Duas casas bem distintas

Duas casas bem distintas



Molly Weasley corria de um lado para o outro dando os últimos toques à mesa de jantar. Em instantes, seus filhos chegariam para aproveitar o feriado de Natal na Toca. Ela exultava. Era a primeira vez, depois de anos, que conseguia reunir toda a família e mais alguns amigos para a festa. Durante o jantar, pretendia discutir com os filhos os pratos da ceia. “Teremos um belo Natal, ora se teremos”, ria, enquanto espiava um generoso prato de carne assada no forno. O marido tinha ido buscar os garotos na estação de King’s Cross. O relógio mostrava que os gêmeos ainda estavam na loja de logros. E que Percy, reatado com os Weasley desde o ano anterior, acompanhava o pai. De repente, ouviu-se uma série de estampidos na sala. Fred e Jorge, junto com Carlinhos e Gui, acabavam de chegar.

- O cheiro está muito bom. Será que tudo isso é por causa das visitas, Jorge?

- Por você certamente não é, Fred. Mamãe ainda está sentida com o novelo de lã encantado que você entregou para ela.

- É que eu já não agüento usar blusas com um enorme “F” na frente. Oh, olá, mamãe.

- Hmpf. Se não fosse pelo seu pai, até hoje eu estaria tricotando sua blusa sem me dar conta de que aquele fio de lã se desmanchava sozinho à noite. Achei que eu estava ficando desmemoriada. Isso não se faz com a própria mãe.

- Bom, isso deve significar que você não terá presente de Natal - observou Jorge para o irmão.

Naquele instante, o senhor Weasley e Gina sairam da lareira. Tinham recorrido ao pó de Flu por causa da caçula, que ainda não tinha autorização para aparatar. E em seguida surgiram na sala Percy, Rony e Hermione.

- Ué, onde está o Harry? - perguntou a senhora Weasley depois de distribuir abraços e beijos nos filhos e Hermione.

- Ele foi para a casa dos Chang - respondeu Rony.

- Chang? Quem são esses? - espantou-se a mãe.

Fred e Jorge gargalharam. Ninguém nunca tinha falado à senhora Weasley a respeito das aventuras amorosas de Harry. Carlinhos reforçou a pergunta. Também queria saber do que se tratava a conversa. Gina, que arrastava seu malão em direção às escadas, fingia não prestar atenção.

- Mãe, o Chang que interessa nessa história é uma garota, Cho. Ela foi namoradinha do Harry há dois anos. E pelo visto eles voltaram, hein! - comentou Fred.

- Sorte dele. É uma garota bem bonita - completou Jorge, que se dirigiu à cozinha acompanhado dos irmãos e de Hermione.

- Cho? Namorada de Harry? - assombrou-se ainda mais a senhora Weasley. E prosseguiu - Gina, querida, você sabia disso? Nunca me disse nada...

A garota balançou a cabeça, demonstrando seu conhecimento. Procurava desesperadamente disfarçar o embaraço, mas seu rosto já assumia uma coloração rósea.

- Claro que Gina não iria te dizer essas coisas, Molly. Primeiro porque esse é um assunto do Harry. Segundo porque... oww... - o senhor Weasley titubeou - ... porque ela já gostou dele. E terceiro porque deve ser difícil para a Gina comentar essas histórias com você já que... err... já que você não consegue esconder que gostaria de... de... bem... de ver Harry... hum... ligado a esta família... Ora, vamos deixar isso para lá.

A senhora Weasley ficou da cor de um pimentão.

- Arthur! Eu nunca... Francamente, você não pode ter pensado que eu empurraria Gina para cima do...

- QUEREM PARAR DE FALAR DE MIM COMO SE EU NÃO ESTIVESSE AQUI? - gritou do alto da escada a garota, já roxa de indignação e vergonha.

Irritada, Gina deu um último puxão na mala, porém tropeçou no tapete do corredor que levava aos quartos. Não conseguiu segurar a alça e o malão despencou, dando voltas nos degraus e fazendo um barulho dos diabos até se estatelar no chão. Os gêmeos logo surgiram na sala.

- Gina, você sabe mesmo como se fazer ouvir - disse Fred, depois de ter soltado um longo assobio.




*****




Harry Potter nunca tinha se sentido tão estranho quanto naquela noite. Primeiro porque se vira na necessidade de pegar o metrô para se encontrar com Cho. Felizmente, tinha deixado Edwiges em Hogwarts e substituíra seu malão por uma mala menor. E com rodinhas! “Tenho de agradecer o Simas pelo empréstimo”, pensou. Como não tinha o hábito de andar por Londres, perguntou a uma senhora enrugada e de cabelos cinzentos que estava parada na porta do metrô onde poderia arrumar um mapa para se orientar melhor. A mulher entregou-lhe um, que tirou do bolso. Harry agradeceu e tratou de traçar um roteiro até chegar à estação indicada por Cho na última mensagem que recebera. “Infelizmente, não vou poder te esperar. No horário em que você vai chegar, estarei com minha mãe num compromisso inadiável. Te vejo em casa. Um grande beijo”, escrevera.

Aquelas palavras quase o fizeram desistir da idéia de passar o Natal com os Chang. Na verdade, estava muito desanimado com essa visita. Só tomara a decisão de atender ao convite de Cho para ficar mais tempo distante de Gina. Harry travava uma batalha interna entre a vontade de ficar com a garota e o medo das complicações que via no futuro. Naquele ano, Voldemort não o ameaçara nenhuma vez ainda. Por isso, pensava que algo aconteceria em breve. E poderia ser realmente terrível. De que forma, portanto, poderia se aproximar da irmã de Rony? “Olha, Gina, eu estou gostando de você, mas procure não gostar muito de mim porque amanhã eu posso estar morto, certo?!”.

Pensou em Cho, que também se sentiria afetada caso ele sucumbisse a Voldemort. Os dois não estavam apaixonados um pelo outro - era o que sentia - mas tragédias são sempre tragédias. Imaginou a cena de seu enterro, as pessoas cochichando. “Estão vendo aquela garota bonita de cabelos negros e compridos? É a namorada de Harry Potter. Coitada, ela não se casou com ele, mas pode ser considerada a viúva”. Harry teria prosseguido nessa toada se naquele momento, quando já andava por uma rua, uma senhora não tivesse tropeçado numa lata de lixo. Era a mesma mulher de cabelos cinzentos que encontrara no metrô. O rapaz correu até ela, mas a senhora se levantou com um salto ágil demais para sua idade. Então, o jovem bruxo soube quem era aquela mulher.

- Tonks!

- Oi, Harry! Eu estava indo bem até agora...

- Você está me seguindo!

- Ei, alguém tem de proteger você. Não se esqueça disso. Quando Dumbledore nos contou seus planos, nós, da Ordem da Fênix, decidimos te dar escolta. E aqui estou!

- Preciso mesmo de proteção? Eu li no Profeta Diário que Voldemort anda pela Ásia.

- Certo. O mesmo Profeta Diário que noticiou, a pedido do Ministério da Magia, que você passaria o Natal em Hogwarts. Além disso, você se esqueceu dos Comensais. Malfoy poderia estar te esperando em King’s Cross.

- Duvido. O filho dele estava no trem. O Ministério deve ter colocado gente na estação para ficar de olho.

- Foi isso que fizeram. Quando eu cheguei lá, encontrei uma porção de colegas do trabalho. Aí, eu me aproximei de um dos aurores, um velho amigo meu, e me ofereci como sua escolta. Disse ainda que não deixaria você perceber que era eu.

- E você precisava ficar escondida?

- Não. Mas preferi não arriscar. Seu humor não anda dos melhores, anda?

- O que você está insinuando? Eu estou bem. E meu humor está ótimo, a não ser quando começam a me chamar de mal-humorado sem ter razão para isso.

- Calma, Harry! Estou do seu lado, lembra? E eu só disse isso porque Dumbledore me avisou que você anda distraído, pensativo demais ultimamente. Opa! - disse antes de cair no chão de novo, desta vez por causa de um cachorro que estava deitado diante da porta de uma loja.

- Quem mesmo anda distraído? - atacou Harry, com ironia.

Tonks sacudiu a poeira da roupa e, então, olhou divertida para ele.

- Falando em distração, que me diz dessa história de romance com a garota oriental, filha de uma rica família de Londres?

- O QUÊ? - berrou Harry.

- Psiu! Não está vendo que todos estão olhando? Salamandras me mordam, Harry, você não está lendo o Profeta Diário?

- O QUE O PROFETA DIÁRIO TEM A VER COM... COM ISSO?

- Ai, ai. É melhor baixar o tom antes que chamem a polícia e o denunciem por maus tratos a uma velhinha. Por acaso, você viu a coluna social de hoje?

- E eu lá sei de coluna social?! O que isso tem a ver comigo? - insistiu, falando baixo mas com tanta irritação que rilhou os dentes.

- A coluna é uma novidade deste ano. Acho que você ainda não tinha reparado nela. É escrita por uma bruxa que assina simplesmente como Candie - disse, revirando os bolsos das vestes.

- O que está fazendo? Vá direto ao assunto, Tonks.

- Paciência é uma virtude... Ok, ok. Eu arranquei a notinha do jornal. Ei-la: “Está indo de vento em popa o romance entre um dos bruxos mais populares da Inglaterra e uma garota de origem oriental, filha de uma rica família de Londres. O rapaz, dono de um futuro promissor, é famoso por ser um jovem talentoso e ter muita sorte. Afinal, já sobreviveu a uma calamidade. Mas sua namorada, uma aspirante ao título de Miss Magia deste ano, deve estar mais interessada nos belos olhos verdes do felizardo. Onde terminará essa história? Talvez no altar. A conferir.”

- Lixo!

- Já vi a lata, Harry. Obrigada por me avisar.

- Estou me referindo a essa nota imbecil - respondeu, engasgado.

- É. Eu sei. Só tentei brincar. Dumbledore também ficou furioso. Acha que os espiões de Você-Sabe-Quem podem interpretar que essa notícia fala de você. E se eles quiserem ir atrás, não vai ser muito difícil encontrar informações.

- Por que você diz isso?

- Porque toda Hogsmeade viu você e essa moça namorando. Pronto, chegamos. Esta é a casa dos Chang. E da Cho, obviamente.

- Nós ainda não somos namorados. Nem eu, nem ela falamos sobre isso. A gente só se encontra em Hogsmeade e fica junto - acrescentou, envergonhado.

- Sério? Então, aproveita a ocasião e se acerte com ela, Harry. É Natal - riu Tonks, dando-lhe um abraço fraterno.

- Como posso? E se depois essa coluna maldita informar o nome dela? Ela vai correr riscos se ficar comigo.

- Não pense assim, Harry. Senão você vai acabar se isolando. Meu conselho é: seja o mais discreto possível. Desse jeito, essa Candie não vai saber de nada. Te vejo na volta. Feliz Natal! - disse a bruxa, deixando-o de frente a um portão que guardava um bonito jardim, iluminado por pequenos postes de luz.

- Feliz Natal. Ei, Tonks, antes de ir embora, me responda como você sabia o endereço da Cho e o nome dela.

- Dumbledore me contou tudo quando me deu o endereço para onde devia acompanhá-lo - disse, piscando o olho.

- Você vai ficar me vigiando o tempo todo?

- Eu, não. Quer dizer, só na hora que for meu plantão. O Ministério está de olho em você, Harry. Agora estou saindo, mas já tem um auror de prontidão, vigilante. Nem tente localizá-lo. Você não vai conseguir. Tchau. Divirta-se.

E desapareceu na escuridão da noite.




*****




Quando Harry tocou a campainha da casa dos Chang, sua cabeça estava a mil por hora. E o coração cada vez mais apertado. Odiara a nota sobre o “romance”. Desconhecer boa parte de sua história antes dos Dursley era horrível. Mas suportar a devassa em sua vida íntima parecia ser algo bem pior. Enquanto aguardava a porta se abrir, olhou para os lados procurando identificar algum sinal do auror que vigiava seus passos. “Eu sou quase um prisioneiro”, lamentou-se.

A porta se abriu com um clique. E então surgiu uma senhora de aspecto severo. Era bem idosa.

- Boa noite, senhora. Meu nome é Harry. Harry Potter. A Cho está?

- Boa noite. Minha neta me avisou que você chegaria. Entre.

Harry empurrou sua mala. Não se lembrava de Cho ter mencionado a avó. Mas, evidentemente, alguém teria de recebê-lo. Nesse instante, surgiu um elfo doméstico que usava um pano muito limpo como vestimenta. Lembrou-se imediatamente dos trapos vestidos por Kreacher, o elfo da casa dos Black. Seu coração se oprimiu mais um pouco. Recordar o padrinho reavivava antigas dores.

- Senhor Harry Potter, queira me acompanhar. Eu o levarei até o quarto dos hóspedes. Madame, o jantar já está pronto. Creio que a senhorita Cho e a senhora Chang devem chegar em mais alguns minutos.

- Ótimo, Pin. Leve logo este rapaz ao quarto. Ele deve querer se arrumar antes do jantar. Com licença, jovem.

O quarto de hóspedes era uma suíte. Tinha uma enorme cama de solteiro, alguns quadros na parede com imagens de homens e mulheres com aspecto tão severo quanto o da avó de Cho. No banheiro, havia uma tina de madeira de tamanho suficiente para caber um adulto. Vira uma dessas numa revista de tia Petúnia. Sabia que era um ofurô. Harry foi até a janela, que dava vista para um outro lado do jardim. O curioso é que ele estava protegido do frio por algum feitiço poderoso. Parecia estar dentro de uma estufa invisível já que o inverno não afetava as plantas. Harry não viu sinal de outras casas por perto. Imaginou que devia estar numa residência de bruxos puro-sangue. E que algum encantamento antigo deveria resguardar a intimidade dos Chang da curiosidade das famílias trouxas do bairro. Possivelmente o mesmo que abrigava o jardim. Quanta diferença em relação à casa dos Weasley! Aquele ambiente era confortável, só que frio. Bonito, só que sem vida. Imediatamente pensou na Toca, onde havia calor e alegria. E não aquela sisudez. Abatido, decidiu tomar um banho. Recordou-se das palavras da “madame” quanto a “querer se arrumar”. Harry estava terminando o banho quando ouviu batidas à porta. Enrolou-se numa toalha .

- Sim?

- Senhor Potter, a senhorita Cho e a senhora Chang acabam de chegar. E também já está aqui o senhor Chang. O senhor tardará a descer?

- Oh. Dê-me um minuto. Ahn, dois, talvez - respondeu apressadamente.

“E essa, agora? Será que eu demorei tanto assim?”, pensou aflito, vestindo a primeira peça que viu na mala. Pegou uma calça preta e uma blusa vermelha feita pela senhora Weasley. Não vestiu nem camiseta, nem meias. Tudo para poupar tempo. Enquanto descia as escadas, lembrou-se de arrumar os cabelos. Entrou numa sala e viu a família toda reunida. Quase se afundou no chão de vergonha.

- Desculpem-me. Eu me atrasei no banho.

Cho saiu de seu lugar e veio até ele com um sorriso nos lábios. Deu-lhe um beijo leve na bochecha.

- Oi, Harry. Que bom que você está aqui. Deixa eu te apresentar para minha mãe, Kim, e para o meu pai, Lee Chang. Acho que você já conheceu minha avó, Kitty. Nós a chamamos assim porque ela adora gatos.
Harry cumprimentou os pais de Cho e acenou para a “madame”, que não demonstrou aborrecimento pelo seu atraso. Mas que também não deu sinais de entusiasmo quando o viu entrar na sala.

- Ficamos muito felizes que você tenha concordado em passar o Natal conosco, Harry - disse a mãe de Cho, uma senhora bonita e elegante.

- E eu agradeço o convite, senhora Chang.

- Pode me chamar de Kim. Eu prefiro - sorriu.

- Se quiser me acompanhar, meu jovem, podemos iniciar o jantar - disse o senhor Chang, erguendo-se do sofá e indicando com um gesto a mesa pronta para recebê-los.

- Claro, claro - respondeu.

O jantar foi saboroso e transcorreu quase em silêncio. Apenas Cho e Kim faziam perguntas ao rapaz. O senhor Chang comia praticamente sem alterar sua expressão. Tinha um ar afável e de vez em quando exibia um leve sorriso. Já madame Kitty parecia uma autêntica rainha à mesa. Seus gestos eram discretos e milimétricos. Até a maneira de cortar a carne mostrava como era extremamente zelosa. Terminada a refeição, o senhor Chang apontou a sala para Harry. Todos se dirigiram aos sofás.

- Chá ou café, Harry? Ou talvez um licor? - perguntou Kim.

- Nada, obrigado. Não quero perder o sono.

- Kim, é possível que ele queira descansar cedo. Afinal, fez uma viagem cansativa - emendou o senhor Chang.

- Para ser sincero, eu realmente estou bem cansado. Se não for aborrecer ninguém, gostaria mesmo de me deitar - respondeu Harry.

- Oh, que pena. Mas não vamos esgotá-lo. Teremos sua companhia por mais dias. Boa noite, Harry - observou Kim.

- Durma bem, Harry - disse Cho, piscando o olho sem que os outros notassem.

Sem entender, o rapaz despediu-se de todos. Antes de deixar a sala, a avó de Cho o lembrou que o café da manhã estaria servido a partir das 8h. O senhor Chang acrescentou que isso não significava que ele precisaria levantar naquele horário. “Pode tomar seu café mais tarde. Ultimamente, minha filha só desce do quarto por volta das 10”, afirmou sem transparecer na voz se isso lhe era indiferente ou se o irritava. Harry bem que desejou voltar para perguntar a Cho a que horas seria melhor levantar amanhã. Mas a vontade de se isolar no quarto foi maior.

A visita à casa de Cho estava sendo um completo desastre. Harry se sentia um estranho no ninho. Os formalismos o deixavam doido. Kim era simpática. O senhor Chang, esquisito. E Madame Kitty o punha nervoso. Até o elfo lhe causava constrangimento. Aliás, o que faria até o dia de retornar a Hogwarts? Talvez pudesse praticar quadribol com a Cho. Poderia conversar mais com a garota. Sentiu-se aterrado com a possibilidade de ficar sem assunto diante dela. Com a avó de Cho por ali, até namorar seria difícil.
Começou a se despir e vestir o pijama criticando-se por não ter trazido Edwiges. Ao menos, poderia escrever mensagens aos amigos. E então um som de aparatar se manifestou bem no meio do quarto. Era Cho, que pulou sobre seu pescoço e lhe deu um beijo na boca.

- Ainda não acredito que você está aqui.

- Calma. Alguém pode te ouvir.

- Pode ficar tranqüilo. Meus pais pensam que fui dormir para poder acordar cedo. Sentiu minha falta? O que achou da minha casa? Foi difícil chegar até aqui? Minha mãe não é linda? Dizem que eu me pareço com ela. Você acha?

- Nossa. Uma pergunta por vez. Não foi difícil chegar aqui. Sua casa é maravilhosa. E sim, você se parece bastante com a sua mãe. Ela é bonita.

- Obrigada, Harry. Só faltou responder se sentiu minha falta.

Harry tinha evitado responder essa pergunta. Não sentira mesmo a falta de Cho desde sua última visita a Hogsmeade, mas não podia falar a verdade.

- Senti.

Ela aproximou os lábios de Harry e o beijou mais uma vez. O rapaz retribuiu o gesto com delicadeza.

- Agora vai dormir.

Cho desaparatou. E Harry se jogou na cama. “Não estou com vontade nem de namorar. O que é que eu estou fazendo aqui?”. E sua mente voou para a Toca, onde desejava estar nesse momento, com Rony, Hermione e todos os Weasley. Com Gina também. Lembrou-se das férias de verão quando tiveram ótimas conversas, quando a simples convivência com ela o fazia feliz. “E agora tenho de me afastar dela para seu próprio bem. Por que fui beijá-la? Eu só estraguei tudo!”, pensou desolado.










Este capítulo foi um tanto longo. E o próximo também será (espero não cansar ninguém). Eles pretendem mostrar que o envolvimento de Harry com Gina não é uma mera atração física. Só falta ele sacar o fato. Mas será que o Harry consegue descobrir isso logo?

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Comentários (2)

  • Umbird

    Toda vez que eu leio uma fic em que o Draco beija Gina ou fina com ela por um tempo acabo ficando traumatizado pqp

    2018-01-01
  • Larissa Batalha

    too amando a fic !! Preferia ele tbm na Toca ... mais vamos esperar os proximos capitulos nee ?

    2012-07-08
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