Bruxa poderosa? Eu?



Clair acabou dormindo chorando, não conseguia entender como o Malfoy conseguia ser tão estúpido. Oras, era a mãe de Clair, ela deveria pelo menos saber o que ela é, ou pelo menos o que aconteceu com ela. Clair deixou de pensar um pouco nisso e foi para a sua primeira aula. Felizmente, era a sua aula preferida. Defesa contra as artes das trevas. Saiu do salão comunal da Sonserina, e foi direto para a sala de aula que não era muito distante do Salão comunal. Assim que entrou percebeu que a professora ainda não tinha chegado. Mas Escórpio estava lá. Ela se perguntou o que aquele estúpido estava fazendo ali, ele era do quarto ano, provavelmente, pelo que Clair sabia, deveria está em outro lugar, assistindo outra aula.  Percebeu que não tinha muitos lugares sobrando o quarto ano da Sonserina estava inteiro naquela sala, junto com o primeiro ano, não tinha muitas mesas e cadeiras sobrando. Na verdade, só tinha um. Que era exatamente a de Clair.  Ela sentou-se a frente de Malfoy. E tentou ignorar o que ele fazia com seu cabelo, tentava ignorá-lo quando ele lhe mandava um bilhete, e foi ignorando. Até que a professora chegou. Com um estalo à medida que ela passava as janelas iam se fechando, fazia um estrondo à batida das janelas contra as paredes e ventava e muito. 


-Alunos da Sonserina, vocês já sabem, meu nome é Catherine Hussaim. Sou a nova professora de defesa contra as artes das trevas. E ensinarei com as turmas juntas. Não tenho paciência para aturar, vocês monstrinhos separadamente. Começarei com a chamada.  E assim foi falando o nome de todos os alunos da sala. Fez uma cara terrível quando disse o nome de Escórpio. E chegou ao nome de Clair.


-Clair... Mcdonnell. Vejo que a nova Sonserina já fez amizade com o senhor Malfoy.


-Não. Eu não fiz amizade com ele.


-Que seja. Abram o livro Frente ao Irreconhecível, na página 213 e leiam apenas os dois primeiros parágrafos.


-Maldição Cruciatus. Eu devia usar essa maldição em você Mcdonnell. –Dizia Malfoy todo orgulhoso.


-Se você quiser ser expulso de Hogwarts e ir para Azkaban, vá em frente senhor Malfoy. –A professora Catherine, ouviu o que Malfoy disse e não deixou barato. –Eu não queria tirar pontos da minha própria casa, mas se for necessário. Eu tiro.


Malfoy abaixou a cabeça, e começou a ler os dois primeiros parágrafos da página 213 e assim Clair fez. Quando a aula terminou Malfoy foi o primeiro a sair da sala, e Clair ia saindo logo atrás, mas Catherine a chamou.


-Saiam todos. Clair preciso falar com você.


Clair ficou tentando imaginar o que aconteceu para que sua professora nova a chamasse sem mais nem menos.


-Clair, entenda o senhor Malfoy. Entenda a sua criação. Eu sei que é difícil. Mas entenda. Agora vá embora.


-Mas... Porque a senhora...? O.k. Eu vou.


Porque Catherine falara essas coisas? Será que ela tinha visto a briga que Clair teve com Malfoy na sala comunal da Sonserina ontem à noite? Clair preferiu não pensar nisto, ainda.  Saiu da sala, e ficou tentando se imaginar para onde iria. Ela sabia que agora não iria ter mais aula, a sua próxima aula, era daqui á uma hora mais ou menos.  Saiu das masmorras, e foi em direção ao pátio.  Estava andando distraída com seus livros até que esbarrou em uma garota quase mais ou menos do seu tamanho, morena, e com leves cachinhos no seu cabelo. Clair não a ajudou a pegar seus livros. Olhou para o brasão de seu uniforme e logo pensou ‘’ ah... Panaca. ‘’


-Qual seu nome?


-Rebecca Hussaim. Desculpa sou muito desastrada. Ainda não me acostumei com este lugar.


-Tudo bem. Meu nome é Clair Mcdonnell. –Elas apertaram as mãos, mas logo Rebecca deu um pulo.


-Você é a menina do cordão da Slytherin? A lufa-lufa toda está falando sobre você. Dizem que você é muito poderosa.


-Besteira. Mas sou sim. –Clair mostrou o colar para Rebecca, que ficou muito admirada.


-Você é filha da Professora Catherine Hussaim?


-Não. O sobrenome Hussaim é muito comum.


-Ah entendo.  Como sabem do meu cordão?


Rebecca não respondeu, apontou para o menino loiro encostado na janela, refletindo sobre alguma coisa. –Ele... Contou.


-Ah. Só podia ser o Malfoy.


-Ele disse que sua mãe roubou o cordão do Salão Comunal da Sonserina. E enfeitiçou e lhe deu, para que você se tornar-se a bruxa mais poderosa.


-Ele é ridículo. Minha mãe enfeitiçou este colar, por amor. Não foi por querer me tornar uma bruxa poderosa.


-Bem, que seja. Eu tenho aula de Herbologia. Eu vou indo. Depois, no jantar nos falamos.


-Tchau. –Clair deu um sorriso amarelo, mas logo tirou sua varinha do seu uniforme, e se dirigiu para o loiro que estava aparentemente chorando, ou apenas refletindo na janela.


-Malfoy. Venha comigo.


-O que você quer nojentinha?


-Nada que doninhas quicantes precisem saber. Venha.


Clair puxou Malfoy pelo braço e o levou até uma árvore próxima. Perto da Casa de Hagrid.


-Que história é essa de você inventar mentiras sobre mim, e minha família? Olha só Malfoy. Eu não fico espalhando por ai que sua família está destruída, que seu pai foi um tonto influenciável, que sua avó é uma burra, e que seu avô só pensa em si mesmo. Não falei para ninguém o quanto acho sua mãe uma sem sal.


-Olha como você fala da minha família Mcdonnell. Pelo menos todos da minha família souberam honrar a casa verde e prata. Diferente da sua uma bruxa, amiga de grifinórios e que se casou com um corvino. Típico de quem adora sangue-ruins.


-Repete de novo. Malfoy!


-Sangue ruim. Você é. Sua mãe é. Seu pai é. Você é um nojo.


Clair não conseguiu dizer nenhuma palavra. Apenas sentou-se perto da árvore e começou a chorar, não conseguiu sacar sua varinha. Não achou necessário fazer esse tipo de coisa. Malfoy percebeu que tinha feito uma coisa errada, se abaixou e disse.


-Para de chorar, Mcdonnell! Se virem você chorando, a Sonserina pode perder 10 pontos, e se você contar que a gente brigou. Perderemos pontos. Não iremos ganhar a taça das casas... –Malfoy estava sem saber o que fazer, mexia em suas mechas loiras, impaciente, até que gritou.


-ME ESCUTA CLAIR!


Clair que olhava pra baixo até então, olhou pra cima, para os olhos de Malfoy. Ele colocou a sua mão no rosto de Clair e limpou sua lágrima e tornou-se a dizer.


-Olha. Eu não sei. Mas, Eu não sei. Olha... É... Clair. Ai, Merlim. Tá. Enfim.


Eu sei não deveria ter dito essas coisas. Pois nossas famílias tem quase os mesmo problemas. São diferentes, mas são iguais. É difícil de entender. Você tá me entendendo? Desculpa.


Clair não acreditava que Escórpio tinha dito essas coisas. Não acreditava que ele mudou. Ela sempre achou que Draco, pai de Escórpio. Ele sim... Tinha mudado. Mas não achava que seu filho seguiria os mesmo paços do seu pai. Ela deu um sorriso. E o abraçou, ele não retribuiu o abraço. Apenas levantou e disse.


-Eu tenho aula, Mcdonnell. E não me abrace nunca mais.


-É. Eu também tenho aula. Não posso perder meu tempo com doninhas quicantes.


-E eu não perco meu tempo com choronas.


-Tchau Malfoy. Desaparece.


Clair se levantou, limpou seu rosto com sua mão. E foi andando. No caminho, iria procurar qual era sua próxima aula. Ela achava que era poções. Mas não tinha tanta certeza.  Até que viu um ser velho de barbas longas comendo alguns doces.


-ALVO! –Clair correu entusiasmada e o abraçou.


-Clair. Quanto tempo não há vejo. Estava indo te procurar. Vamos, venha comigo.


-Para onde?


-Oras meu escritório.


Clair e Alvo foram andando, chegando ao escritório. Clair sentou-se.


-Senhorita Mcdonnell. Acho que está na hora de nós treinarmos seus poderes. Aliás, eu trouxe a sua professora Catherine Hussaim. Para te ajudar.


-Olá Clair. O que estava acontecendo? Eu vi você chorando.


-Não. Besteira. Eu sou muito chorona.


-Não é besteira se você se importar. Mas enfim.


-Eu vou deixar vocês a sós. Se quiser, tem doces, na segunda gaveta. Clair.


-E então senhorita Clair. Eu irei te ajudar com o seu cordão. Ele está protegido por uma magia muito forte. Algo que poucas pessoas a não ser quem o enfeitiçou pode desfazer. Mas, eu não sou sua mãe. Então, iremos fazer com que seus poderes apareçam.


-Comece com alguma coisa. Um feitiço talvez.


Clair pegou sua varinha. E apontou para o pacote de doces que estava em cima da mesa.


-Engogio!


O pacote de balas cresceu. 


-Muito bem. Muito bem. Como aprendeu esses feitiços? Eles só são ensinados no 4° ano.


-Livros.  Minha mãe era amiga da Rowling.


Catherine derrepente não respondeu abaixou sua cabeça, mas logo disse.


-Você deveria está no 4° ano. Ou pelo menos no 3° é muito injusto uma aluna de 14 anos está apenas no primeiro ano. 


-Tem certeza? Eu não agüentaria ficar perto do Malfoy. Se assistir suas aulas com ele, já são um fardo. Imagine ter que estudar todas.


-O problema não é o Malfoy. Pense apenas em você. Vou falar com Alvo sobre isso, sem mais. Vamos. Treine mais outro feitiço. Agora, desta vez, em mim.


- Expelliarmus!


A professora Catherine voou longe, bateu na parede e não se levantou.  Clair achou que ela estava desmaiada, mas logo com dificuldade ela se levantou.


-Muito Bom! Agora tente uma mais simples.


-Wingardium Leviosa. –Clair apontou para o pacote de balas que ela tinha usado Engogio, e ele foi flutuando...


-Muito bom.


E elas ficaram treinando por um bom tempo. Até que Clair notou que tinha aula.


-Professora, eu deveria está na aula de poções.


-Não mais, Clair. Eu pedi ao professor que te liberasse da aula. Agora. Ande. Já deve está tarde. Volte para o salão comunal e se arrume para o jantar. Eu irei falar com Alvo sobre sua transferência de ano.

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