Segredos e Acertos.



Já se passou um mês e Clair já voando melhor, às vezes brincava de jogar Quadribol com Malfoy. Desde o dia do bezerro apaixonado ele nunca mais a zombou, nem nada. Clair sentia um nó em seu peito. Ela gostava das provocações de Malfoy, era pelo menos um jeito de dizer. ‘’ Oi, você existe pra mim. ‘’ Mesmo que ocultamente. Professora Catherine prometera que iria tirar o seu cordão, se bem que já estava na hora, já se passara meses e ainda falavam que Clair roubou o colar da Sonserina. Se bem que Clair já se igualava aos bruxos do 4° ano, conseguira aprender quase todos os feitiços, e tinha outros feitiços, de anos mais avançados que Clair aprendeu como bônus, como sua professora Catherine dizia. Também estava na época de provas, e Clair não tocou em um livro para estudar o ano inteiro. Rebecca se tornara sua melhor amiga, quando podiam iam a Hogsmeade passavam na Zonkos e na Honeydukes, suas lojas preferidas.


- Ei. Malfoy! –Depois de um cansativo ‘’jogo’’ de Quadribol com Malfoy, Clair resolveu dizer às coisas que estavam a atormentando. Infelizmente, não estava com certeza de que não gostava de Malfoy, na verdade, ela estava confusa.


- O que é Mcdonnell? –Malfoy virou-se em direção a Clair.


-Venha aqui. Chegue mais perto. Você está muito longe de mim. –Clair sorria, e logo se sentara na grama, percebera que já estava claro e que logo tinha aula, mas precisava conversar.


- O que você quer de mim? Quer abusar de mim, Clair? Digo... Mcdonnell. –Clair percebeu que depois de tanto tempo Malfoy sorrira mais uma vez e disse algumas palavras grosseiras para ela. Era tudo o que ela precisava. Clair se levantou e o abraçou. Malfoy ficou sem reação não retribuiu o abraço. Malfoy era do tipo de não gostar de carinho.


-Não quero mais nada. –Clair o soltou. E ele ficou olhando para ela confuso.


- Não pense que vou deixar você se aproveitar da minha bondade, Mcdonnell. Eu sei que no fundo você está caída por mim.


- Pobre coitado! Você me ama, Malfoy. Admita.


E assim foram os dois provocando um ao outro para o castelo. Clair ficou mais feliz de ter Malfoy assim. Assim que se despediu de Malfoy entrou no castelo. Mas com um encontrão, sem querer deu de cara com Rebecca nos corredores.


-Rebecca! O que faz acordada? Ainda não começou as aulas! Você quer que eu tire pontos da Lufa-Lufa?


- Não, Clair. Eu estava te procurando. A Professora Catherine quer conversar com você.


E depois disso, Rebecca saiu correndo em direção ao salão.


Clair então resolveu ir pras masmorras e ir até o escritório de Catherine. Chegando lá, percebeu que estava tudo vazio e que Catherine não estava lá. Por um minuto pensou em sair do escritório, mas preferiu ficar. Sentou se em uma poltrona e ficou olhando o lugar, era estranho, mas exatamente como nos livros que Rowling escreveu. Provavelmente, esse era o escritório de Snape. Mas sem querer, algo lhe chamou atenção. Tinha um bilhete em cima da mesa escrito.


‘’ Para Miss Helene Claire Clark/Professora Catherine Hussaim ‘’


O que a Professora Catherine fazia com um bilhete de sua mãe? Ou porque será que estava endereçado as duas ao mesmo tempo? Será que Catherine conhecia a sua mãe? Clair não hesitou e pegou o bilhete e começou a ler.


‘’ Cara Helene ou Professora Catherine, tanto faz.


Você ensinou a Clair tudo o que ela podia para acompanhar os alunos do ano dela, o 4°. Acho que está na hora tirar aquele cordão de Clair.  Não se preocupe ninguém irá fazer mal a ela. Apenas o tire. O ministério já está perguntando por onde anda o cordão.


Atenciosamente, Alvo Nosurname ‘’


Porque parecia que todo mundo escondia a sua mãe? E quem era que queria fazer tanto mal a Clair para que sua mãe tivesse que colocar um amuleto nela? E porque Alvo conhecia a sua mãe e nunca falara para Clair? Eram tantas perguntas.


Clair colocou o bilhete em cima da mesa, percebeu que tinha alguém vindo e se ajeitou na poltrona e a porta se abriu. Era Catherine, que lhe deu um sorriso e falou:


-Hoje vamos tentar tirar o seu cordão.


-Onde você estava? –Clair não conseguiu esconder a curiosidade.


-Na sala do Alvo, tenho muitos negócios para tratar com ele. O ministério da magia está pegando muito no nosso pé.  Pois bem, Alvo me disse que o cordão já falou algumas vezes com você.


-Sim, mas ele sempre dizia ‘não’ ou ‘você logo saberá’, coisas assim.


-Bem egocêntrico ele. –Catherine riu, pegou sua varinha. Clair notou que ela parecia nervosa, e que seus olhos estavam vermelho, provavelmente andava chorando. Apontou para o pescoço de Clair, mas desistiu pediu pra Clair se virar e tirou o seu cabelo de sua nunca, sua varinha se aproximou do cordão de Clair e ouve um estrondo, derrepente uma voz ensurdecedora, como se uma cobra tivesse falando gritou.


- O encanto do cordão só pode ser tirado, pela boa vontade de quem o fez.


Catherine caiu no chão, colocou a mão em sua cabeça, Clair se abaixou e desesperada começou a tentar de algum jeito ajudar a professora. Foi uma escolha inútil, mas correu para a mesa e pegou um copo d’água, como se isso fosse resolver alguma coisa. Entregou para Catherine, que bebeu e se encostou á estante de livros, vidros, e poções.


-Eu estou bem Clair. Pode ir. Eu só vou fazer uma visitinha madame Pomfrey mais tarde. Mas vamos continuar tentando, esse cordão irá sair daí. Clair então saiu do escritório de Catherine, e foi à procura de Rebecca.


Demorou um pouco, mas achou Rebecca olhando os meninos treinarem Quadribol. Percebeu que Malfoy estava treinando também.


- Me explique porque me mandou ir à sala de Catherine.


- Ela me pediu, oras. –Clair percebeu que Rebecca estava tremula


- Eu achei um bilhete que tinha o nome da MINHA MÃE!


- Eu não posso dizer nada, Clair. Desculpa.


- Então você sabe de alguma coisa. Conta agora!


- Não posso. Eu... Eu realmente não posso. É segredo. Você logo vai descobrir.


- Não irei te perguntar mais nada. Adeus.


- Não, Por favor, Clair! Eu não posso, entenda


-NÃO QUERO OUVIR. Se você não quer falar, eu irei fazer outras pessoas falarem.


Clair sentou se no gramado pediu uma folha de papel a Rebecca e uma pena e começou a escrever para o seu pai. Ele sabia de alguma coisa. Concerteza sabia.


‘’Para James Mcdonnell.


Hazel Boots Avenue.


Pai. Eu vou muito bem, obrigada. Eu estou com saudades. Eu fui selecionada para a Sonserina para a sua desgraça. Avise a vovó, ela vai ficar feliz. Felizmente estou no quarto ano, depois irei te explicar. Então, pelo visto, você não conseguiu me atrasar em nada. Queria saber só uma duvida. Porque mamãe me protegeu com o cordão? De quem ela queria me proteger?


Atenciosamente, e espero sua resposta logo.


Clair Mcdonnell. ‘’


Clair agora, só teria que procurar uma coruja, mas antes Rebecca disse.


-Pra quem é a carta?


-Pra que? Pra você contar para a Catherine? Não. Não é pra ninguém, Rebecca Hussaim.


Percebeu que Malfoy estava se aproximando, o treino tinha acabado e logo notou que Rebecca foi embora assim que viu que Malfoy se aproximou.


- O que é isso, Mcdonnell? Escrevendo cartas anônimas para mim?


-Não Malfoy. Não chego a este nível. Mas eu queria um pequeno favor.


- Ah, como sempre. Ta na minha cara escrito ‘’ Eu faço caridade. ‘’(?)


- Talvez. Mas eu acho que tá escrito ‘’ Eu recebo caridade, preciso de muito carinho e amor, sou um cachorro abandonado. ‘’


-Muito engraçada, estou rindo por dentro.


-Eu sei. Enfim. Empreste-me sua coruja?


-Como? Emprestar? Você tem a sua, Mcdonnell.


-Não. Eu não tenho.


-Porque eu deveria te emprestar minha coruja?


-Porque quero mandar uma carta.


-Pra quem?


-Oras, pro meu pai.


-Me deixe ver a carta.


-Não Malfoy! Só estou lhe pedindo uma coruja emprestada. Nada mais! Por favor.


- Tudo bem. Mas com uma condição.


- Qual?


- Você irá ao próximo sábado, a Hogsmeade. Comigo. Apenas comigo.


- Claro. Porque não?


Malfoy apenas riu e pegou uma pequena flauta de mais ou menos cinco centímetros de seu bolso. Era como um apito pra cachorro, não fazia barulho. E logo apareceu uma coruja branca, e na sua perna, próximo a sua pata tinha uma coisa prateada. Era como se fosse para reconhecer a sua coruja. Clair colocou o seu bilhete entre essa argola prateada e logo a coruja voou.


-Obrigada Malfoy. Fico te devendo esta.


-Eu sei. Eu sei.


Malfoy retornou ao jogo. E Clair ficou olhando, quando percebeu que Rebecca voltou.


-Como você consegue?


-Consegue o que?


-Ser amiga de um idiota como ele?


-Ele não é idiota. Ele é legal.


-Ele te trata mal, Clair.


-É apenas o jeito dele, e eu o trato mal também.


-Mas ele é um garoto. E eu tenho nojo dele, e de toda a família Malfoy. São horríveis.


- E eu fico enojada como as pessoas podem ser tão imaturas a ponto de julgar sem conhecer.


-Blé, você fala isso porque está apaixonada. Todo mundo sabe como ele é desprezível. Não é a toa que está na Sonserina.


-Menos cinco pontos para a Lufa-Lufa. Nunca ouse falar da minha casa, Rebecca!


-Você não pode tirar ponto por besteira.


- A é? Eu acho que o Alvo nunca disse nada sobre isso.


- Você está apaixonada.


- E você é uma idiota.


Clair e Rebecca se olharam e deram gargalhadas e foram andando para a sua próxima aula.

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