Promessas não se quebram.



Os dias se passaram e já era Sábado. Clair iria a Hogsmeade com Malfoy. Mas como ocorreu... Bem, a briga. Ela ia com Rebecca, acordou, pegou seu celular, não sabia por que, mas pegou, colocou uma roupa simples, e saiu do dormitório, assim que estava no salão comunal deu de cara com quem... O insuportável número 1.  Escórpio Malfoy, sentado em uma poltrona lendo um livro, assim que Clair passou, ele disse.


-Não me ignore Mcdonnell.


-Você pra mim não existe, se me permite, estou indo a Hogsmeade.


-Com quem? Com sua amiga sangue-ruim? É claro! Você só tem a ela de amiga.


-É melhor tela como amiga, do que ter você por perto.


Malfoy não respondeu apenas se levantou puxou Mcdonnell pelo pulso e disse.


-Eu não fiz nada do que você acha que eu fiz. Eu não sei de nada.


Malfoy apertava o pulso de Clair, ele obviamente era mais forte que ela.


-Me solta, Malfoy!


-Não. Acredite em mim.


-Tenha provas.


-Como? Sua amiguinha sangue-ruim tem provas sobre o que ela está falando?


-Bem... Não. Mas, ela é minha amiga. Eu confio nela.


-Já era de se imaginar... –Malfoy soltou o pulso de Clair, e quando ela pôs os olhos, estavam vermelhos.


Clair ia indo para a porta, quando Malfoy a puxou novamente e lhe deu um beijo. Clair não sabia o porquê mais retribuiu, quando se deu conta, o empurrou e gritando disse.


-Seu nojento! Nunca mais faça isso. Nunca! Eu te odeio! –E saiu correndo chorando, olhou pra trás uma vez e só viu o sorriso bobo no rosto de Malfoy.


Saindo das masmorras, Clair passou por muitas pessoas, alguns alunos da Sonserina às vezes a parava pra perguntar o porquê ela estava chorando, um deles foi Hugor Bonn Chase.


-Ei, Mcdonnell? O que está acontecendo?


-Nada, Hugor. Nada.


-Brigou com o Malfoy, de novo? Olha, ele me contou das brigas que vocês tem tido... Eu acho que seria bom você acreditar nele. Um Sonserino não trai o outro.


-Não sei Hugor. Eu vou indo pra Hogsmeade. Obrigada. Mais tarde a gente se fala.


-Fica bem.


Hugor deu apenas um abraço em Clair e Clair foi seguindo, procurando por Rebecca, e a encontrou lendo alguns livros.


-Porque você está com cara de choro?


-O Malfoy.


-O que aconteceu?


-Ele... Bem... Eu não deveria contar.


-Porque, céus? Eu sou sua amiga, não sou? O que ele fez?


-Ele me beijou.


-Céus! Você deixou?


-Sim.


-Por quê?


-Eu... Eu não sei... Não me julgue, por favor.


-Tudo bem. Vamos, então? –Rebecca olhou para a mão de Clair e percebeu que ela estava segurando um celular e disse.


-Porque você trouxe um celular?


-Não sei, achei necessário.


-Essas coisas trouxas, são tão engraçadas.


E assim foram...


Narrando: Escórpio Malfoy.


Faz um tempo que eu sinto algo pela Mcdonnell. Eu não entendo porque ela fez essas coisas. Se bem que eu não entendo metade do que ela diz. Papai já tinha me contando que se apaixonou por uma Sonserina quando tinha a minha idade, ele não dizia o nome. Não sei se seria a mãe de Clair, mas se for... Ele não teria coragem de fazer essas coisas. Não mesmo. Eu não sei por que beijei a Clair, eu simplesmente tive que fazer isso como se fosse a ultima vez que a gente iria se falar.


Derrepente a ouviu se um barulho estranho era a coruja de Malfoy, que aparecera com uma carta. Malfoy a pegou e começou a ler.


Escórpio, mamãe está muito feliz por suas notas. Mas precisamos conversar, venha até em casa hoje. Eu sei que hoje é sábado, e você deveria ir a Hogsmeade com seus amigos ou quem quer que seja. Mas apareça por aqui. Por favor.


Com muito amor.


Astoria Malfoy.


Malfoy guardou a carta em um bolso de sua calça e foi indo em direção a porta. Até que Hugor apareceu e disse.


-Escórpio, eu vi a Clair chorando. O que aconteceu?


-Nada, Hugor. Devo voltar tarde, não sei. Irei para minha casa a pedido de minha mãe.


-Você sabe que pode contar comigo.


Malfoy foi se distanciando, chegando a Hogsmeade, Malfoy viu Clair com Rebecca na Honeydukes, não achou que fosse melhor ir atrás de Clair, afinal, ela está com aquela nojentinha sangue-ruim. E Clair provavelmente não iria lhe dá a mínima. Pegou o trem na estação de Hogsmeade. A viagem foi rápida. Malfoy se perdeu em seus pensamentos até que chegou.


-Meu querido. Que saudades. –Sua mãe lhe recebera com um abraço caloroso, e seu pai apareceu com um sorriso amarelo em seu rosto.


-Escórpio.


-Draco.


O sorriso de Draco se alargou e ele deu um belo abraço em seu filho. Foram até a sala, Escórpio se sentou em uma cadeira e sua mãe em outra, e seu pai também.


-Não quero que você demore muito aqui, meu filho. Então, irei ser direta.


-Fale.


-Soube que você está no mesmo ano que a nojen...  A senhorita Mcdonnell.


Astoria estava prestes a ofender Clair, quando por um olhar Draco a repreendeu.


-Sim. Mas...?


-Quero que você se afaste dela. –Disse Draco, aparentemente com um olhar triste.


-Draco, querido. Poderia ir à cozinha me buscar os bolinhos?


-Astoria! Existe elfos domésticos para isso.


-Por favor. –Astoria olhava diretamente para Draco. Com muito custo e com raiva Draco saiu de sua sala resmungando. O sorriso de Astoria desapareceu em segundos e sua voz ficou fria.


-Quero que você a torture, faça mal, mate-a se for preciso. Tire aquela garota de vista.


-Mãe? Porque isso?


-Não importa! Obedeça, eu sou sua mãe! Prometa! Faça um juramento. Obedeça-me! E não fale nada ao seu pai. Ele mudou muito depois da guerra. Nem parece o antigo Draco Malfoy.


Malfoy percebeu que sua mãe estava com raiva.


-Eu prometo. Eu juro pelo sobrenome Malfoy.


-Muito bem.


Escórpio parecia morto. Assim que Draco apareceu com os bolinhos, ele logo reparou na tristeza de seu filho e pediu.


-Astoria. Estou com saudades do meu filho. Quero conversar com ele, sobre assuntos de homens... Se é que me entende, amor.


-Ah. Tudo bem, querido. Mas Escórpio já está atrasado.  –Astoria foi para a cozinha e deixou Draco e Escórpio a sós.


-O que sua mãe lhe disse?


Malfoy não queria dizer, ele jurou. Foi um juramento, ele não poderia contar para seu pai.


-Ela disse que eu estou muito bonito, e que cada dia que passa me pareço com o senhor.


Draco sorriu não convencido, mas sorriu.


Astoria apareceu derrepente e disse.


-Draco, Escórpio vai se atrasar.


Escórpio se levantou deu um abraço em sua mãe, e foi até a porta com seu pai, sua mãe estava lá dentro. Ele apenas lhe deu um abraço, um pouco mais longo que sua mãe, e começou a chorar. Draco o abraçou mais forte e disse.


-O que há? Não chore. Seja forte, como eu fui. Não cometa o mesmo erro que eu cometi. Não importa o que sua lhe disse, se ela te fez jurar ou não. Não estrague sua vida, Escórpio. Por favor.


Escórpio apenas sorriu, em meio ao choro. E foi embora.


Draco se virou, foi até a sala e disse.


-Você estragou a vida de seu filho, Astoria.


-Fiz o que eu acho melhor.

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