Amizades e passado.



Clair se arrumou para o jantar, a ideia de ter que assistir o resto do ano ao lado de Escórpio não era legal. Ele... Tudo bem, os dois se pareciam muito no tipo: arrogantes, metidos e afins. Mas, era insuportável a convivência com aquele filho de doninha quicante. Clair decidiu tirar um pouco sua maquiagem, colocou só o básico, ou melhor, nada. E se dirigiu ao jantar. No caminho encontrou Rebecca com um envelope na mão.


-Ei. Rebecca, o que você faz aqui nas masmorras? Aqui é lugar dos Sonserinos, Lufos não entram aqui, você já deve saber. Você não quer que eu tire pontos da Lufa-Lufa, não é?


-Desculpa senhorita Mcdonnell. Eu... Vou à sala da professora Hussaim. Ela me chamou. Você poderia me esperar?


-Ah, é brincadeira. Eu não vou tirar pontos da Lufa-Lufa. Sim. Espero. Irei ficar aqui te esperando.


Clair ficou encostada na janela, e esperou o tempo passar. Percebeu por um momento que Rebecca não entrará na sala da professora Catherine, mas sim no dormitório da Sonserina. Mas achou que era só impressão sua. Enfim Rebecca voltou, e Clair não soube da onde ela tinha surgido, pois estava distraída pensando como será seu ano daqui pra frente. Já se passou dois dias, que ela estava em Hogwarts. E já tinha aulas particulares com uma professora, se tornou amiga de uma Lufa, e amiga de um insuportável.


-Vamos? –Rebecca dizia.


-Ah sim.  Vamos.


Clair foi conversando com Rebecca no meio do caminho e descobriu que tinham muito em comum. Como Clair, Rebecca também queria ser o batedor de algum time de Quadribol. Descobriu que Rebecca é mestiça, ou seja, sua mãe é uma bruxa, mas seu pai um trouxa.  E mesmo com isso de família, sangue puro, sangue ruim, Clair se tornou amiga de Rebecca. Chegando ao salão, Clair percebeu que a professora Catherine já estava em sua mesa. E não em seu escritório como, Rebecca tinha dito. Mas, Clair deixou passar. Não iria perguntar o que Rebecca foi fazer no escritório, logo quando ela finalmente conseguia ter uma amiga.  Despediu-se de Rebecca, e foi para a sua mesa. Sim, ela ouvia muitos burburinhos e provavelmente comentários insultando Clair, por andar com uma Lufa.  Sentou-se em sua mesa, ao lado de Escórpio, que desde então não falara muita coisa. Apenas o necessário, não sorriu não a insultou. Clair achou isso muito estranho, mas deixou pra lá. Ele era mesmo estranho.  No final do jantar, Clair foi chamada pela Professora Minerva que lhe informou.


-Mcdonnell. Amanhã você irá ter aulas com os alunos do 4° ano, depois ao invés de suas aulas opcionais, você irá ter aula com a Professora Catherine, que irá lhe ensinar a aperfeiçoar seus poderes.


-Ah, tem certeza? Eu não sei muitas coisas. Nem sei a matéria do quarto ano. –Dizia Clair tentando fazer com que Minerva a deixasse no primeiro ano.


-Você é uma bruxa incrível, ou melhor, vai ser. Não tem desculpas senhorita Mcdonnell. Amanhã, na aula de Herbologia. Agora, licença.


E a professora Minerva foi se afastando, Clair foi andando sozinha, até que ouviu um barulho. Era Malfoy lhe chamando em um pequeno canto escuro do corredor.


-Ei, Mcdonnell. Vem cá.


-Malfoy, eu não sou um cachorro. Peça por favor.


-Nunca.


Mas mesmo assim, Clair foi andando na direção de Malfoy.


-O que irá fazer amanhã?


-Tenho aula com o 4° ano, depois vou ter aula particular, e acho que só. Por quê?


-Aula com o 4°ano? Como assim?


-A Diretora Minerva me transferiu para o 4° ano. Infelizmente, serei da sua sala. Primeiro tempo de Herbologia, não esqueça.


-Enfim. Vai ser melhor. Pelo menos vou ter alguém pra caçoar. Enfim. Amanhã, ás 5 horas no campo de Quadribol.


-Por quê? Malfoy, o que eu vou fazer lá? Não. Não vou.


-Boa noite, Mcdonnell. 


E Malfoy, foi se distanciando, entrou no salão comunal da Sonserina. Clair o seguiu, mas achou melhor não entrar no dormitório masculino. Hoje, eles não tinham que monitorar a escola, e os quartos para os monitores ainda não foram re-construídos.  Clair foi para o seu dormitório, deitou em sua cama, e tentou dormir. Não parava de pensar naquele filho de doninha quicante, não que ela gostasse dele, ou sentisse algo por ele, isso era meio óbvio que não. Mas, o que ele queria com ela, amanhã às 5 horas? E justo 5 horas da manhã? Era muito cedo. Mas Clair iria ver o que ele queria do mesmo jeito. Só não poderia ser brincadeira para ela ficar de castigo, pois se não a Sonserina iria perder pontos. Clair tentou dormir, mas não conseguiu, viu que tinha algo lhe espetando, ela um bilhete que dizia.


Senhorita Mcdonnell.


Soube que a senhorita está tendo aulas particulares, muito bom, vejo que irá conseguir controlar seus poderes seu um colar. E enfim poderemos devolvê-lo para o seu verdadeiro dono, a Casa Sonserina. Fico feliz por você fazer amizade com uma Lufa, por mais que isso seja vergonhoso às vezes. Tenha bons sonhos. E cuidado com o Malfoy. Ninguém sabe o que passa na cabeça daquele jovem.


CH, Hazel Boots. 

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