por isso não faz escarcéu como os outros.


- Seus pais só querem te proteger – disse Hermione cansada.


- Eu sei, Hermione – disse Harry frustrado – Só queria que eles vivessem um pouco agora que estou aqui, Papai não sai de casa há anos e bem eu achei que eles iriam aproveitar que não sou mais um fardo.


- Você não é um fardo – disse Hermione enfática.


- Sou sim, Mione – disse ele – Mas parece que ficaram ainda mais preocupados e paranoicos.


- Bom pelo menos eles estarão aqui domingo – disse Rony o consolando.


- Sim – disse ele triste olhando para as cartas em suas mãos – Se eu sobreviver a aula de poções na sexta.

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Comentários (3)

  • Luiza Snape

    Menina que fic é essa um sucesso!!! to adorando!!! Continue por favor!!! E por favor não demore com os capítulos, adoro eles assim bem longos! 

    2016-02-03
  • Bella Witch

    Caramba, não sei nem o que dizer, pensei que não fosse mais postar, você não pode nem imaginar a minha alegria ao ver que você tinha postado um capítulo novo! Então, eu não sei se você aceita sugestões, mas vou dar assim mesmo!A ideia das cartas é incrível, mas se você não mostrar como as coisas acontecem, e só falar nas cartas, a história vai perder o sentido! Mande cartas do Harry para os pais, Sirius e Remo e mostre as reações deles, envie as respostas e mostre como Harry reagirá! Mas sempre escreva os acontecimentos, principalmente se for algo que você mudou da história original!É isso!Espero ansiosamente pelo próximo capítulo! 

    2016-02-03
  • Ana Marisa Potter

    Como sempre um capitulo maravilhoso continua assim e cada vez que ler um Cap seu terei que arranjar um stok grande de lençóis ora me emociono ora morro de Rincón os marotos e Lily. Adorei a tua ideia de ligar os marotos e Lily através de cartas.Espero atenciosamente pelo próximo capítulo.

    2016-02-01
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