O pequeno ser.



E o livro se fechou... Clair ainda não acreditava que terminava de ler os livros que acompanhava desde a sua infância. Que talvez nunca mais um pingo de magia brotasse em seu coração como brotava quando ela lia os livros, ansiosa para poder ler o próximo que seu pai lhe entregara. Ela se lembrava da sua infância no quintal com um pedaço de madeira na mão gritando nome de feitiços estranhos talvez até que nunca tenha existido; tão feliz... Tão inocente e agora está ai, vazia. Clair resolveu se deitar e pensar em como foi bom esses anos que ela passou ao lado de seus amigos. Mesmo que talvez eles nunca passassem de palavras. Imaginava o quanto era bom está com eles... Imaginava todos os tipos de risadas, de aventuras, imaginava diálogos que talvez nunca fossem acontecer. Até que ouviu um barulho estranho, achou que era o seu pai ou sua avó, já que nesta noite eles tinham discutido sobre dinheiro, a situação estava ficando feia na casa de Clair, faltavam poucos dias para as aulas e ela não tinha o uniforme da escola e muito menos os cadernos e livros.  Mas o barulho era diferente de passos ou de alguma coisa na cozinha, era um barulho de coruja... Clair se assustou, mas pensou e re-pensou na possibilidade de ser uma coruja trazendo sua carta, mas logo apagou essa esperança da cabeça. ‘’ Clair! Você tem 14 anos! 14 anos. Nenhuma coruja vai entregar uma carta pra uma menina de 14 anos e ainda por cima trouxa. ‘’ Clair pensava seriamente sobre ser trouxa, às vezes parada no seu quarto ficava pensando se alguém de sua família tinha o sangue mágico, sua mãe era descartada logo de cara. Sua mãe... Bem, estava morta. Sua avó Joane, era uma dúvida, mas que logo poderia se esclarecida, ela só de olhar não parecia que pertenceu a nenhuma casa de Hogwarts ou a alguma escola mágica do mundo, mas seu pai era um grande mistério, parecia que ele escondia alguma coisa... Clair sempre achou que ele fosse algum bruxo ou alguma coisa do gênero, não tinha exatamente um motivo, ela só sentia isso.  Clair fechou os olhos devagar, olhava para o monte de roupa que estava ao lado de sua cama e pensava ‘’ quando será que eu vou arrumar isto?... Talvez nunca. ‘’ E derrepente viu um ser magrelo e baixinho mexendo em suas roupas, a menina se assustou logo e se mexeu, quando arregalou seus olhos a coisa tinha sumido. Achou que estava sonhando ou era só fruto de sua imaginação, mas tinha certeza, no fundo da sua alma que ela tinha realmente visto alguma coisa mexendo no seu monte de roupas bagunçado. 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.