Um em Um Milhão



CAPÍTULO 18 - UM EM UM MILHÃO


QUANDO VOCÊ NÃO QUER ENCONTRAR com uma pessoa, ela parece surir em cada esquina; mas, quando é o oposto, ela simplismente sai de circulação.


Sem saber para onde ir, os quatro amigos peranbulavam por Nova York como libélulas presas em um pote de picles naquelas últimas duas semanas passadas na rua. Não tinham nenhum plano em mente além de evitar o NYPD.


Por volta das seis da tarde, estavam eles na Brodway quando um milagre aconteceu. Era um anúncio do musical “Cats” em que Gina estava particularmente interessada.


- Hermione – ela perguntou, apontando para o letreiro em multimídia – você não acha aquela gatinha parecida com alguém que nós conhecemos?


- Não sei... – ela refletia – talvez com.... – Harry, o que você acha?


Harry estava distraído, mas quando olhou para o anúncio seus olhos brilharam, sabia extamente de quem Gina tinha lembrado. Expressões serenas, olhos azuis distantes, um sorriso pequenino, cabelos louros e ondulados, e certa vez vestiu um chapéu de leão...


- Luna Lovergood – ele disse, admirado com a facilidade com que chegara a essa conclusão. Algumas coisas nós sempre soubemos, mas é preciso um momento em especial para desencadear a corrente de pensamentos.


- É claro! – Rony também se surpreendeu – Lembro que Luna nos disse que iria para a Suécia ver os Bufadores de Chifre Enrrugado com Neville e seu pai, quando fomos visitá-la antes da “quase viagem”.


- Por Mérlim! – Gina implorou pela voz da razão – mesmo a Suécia é muito grande!


- Não se souber onde procurar – Harry deu um sorriso malicioso.


Não era a toa a preocupação de Gina, porque não poderiam simplismente ficar desaparatando a esmo pela Suécia; isso iria chamar muito a atenção de Belatrix.


Quase correndo, o quarteto entrou na maior livraria que Harry já vira na vida. As estantes iam do piso ao teto, servindo quatro andares distintos através de nichos no chão de cada um.


Levaram pouco mais de uma hora para localizar um atlas da Suécia, que Hermione pagou com o prêmio, como de costume.


- Muito bem – Harry abriu o atlas na mesa de um café próximo – se excluírmos aqui – ele fez uma linha com o dedo, ligando Estocolmo a Oslo, na Noruega – e as fronteiras – ele fez o mesmo, e o país ficou reduzido a uma tripa.


Hermione pegou o atlas para si e constatou, numa página com mapas de relevo:


- Planície Sueca – e eliminou cada cidade truxa, isolando-as com círculos.


- Ah! – Harry lembrou-se, havia um mapa bruxo em sua mochila. Tirou discretamente da mochila e o abriu sobre a mesa. O mapa trouxa encobrindo o bruxo para que nenhum transeunte o visse.


Após o mesmo processo, sobrou apenas uma região considerável, entre os rios Angerman e Lögbe, no sopé das mais altas montanhas da Cadeia do Kiolen, para completar o clichê.


- Porque tudo tem que estar no sopé de uma montanha? – Rony perguntou, abismado.


- Não é exatamente no sopé da montanha, Ronald – Gina acalentou-o – as montanhas estão na Noruega.... – mas era difícil tranqüilizar Rony. Harry não entendia a razão pela qual ele desenvolvera um medo súbito de montanhas.


Conferiu no seu mapa bruxo: aquela região entre rios era na verdade uma reserva de dragões, os Fucinho-Curto Suecos, que Krum enfrentara durante a Primeira Tarefa do Torneio Tribruxo. Tratou de observar os povoados nas cercanias, haviam dois grandes grupos que cercavam as cidades de Kopparberg e Arjeplog.


- Rony – Harry apontou o mapa para Rony – você já não ouviu falar dessas cidades? – tinha uma vaga lembrança dos nomes, mas não estava certo.


- Quanto à Kopparberg, sim – ele olhou para Arjeplog, quatrocentos e oitenta quilômetros ao norte – mas quanto à Arjeplog, não sei... – ele hesitou.


- Ora Rony – Gina o trouxe à realidade – não precisa ter medo de montanhas! – era engraçado, pois ambas as cidades ficavam nas áreas antes descartadas. Kopparberg próxima a Oslo  e Arjeplog na fronteira norte com a Noruega, nas montanhas.


Era claro como gelo que os Bufadores de Chifre Enrrugado não conviviam com os dragões; primeiro por ser predador versus presa e segundo pela reserva ser muito famosa e os Bufadores praticamente desconhecidos.


E havia uma razão para a reserva ser tão famosa, uma razão que fez Harry perguntar inconscientemente à Rony, pois ele era mais entendido em Quadribol do que em qualquer outra coisa.


- A corrida nacional de vassouras! – Harry exclamou, não pôde evitar, e as pessoas ao redor o fitaram com pena por ser tão louco.


- Claro! – disse Rony, talvez já soubesse a resposta todo esse tempo – É um dos eventos paralelos ao Quadribol mais famosos do mundo. Atravessa essa reserva aí – ele apontou para o mapa – por isso o troféu tem a forma de um Fucinho-Curto Sueco. E tem mais! Ela vai de Kopparberg à Arjeplog!!! – ele pensou por uns instantes – E é nessa semana!


- Rony, da próxima vez em que você souber uma resposta – pediu Hermione, vagarosamente – fale na hora.


- Mas eu não sabi.... – Rony estava indignado, e derrubou metede do seu suco de laranja em cima do mapa de Harry.


- Então o senhor pode explicar o porquê desse seu medo de montanhas? – entimou Gina – O senhor por acaso é aerofóbico?


- Só.... – ele encolhia na cadeira – só..... pensei..... em....Gro....pe......


- SEU IDIOTA! GROPE ESTÁ NA FRANÇA!!!!! – Hermione estava possuída – E EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ESTÁ COM CIÚMES DE UM GIGANTE!!!


- EU NÃO ESTOU COM CIÚMES! – Rony protestou, suas orelhas ficando escarlate, agora que todo o café olhava para eles – SÓ ESTOU ZELANDO PELA SUA INTEGRIDADE FÍSICA!


- EU SEI ME CUIDAR MUITO BEM SOZINHA! É MELHOR VOCÊ ZELAR PELA INTEGRIDADE FÍSICA DO SEU...


- Falando em Grope, não podemos pedir ajuda do Hagrid? – Gina estava completamente alheia à briga que se desenrolava na sua frente.


- Só em último caso – Harry também fazia questão de ignorar aquela “DR” de Rony e Hermione.


- Mas você tem como saber quem está lá em Hogwarts – disse Gina – você pode usar o Mapa do Maroto.


- ...EU SÓ ESTOU TENTANDO RETRIBUIR AQUILO QUE VOCÊ FEZ POR MIM EM MONTE CARLO....


- E ENTÃO O QUE FOI AQUELE BEIJO???


- Por favor nós estamos espantando os clientes... – Gina jogava água na fogueira.


- ACONTECE QUE EU TE AMO HERMIONE! EU TE AMO DESDE A PRIMEIRA VEZ QUE EU A VI!!! É ISSO....


Hermione murchou por completo, beijos em público não eram suficientes, pois poderiam ser mero impulso...Mas uma declaração tão direta estava além das expectativas de todos.


Um grupo de transeuntes já fazia o coro do “bei-ja-bei-ja-bei-ja”, quando eles esvaziaram a mesa e pagaram a conta. Aproveitaram a deixa e desaparataram.


 


O centro de Kopperberg era igual talvez a qualquer outro povoado bruxo/trouxa. Uma praça circular onde se concentravam os prédios mais importanmtes da cidade, como a igrja, o banco, o hospital e a prefeitura. As residências margeavam a avenida principal, que partia da praça.


É claro que a corrida não seria ali na praça, mas dava para notar a atmosfera festiva no ar noturno. Algumas casas estavam enfeitadas e as hospedarias estavam cheias.


- Não se preocupem – disse Harry  – não vamos ficar muito tempo por aqui – seu tom era apocalíptico.


 


Os quatro seguiram para a zona rural do povoado, quando divisaram uma movimentação incomum ao redor de um bosque. Pessoas com trajes excêntricos e de cores berrantesentravam e saíam por uma abertura discreta na sebe.


Entraram pela abertura e, como esperado, o espaço interno era muito maior que o aparente. Uma colina imensamente alta se erguia ali. A grama tão alta que poderia tranqüilamente esconder um homem de pé. Na base da colina havia um mar de barraquinhas que fez Harry lembrar da Copa Mundial de Quadribol.


- Podíamos ter vindo outro dia – Hermione sugeriu, apertando o casaco contra o corpo, tremendo de frio.


- Vamos armar acampamento – Harry disse, sinalizando para Hermione que retirasse a barraca de Amos da bolsinha de contas – aquele lugar está bom? – apontou para uma área mais distante do amontoado de lonas e mastros, parcialmente oculta por troncos caídos.


- É – assentiram os outros em uníssono, afinal de contas, não tinham muitas opções.


- Erecto! – ordenou Harry, enquanto Hermione fazia alguns feitiços de proteção ao redor deles.


- Não precisa, Hermione! – Gina lembrou.


- É só para não perder o hábito – zombou Hermione.


- Não custa reforçar – argumentou Rony, de dentro da barraca, Hermione sorriu.


- Agora vamos dormir! – pediu Gina – estou com tanto sono que não agüento nem piscar.


Gina tinha razão. Aquelas noites mal dormidas em becos de Nova York, apesar dos sacos de dormr, foram bem desconfortáveis. Harry agora lembrava o quão idiota fora, pois poderiam ter usado a barraca; mas lembrou que não poderiam fixá-la no concreto sólido.


Apesar do conforto da barraca e do cansaço, acordaram cedo na manhã seguinte. Algo dizia a Harry que Xenófilo, Luna e principalmete Neville, estariam perto.


- Arui – Rony perguntou, mastigando os ovos que Gina preparara – comu vaos azer paa faar coum Nevio?


- Rony, não fale com a boca cheia! – repreendeu-o Hermione.


- Descul-e – Rony engoliu o restante dos ovos em sua boca em sua boca e recomeçou – como vamos fazer para falar com o Neville?


- Ele deve estar aqui, eu tenho certeza – pela primeira vez na vida Harry desejou ter ido bem em Adivinhação.


- Ele deve ter a esperança de que você participe da corrida – sugeriu Gina – de qualquer forma, ele não estará dentro da reserva.


- E ele deve ter aproveitado a passagem pela região para assistir a corrida – completou Hermione.


- Com certeza – disse Harry. Era bastante provável somente pelo fato de haver umas quatro mil pessoas ali. De repente, lhe ocorreu o óbvio – Neville e Luna não estão em Hogwarts? – Harry temia a resposta.


- Calma Harry – pediu Hermione – eles terminaram Hogwarts ano passado!


Harry suspirou.


- Eles tem que apenas prestar um trimestre quando desejarem –lembrou Gina – e duvido que desejem prestá-lo muito cedo, todos estão pondo a cabeça no lugar agora.


- Ou tentando pô-la no lugar – acrescentou Harry – de qualquer forma....


Pegou em sua mochila o Mapa do Maroto, que conferiu.


- Na Torre da Grifinória eles não estão – vistou a cabana do Hagrid – nem no Hagrid..... – conferiu nas salas de aula e no Salão Comunal: eles não estavam em Hogwarts, muito menos em Hogsmead.


- Então deve estar aqui ou em Arjeplog – disse Rony, ajudando Gina a arrumar a cozinha.


- Mas como vamos falar com ele? – Rony não estava satisfeito – não podemos simplismente aparecer do nada, ele vai ter um acesso de histeria!


- Ele é Xenófilo Luvergood, e não Horácio Slughorn – lembrou Hermione.


- Mesmo assim não seria uma coisa muito discreta – apoiou Gina.


- Olhe aqui – Harry tirou do bolso, orgulhoso, um pequeno frasco contendo Poção Polissuco, e uma pequena quantidade de cabelo – já pensei em tudo.


- Poderia ter nos dito isso antes Harry – reclamou Rony – nem tem Poção Polissuco pra gente.


- Vocês não precisam – explicou – eu o intercepto e o levo para um local  mais resrvado, daí me identifico.


O som de uma trombeta cortou o diálogo, e os quatro fecharam a barraca e foram acompanhar a largada.


No momento em que chegaram, a multidão formava um gigantesco corredor morro acima, por onde passavam dezenas de competidores, cada um com os trajes de sua região, cobertos com brazões medalhas e outras condecorações referentes ao esporte. Muitas moças acenavam em troca de um olhar dos rapazes aventureiros com suas vassouras perfeitamente aerodinâmicas.


O grupo de recém chegados parecia ser o único desinteressado na movimentação, cada um vasculhava uma direção, em busca da silhueta balofa de Xenófilo Luvergood.


Um segundo sinal, desta vez um breve silvo, fez os competidores montarem em suas vassouras. Após dois segundos e um tiro, as vassouras partiram do alto do morro tão rápido que uma chuva de grama cortada caui sobre os presentes.


Em meio à alegria generalizada, Harry se preocupava não só em encontrar Neville como também em como fazer para interceptá-lo. Foi quando divisou, através do sol nascente, o vulto que procurava.


- Hermione! – ele se esforçava para não gritar para a amiga ao seu lado. Não queria virar para falar com os outros e correr o risco de perdê-lo de vista.


- Calma Harry, temos primeiro que conferir se não é um.....


Mas Harry tinha certeza que ele era Xenófilo. Mais que depressa, vestiu a Capa da Invisibilidade e tomou a Poção Polissuco que deixara em seu bolso. Assim que surtiu efeito, tratou de correr atrás de Xeno.


- O senhor é Xenófilo Luvergood, não é? – Harry fingia ser um fâ entusiástico.


- Sim, s-sou – ele parecia confuso – e-e você é.....


- EU SOU SEU MAIOR FÃ!


- Pois bem... então.... nós podemos conversar melhor na minha cabana, o que acha? – o plano saía perfeito até então, e Harry sinalizou discretamente para que os amigos o seguissem.


- Entre – Xenófilo ergueu a lona da entrada, dando passagem para Harry – aceita uma xícara de chá?


- Não, obrigado – Harry conhecia Xenófilo o suficiente para temer suas criações culinárias.


O senhor Luvergood serviu-se do líquido verde berrante, adicionando cinco cubos de açúcar.


- Sente-se – Xeno pediu, e Harry se acomodou em um sofá de cor beterraba, a barraca como um todo era uma versão em tons de vinho da casa dos Luvergood. Formas circulares nas entradas dos cômodos e mobília também nessa forma davam um ar ascendente ao ambiente.


- Senhor Luvergood – Harry começou – onde está sua filha?


- Oh, sim – ele ficou um pouco perdido com sua xícara e seu pires – sei que ela deveria estar em Hogwarts, mas resolvemos fazer outra visita aos nossos amigos Bufadores de Chifre Enrrugado, como avisei na última edição do


Pasquim.


- Claro – Harry não fazia a mínima idéia do que fora escrito na última edição do Pasquim.


- E Luna está agora aqui em algum lugar com seu amigo Neville Longbottom, desfrutando dessa simpática cidadezinha sueca – continuou Xenófilo – mas o que o estimula a vir falar comigo?


Harry não sabia o que dizer, começou a resmungar algo no exato momento que Luna e Neville entraram:


- Olá papai – ela o abraçou, seus traços estavam mais suaves, havia crescido nos últimos dois meses. Neville também parecia outro; a expressão menos distante, como se alguém lhe tivesse removido um peso das costas e havia ganho também, um pouco de massa muscular – olá Harry Potter – Luna acrescentou, ao olhar para Harry.


- Harry Potter? – Neville olhou fixo nos olhos de Harry, como uma criança observando algo ao microscópio. Vendo mais de perto, não restara quase nenhum hematoma em seu rosto.


- Não pode ser! – exclamou o senhor Luvergood, que parecia ter a mesma sensibilidade da filha – Bem que eu disconfiei! O que o trás aqui, afinal de contas?


Harry suspirou, e pediu para que Rony, Hermione e Gina entrassem. Xeno quase caiu duro:


- M-mas, vocês não foram seqüestrados?


- Isso foi o que ela quis que vocês pensassem – explicou Rony.


- Bem que eu achei impossível ela fazer isso estando grávida – disse Luna.


- Quem é o pai, afinal de contas? O Profeta não falou nada – perguntou Neville e os quatro se entreolharam. Muita coisa errada havia sido noticiada desde que sumiram do mapa.


Harry se levantou, e lacrou a entrada da barraca com Abaffiato, para então prosseguir. Contou toda a história, desde a Romênia, até Nova York; como chegou ás suas conclusões e etc, sendo interrompido constantemente por pedidos de “calma” e “vai mais devagar” por parte dos outros três.


- E nós acreditamos – encerrava Hermione – que não conseguindo pegar o Harry – ela fez uma pausa – ela venha atrás de você, Neville.


- Mas... – Neville não estava acreditando – o que nós podemos fazer?


- Nós podemos nos esconder até que o filho dela nasça – sugeriu Harry.


- MAS EU NÃO QUERRO ME ESCONDER! EU QUERO LUTAR! – Neville segurava o choro, e Harry se imaginou dizendo aquelas palavras três anos antes.


- Entanda, Neville – Gina acalmava-o – nós não temos outra alternativa! Já nos arriscamos muito nisso.


- Também foi difícil para mim fugir do meu mundo – disse Harry.


- E será só por mais um mês – disse Luna – não será tão ruim.


- Xenófilo? – perguntou Gina, o senhor Luvergood não havia dito sim nem não.


- Também acho uma boa idéia. Apesar de ter explodido metade da minha casa, confio mais em Potter do que em mim mesmo – Xeno concordava com a idéia.


- Onde nós vamos ficar? – perguntou Luna, silenciando a todos.


- Ahn... sem querer ofender Luna – disse Harry, os efeitos d Poção Polissuco completamente dispersos – mas acho que você não pode ir.


- Também acho uma boa idéia – o senhor Luvergood parecia um disco de vinil riscado, atordoado pelos últimos acontecimentos.


- Mas papai – começou Luna – mamãe iria querer que eu ajudasse, que eu fizesse alguma coisa pelo bem do mundo!


- Não acho que ficar escondido seja fazer algum bem ao mundo – reinterou Neville.


- Não consigo ver um motivo pelo qual Luna não possa nos acompanhar – apoiou Gina – ela tem muito mais fibra que qualquer Comensal, e será divertido ter cm quem conversar.


- Hum – Harry resmungou.


- Luna, por favor! – Xeno agarrou a filha pelos ombros e a sacudia – Sem você eu estou sozinho! Harry – virou-se inesperadamente na direção de Harry – não pode pedir a ajuda da Ordem da Fênix?


- A Ordem – a garganta de Harry secou – acho que a Ordem – não pôde impedir uma lágrima de rolar pelo seu rosto – acho que a Ordem se desfez – pronunciou essas últimas palavras com extrema dificuldade – Todos os aurores competentes estão mortos, ou bastante inválidos – olhou para baixo – e é muito arriscado que o pai de Rony se envolva mais. Por um triz que todos não morreram na Romênia.


- Onde vocês pretendem ficar? – ele perguntou, após engolir um lento suspiro.


- Não sei – aquela era mesmo a última esperança de Harry – talvez em Hogwarts. No momento é o lugar mais seguro, podemos ver quem está lá – Harry mostrou o Mapa do Maroto e Xeno ergueu as sombrancelhas – além disso temos todos os professores para nos ajudar – aquela parecia mesmo ser a solução perfeita – e Dumbledore, mesmo que pintado em um quadro.


- Além disso – completou Hermione – é um lugar muito óbvio para nos escondermos, ela nunca vai nos procurar lá.


- Ela nunca vai nos procurar – corrigiu Rony – por que ela não sabe que sabemos do plano de Você-Sabe-Quem.


- Perfeito – disse Xeno – suponho que possa ir com vocês?


- Claro – todos disseram em uníssono. Contrariar era um atentado à privacidade de Xenófilo. “Chegue sem pedir licensa em minha barraca, interrompa minha viagem, roube minha filha e me deixe ao léu”, pensou Harry.


- Mas, mudando de assunto – começou Luna – não gostariam, antes de irmos, de conhecerem os Bufadores de Chifre Enrrugado?


- Não vejo problema, já é tão difícil de encontrá-los como de encontrar quem os procura – Harry riu, e foi acompanhado pelos demais.

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