O coração de Hermione



19o capítulo: O coração de Hermione


 


Enquanto Terrence toma uma decisão que muda tudo, eu caminho em direção à minha. E mesmo que as palavras sejam erradas, e o lugar não seja o melhor. Não há outro momento além de agora. Não pode haver. Se os vazios começam a serem preenchidos, outros aparecem. Não dá para evitar. É a lei natural das coisas.


 


Draco se separou dos braços de Millie e procurou por Gina. Ele podia jurar que a tinha visto, nas arquibancadas, olhando diretamente para ele. Ela não estava sorrindo, também não parecia triste. Draco tinha acreditado, realmente, que perderiam feio o jogo. E não porque as dicas de Gina não fossem ótimas, mas sim porque ele tinha certeza de que ela contaria tudo para a Grifinória.


Ele tinha apostado alto, sabia disso, mas tinha apostado certo. Não, ela não o odiava a ponto de entregar o jogo. E isso significava muito, isso mudava tudo.


 


- Draco você é o melhor capitão de Hogwarts – Stacie disse para ele, sorrindo.


 


- O melhor mesmo – Roxy sorriu para ele, dando um abraço no sonserino – O que você fez significa mais do que você imagina.


 


- A Sonserina só ganhou – ele deu de ombros, vendo Wynona andar em sua direção – O time todo é ótimo.


 


- E você melhor ainda – Wynona disse maliciosa, tocando as costas dele.


 


- Oi Wynona – ele segurou a vontade de revirar os olhos para a piveta pervertida. Ela era impossivelmente incansável.


 


Blaise estava agora conversando bem perto de Pansy, os dois se abraçando e rindo. Ele ouviu Owen e Noah programando uma festa no salão comunal, Philip já tinha arrumado um jeito de conseguir muito whisky. Só que ele não queria comemorar nada naquele momento, só queria falar com ela.


O time da Grifinória ainda estava no vestiário, eles deviam estar arrasados. Draco sorriu satisfeito. Terrence não estava lá e Draco soube, naquele instante, exatamente onde ele estaria. Correndo atrás de sua grifinória. Ele queria fazer o mesmo, mas não podia. Não por enquanto.


 


- O que acha de começar a festa agora? – Millie perguntou.


 


 ***


 


- Ainda dá para pegar o bronze – Rony murmurou para Harry, tentando, de alguma forma, soar positivo – Quer dizer... Não vamos ser o pior time.


 


- É Rony, isso me anima muito – Harry disse sarcástico.


 


- Mas que droga – Rony disse baixinho, chutando a grama.


 


Eles eram os últimos ainda no campo de quadribol. Nem a Sonserina estava mais lá. Naquele instante, as malditas cobrinhas sanguessugas estavam comemorando no covil. Ah, como ele odiava aquele time. O jardim estava deserto, triste.


Os pássaros cantavam baixinho, longe deles. O sol começaria a se por em mais ou menos meia hora. A noite só estava começando para eles, a pior noite da vida deles. Por mais que ainda não fizessem idéia disso.


Andaram em silêncio por mais alguns minutos, ouvindo só o barulho que seus pés faziam ao andar na grama áspera. O castelo estava ficando cada vez mais perto agora. Eles já podiam ver a grandiosa escadaria, que levava direto para a porta principal de mogno.


 


- Pelo menos a Dominique me consolou – Rony falou de repente.


 


- Se isso te anima – Harry deu de ombros – Nem isso a Hermione foi capaz de fazer. Ela sumiu antes do fim do jogo – ele chutou o chão com raiva – Eu queria que ela pelo menos me falasse que droga está acontecendo.


 


- Não dá para se adiantar Harry – Rony falou – Ela vai falar quando estiver pronta.


 


- Eu tenho medo de ouvir o que ela tem para dizer – Harry mordeu o lábio inferior com força – Medo de escutar o que eu não quero.


 


- Isso é mesmo uma droga – Rony ergueu os olhos para o céu, vendo o incrível azul. Ele lembrava de Dominique sempre que olhava para o céu, sua francesinha.


 


Queria desesperadamente acreditar que ela gostava dele tanto quanto ele gostava dela. Que os sorrisos queriam dizer alguma coisa a mais... Mas não tinha como saber. Nunca teria. Não enquanto ele não falar com ela.


 


- Harry – ele chamou de repente – Vou falar com a Dominique agora mesmo. Dizer que a amo.


 


- Cara – Harry balançou a cabeça incrédulo – Será que dá para você esquecer dela um pouquinho e ficar triste com a derrota?!


 


- Eu amo ela cara – Rony sorriu – Isso já é o suficiente para mim.


 


Eles continuaram andando na mesma lentidão, esperando o castelo. Uma incômoda sensação de catástrofe se apoderou de Rony e Harry... Eles já podiam sentir...


 


 ***


 


Hermione se separou de Terrence, as bochechas coradas e um sorriso gigante no rosto. O vazio estava explicado, a dor tinha ido embora. Era isso, a resposta estava ali o tempo todo. Ela não podia ser feliz com Harry porque não o amava. E isso a magoava, saber que o faria sofrer, mas ela também precisava ser feliz.


 


- Eu preciso ir – ela se separou dele, falando rápido – Eu tenho que falar com Harry.


 


- Não vai – ele a puxou para perto – Esquece ele, Hermione.


 


- Não posso fazer isso – ela sorriu – E continuar no saguão não é uma boa idéia. Gente demais já nos viu aqui juntos.


 


- Eu não me importo com ninguém – ele murmurou, apertando a mão dela gentilmente – Eu amo você Hermione.


 


- Eu também amo você – ela suspirou – Não posso continuar aqui enquanto não terminar com Harry. Não é justo enganá-lo mais do que já enganei. Você sabe que somos amigos.


 


- Fale com ele e me encontre na sala vazia do térreo – ele disse com um sorriso – Quero ficar todo o tempo possível com você. Aproveitar os dias que você me negou.


 


- Certo... Até daqui a pouco.


 


Hermione correu para a porta do saguão, enquanto Harry caminhava para a escadaria. Ela sentiu o coração afundar de dor, vendo a expressão dele. Não seria justo terminar bem naquele momento, quando ele tinha acabado de perder sua chance de ganhar o ouro. Mas que outro momento haveria? Que outro jeito haveria de fazer aquilo?


Rony encarou Hermione por uns segundos, e então seus olhos foram para algum lugar nas costas dela. Ignorando a confusão nos olhos de Rony ela desceu as escadas correndo, segurando as mãos de Harry e apertando-as.


 


- Nós precisamos conversar – ela disse sem fôlego – É importante.


 


- Tudo bem – ele murmurou, parecendo partido ao meio ao sentir as palavras dela atravessando seu corpo.


 


- Vamos para o jardim – Hermione disse, parecendo mais firme, o rosto mudando – Um lugar vazio.


 


Harry não disse nada, só virou as costas e começou a caminhar sozinho. Os primeiros passos para o fim de tudo.


 


 ***


 


Rony olhou despedaçado para Dominique, beijando Owen... Bem ali no saguão. Como se nada mais importasse. Como se aquilo fosse a coisa certa a ser feita. Ela tinha as mãos gentilmente nas costas dele, os lábios de encontro aos dele... As mãos de Owen deslizavam por suas costas...


 


- Rony – Wynter o chamou, segurando a mão dele – Vamos embora daqui.


 


- Wynter – ele murmurou, sentindo o coração partido ao ver como ela o olhava. A dor que ele sentia, a dor que Dominique estava causando... Ele fazia o mesmo com ela. Com a doce Wynter.


 


- Vamos embora Ron – ela o puxou – Vamos dar o fora daqui.


 


- Eu preciso de bebida – ele conseguiu dizer enquanto a seguia para as escadas – O máximo de bebidas que eu puder arrumar.


 


- Eu ajudo você – ela disse, guiando-o pelas escadas.


 


A menina olhou para o ex-namorado, o garoto que tinha feito com que ela se esquecesse de Blaise Zabini. Blaise... Ah, talvez os dois pudessem voltar a ser alguma coisa. Talvez seu coração se recuperasse... Blaise estava empenhado e ela iria lutar com todas as forças.


 


 ***


 


Gina fechou os olhos e deixou Huxley passear seus lábios pela curva do pescoço dela. As mãos dele apertando sua cintura, passeando por seu corpo. Ela não conseguia acreditar que estava ali naquela salinha com ele, enquanto a tarde caia arrasadoramente do lado de fora.


Tudo estava desmoronando, ela sabia. Viu Hermione e Terrence se beijando, e sentiu a dor que Harry sentiria ao saber daquilo. Mas também viu a alegria dos dois e isso a fez sorrir levemente. Porque o amor tinha formas estranhas de se apresentar para ela. Gina nunca o entendera perfeitamente, e agora menos ainda.


E Rony, seu irmão também sofreria por Dominique. Ele devia entender que os dois não estavam destinados. Dominique era tão diferente dele, em suas mil formas de pensar e amar... Tão diferente quanto ela de Draco.


 


- Eu amo você – Huxley murmurou em seu ouvido, trazendo-a de volta a realidade.


 


Gina não respondeu a declaração, porque não conseguiria mentir com tanta intensidade. Só fechou os olhos de novo... E deixou sua mente correr enquanto o mundo desabava do lado de fora.


 


 ***


 


Pansy entrou no quarto e suspirou. Scarlett estava jogada na cama, chorando compulsivamente. Várias coisas estavam quebradas pelo chão. Os caros vidros de perfume, potes de maquiagem... Dois porta-retratos.


 


- Vá embora Pansy! – ela gritou – Me deixe sozinha.


 


- Ele a ama – Pansy sussurrou – Você precisa entender Scarly.


 


- Eu não consigo! – ela chorou, erguendo o rosto do travesseiro e olhando Pansy – Eu não consigo entender... Eu amo Terrence! Porque ele não me ama?


 


Pansy se ajoelhou do lado da cama, abraçando Scarlett enquanto ela chorava mais ainda. Como Pansy poderia explicar alguma coisa para a amiga? Logo ela que amava Draco profundamente, mas que sentia alguma coisinha mínima por Blaise.


 


- Terrence não merece você – Pansy disse angustiada, sofrendo por Scarlett. Sofrendo por ela mesma – Ele não merece... – sua voz foi morrendo enquanto imagens de Draco passavam por sua cabeça.


 


Os encontros dos dois, os beijos deliciosos e vorazes dele. E então pulou para Terrence e Hermione Granger no meio do saguão. Os sorrisos dos apaixonados... o mesmo sorriso que ela vira no rosto de Draco. Mas para quem ele era? Ou melhor, quem tinha colocado aquele sorriso ali?


 


- Ah Pansy... Eu amo ele tanto – a voz de Scarlett estava cada vez mais baixa – Porque ele não vê isso...


 


Porque Draco não está comigo? Ou sorrindo daquele jeito para mim?, as perguntas povoavam a mente de Pansy. A dor dela e de Scarlett se fundindo. Os corações partidos... Mais corações partidos...


 


 ***


 


Faith olhou irritada para Hayden quando ele saiu do salão comunal. Ultimamente ele vivia dando desculpinhas, sumindo todo o tempo. Ela deu de ombros, balançando o cabelo curto enquanto se virava na direção de Lyss e Brooke, que ainda se ajeitavam no sofá.


 


- Aí que derrota – Lyss disse dramaticamente – Pelo menos pude conversar um pouquinho com Harry.


 


- Você ama ele? – Brooke perguntou desconfiada – Eu acho que não.


 


- Vai saber – Lyss deu de ombros – Alguém viu o Colin? Ele estava perto de mim e então sumiu no terceiro andar.


 


- Acho que está com a Elisha – Rich falou, sentando-se entre Lyss e Brooke – Agora que os dois estão saindo, ele tem passado bastante tempo com ela.


 


- Isso é – Valentin se sentou no braço de sofá – O que nós vamos fazer agora? Eu tinha planejado uma festa... Mas como furou, estou sem nenhum programa especial.


 


- Alguma idéia Faith? – Myron perguntou para ela.


 


- Bem – Faith sorriu, o batom vermelho brilhando em seus lábios – Vocês cinco bem que podiam me ajudar com uma coisinha.


 


- Que coisinha? – Rich sorriu animado. Qualquer coisa que o tirasse daquele estado apático estava valendo.


 


- Eu preciso me vingar de uma pessoa – ela explicou, sorrindo maliciosamente enquanto toda a idéia se formava em sua cabeça – E com Gina, Colin, Hayden e Dakota fora acho que fica mais fácil.


 


- Por quê? – Valentin perguntou.


 


- Você já viu poção ser feita com muita gente? – ela riu – Quanto menos melhor, e eu sempre posso contar tudo depois.


 


 ***


 


Pansy saiu do quarto no momento em que Theo apareceu. Ele estava tão preocupado com Scarlett que ela quase sentiu pena dele. Deixou os dois conversando e foi resolver sua vida. Ficar dois minutos no quarto com Scarlett tinha mudado sua percepção. Ela sabia o que queria. Quem queria.


 


- Pan! – Blaise acenou para ela, sorrindo enquanto erguia um copo de whisky. Os alunos da Sonserina gritavam e riam, todos comentando a maravilhosa vitória de Draco – Vem aqui.


 


 Ela empurrou as pessoas e ficou do lado dele.


 


- Você viu o Draco? – ela perguntou – Preciso falar com ele agora mesmo.


 


- Você já se decidiu? – ele perguntou divertido, uma pequena sombra passou por seus olhos claros. Será que ele sentiria realmente falta de um relacionamento que não passara de um beijo?


 


- Já – ela suspirou – E aí?


 


- Não vi ele depois do campo – Blaise explicou – Ele só sumiu.


 


- Tudo bem – ela sorriu, erguendo a cabeça para que seus olhos ficassem na altura dos dele – Você sabe que eu amo você, não sabe?


 


- Eu também amo você Pansy – Blaise a abraçou apertado, a cabeça pousando no ombro delicado dela – Então vai correr atrás do que você quer.


 


- Eu vou sim – ela assentiu – E você?


 


- Eu? – ele riu ao perceber a preocupação dela – Eu e Wynter estamos nos acertando de novo. É só uma questão de tempo.


 


- Boa sorte – Pansy gritou, já andando pela multidão barulhenta.


 


- Para você também – ele gritou, erguendo o copo no ar. Um brinde invisível. Pansy lançou um último sorriso antes de sumir pela passagem.


 


 ***


 


Dakota andou sozinha pelo castelo. O coração pesando enquanto pessoas felizes passavam ao redor dela. Ela sentia uma assustadora falta de Colin, o primeiro amigo que arrumara nos corredores frios e assustadores de Hogwarts. Porque ela tinha sumido? Se afastado dele?


Agora Draco e Blaise estavam comemorando a vitória na Sonserina e nem tinham se lembrado dela. O arrependimento corroia seu corpo. Ela podia ter ficado mais próxima de Lyss, Brooke, Faith e Gina. Todas eram simpáticas e atenciosas o tempo todo. Porque ela tinha estragado tudo?


Talvez não fosse tarde demais para começar de novo. Era isso. Como no primeiro dia de aula. Ela suspirou quando pensou em Draco, seu Draco. Como ele estaria? E porque ele não saia de sua cabeça? Ela não podia, não devia, estar se apaixonando. Certo?


 


 ***


 


Terrence sentou em uma cadeira e sorriu para a parede. Hermione era sua agora, sua garota. Ninguém no mundo os separaria, de jeito nenhum. A janela estava aberta e o vento gelado invadia todo o lugar. Ele sentiu um arrepio, uma sensação ruim. O inverno estava chegando... E parecia que vinha muita coisa com ele.


Terren só não sabia dizer se eram coisas boas ou não. Ele balançou a cabeça e suspirou. Tudo daria certo... Hermione era dele. Ele riu sozinho, aguardando ansiosamente a chegada dela.


 


 ***


 


- Pode falar Hermione – Harry murmurou cansado, sentando-se em um banco de pedra. Seu corpo e sua mente não agüentavam mais nada, e aí vinha um baque. Ele tinha certeza disso.


 


- Harry me desculpa – ela suspirou pesadamente – Eu sei que ultimamente tenho estado estranha e...


 


- Hermione, não me enrola – ele disse sério – Que você não me ama mais eu já sei. Também sei que existe outra pessoa.


 


- Não é bem assim – ela gaguejou, olhando ansiosamente para ele – Será que você pode me deixar explicar?


 


- Explicar é? – ele olhou irônico para ela – Eu estou esperando por uma explicação há dias e dias. Você não fala direito comigo, mal me beija... Você não come e não dorme direito. Que coisa pode estar te atormentando tanto? – Harry não tinha percebido, mas estava gritando – O que pode ser tão importante que faz com que você esqueça tudo o que eu sinto por você.


 


- Me perdoa – ela gritou, chorando – Eu não queria que as coisas ficassem assim. Eu também estava sofrendo. Você não pode ver?


 


- Você é egoísta – ele balançou a cabeça com raiva – Você não pensa em ninguém além de si mesma Hermione. Você não vê que hoje é o pior dia do ano para que você fale o que quer que seja?


 


- Eu sei... Eu sei...


 


- E você nem ficou até o fim do jogo – ele continuou, falando rápido – Você não se deu ao trabalho de ficar até o fim.


 


- Eu quero te contar tudo – ela pediu desesperada – Me ouve.


 


- Não segura a minha mão – ele se afastou dela – Eu quero explicações Hermione. Eu te dei tempo, eu esperei e posso esperar mais... Mas eu preciso saber – a expressão torturada no rosto dele fez a dor de Hermione emergir – Eu espero se você quiser, se você me pedir... Mas eu preciso saber.


 


- Eu vou te contar tudo Harry – ela olhou para ele, as lágrimas correndo livremente por seu rosto – Vou te contar tudo.


 


 ***


 


Gina saiu da sala em que estava com Huxley pouco antes das seis da tarde. Já estava escuro. Ela se arrependeu de ter escolhido só aquela camiseta, já que o frio estava invadindo todo o castelo através das enormes janelas. Ela andou distraidamente pelo corredor, cantarolando baixinho.


 


- Aí está você – ouviu Draco falar enquanto surgia das sombras no fim do corredor – Estive te procurando nas últimas duas horas.


 


- Você está aqui? – ela sorriu surpresa – Pensei que fosse estar bebendo e comemorando com seus amigos. Você ganhou, não foi?


 


- Eu só queria agradecer – ele foi andando lentamente até ela, os olhos brilhando na escuridão do corredor, iluminado por poucas tochas – Você me ajudou muito e eu sei reconhecer isso.


 


- Não foi nada demais – ela deu de ombros – Você realmente estava me procurando?


 


- Estava sim – ele confirmou, segurando os ombros dela – Estive procurando pelas duas horas... Me perguntando em que buraco você estaria com aquele estúpido do seu namorado. A famosa Gina Weasley.


 


- É – ela suspirou, sentindo o perfume delicioso dele.


 


- Você conseguiu tudo o que queria, não é? – ele perguntou baixinho – Você tem sua popularidade, seus amigos... E um namorado famoso.


 


- Eu lutei por tudo isso – ela murmurou, fechando os olhos ao sentir os lábios dele em seu rosto – Lutei muito...


 


- Eu sei disso Weasley... Você lutou.


 


Draco a beijou com força, e Gina estava preparada. Ela passou os braços ao redor do pescoço dele, segurando-se com medo de sentir as pernas falharem miseravelmente. Ela não devia estar ali, no meio do corredor... Mas também não podia se imaginar em outro lugar que não fosse aquele.


Os lábios macios de Draco, as mãos dele em suas costas. Ela não percebeu quando começaram a andar, mas quando abriu os olhos, minutos mais tarde, viu que os dois estavam em uma sala. Ignorando os alertas de sua mente, avisos de que aquilo era errado, impossível, Gina só continuou. Um enorme sorriso no rosto.


Mas porque você está tão feliz Gina? Não vê que as coisas estão só começando? Que muito precisa ser feito para que você tenha seu final feliz? É melhor jogar concreto em seu muro, porque eu sinto que ele está prestes a cair.


 


 ***


 


- Então é isso? – Harry perguntou por fim, mais destruído do que imaginara que ficaria – Você me traiu esse tempo todo?


 


- Foram três beijos – ela sussurrou, o rosto afogado em lágrimas de remorso – Eu não sei o que houve... eu amo você, mas amo Terrence e...


 


- Terrence Grant? – Harry gritou, levantando-se de repente – É por isso que você não me dizia o nome? Sonserino! Meu Deus Hermione, como você pode fazer isso?


 


- Harry! – ela gritou, levantando-se quando viu que ele estava partindo – Espera!


 


- Eu não vou te perdoar Hermione – ele disse sério, a dor começando a se dissolver na fúria líquida de transbordava para todos os lados – Você é horrível. Horrível.


 


Ele continuou caminhando duramente, ouvindo o choro e o chamado de Hermione, viu até Pansy Parkinson gritando por Draco Malfoy no jardim. Harry sentiu a fúria tomar conta de seu corpo, e a cada passo que dava, pedacinhos de seu coração ficavam para trás. Perdidos na grama. Perdidos na noite.


 


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N/A - Geeente ta acabando. Nem acredito. Bem, post rápido antes da facul. Em setembro já começa a nova season hein? COmentem muuuitooo


 


bjoooooooooooooo


Nota da Beta: Huhu³... sinto as trevas se aproximando /o/... xD.


 


 


 

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