Capitulo Treze



CAPITULO TREZE – ESTÃO JUNTOS AGORA

Ellen gritava em meio a prantos, abraçado a garota Jhon Tumblius chorava silencioso tendo as lagrimas como único consolo. A criatura bradou de dor, podiam ouvir o som de algo se desprendendo do rochedo e caindo milhares de metros batendo contra o que parecia ser água no fim da descida.

Olivaras olhou para o jovem Robert Ravner, os olhos dele brilhavam. Caiu de joelhos, enquanto chorava sem pudor, as lagrimas rolavam pelo seu rosto. O bruxo se aproximou do jovem e bateu de leve nos ombros dele.

- Tenho certeza que seu pai tenha lhe dito coisas que fizeram a diferença, ele acabou de salvar a vida de milhares – disse á Robert que levantou o rosto encontrando os olhos de Olivaras, pode ver no brilho deles que havia vergonha e remorso por algo feito no passado.

Florean pousou e lançou o galho para o penhasco, algo brilhou na linha do horizonte. Atrás deles explosões cortaram o silencio mórbido, e as inúmeras lápides eram destruídas por alguma força invisível fazendo uma luz forte sair e iluminar o lugar. As árvores ressecadas caiam podres no chão e dos tijolos negros vertiam uma umidade sem igual.

A luz no horizonte se intensificou e cortou o céu. O sol amarelo batia por sobre um espelho d’água que se estendia até onde a vista alcançava. Ellen parou de chorar e olhava para tudo com um espanto e deslumbramento, eles se colocaram de lado.

No lugar onde havia uma Estrada Sombria havia um espelho agora límpido e algo se comprimia contra ele, vidro foi jogado pelos ares e a água explodiu como se uma onda quebrasse nos rochedos. Conforme a luz das lapides subia aos céus, destruíam a escuridão e dava lugar a um céu azul e sem nuvens.

Do lugar onde haviam as árvores secas, novas e cheias de seiva cresciam novamente ante aos olhos deles, elas se tornavam altas e verdes. Agora a estrada se alargava lembrando um riacho, que terminava no penhasco com uma imensa cachoeira, elas foram ganhando força conforme a água subia das profundezas e quando virão todo o cemitério estava cheio de vida e o sol brilhou em sua ascensão ao céu limpo.
E o lugar onde eles se encontravam era uma imensa massa verde de vida até onde os olhos podiam ver ao contrario do espirito de mortandade alguns momentos atrás.

- Mas como isso é possivel? – perguntou Florean de boca aberta.

- Com um pequeno sacrifício – disse Ellen com a voz cheia de tristeza enquanto o riacho se tornava um rio e descia de encontro ao mar lá embaixo. Ela pegou o escaravelho em sua mão e jogou-o no rio, tudo estava terminado.

Ellen e os outros voltaram até a entrada do antigo cemitério Grave, havia uma mancha de sangue na relva que fez Robert abrir um sorriso. Nos veremos de novo, disse para si mesmo.

Florean tocou o ar e a paisagem oscilou, fazendo todos voltarem para Londres, diante da porta dos fundos do Caldeirão Furado que estava caída e quebrada. Tom gritava lá de dentro para que não pisassem nela ao passar, com um aceno rápido de cabeça Robert Ravner havia sumido com um estalo seco.

Ellen continuava de cabeça baixa e olhar triste, num refugio silencioso. Com um aperto de mão um tanto que rápido Florean e Olivaras se despediram dos dois trouxas, aparatando em seguida.

- Perdi dois amigos – disse Ellen mais para si do que para Tumblius. – Queria trazê-los de volta.

- Sei como é perder alguém que se ama, e tentar de todos os modos trazer-lhes de volta – Tumblius olha para cima em direção ao céu, coloca a mão por sobre o ombro da moça e atravessam juntos a porta entrando no Caldeirão furado. – As vezes é melhor lembrar-se delas, dos momentos que passaram juntos, do que ficar a vida toda chorando por elas tentando achar um modo de faze-las voltar.

Tom entrou no caminho deles, e falando pelos cotovelos os jogou numa mesa.

- Chegou isso numa coruja para você e o que vai querer?

- Só chá para a moça Tom, estamos de partida – disse Tumblius e o velho Tom se afastou para buscar o chá.

- Será que Tod está bem, seja onde ele estiver?

- Eu acho que sim – ele leu o bilhete da coruja em silencio. – É, ele está em boas mãos.

O bilhete dizia o seguinte - Jhon Tumblius descobrimos nesta manhã que sua filha faleceu a minutos atrás, por motivo que os doutores bruxos não sabem dizer. Apenas que ela dormira e não acordou com nossas inúmeras tentativas, e ao invés do semblante triste de todos os dias deve saber que de alguma forma ela sorria.

- Estão todos juntos agora – disse Jhon Tumblius para si mesmo, enquanto Ellen cruzara os braços sobre a mesa apoiando o rosto, adormecendo em seguida tentando encontrar seus amigos em sonho.

END

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