Malões e Feitiços



Amados Leitores, desculpa a demora, estava de viagem. Segue um capitulo um pouco menor. Espero que gostem!


Ana Marisa Potter. Sua fofa, obrigada por ler esta fic e por comentar. Desculpa a demora. Fico feliz que tenha se emocionado, não sou cruel sempre, acredite. Beijos


Arthur Lacerda – Obrigada pelos elogios, vou fazer de tudo para manter suas expectativas, obrigada por ser este leitor tão querido. Vocês me movem para continuar.


 


Boa leitura!


 


Malões e Feitiços


 


O mês passou muito rápido para os padrões de Lily, ela tinha que conviver todos os dias com malão de Harry aberto e sendo arrumado para o embarque em primeiro de setembro, as vezes Lily ficava observando o seu filho, escondida, ele olhava para o malão encantado, vez ou outra folheava um livro ou agitava a varinha, provavelmente se imaginando executando inúmeros feitiços. Nestas horas Lily não podia deixar de não se alegrar com a partida do filho. Porém, eram só nestas horas, ela ainda estava temerosa por Harry ir a Hogwarts, nada impediria Voldrmort de atacar a escola, além disso sentiria a falta do filho.


- Harry – Lily chamou pelo filho na porta do quarto. O menino estava rearrumando o malão pela última vez – Voltamos da Ordem. Está tudo bem por aqui?


Lily e James vinham participando com mais frequência da Ordem, já que Harry, o motivo de toda a proteção, estaria no castelo em breve. Harry não ia para Ordem nestas ocasiões, aliás ele não ia a lugar algum há um mês, este foi o castigo por ter fugido de casa.


- Está, mamãe – disse Harry sorrindo para a ruiva e se levantando antes de uma última olhada preocupada para o malão – Alguma novidade na Ordem?


- Nenhuma que você deva saber – respondeu Lily marota e com um último olhar desconfiado para o malão do garoto, continuou – Vamos descer, Sirius e Remo vieram conosco, vão dormir aqui para levarmos você amanhã.


Harry sorriu, fazia um mês que não via Sirius e Remo, achava que seu pai estava encarando a amizade do filho e do padrinho ameaçadoramente perigosa para a criação de ideias travessas na cabeça do menino. Harry concordava, Sirius tinha as melhorias ideias no quesito de quebrar regras.


Lily e Harry saíram do quarto. Ao descerem as escadas encararam James e Remo olhando as plantas de algum lugar, Lily encarou ambos com um olhar tão irritado que James recolheu rapidamente a planta, a enrolando, e com um aceno da varinha fez com que desaparecessem. Mas Harry não se deu conta olhava para o sorriso do padrinho, iluminado só de encontra-lo.


- Filhote! – disse Sirius sorrindo e indo em direção ao afilhado – Cada dia mais parecido com seu pai, lembro como se fosse hoje de quando encontrei James no trem. Magrelo e de cabelos bagunçados.


Harry abraçou o padrinho e sorriu ainda mais. Adorava ser comparado ao pai.


- Sirius, estava com saudades – Harry então abaixando mais o tom de voz para que só o padrinho ouvisse – Preciso que me ajude a esconder a vassoura no malão.


Os olhos de Sirius se iluminaram divertidos, como se fosse ele que estava cometendo uma travessura, e sorrindo para Harry acenou positivamente. Lily olhou desconfiada para ambos, iria chamar a atenção deles mas foi interrompida por Remo.


- Harry, quanto tempo – Remo disse alegre, o menino olhou para ele sorrindo – Caramba, Sirius tem razão, vocês está igual ao seu pai com a sua idade.


Harry surpreendeu Remo com um abraço. O maroto de cabelos grisalhos olhou para James surpreso, Harry não costumava o abraçar assim, geralmente estes gestos eram direcionados a Sirius. James devolveu o seu olhar com um sorriso orgulhoso do filho. Harry se desfez do abraço e sorriu ao ver a alegria de seu pai.


- O seu malão já está arrumado, Harry? – perguntou James divertido porém com um tom de ironia. Ao ver Harry acenar sério e os amigos lhe olharem interrogativamente, disse – Faz uma semana que Harry está arrumando este malão, perdi as contas de quantas vezes ele já tirou e colocou tudo lá dentro.


- Não implique com o menino, James – disse Lily interrompendo a gargalhada de Sirius e Remo – ele só está ansioso – ela olhava carinhosa para o filho – E que bom que ele está arrumando o malão, não corre o risco de esquecer nada.


- Ora, se esquecer algo mandamos pela, Artêmis. – disse James divertido bagunçando o cabelo do filho – Mas entendo Harry, eu quase não dormi antes de ir pra Hogwarts.


Harry instintivamente levou a mão nos cabelos tentando arrumá-los após seu pai bagunça-los e sorriu, sentia que também não ia conseguir dormir aquela noite de tão ansioso que estava para ir para Hogwarts. Ainda não acreditava que o pai havia deixado o menino frequentar a escola, principalmente depois da fuga.


- Te entendo – disse Lily sorrindo, também não tinha dormido na véspera de Hogwarts – Mas Harry precisa dormir, amanhã vai ser um dia bem cheio, quero sair cedo. Então mocinhos, já pra cama.


Harry murchou, não se sentia com a mínima vontade de dormir. James, Sirius e Remo estavam com o mesmo sentimento, mas foram arrastando os pés aos seus respectivos quartos, Sirius, como sempre, dormiria no sofá.


Harry entrou no seu quarto, riscou o dia 31 de agosto de seu calendário improvisado que fazia contagem regressiva até a ida para a escola. Deitou na cama e ficou olhando para o teto imaginando a sua vida no colégio, fora de sua casa. Se imaginou jogando quadribol, fazendo feitiços, ganhando a taça das casas. Perdeu a noção da hora se imaginando em Hogwarts, mas seu devaneio foi interrompendo por alguém entrando sorrateiramente pela porta, Harry resolveu fingir que estava dormindo, mas sentiu que quem tivesse entrado estava chutando seu malão, ouviu um “shiu” sussurrado. Harry percebeu que eram dois invasores e não um, e resolveu se levantar e pôr seus óculos.


- Harry – sussurrou um dos invasores – ainda acordado?


- Shiu, Sirius – disse o outro – Vamos acordar James e Lily assim.


- Remo, Sirius – sussurrou Harry – O que vocês fazem aqui?


- Almofadinhas disse que você precisava de ajuda com uma vassoura – Harry não podia ver mas sentia que Remo sorria marotamente – Onde ela está?


- No armário – respondeu o menino alegre – na parte de cima.


Sirius abriu o armário e pegou a vassoura. Ao fazer isso a capa da invisibilidade caiu, Srius pegou a capa e sorriu.


- O quão desperdício seria se Harry não levasse a capa? – perguntou ele ao sussurros enquanto Remo abria uma bolsinha de couro e jogava um feitiço de extensão nela – Quantas coisas fizemos ainda no primeiro ano com a capa de James, quantas possibilidades.


- Não sei, Almofadinhas – disse Remo pegando a vassoura do amigo e colocando dentro da bolsa de couro, que agora era maior por dentro. – A vassoura é uma coisa, mas a capa, não acho seguro.


- Vamos, lá Aluado – Sirius sorriu piscando para o afilhado – O que Harry pode fazer com a capa, além de roubar comida na cozinha?


- O que nós fazíamos. – respondeu Remo – Sair da escola, por exemplo.


- Ele não vai fazer isso, não é, Harry? – mas o tom do padrinho era de que estava implorando para o afilhado fazer exatamente o contrário – Além do mais, a falta da capa de James nunca foi um impeditivo para nós aprontarmos.


Remo olhou sério para o amigo em silêncio, depois olhou para Harry. Se o menino tivesse os genes de James para entrar em confusão com certeza levar a capa seria uma completa loucura, mas os anos de convivência com o menino mostraram a Remo que Harry tendia a ser muito mais sensato que seu pai. Agradecendo mentalmente a Lily pelos genes passados a Harry, concordou com Sirius. Olhando para o menino disse:


- Promete se comportar e não fazer nada perigoso? – Harry assentiu – Ok! Me dê esta capa, Almofadinhas.


Sirius entregou a capa ao amigo com um sorriso gigantesco nos lábios.


- Este é o Aluado que eu conheço – disse Sirius alegre.


Fez-se um barulho no quarto ao lado, os três se olharam. Remo colocou a capa dentro da bolsinha de coro, e a bolsinha, por sua vez, dentro de uma par de meia escondido no fundo do malão.


Sirius abriu uma fresta na porta mas não viu ninguém, acenou para Remo que saiu do quarto. Com uma última olhada para o afilhado Sirius disse:


- Até amanhã, filhote – e sorrindo saiu do quarto deixando um Harry encantado para trás.


 


Depois de um tempo Harry conseguiu dormir, mas acordou muito cedo, antes do sol nascer completamente. Edwiges havia voltado e piava carinhosamente para o dono. Harry levantou sorrindo, acariciou a coruja e trancou sua gaiola para a viagem. Lembrou do que ocorrera a noite, sorrindo verificou o malão e o trancou, a bolsinha de coro permanecia lá.


O menino trocou de roupa, uma calça jeans e uma camiseta, apesar de estar ansioso para colocar as vestes bruxas, resolveu chegar com roupas trouxas na estação! Tentou assentar o cabelo, mas suspirou cansado, era impossível, por isso desistiu. Saiu do quarto, a casa estava em silêncio, mas o quarto dos pais estava vazio, assim Harry resolver descer de uma vez. .


Ao chegar à cozinha Harry viu o pai acalmar a sua mãe que estava chorando, o menino se assustou, mas a mãe se desvencilhou do abraço rindo de alguma piada do pai. Harry se sentiu seguro a entrar na cozinha.


 


 


James e Lily havia acordado cedo e estavam na cozinha preparando o café, até que Lily começou a chorar, James levantou e a abraçou.


- O que foi meu amor? – perguntou ele – Aconteceu alguma coisa?


Lily negou com a cabeça, mas as lágrimas continuavam a cair.


- É Harry, não é? – disse James carinhoso – Ele vai ficar bem, ele é mais forte que nós, mais corajoso que nós. Dumbledore vai cuidar bem dele.


- Mas vou sentir tanto a falta dele – disse ela.


- Eu sei – respondeu James com uma pontada triste na voz – eu também. Mas no Natal ele voltará. E algo me diz que ainda vamos receber muitas cartas sobre ele.


- Como assim? – respondeu Lily encarando o marido desconfiada.


- Desculpe, Lily – ele disse em tom de troça – mas Harry puxou meu lado maroto. E acredite, perdi as contas de quantas cartas de Hogwarts meus pais receberam. Minha mãe parou de contar quando eu ainda estava no terceiro ano.


- Que Merlin me proteja – disse ela rindo.


 


Harry entrou na cozinha interrompendo o abraço dos pais, viu pelo canto do olho sua mãe enxugar uma lágrima discretamente e substituir por um sorriso, muito mais típico.


- Acordou cedo, filho – disse James sorrindo – ou nem dormiu?


- Dormi – respondeu Harry – mas vocês disseram que eu teria que acordar cedo, então... – o menino deu de ombros – Está tudo bem, mamãe?


- Sim, meu querido – respondeu Lily travessa – Só que já estou sentindo falta do meu bebê.


Harry fez uma careta arrancando risada dos pais e de Remo que vinha descendo as escadas.


- Bom dia, família – disse ele alegre e piscando para o menino perguntou – dormiu bem, Harry?


- Sim, tio Remo – piscou de volta o menino – e você?


- Maravilhosamente, Harry – disse Remo se sentando e sorrindo – maravilhosamente.


James conhecia aquele sorriso de Remo, sete anos de escola o possibilitara conhecer bem o amigo, por trás do senso de responsabilidade de Remo havia um maroto. Quando James estava prestes a questionar o motivo da felicidade, Sirius entrou na cozinha bocejando!


- Quando vocês disseram que iam acordar cedo não imaginei que seria de madrugada – disse Sirius mal humorado.


- Bom dia, Almofadinhas – disse Lily sorrindo – O sofá estava muito ruim?


- Nunca, Lily – disse ele sentando e se equilibrando em apenas duas das pernas da cadeira, jogando o cabelo para trás – seu sofá e eu temos uma relação longa e duradoura, nós nos entendemos!


Todos riram, o clima estava ótimo. Harry quase sentia pena de partir e não ver mais os pais, o padrinho e Remo com tanta frequência. O café da manhã foi servido e todos comeram alegremente, até que Lily se deu conta da hora.


- Nossa, são quase oito e meia – disse Lily se levantando – queria sair as nove. James você ajuda Harry a trazer a mala para baixo. Vamos de noitebus.


James e Harry subiram até o quarto para trazer o malão. Sirius e Remo foram a trás, se olhando apreensivos. James desconfiou e olhou para o filho que estava estranhamente calado. James pegou o malão, ainda desconfiado, mas foi interrompido por Sirius.


- Deixa que eu carrego, Pontas.


- Pode deixar, Almofadinhas – disse James e depois olhando para o filho – Onde está a sua vassoura?


- Eh, bem – o menino disse  envergonhado para o pai – no armário?


- Harry... – James chamou a atenção do filho, muito sério.


- Está no malão, James – disse Remo – eu e Almofadinhas resolvemos esconder a vassoura, Harry não teve culpa...


- Deixa tio, Remo – interrompeu o menino – Eu pedi pra eles me ajudarem a esconder a vassoura, pai. Está no malão.


- Que bom – sorriu James maroto – achei que teria que fazer isso sozinho, escondido de Lily.


Os quatro gargalharam. Ainda riam enquanto desciam as escadas, James carregava o malão Sirius e Remo vinham logo em seguida com Harry em seu encalço.


Foi a vez de Lily desconfiar.


- James, abra este malão – disse Lily assim que o quatro chegaram no térreo.


- Lils, não temos tempo para isso – disse James com sua melhor cara de pau – precisamos pegar o ônibus.


Abra o malão – Lily gritou irritada – não me force a azara-lo, Potter.


James olhou para os amigos. Remo estava assustado, Sirius estava em misto de divertido e temeroso, mas Harry estava calmo. James voltou os olhos para esposa que estava agora batendo a varinha ritmadamente na sua outra mão. Ele suspirou, pôs o malão no chão e o abriu, dando espaço pra que a mulher olhasse.


- Accio vassoura – disse Lily apontando a varinha. Ela percebeu que a respiração de James, Harry e Sirius ficou suspensa, mas nada aconteceu. O que ela não percebeu foi um pequeno sorriso de Remo.


- Você é um gênio, Reminho – sussurrou Sirius. Remo não pode deixar de sorrir. Porém o gesto não passou despercebido por Lily, mesmo não ouvindo o comentário do amigo, conhecia aqueles três há anos.


- Eu posso revirar está malão, sem o menor problema – disse ela irritada – posso demorar o tempo que for, ainda não estou completamente convencida de Harry deveria ir para Hogwarts mesmo. Então, vão me contar onde está escondida esta vassoura ou vão me fazer procurar?


James suspirou e passou as mãos no cabelo, Remo olhou para ela assustado, Sirius assumiu seu olhar mais arrogante desafiando a ruiva a cumprir a ameaça. Mas foi Harry que tomou a primeira atitude, achando que Hogwarts não valia uma vassoura, se adiantou e buscou o par de meia que enrolava a bolsinha de couro ignorando o gemido de Sirius, entregou-a para a mãe.


Lily pegou, quase com pena, a bolsa de couro das mãos de Harry. Ele não tinha um olhar triste, apenas decidido, não estava com medo da bronca dela e sim ciente das consequências. Não pode deixar de admirar a coragem e sinceridade do filho, mas precisava seguir em frente. Harry não iria começar Hogwarts desrespeitando meia dúzia de regras, ele teria que se esforçar mais para isso.


A ruiva abriu a bolsinha de contas e tirou de lá a vassoura de Harry. Sirius gemeu chateado. Ela encarou os quatro a sua frente vitoriosa.


- Ok, Lily, você achou – disse James deixando transparecer o mau humor pela esposa ter descoberto a travessura – podemos ir? Vamos chegar atrasados se não fomos agora.


- Só mais um minuto, James – disse Lily sacudindo a bolsinha, colocou a mão dentro dela de novo e encontrou a capa. Seu semblante, que antes aparentava um sorriso vitorioso, mudou drasticamente. Ela agora ficou irritada e decepcionada. Retirando a capa disse – achei que tínhamos conversado sobre isso. Como você pode tentar contrabandear a capa para que Harry a levasse? Achei que estava ciente dos riscos.


- Eu... Eu não sei como ela foi parar aí – disse James confuso e irritado.


- Fomos nós, Lily – disse Remo – Tanto a capa como a vassoura, fomos eu e Sirius que as escondemos. James não sabia de nada.


- Como você pode, Remo? – disse Lily triste – depois do que Harry fez. A vassoura eu entendo, mas a capa... Esperava isso de Sirius – Lily ignorou o resmungo indignado de Sirius - não de você.


- Não culpe o tio Remo, mamãe – disse Harry – a culpa foi minha, eu que pedi para me ajudarem a esconder. Eu sei que estou errado e mereço mais um castigo, mas preciso ir pra Hogwarts – o menino quase suplicava.


- Ok, ok. – disse Lily se agitando. Não queria castigar Harry, sabia que James, Sirius e Remo dariam um jeito de contrabandear a capa e a vassoura, mesmo quero menino não pedisse, além disso a sinceridade de Harry a comovia – Feche o malão, por favor, James. Vamos pegar este ônibus que estamos atrasados. Na volta guardo está capa e está vassoura. E o senhor, Harry James Potter, se eu receber uma carta, uma cartinha se quer, de um mal comportamento na escola, vou eu mesmo te buscar e te trazer de volta para esta casa.


Harry assentiu assustado. James sorriu internamente, achando que muito provavelmente esta decisão de Lily seria testada em breve. Harry tinha um dom natural para arrumar confusão.


O malão finalmente foi fechado, já sem a vassoura e a capa e os quatro saíram de casa formando um grupo particularmente esquisito. James e Lily iam ligeiramente na frente, cada um de um lado de Harry, que por sua vez carregava Edwiges. Sirius, que carregava o malão, ia atrás juntamente de Remo. Todos os quatro seguravam firmemente as varinhas por dentro das vestes. Ao chegarem na praça principal de Godric’s Hollow James esticou a varinha e, menos de um minuto depois, apareceu um ônibus roxo berrante.


- Olá, eu sou  Stanislau Shunpike, e este é o nôitibus andante – e parando para olhar os passageiros disse contente – Neville, você de novo.


Harry sorriu amarelo, tudo o que menos queria era lembrar sua mãe, já irritada, da sua fuga desastrosa há um mês atrás.


- Muito bem, ele de novo – disse Sirius apressado, não era seguro ficarem muito tempo parados – Agora vamos, queremos ir para estação King Cros – disse ele entrando enquanto Lily separava o dinheiro e entregava a Lalau.


O grupo sentou ao fundo e recusando ao chocolate. Sirius resmungava frente às tentativas de Lalau em puxar assunto. James fazia careta toda vez que o ônibus dava um sacolejo mais forte. Lily, que sempre achara divertido aquele ônibus, fazendo-a lembrar de uma montanha russa, riu do incomodo do marido.


- Você vos em um pedaço de madeira a não sei quantas milhas por hora, dando piruetas atrás de um pomo de ouro. Como consegue ficar enjoado em um passeio de ônibus qualquer?


James fez uma careta para a esposa, achando melhor não a responder para evitar maiores acidentes. Mas Harry achou que a mãe estava implicando demais com o seu pai, o nôitibus era mil vezes pior que uma vassoura. O motorista não tinha a menor noção do que era uma linha reta, pensou o menino, e ele mesmo estava contando as horas para a viagem terminar logo.


 Assim que chegaram na estação, Remo e Sirius assumiram a postura de alerta novamente. Lily permanecia sorridente, como uma criança que acabou de sair de um brinquedo, James estava verde é muito calado, Harry sorriu. Finalmente o sonho iria se tornar realidade.


A estação estava lotada, o que não era bom caso houvesse um ataque, mas James tentava esconder a preocupação. Queria que fosse um dia especial para o filho. Harry olhou seu bilhete de embarque, plataforma  9 ¾ , olhando para as placas indicativas apareciam apenas as plataformas 9 e 10. Olhou para o pai, Harry estava preocupado que houvesse tirado a plataforma de lugar, mas James estava calmo agora que o enjoo do nôitibus havia passado, como se andasse naquela estação todos os dias. Olhando para a mãe, então, se deparou com uma Lily saudosa e deslumbrada. Antes que pudesse abrir a boca para questionar onde era a plataforma, James parou e sorriu.


- Chegamos – disse ele ignorando o olhar aturdido de Harry – só atravessar. Almofadinhas, Aluado, vocês vão na frente?


Os dois assentiram, e atravessaram a parede que dívida a plataforma, displicentemente. Harry piscou intrigado, em um momento os dois estavam ali e depois não estavam mais.


- Agora você – disse James a Harry.


- Mas.. – tentou dizer o menino mas foi interrompido por Lily – Pode correr se estiver com medo.


Harry respirou fundo e empurrando o carrinho que estava seu malão e Edwiges, atravessou a divisória. Lily e James atravessaram logo em seguida com um sorriso no rosto.


- Quase tenho a vontade de voltar a Hogwarts – disse Sirius saudoso.


- Vocês vão me visitar, não vão? – disse Harry olhando para James, Sirius e Remo, extravasando os sentimentos que tinha desde o café da manhã – Digo, quando for Lua cheia e tudo mais.


- Claro que não – disse Lily exasperada, mas por trás dela Sirius dizia, sem emitir qualquer som, e com um sorriso amplamente estampado no rosto: “claro que sim”. Lily continuou mais carinhosa – nas férias de natal nos vemos de novo.


Harry a abraçou, e olhou para Remo que lhe sacudiu os cabelos contente.


- Boas aulas, Harry – disse ele – estude bastante, mas se divirta! Aproveite, você vai adorar o castelo, tenho certeza.


Harry assentiu e foi abraçado por Sirius:


- Apronte bastante, filhote – Disse Sirius – não deixe os professores te pegarem, principalmente a velha McGonagall. Ganhe muitos pontos para a Grinfinória, e se divirta!


Lily fechou a cara para Sirius e Harry ficou branco com a menção a Grifinória. James riu juntamente com Remo.


- Nao ouça seu padrinho, Harry – disse James se abaixando na altura do filho – se comporte e não saia procurando confusão, mas se divirta sempre é aprenda bastante.


-  Vou se o pior da turma – disse Harry.


- Claro que não vai ser – disse James rindo – Você é meu filho, vai ser genial.


Harry deu um sorriso fraquinho.


- Mas é se eu não entrar para a Grinfinória? E se eu me der mal na minha primeira aula de voo?


- Você acha que eu vou fazer o que? Te deserdar? – disse James sorrindo – Você é meu filho e vou me orgulhar de você, mesmo que não jogue quadribol. Em qualquer casa que você entre.


- Menos a Sonserina – interrompeu Sirius, que acabou levando um tapa de Lily que estava comovida com o discurso de James. Virando para ela Sirius continuou – Ah vamos, Lily. Harry não característica nenhuma da Sonserina, não temos nada a temer.


- Mas estaríamos orgulhosos de qualquer forma, se ele for para lá – respondeu ela séria ignorando a careta de Sirius.


James se levantou e sacudiu o cabelo do filho. Ao mesmo tempo uma família ruiva chegava para o embarque. Harry acenou para Rony e os irmãos, Gina se escondeu atrás da mãe, depois que o moreno lhe disse oi.


- Vamos entrar? – perguntou Rony


- Temos que esperar Hermione e Neville – Respondeu Harry causando uma careta no amigo.


Mas não foi preciso esperar muito, Neville e Hermione vinham passado pela barreira acompanhados dos Longbottons e dos deslumbrados Grangers.


- Perdi meu sapo – disse Neville mostrando o sapo Trevo. – por isso atrasamos.


- Espero não ter esquecido nada – disse Hermione metida – precisei fazer o meu malão várias vezes para conseguir trazer todos os livros que Emelina me emprestou.


- E o que você pretende fazer com este monte de livros? – disse Rony encarando a menina incrédulo – Hogwarts tem uma biblioteca, sabia?


Hermione ia responder furiosa mas foi interrompida por Remo.


- Acho melhor vocês subirem, crianças. O trem vai partir logo – Sirius completou – E quase não vai sobrar cabines boas.


Todos ajudaram a subir os malões, Neville, Harry, Hermione e Rony se instalaram em uma cabine no meio do trem e se penduraram na janela para despedir dos pais.


- Juízo – dizia a senhora Weasley – Não quero receber nenhuma carta sobre o comportamento de vocês.


- Mande notícias, Harry – dizia Remo.


- Esmaguem aquelas cobras – disse Sirius – isso serve para todos vocês.


Porém James e Lily apenas sorriram para Harry, que acenou positivamente, todos os desejos e felicidade não precisavam ser ditos, os três se conheciam bem demais para isso. Lily acenou com lágrimas nos olhos, mas muito feliz, foi amparada com um abraço de James. Esta foi a última imagem da mãe antes que Harry de fato embarcasse para o mundo mágico.


 


A viagem transcorreu tranquilamente. Rony e Hermione brigando como sempre, tanto que Harry preferiu uma certa hora procurar Trevo com Neville, que o havia perdido novamente. Hermione implicava com Rony que havia tentado fazer uma mágica, que ao que indicava George havia lhe ensinado. A única coisa que interrompeu a briga dos dois foi Draco Malfoy. O garoto loiro e de nariz empinado, chegou na cabine acompanhado de Crabbe e Goyle.


- Potter – disse o menino – achei que não teria coragem de sair do pardieiro de sua casa e vir para Hogwarts – olhando para Rony e Hermione continuou – nem você, nem essa escória e essa sangue ruim.


Rony e Harry avançaram para cima do loiro, mas foram seguros pelos brutamontes companheiros de Malfoy.


- Ainda verei o Lord das Trevas limpar está escola de escorias como vocês. Por hora, Crabbe, Goyle. – dise o loiro com a intenção que os amigos batessem nos meninos, mas Hermione o interrompeu:


- Tarantallegra– disse Harmione em direção a Goyle, que com o feitiço soltou Harry. O moreno então apanhou sua varinha no acento do trem.


- Furnunculus – Harry gritou, atingindo Malfoy que se encheu de furúnculos. Ameaçou então Crabbe – solte ele ou também irei te jogar uma azaração.


O rapaz soltou Rony e os três foram saindo cambaleantes para fora da cabine.


- Obrigado, cara – disse Rony, que estava massageando os pulsos,  para Harry – onde você aprendeu este feitiço maneiro?


- Agradeça a Sirius – respondeu Harry, que já vira o padrinho demonstrar aquele feitiço algumas vezes – espero que o Malfoy tenha aprendido uma lição.


- Você tem o melhor padrinho do mundo – disse Rony impressionado. Fred e George só me ensinaram feitiços idiotas. E você – disse ele virando para Hermione – não sabia que a Hermione-certinha-sabe-tudo conhecia o feitiço das pernas bambas.


Mas Hermione não prestou atenção, olhava ansiosa para porta muito assustada sussurrando:


- Atacamos alunos, no primeiro dia de aula! Eles vão nos matar, ou pior, nos expulsar!


- Calma, Hermione – disse Harry – ninguém vai nos matar, papai azarava vários alunos assim.


- Verdade, Fred e Geroge já aprontaram muito também – completou Rony.


- Seu pai era um dos melhores alunos de Hogwarts – completou Hermione ainda nervosa – e Fred e George, bem... São Fred e George


- Alguém nos chamou? – disse um dos gêmeos, que vinham entrando junto com Lino – alguém de vocês viu o que aconteceu com aquele calourinho loiro metido lá atrás? Ela está todo perebento.


- Fomos nós – Rony disse estufando o peito – ensinamos a Malfoy uma lição.


- Ahh, então aquele é o Malfoy? – disse Fred – não quero nem perguntar o que ele lhe fez Harry.


- Como sabe se foi Harry que o enfeitiçou? – perguntou Rony indignado.


- Ora, maninho, seu celebro de titica não teria a capacidade de tal feito – respondeu fred debochado – E Hermione, bem, Hermione é certinha demais para isso.


- Pois saiba que Hermione enfeitiçou Goyle primeiro – disse Rony emburrado.


- Mesmo? – disseram os gêmeos assustados – Tai uma coisa que não se vê todo dia.


- Calem a boca – disse Hermione ainda nervosa – Se descobrirem, se eles contarem para algum monitor, algum professor, já era, todos já éramos.


- Calma, Hermione – disse George abraçando a menina pelos ombros – Duvido que Malfoy confesse para uma mosca se quer que uma nascida trouxa o venceu numa briga. O pai dele o mataria por isso.


- Ele tem razão – disse Harry – Onde você aprendeu este feitiço, Mione.


- Emelina – respondeu a menina ainda torcendo a manga da blusa nervosa – Os livros que Emelina me deu, ela disse que eu poderia precisar, que como nascida trouxa, bem, eu poderia estar mas suscetível. Andei lendo o verão inteiro.


- Emelina tem razão – disse Neville que estava calado até o momento – Papai me disse pra cuidar de você, mas acho que está mais para o contrário.


Todos riram na cabine, inclusive Hermione que se permitiu sorrir com o canto dos lábios. Ao olharem pela janela Fred e George informaram que estava chegando. Os meninos se trocaram, colocaram nos bolsos os últimos doces que Harry havia comprado na viagem e se preparam para descer.


Encontraram com Hagrid Gritando pelo alunos do primeiro ano. Os meninos sorriram e foram ao encontro do meio gigante.


- Harry, meninos – disse Hagrid – estava com saudades de vocês. Vamos, vãos, entrem no barco. Logo vocês vocês verão Hogwarts, vão amar, vocês vão ver. - E olhando para Malfoy, que ainda estava com furúnculos espalhados pelo rosto e Goyle que mal conseguia andar completou – Ei menino, o que houve com vocês?


Malfoy deu um olhar mortífero na direção do quarteto que já havia se sentado em um do barcos. Os meninos não conseguiam deixar de dar risadinhas de imaginar que pelo resto da viagem Goyle ficou com as pernas tremulantes. Hermione ficou pálida e desviou o olhar.


- Ei, monitor – disse Hagrid – Pode me ajudar aqui?


Quem apareceu foi Percy, pomposo como sempre, olhou para Hagrid, que olhou para os meninos a sua frente, o gigante tentava não rir da situação cômica. Percy olhou penetrante para Rony, que fez sua melhor cara de inocente, apesar de suas orelhs vermelhas.


- Claro, Hagrid – disse Percy e paontando para um menino de cad vez disse – Finite!


As pernas de Goyle pararam e os furúnculos de draco desapareceram.


- Quem fez isso com vocês? – disse Percy. Malfoy e sua patota ignoraram o monitor ruivo e saíram para pegar o barco. Percy olhou indignado e com uma última olhadela para o irmão – Melhor vocês irem Hagrid, ou chegarão atrasados.


Hagrid acentou e conduziu os barquinhos com os alunos do primeiro ano rumo a Hogwarts. Assim que passaram pela curva do lago, Harry pode ver o primeiro vislumbre do castelo. O menino perdeu o folego e sorriu. Finalmente ele estava na escola que sempre sonhou.


 

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