Mãe.



Clair se arrumou, já estava tarde e iria pro jantar. Estava torcendo para Minerva falar alguma coisa sobre os quartos dos monitores. Há tempos, ela estava querendo um espaço só para ela e não podia. Esse ano as regras estavam diferentes, cada casa tinha dois monitores, para reforçar a guarda. O lado ruim dá coisa é que praticamente iria morar com Escórpio. Iria dividir um mini apartamento com ele, e já não bastasse ele querer matá-la. Hugor, desta vez esperou Clair, no salão. Clair se sentou ao lado esquerdo de Hugor, e Malfoy ao lado direito. Não se dava um pio, até que Hugor falou.


-Clair. Eu soube que você poderia ser uma boa batedora.


-Eu? Não. Não acho uma boa ideia.


Derrepente ouviu se um chute era Escórpio que acabara de chutar por debaixo da mesa a perna da Hugor.


-Porque não? Ora mais. Eu te ensino.


-Você venceu Hugor. Que horas começa o treino?


-Nos intervalos, e é claro. Às 5 da manhã.


Clair sorriu, mas não queria realmente fazer isso. Porque ele tinha a convidado? Ele se esqueceu de que Escórpio quer tentar matá-la? Ou ele está ajudando Escórpio a fazer mal? Mas os pensamentos de Clair foram interrompidos pela voz de Minerva.


-Alunos, especialmente, vocês... Monitores. Sei que há meses tem sido difícil vocês monitorarem a escola, devido a problemas com o castelo. E porque eu acho que a escola é perigosa à noite. Mas, é com muito prazer que eu digo a vocês que seus quartos já foram arrumados. Cada casa terá um quarto, um mini escritório e um banheiro. Dirijam se, monitores até aqui, para que eu vos diga as senhas de seus novos quartos. Vocês começam a monitorar a partir de hoje.


Clair olhou para a mesa da Lufa-Lufa, Rebecca parecia ter entendido o recado. Clair não estava nenhum pouco satisfeita em dividir um quarto com Escórpio.


Clair se levantou, e de propósito esbarrou em Escórpio que a olhou feio. Felizmente Clair vira que Rebecca também levantara.


-Porque você não me disse que era monitora?


-Não achei necessário.


Clair então foi até a professora Catherine junto com Escórpio que estava ao seu lado sem falar uma palavra.


-Catherine, qual a senha?


-Slytherin Pride.


Assim que Escórpio ouvira a senha, se afastou e Clair chegou mais perto e disse.


-Eu preciso desabafar. Eu preciso contar a você o que eu descobri. Por favor, me ajude.


-Na minha sala, depois do jantar.


Clair se dirigiu novamente a mesa de sua casa. Chegando lá, deu um leve abraço em Hugor e um beijo em sua bochecha e disse.


-Amanhã, às 5 horas da manhã.


-É claro Mcdonnell. Iremos ganhar a Grifinória este ano, com certeza!


Mcdonnell riu, e se levantou. Estava indo procurar onde ficaria os quartos dos monitores. Até que ouviu mais outro chute e a voz de Escórpio.


-Você está provocando, ou o que?


-Quero ver, se você suporta a Mcdonnell. Brincadeira, Escórpio. Você gosta dela. Por favor, aceite os fatos. Vocês são da mesma casa.


-Já não basta dividir um quarto com ela, ainda vou ter que jogar Quadribol. Você não percebe mesmo, que eu não quero... Bem... Matá-la.


-Talvez.


Clair percebeu que estava parada perto deles e continuou a andar, não foi procurar os quartos dos monitores, foi direto a sala de Catherine. Entrou em sua sala, percebeu que a porta estava aberta. Sentou se na poltrona e ficou olhando os livros. Estava escuro. Derrepente percebeu um envelope com o nome, Helene Clark.


O pegou e começou a ler.


Draco Malfoy.


Mansão dos Malfoy.


Não sei o que te fiz. Não sei o que aconteceu você sabe que eu não seria um monstro a ponto de fazer algum mal a sua família, especialmente a sua filha. Escórpio esteve aqui hoje, e ele contou previamente sobre Clair Mcdonnell. Eu não posso afirmar nada, mas Astoria anda provavelmente lendo as minhas cartas, e provavelmente ela falou alguma asneira para Escórpio. Olhe meu filho. Não deixe que ele faça nada. Você, assim como eu, sabe a verdadeira história, você não quis contar ao seu marido, e colocou a culpa inteira sobre mim. Mas você sabe que não sou o monstro que pensam que eu sou.


Μερικές φορές, η αγάπη δεν τελειώνει όταν λέτε ότι είναι πάνω.


Helene Claire Clark.


Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.


Clair ficou confusa. Porque diabos, sua professora estaria interceptando as cartas de sua mãe? Ou talvez... Ela fosse sua mãe. Clair deixou a carta no mesmo lugar que a encontrou, mas foi difícil fechá-la de volta. Provavelmente a coruja dos Malfoys entregou a carta e Catherine ou Helene ainda não tinha lido. Depois de uns minutos Catherine apareceu.


-Conte me, Clair. Eu fiquei preocupada. O que aconteceu?


-Por favor. Não castigue a Rebecca, ela apenas me contou o que sabia. Mas você já sabe... Então, vamos pular pra parte mais importante. Eu vi o Escórpio conversando com o Hugor sobre a mãe de Escórpio, ela pediu para ele que ele me matasse, torturasse, ou algo assim. Eu pensei que Malfoy já soubesse disso. Mas ele realmente não sabia de nada. Hugor especulou que Draco ainda pudesse gostar da minha mãe.


-Isto é besteira, Clair. Eu mesma ficarei de olho em Escórpio.


-Não. Isto não é besteira. Olhe. –Clair se levantou, e foi em direção a mesa cuja tinha uns livros e em cima o envelope. Catherine ficou pálida.


-Quer que eu leia? Ou você mesma Le?


Catherine tomou a carta da mão de Clair e assim que terminou de ler, começou a chorar.


-O que aconteceu?


-Desculpa filha. Eu só queria te proteger, mas, mas... Eu não consegui. Coloquei este colar em você por isto. Eu não sei do que Astoria é capaz. Eu gostava de Draco, mas também amava o seu pai. Draco parecia gostar de mim. Mas Astoria armou tudo. E eu cai, ela ameaçou percorrer o mundo inteiro para te matar se eu continuasse perto de Draco. Eu tive que sumir, mas mesmo assim ela continuou. Eu desisti de Draco. Namorei com seu pai, e tive você. Depois disso, na guerra. Ele achou melhor ir embora. Pois eu contei para ele que Draco queria te matar. Eu não podia dizer sobre a Astoria, ela poderia fazer coisas terríveis. Eu não honro a casa Slytherin. Eu sou um fracasso. Pedi permissão a Alvo para me esconder aqui, e dá aula do que eu melhor sei fazer. E ele deixou me acolheu. Ele parecia Dumbledore, afinal, são primos. Mas por favor, é imprevisível o que se passa na mente daquele menino. Ele pode ter concordado com seu pai, ou apenas ter seguido o que sua mãe disse.


Clair não sorriu, começou a chorar e abraçou a sua mãe.


-Eu sempre achei você parecida comigo. –Disse em meio aos choros. –Mãe, se acalme. Eu... Eu não estou perto do Escórpio. Aliás, ele nem fala comigo.


-Eu te amo, Clair. Eu entrarei em contato com Draco. Eu prometo não te esconder mais nada. Agora, por favor. Vá. E se cuide.


Clair abraçou sua mãe, secou seus olhos e foi monitorar a escola. Não sabia onde estava Escórpio e nem onde estava Rebecca. Mas iria mesmo assim. Muitas coisas foram reveladas, era melhor ficar sozinha. Mas antes, voltou e disse.


-Mãe, você gosta do meu pai?


Helene ficou de cabeça baixa e disse.


-Tenho alma de uma adolescente confusa, Clair. Por tanto... Desculpe a sinceridade.


Clair entendeu o recado, mas fez mais outra pergunta.


-O que é aquilo em grego que o Draco escreveu?


-Era uma brincadeira nossa. Significa ‘’ Às vezes, o amor não acaba quando você diz que acabou. ‘’


Clair sorriu, e apenas saiu da sala. 

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