Traidor.



Narrando: Escórpio Malfoy.


            Eu não sabia ao certo o que fazer, eu só tinha que correr a procura de algum professor, essas coisas já estavam passando dos limites... Eu não acreditava que tinha sido a minha mãe, mas agora, eu não sabia mais. Primeiro: Tentar uma Obliviate em meu pai, agora isso? Era loucura... Bem, talvez não seja ela quem esteja causando essas coisas. Mas era difícil acreditar que não.


            Escórpio correra por toda a Hogwarts para procurar algum professor, já estava suado e cansado, não negara que tinha visto o vulto correr, mas não iria a sua direção, não ainda. Até que de tanto procurar, achou Minerva e Alvo assustados na escada.


            - Escórpio! Que barulheira, é esta?


            - A HELENE! ELA... ELA FOI ATACADA, VÁ!


            - Calma Sr, Malfoy. A onde ela está? -Alvo parecia um pouco tranqüilo diante de tudo.


            - Na sala dela, junto com a Clair.


E Escórpio saíra correndo para fora do castelo, ouviu os gritos de Minerva mas não adiantou ele vira mais uma vez o vulto e esta disposto a descobrir que estava fazendo essas coisas. Por muitas vezes o vulto sumia na escuridão, Escórpio segurou firme a sua varinha e foi andando, já estava perto da cabana do guarda-caças quando ouviu uma voz.


- Traindo sua família, Escórpio. Que feio...


A voz rondava Escórpio e ele não sabia para onde apontar a sua varinha, ele não conseguia ver o vulto, estava escuro demais para isso.


Até que então, Escórpio resolveu correr para um lugar mais claro, sabia que o vulto iria lhe seguir. Assim que chegou a frente à cabana do guarda-caças, gritou:


- Venha me pegar, eu sou um traidor e tenho orgulho disso!


Até então tudo estava meio claro, tinha um lampião ao lado da casa, que iluminava mas apenas isso. Só tinha um eterno silêncio até que ele ouviu passos.


- Você é diferente do seu pai, amigo de sangue-ruins e traidores... Você deveria não ter orgulho, você é um bastardo. O filho que ninguém quer, não dá orgulho para os seus pais.


- É? Minha família foi toda manipulada a anos e anos, minha avó quase deu a vida pelo meu pai, meu avô só pensava em si e quase matou toda a sua família em busca do poder. Mas uma coisa que minha avó desde cedo mostrou para o meu pai é que você cuida e protege quem você ama, e ele fez isso comigo. Ele não quis que eu fosse um manipulado, que eu seguisse os mesmo passos dele... 


Não se ouviu mais nada, Escórpio olhava para os lados, mas não ouvia barulhos. Ele agora entrara em pânico não sabia como iria sair de onde estava. Até que ouviu um grito, e a voz ia a sua direção, ele não perdeu tempo e saiu correndo.


- Você vai ter o que merece seu traidor inútil!


A voz corria atrás dele, ela jogava feitiços que por poucos não eram acertados em Escórpio. Ele várias vezes gritava ‘’Protego’’ para poder correr para um lugar melhor, mas, não sabia se iria ajudar, a voz estava ficando mais perto e Escórpio cada vez mais cansado de correr e olhar pra trás para lançar feitiços até que depois se ouve um silêncio e escutou:


- Incendio!


De repente tudo começou a pegar fogo, Escórpio estava cercado e não sabia o que fazer, ele estava em pânico. Ele pegou sua varinha, sua mão estava tremendo e disse. –


            - Aquamenti! –Tudo estava se apagando, e ele percebera que o vulto tinha ido embora, talvez... Até que:


            - Ora, ora, parece que o Escórpio é um bom bruxo, ou será um bruxo bom? Ah, tanto faz. –E a voz ria freneticamente.


            - Escórpio se lembrou de um feitiço que seu pai usava em Escórpio quando estavam brincando de se esconder no armário a noite.


            - Verdimillious!


            E de repente, a voz se iluminou um jato verde corria em volta dela, e ela tentava afastar aquilo com suas mãos, mas parecia não sair.


            - O que você fez comigo? Diga!


            - Locomotor Mortis!


            A voz que estava cercada por um jato verde de luz caiu ao chão, ela não conseguia se mexer e gritava e gritava mais alto.


            - Me solta! Você vai pagar quando eu me soltar!


            - Eu posso deixar você ai, até a eternidade... –Escórpio se dirigiu até a voz, se abaixou e tirou seu capuz, viu longos cabelos morenos, e por um momento pensou que fosse sua mãe, a raiva encheu em seu coração.


            - Estupefaça!


            Escórpio jogou o corpo paralisado que bateu em uma árvore e desmaiou, Escórpio temeu que o corpo estivesse morto devido ao choque contra a árvore, chegou mais perto e disse.


            - Locomotor Liber.


            ‘’ Escórpio da próxima vez use feitiços do 4°, ou de anos mais a frente. Feitiços do primeiro ano são dignos de dó ‘’ Pensou consigo mesmo e saiu correndo, chegando à escola percebera que sua roupa estava suja e que já tinha muitos alunos acordados, ele saiu correndo em direção as masmorras, quando chegou, percebeu que tinha uma aglomeração de alunos de outras casas e da Sonserina na porta do Escritório de Helene. Assim que ele chegou Clair o abraçou e disse.


            - Aonde você foi? –Ela estava com lágrimas entre os olhos, Helene já não estava mais no escritório e o sangue já tinha sido limpo.


            - Nada...


            - Como nada? Você apenas me abandonou?


            - Não, Clair.


            - Então onde estava?


            - Procurando quem causou isso.


    - Matou? Digo... Achou?


    - Não... Cadê a Professora...


    - Helene? Eles a levaram pro St Mungus agora pouco, disseram que o que causou isso foi Dectumsempra, parecido com Sectumsempra, mas que causa danos interiores e pode... Sabe matar.


    - Helene? Então... Porque eu não soube disso, tudo?


            - Eu não sabia se eu poderia confiar em você, achei que você fosse me matar.


De repente, uma voz familiar entrou na sala, empurrando uns alunos que ainda estavam olhando na porta o que estava acontecendo apareceu Rebecca.


     - Clair! E oi... Malfoy.


             - Rebecca. –Escórpio pareceu não ficar feliz e se lembrou das palavras que o vulto disse ‘’ Você é diferente do seu pai, amigos de sangue-ruins e traidores. ‘’ E essa voz ia se repetindo e repetindo em sua mente.


    - O que aconteceu, exatamente? Oh, eu me culpo tanto por não ter ficado para fazer a monitoração até mais tarde com vocês.


    - Em que você iria ajudar Rebecca? Da ultima vez foi você que foi atacada. –Dizia Escórpio, limpando a sua boca que escorria um pouco de sangue.


    - Oras mais... – Rebecca parecia ter ficado irritada quando Clair a cortou e disse:


    - Escórpio tem razão, Rebecca. Não que duvidamos dos seus poderes. Mas da ultima vez você foi atacada com um Estupefaça sem ter ao menos chance de gritar ‘’ai’’.


    - Eu duvido dos poderes dela... –Escórpio riu, mas Rebecca apenas o olhou feio.


Uma voz, agora, invadia o corredor, era Alvo que mandava os alunos irem para o salão comunal de suas casas e não saírem de lá até que fosse dada a ordem. Ele chegou ao escritório e disse.


      - Rebecca, seus colegas da Lufa-Lufa te esperam... Clair, por favor, acompanhe a senhorita Rebecca. Eu tenho assuntos particulares a tratar com o Senhor Malfoy.


Rebecca e Clair saíram da sala, deixando apenas Escórpio e Alvo.


  - Me diga o que você foi procurar.


  - Quem estava fazendo isso.


          - Achou?


Escórpio demorou a responder, olhou para o chão e disse. – Não.


          - Tem algo que queira contar?


          - Não.


          - Então... Tudo bem. Volte para o salão comunal da Sonserina.


            Malfoy se levantou e encontrou Clair e Rebecca ainda nas masmorras e seguiu com elas até. 

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