Talvez seja assim.



O resto do domingo foi um inferno, Clair estava praticamente sozinha, estava faltando aos treinos de Quadribol, mas ninguém estava ligando, o treino de Quadribol estava meio que cancelado devido aquele ataque, Clair não via o porquê de tanto alvoroço porque uma garota amanheceu na grama morrendo de frio, quase congelando e desmaiada... É uma coisa normal (?) e não se repetiu mais... ainda.
 Rebecca prestava mais atenção em seus livros porque estava em época de prova do que no desabafo de Clair, raramente ela dizia alguma coisa, Clair não estudou, não conseguiu estudar com tantas coisas em sua cabeça. 
 Anoiteceu e Clair ainda não tinha visto Escórpio naquele dia, só de manhã. Ela sabia que o aniversário de Escórpio já estava chegando, já estavam em Junho, Escórpio faz aniversário dia 13 de junho, um geminiano, assim como seu pai. Clair estava pensando no que dá de presente, e lembrou também que fazia tempos que ela não escrevia para o seu pai, pegou sua pena um rolo de um pergaminho e começou a escrever.
Querido papai, eu sei que nós nos vimos recentemente, mas eu tive vontade de lhe escrever, faz muito tempo que não faço isso. Eu não sei... Sabem, as coisas estão difíceis pra mim, e pela primeira vez não é relacionado a problemas com a família ou com o Draco. Eu estou gostando de um menino, bem... Eu não sei se gosto dele, talvez eu goste. Mas eu não sei por que estou falando isso para você, você irá dizer que sou muito nova, anyway, beijos. Estou com saudades. Diga para a vovó que a Slytherin é a melhor casa. 
Clair leu a carta e riu, decidiu não enviar isto e jogou fora, saiu de seu quarto. Não vira Malfoy desde então, já era tarde, no jantar não o viu, achou melhor ir então monitorar sozinha, passou pelos corredores, e como sempre Pirraça estava gritando que tinha alunos fora da sala, Clair como sempre berrava também dizendo que era monitora, ela sabia que poderia acordar os alunos com seus gritos, mas não se importava, derrepente viu um vulto, uma pessoa com um capuz preto, Clair olhou para trás pegou sua varinha, colocou o seu capuz, achou melhor não ser reconhecida pelos seus cabelos quase ruivos e resolveu colocar o seu capuz  e começou a correr atrás do vulto, derrepente ela percebeu que a pessoa com roupas pretas e encapuzadas parou, e olhou para ela, infelizmente ela estava usando uma venda que escondia sua boca e seu nariz, deixando a mostra apenas seus olhos castanhos, sacou sua varinha e gritou:
- Estupefaça! 
Clair correu para outro corredor, e parece realmente que a coisa encapuzada não a seguiu, mas derrepente olhando para trás meio desconfiada tombou com uma pessoa, era Escórpio. Ele pegou sua varinha e apontou para Clair e disse:
- Quem é você?
- Escórpio! Sou eu! Clair. -Clair tirou o seu capuz.
- Porque você anda de capuz? 
- Escórpio... Eu acho... Que aquela coisa, voltou. Até falar nisso... Cadê a Rebecca?
- A sangue-ruim, já fez sua ronda e foi dormir.
- Graças a Merlin.
- Por quê? Sangues-ruims são os piores tipos de bruxo.
- Não começa Escórpio... Vamos.
 Clair colocou de novo o seu capuz, e Escórpio fez o mesmo, sacaram as suas varinhas e foram atrás da pessoa de vestes pretas e encapuzada, passaram um bom tempo rondando Hogwarts, até mais do que o necessário, foram para fora do castelo, voltaram e finalmente estavam indo em direção as masmorras.


- Clair, você quer ver nas masmorras? Ninguém entraria lá.


- Porque não, Escórpio?


- Oras, pelo simples fato de que é um território Sonserino.


-Não faz mal. Vamos.


Assim que chegaram às masmorras, estava um silêncio, até que viram o vulto de uma pessoa passando distante, Clair e Escórpio correram mais rápido, mas parece que esta pessoa estava fugindo deles, até que até certo ponto ela parou, olhou pra trás e lançou mais um feitiço, que não conseguiram ouvir pelo grande estrondo que se ouviu, felizmente, não acertou nem Clair e nem Escórpio, mas fez com que ela ganhasse tempo para correr deles, já que Clair com o susto se escondeu atrás de Escórpio que ficou paralisado. Clair olhou para Escórpio e ele parecia em choque, ela pegou a sua mão e ele acordou, e foram correndo.


Narrando: Helene Clark/Catherine Hussaim.


Mas que diabos é esta barulheira toda? O que será que está acontecendo? Helene levantara de sua cadeira, guardara seus livros, pegou sua varinha e se virou.


- Boa noite, Helene, querida.


- Não! O que, o que você está fazendo aqui?


- Não posso ver uma antiga amiga?


- Sai daqui!


- Acho que essa não é a frase certa... Dectumsempra!


-Não! Por favor! –Helene caiu no chão como um baque, e começou a se contorcer, sangue começou a sair de seu nariz, de sua boca, e de seus ouvidos, ela tremia e enquanto aquela voz apenas a olhava.


- Por... Por favor, faça... Faça isso parar.


- Agora já é tarde demais, querida... Até outro dia, ou, adeus.


E o ser encapuzado saiu da sala de Helene e se camuflou na escuridão dos corredores das masmorras, logo o tapete do escritório de Helene estava cheio de sangue, ela tremia e se contorcia de dor, sentia que ia morrer, não conseguia se mexer, só sentia gosto de sangue.


Narrando: Clair Mcdonnell.


Um vulto tinha saído da sala de Helene, Clair percebeu e Escórpio também. Clair correu até a porta Escórpio, e quando abriu a porta se deparou com Helene se contorcendo, não se importou com seu uniforme sentou se no chão ensangüentado e começou a chorar.


-Mãe! Fala comigo, mãe! O que aconteceu? MÃE! DIGA ALGUMA COISA!


A voz de Helene era fraca, ela estava quase sem forças.


- Chame... Chame o Alvo... Por... Por favor.


-ESCÓRPIO! VÁ CHAMAR O ALVO! OU A MINERVA, EU NÃO SEI.


- Ta, eu... Eu vou. –Escórpio parecia um pouco desligado do mundo, estava um pouco lesado.


Escórpio saiu da sala correndo a procura de algum professor ou professora acordado, e deixou Clair ao lado de sua mãe.


-Mãe, Por favor, não morre, agüenta, o Escórpio vai trazer alguém, por favor!


Clair percebera que os olhos de sua mãe estavam cheios de água, aos poucos as lágrimas que saiam dos olhos de sua mãe se misturavam ao sangue. Clair não sabia o que fazer apenas se sentou ao lado de sua mãe chorando, a vendo perder sangue e ficar cada vez mais branca e com os lábios roxos, ela não poderia perder a sua mãe deste jeito, mas ela não sabia o que fazer. Talvez, a gente só dê valor quando perde, talvez, essa seja a verdadeira lição que os erros do amor passam para a gente. Dê valor ao que você tem em suas mãos, talvez um dia você não tenha mais. 



* Dectumsempra: Feitiço ''desconhecido'' que Dolohov lançou em Hermione Granger (Ordem da Fênix) 

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