Chapéu seletor?



-Alvo, eu não tenho dinheiro bruxo para comprar os materiais, nem ao menos eu tenho uma varinha.


-Não se preocupe Clair. Eu me dei ao luxo de comprar todos os seus materiais e vestes, menos... Sua varinha. Achei que a varinha deveria te escolher. Para você se adaptar melhor com ela. Tem varinhas que não são feitas para determinados bruxos, sem ofensas, mas é verdade.


-Não, eu entendo. Eu queria mesmo experimentar pela primeira vez uma varinha.


A conversa de Alvo e Clair estava ótima, eles iam seguindo reto da Rua de Clair, até na outra rua, para aparatarem quando Alvo falou.


-Não podemos aparatar, teremos que ir ao beco diagonal primeiro. Comprar sua varinha. –Alvo deu um sorriso.


-Então teremos que ir de trem? Mas, Ólen não pode ir de trem. –Clair disse um pouco assustada.


-Ólen, sua missão terminou por aqui, por enquanto. Volte para Hogwarts.


Ólen derrepente sumiu, em um estalo de dedos.


A viagem de trem não demorava muito, Clair e Alvo foram calados até então, as pessoas olhavam para Alvo com suas vestes estranhas. Até que Clair se lembrou.


-Alvo, quem era o moço árabe que me entregou a carta? A primeira carta que você mandou?


-Ah sim... Joseph Snitch. Um velho amigo.


-Ah... Ok.


E seguiram a viagem em silêncio, mas Clair falou novamente.


-Porque eu não recebi nenhuma carta como as outras pessoas? Digo. Bruxos?


-Você está atrasada uns 2, 3 meses. Senhorita Mcdonnell.


-Ah, esqueci disso. Ok.


E seguiram a viagem. Quando saíram do trem Clair estava impressionada com a quantidade de pessoas olhando para ela, e para Alvo.


-Alvo... Ali é o caldeirão furado? –Clair apontava para um barzinho sujo.


-Sim, entraremos ali. Não se espante com as pessoas que tem lá, tem gente de todo o tipo.


-É eu me acostumo.


Entraram no Caldeirão furado, um garçom falou com Alvo entusiasmado.


-Alvo, meu caro. O que está fazendo aqui? E quem é esta moça bonita? Algum parente seu?


-Não. Está é a Senhorita Clair Mcdonnell. Uma grande bruxa. –Alvo gostava de falar que Clair era uma grande bruxa, Clair ainda não entendia o porquê, e se sentia um pouco incomodada com isso.


-Ah, uma grande bruxa, e muito bonita por sinal.


-Chega. Não fique cantando minha aluna.


-Desculpe. – E logo o garçom saiu, Alvo e Clair passaram pelo bar e saíram em um pátio murado, onde não havia nada exceto uma lata de lixo e um pouco de mato. Clair ficava tão entusiasmada, e ao mesmo tempo cansada de segurar sua enorme mala. Alvo pegou sua varinha e começou a contar os tijolos.


- Três para cima... Dois para o lado... –Alvo bateu três vezes de leve com a varinha no muro, e logo o que era um muro bastante sólido se formou uma passagem para um magnífico lugar.


-Vamos, não temos muito tempo. Precisamos ir direto ao Olivaras comprar sua varinha.


Assim, que Clair e Alvo entraram na loja um sininho tocou e um velho baixinho apareceu.


-Alvo, meu caro. O que lhe trás aqui? Não quebrou a varinha, certo? Mas, quem é esta jovem tão linda, algum parente seu?


-Não. Uma aluna atrasada para Hogwarts.


-Ah sim... Pois vejamos... Tente esta, cordas de coração de dragão, mogno. 28 cm.


Clair esticou a mão com a varinha e ficou meio que sem jeito.


-Diga alguma coisa. Um feitiço se você souber.


-Hm... Lumus!


A varinha não acendeu, pelo contrário explodiu o jarro de flores do Sr. Olivaras.


-Você sabe alguns feitiços senhorita Mcdonnell? –Alvo dizia encantado, por Clair saber alguns feitiços.


-Sei alguns, Alvo. Poucos na verdade. Sei até os imperdoáveis. Mas não irei usar, é claro.


-Teste essa, Pêlo de Unicórnio, Bordo. 18 cm. –O senhor Olivaras parecia meio apressado, ou era só impressão de Clair. Clair mal estendeu a mão, e tudo o que estava na prateleira do Senhor Olivaras caiu no chão. Ela o devolveu a varinha, e ele foi até o fundo do corredor procurar alguma varinha para Clair.


-Aqui está. Mogno, Pena de fênix, 18 cm. É uma ótima varinha, e muito poderosa também. Use a com cuidado.


Clair pegou a varinha, de inicio não aconteceu nada.


O senhor Olivaras então teve uma ideia. Ficou na frente de Clair e a mandou erguer sua varinha, quando ele dissesse três ela, lançaria algum feitiço nele.


-Tem certeza?


-Absoluta Miss Clair. 1, 2, 3!


Clair pensou em Sectumsempra, seu feitiço preferido, mas seria maldade cortar o Sr. Olivaras. E então falou o que veio em sua cabeça.


-Expelliarmus!


E a varinha funcionou corretamente, o senhor Olivaras tinha sido arremessado contra suas prateleiras cheias de varinhas. Ele, em um pulo se levantou e disse.


-Bem. Acho que você encontrou a sua varinha. Não devo negar que esta varinha é a cara da dona.


-Por quê?


Alvo interrompeu a conversa de Clair e do Senhor Olivaras e disse.


-Temos que ir, Clair. –Alvo pagou o senhor Olivaras, Clair se despediu dele, e foram os dois para o Caldeirão furado novamente. Alvo recomendou que Clair guardasse sua varinha, e assim ela fez, colocou a sua varinha em um bolso de sua calça. Saíram do caldeirão furado, e iam em direção a estação de trem. Alvo estava com duas passagens para a Plataforma nove ¾ e assim eles foram. Chegando à plataforma, bem ao meio de Plataforma nove, e Plataforma 10. Alvo disse.


-Bom, apenas corra contra o muro.


-Tem certeza?


-Clair, você comprou uma varinha, viu um elfo. Entrou no beco diagonal. E você ainda tem duvidas que vá passar em um simples muro?


-Ah, Claro. Não.


Clair fechou os olhos, se concentrou bem e correu contra o muro. E passou. Agora via apenas uma locomotiva e logo Alvo chegou.


-Então... Clair. Vamos.


Clair entrou na locomotiva, ao invés de cheia, como ela esperava, estava vazia. Mas o que era de se esperar? Clair estava atrasada dois meses. Entrou em uma cabine e se sentou Alvo logo após se sentou ao lado dela. E mais uma vez a viagem foi em silêncio, Clair não tinha vontade de perguntar nada. E Alvo não falava muito. Mas Clair começou a se incomodar com o silêncio e disse.


-Alvo, a qual casa você pertence?


-Eu pertenço, a Corvinal. Assim como seu pai.


-Ah. Qual casa você acha que eu pertenço?


-Se eu não estiver enganado. Grifinória, ou Sonserina.


-Tomara que esteja certo. Não quero entrar para a Lufa-Lufa. É uma vergonha.


Alvo riu. E perguntou:


-Clair, como você sabe esses feitiços?


-Aprendi com os livros.


Finalmente o trem parou, Clair desceu do trem e logo em seguida Alvo desceu.


-Alvo, eu vou visitar seu escritório, um dia?


-Sim, Clair. Sim.


-Teremos que ir nesses barcos.


E assim eles atravessaram o grande lago por um pequeno barco. Assim que subiram as escadas. Um gato estava lá. Já era de noite. E Alvo logo disse.


-Minerva, andou nos esperando?


E derrepente o gato se transformou em uma pessoa.


-Mas é Claro, Alvo. Quero ver sua aluna favorita. E derrepente Minerva olhou severamente para Clair, colocou a mão em seus cabelos, e lhe deu um sorriso. Clair ficou um pouco aliviada depois disto.


-Como se chama minha querida?


-Clair, Clair Mcdonnell.


-Bem vinda, atrasada. Mas bem vinda a Hogwarts, Deixe suas malas ai, logo, alguém irá levá-la para a sua casa quando você for selecionada, mas agora, vista suas roupas. Não deixarei que a senhorita se apresente assim. E então Minerva, tirou de uma bolsa que estava encostada na escada e lhe entregou suas roupas. Clair sorriu para Alvo e sussurrou um obrigado. Minerva a levou até uma sala próxima e Clair se trocou. Clair entrou com Minerva no salão. Clair notou que Alvo já estava em sua mesa com os outros professores. Clair então perguntou.


-Aonde que eu irei me sentar?


-Bem. Conosco. Você ainda não tem casa, e só será selecionada depois do jantar. Venha comigo.


E Clair e Minerva atravessaram o salão. Clair ouvia os murmurinhos dos alunos, se perguntando quem era aquela aluna, e alguns da Sonserina e da Grifinória, elogiando ou talvez a criticando. Clair se sentou ao lado de Alvo e de Minerva e assim, eles jantaram. Ao final do jantar Minerva se levantou e disse.


-Atenção! Peço a todos vocês, atenção! Iremos, hoje. Selecionar esta pequena bruxa. –Virou se para trás e chamou Clair, que por um empurrãozinho de Alvo, foi até onde Minerva estava. - Por motivos pessoais, ela não pode ser selecionada e ter freqüentado as aulas como todos os outros. Mas, como todo bruxo, tem direito a educação. Dêem as boas vindas, a Clair Mcdonnell.


Uma salva de palmas ecoou em todo o salão, Clair não sabia se ria, ou se ficava vermelha com os comentários que faziam. Minerva logo disse.


-Sente se, naquele banco.


Clair se sentou em um pequeno banco e Minerva colocou o chapéu seletor em sua cabeça e ele disse.


Ah, você podem me achar pouco atraente,


Mas não me julguem só pela aparência


Engulo a mim mesmo se puderem encontrar


Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.


Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,


Suas cartolas altas de cetim brilhoso


Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts.


E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.


Não há nada escondido em sua cabeça


Que o Chapéu Seletor não consiga ver,


Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer


Em que casa de Hogwarts deverão ficar


Quem sabe sua morada é a Grifinória,


Casa onde habitam os corações indômitos.


Ousadia e sangue-frio e nobreza


Destacam os alunos da Grifinória dos demais,


Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,


Onde seus moradores são justos e leais


Pacientes, sinceros, sem medo da dor,


Ou será a velha e sábia Corvinal


A casa dos que têm a mente sempre alerta,


Onde os homens de grande espírito e saber


Sempre encontrarão companheiros seus iguais,


Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa


E ali estejam seus verdadeiros amigos,


Homens de astúcia que usam quaisquer meios


Para atingir os fins que antes colimaram.


Vamos, me experimentem! Não devem temer!


Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!


(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)


Porque sou único, sou um Chapéu Seletor!


- Difícil. Muito difícil. Você daria uma excelente bruxa, na Grifinória. Mas seu coração não pertence a esta casa. Realmente muito difícil. Espero não me arrepender. Mas... SONSERINA!


Clair abriu um sorriso de orelha a orelha, Sonserina sempre foi a sua melhor casa, sua casa preferida.


Minerva a chamou e disse bem baixinho.


-Sente-se para a sobremesa na mesa da Sonserina, e não ligue para os comentários.


Clair desceu os degraus da mesa, mas antes de ir à mesa da Sonserina. Olhou de volta para Alvo. Que lhe deu um belo sorriso, e lhe ergueu sua taça.


Clair ficou realmente com muita vergonha de sentar em uma mesa cheia de bruxos que ela mal conhecia. Sentou se ao lado de uma garota, que pelo visto não deve ter ido muito com a sua cara. Mas sua atenção foi chamada para outro lado. Mas a frente, tinha um menino loiro. Muito semelhante... Ah sim... Draco Malfoy. Mas não poderia ser ele. Ele já está velho, provavelmente. Clair pensou que só poderia ser seu filho, ou algum parente. Ele olhou para ela, lhe deu um sorriso meio seco e lhe disse.


- Bem vinda a Sonserina, Mcdonnell. O que você é?


Clair, não entendeu muito bem. Mas respondeu.


- Sangue puro, você acha que sangues ruins entrariam na Sonserina? Francamente né. Meu pai foi da Corvinal e minha mãe uma Sonserina nata. –Clair gostava de provocar, e fez questão de dá ênfase na palavra nata.


- Não sei. Do jeito que esta escola anda de mal a pior... Mas qual o nome dela então? Se ela foi tão grandiosa, seu nome deve está marcado. Assim como o nome do meu pai. Draco Malfoy.


-Clair abaixou sua cabeça, e cai uma lágrima na mesa. Tentou esconder que estava chorando, e não respondeu mais a aquele menino loiro. Mas de uma coisa ela estava certa. Sim, ele era filho de Draco Malfoy.

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