QUICK LOOK SPECIAL



Quick Look at William Palmers’ The Obscure Road.

Iremos publicar nesta edição do Quick Look, um review especial escrito pelo próprio autor de A Estrada Sombria. William Palmers vai nos contar sobre as origens da história e os personagens, assim como o que podemos esperar na segunda metade da história.


ORIGENS

A Estrada Sombria é um projeto já antigo, sua idéia básica deve ter uns dois ou três anos. Foi concebido primeiramente como uma versão do livro seis, seria muito mais trágico do que acabou sendo, não que o original trágico o suficiente, mais Hp e a Estrada Sombria seria uma story bem dark ao extremo.

Começaria com Harry na rua dos Alfeneiros, segundos antes de completar 17 anos, ao passar os segundos, BUMMM, a parede do quarto de Harry explodiria e revelaria uma horda de comensais da morte atirando bolas de fogo e afins para todos os lados, porém ao chegar a ordem da fênix, e um grupo de outros bruxos liderados pelo irmão de Dumbledore o lord das trevas bate em retirada, então eles se dão conta que a senhora Figg foi pega no fogo cruzado.

Seria apenas o começo, como não lembro muito da story ela nem passou de um sinopse de quatro folhas, Os amigos de Harry teriam sonhos com uma estrada sombria dentro de um cemitério onde viam as lapides do sonhador em questão junto com outras três com os nomes de Harry, Ron e Mione, todos tinham este mesmo sonho apenas Harry que não. Naquela época se cogitava muito um retorno milagroso de Sirius Black, porém como vimos ainda nada foi feito em relação a ele.

A story iria terminar com Harry encontrando a Estrada, descobrindo seu segredo e enfrentando um terror inominável, sendo salvo no último minuto por Mione, Ron e o irmão de Dumbledore. Enquanto Hogwarts seria vitima de um feitiço terrível, com a ajuda de um dos fantasmas (seria Nick sem cabeça ou Barão Sangrento um dos escolhidos). Hogwarts iria explodir, não iria sobrar pedra sobre pedra, e para dar um drama a story Dumbledore iria morrer na explosão. Levando a sério o lema que o capitão deve afundar com o seu navio.

Porém nada disso saiu do papel, talvez pelo fato de eu ter começado a escrever um final para CAVERNA DO DRAGÃO, story que me ocupou durante seis longos meses e que talvez seja minha melhor story para um fanbook, tentei roteiriza-lo mais me envolvi com outros trabalhos. Algum dia posso vir a mostrar a sinopse.

Então após conhecer o Hogs, por acidente venho a dizer, decidi escrever algo. Como era um site para stories de Harry Potter decidi escrever a minha, mas tentar fazer de um jeito diferente dos muitos que haviam pelo Fan Area.

Quis que a story fosse de uma certa forma independente, algo que existia muito no Hogs são as stories ambientadas dentro da story dos livros do Hp, não é algo que eu condene mas só não acho que eu conseguiria fazer da mesma forma que outros writers do Fan Area fazem. Como Nath Black faz brilhantemente
criando passagens que até poderiam acontecer, ou ter acontecido nos livros. Algo bem obvio se que Harry tem um padrinho ele tem de ter uma madrinha, mais algo que não pensamos de imediato.

Eu já fiz apenas duas tentativas de fazer uma story com os personagens principais do livro, mas o que se sucedeu foram stories que pagavam totalmente a cronologia, era uma especie de What If..., o que aconteceria se Harry Potter fosse salvo pro Snape e não por Hagrid e isso mudaria a visão de Harry desde o começo. Criei apenas um Teaser, outro e um dos meus melhores Teaser Trailer, os puritanos que me perdoem, era o They Call Him Harry Potter que seria um faroeste no melhor estilo spaghetti e mudaria toda a mitologia para ela se agregar ao velho oeste. Estas foram e talvez devem ser as unicas.


Então eu quis que a Estrada Sombria teria relação com universo de Hp, mas iria acontecer num momento a parte, em seu próprio microcosmo, sendo a parte. Falaríamos de harry e outros, apenas Voldemort apareceu falando sobre Draco Malfoy. Fora isso os personagens de Hp só seriam citados em um certo momento e depois esquecidos. Mesmo assim eu teria de ter um ponto de partida para a story.

Há uma passagem no livro 6 em que Harry conversa com Gui, e ele diz que o sorveteiro Florean Fortescue e o fazedor de varinhas Olivaras sumiram do beco diagonal. Vi que isso poderia ser aproveitado, ainda mais se eles tivessem um vinculo que viesse a responder por que( no livro diz se não me engano que é a loja de Olivaras a ser atacada e a de Florean abandonada) as lojas deles foram atacadas. O é que mais precioso em tempos de guerra? Informação.

Eles saberiam de algo que o Lord desconhece e lhe seria útil, assim nasceu o segredo por trás de um certa estrada. Ainda faltava algo, algo que não fosse tão presente nos livros de Hp, trouxas.

Harry Potter e a Pedra Filosofal mostra o mundo dos bruxos por uma visão trouxa, até ai efetuada por Harry que passou a sua vida inteira como um trouxa tendo aprendido a enxergar o mundo por uma perspectiva trouxa, após Hp 1, ai sim Harry havia aprendido a olhar o mundo com um visão bruxa.

Então por que não voltar para essa perspectiva e aprimora-la um pouco mais, tendo não só a visão de um trouxa que nada sabe sobre magia, como um bruxo que tem medo de usar seus poderes, uma trouxa que queria ter tido a oportunidade de ter sido bruxa como a avó, e um Avô trouxa muito carismático que demostra ter um potencial para alquimia não mágica.

Isso poderia ser um começo promissor. E eu acho que foi.

PERSONAGENS

Juntar todos esses elemento seria a chave para a Estrada ter seus personagens cativantes, que cada leitor diferente poderia se aproximar, gostar ou odiar. Vamos desvenda-los em um resumo de cada personagem que desempenha um papel na trama e mostrar como ele foi composto.

Tod Lockwell é o nosso main character, o personagem principal. Ele nós lidera mais uma vez pelo fantástico mundo bruxo, só que ele apenas viu o lado ruim até agora. Harry teve seus momentos de alegria com amigos, descobrindo tudo de uma forma lenta. Tod é um ano mais velho do que Harry e como já está com 17 anos pode ser um pouco mais difícil aceitar tudo o que está havendo a sua volta aos invés de onze onde tudo é flores. Ainda mais se considerarmos que ele foi atingido pelo feitiço da morte e sobreviveu de alguma maneira. Ele é nossos olhos mundanos friamente observando o mundo mágico.

Jhon Tumblius Lockwell, um velho excêntrico muito parecido com muitos avôs que talvez você conheça. Ele passa seus dias numa preguiça só, se escondendo no porão da casa e de vez em quando atirando no jardim. Quis faze-lo o mais amigável e louco possível, pois ele é uma peça chave para que nossa story se desenvolva, liderando Tod no mundo bruxo. Ao vermos a excentricidade aguda dele e depois constratar com uma verdade que ele tem suas armas, pode-se pensar que ele é um bruxo a principio mais tive de deixar claro, ele é um alquimista não mágico.

Donald é o nosso bobo, o vinculo mais puro para uma comedia seja física ou no que ele possa vir a falar, ele é o nosso bruxo medroso que espera que um dementador vire para o outro lado para que ele não possa empunhar a varinha contra tal criatura, pois se ele falhar será o fim dele.

Agora vejo que há muito de Presto nele, alguém desastrado e medroso a um certo ponto mais que quando precisa mostrar suas forças para vencer o perigo ele vai mostrar.

Ellen Heilz, é uma típica garota curiosa ao extremo, bem ao estilo Goonies de ser ou como Caçadoras de emoção. Tudo o que tiver de acontecer irá acontecer e se ela estiver lá para ver vai ser muito melhor.
Ela é uma trouxa com familiares de linhagem bruxa, mas diferente de outros trouxas que não querem vislumbrar a magia a garota é fielmente presa a ela. Tanto que decide pegar um antigo amuleto de sua avó bruxa para tentar encontrar Tod, pode ser um futuro par do garoto se é que vocês já viram essa possibilidade. Porém sou muito fan dos filmes de Baz Luhrmann, e se alguém já viu algum filme dele, como a versão pop moderna de Romeo e Julieta ou o musical pop Moulin Rouge sabe do que possa pretender com o casal.
Ela deve ser a personagem com mais força de vontade para enfrentar o que vier pela frente do que os demais personagens, é muito divertido escrever as partes dela.

Thomas Ravner deve ser o comensal da morte mais estiloso depois de Lúcio Malfoy, ele é o nosso principal antagonista, uma verdadeira personificação do mal, mas como todo mal sempre vem ao lado de algo de bom, mesmo que tenha sido corrompido para virar mal pode-se achar algo de carismático nele. Eu o vejo muito como um Darth Vader do mundo bruxo, todos conhecemos a tragédia do patriarca dos Skywalker, primeiro sabemos o que ele se tornou para depois de anos descobrir o que ele era. É o mesmo com Ravner, sabemos o que se tornou mas nem temos idéia do que ele era, mas há algo que o liga aos três old mans e a estrada sombria.

Ghoeth Foxbolt e Sam Hammer são personagens importantes para a trama de um modo que ainda não defini totalmente suas características e nem um desejo tão amplo, pode ser que o de Ghoeth alguns já podem ter conseguido imaginar. Sam seria um tipo de, é difícil falar desses personagens sem entregar muito. O que pode ser dito é que eles não são pessoas legais e tão confiáveis mesmo no meio bruxo. Eles procuram algo que possa ser usado para proveito próprio.

Florean Fortescue e Macbeth Olivaras estes são os personagens que eu achei que deveriam ter algo por trás de algo, são personagens que podem ter tantas stories paralelas que nem tenhamos idéia. Como essa story foi escrita antes de Death Hallows eu não tinha idéia como poderia influenciar o andamento do cânon HP, então situei a story na época do Enigma do Príncipe que assim poderia usar o caso da Sorveteira de Florean como algo interessante, na verdade foi isso que levou ele a ter uma participação na story. Já Olivaras, eu serei sincero e nunca achei nenhuma passagem que dizia o primeiro nome dele nos livros anteriores. Era sempre mencionado como Sr., então decidi usar algum nome que soa legal. Na época eu tinha lido Otelo – O mouro de Veneza e nas paginas inicias mostravam os outros trabalhos de Shakespeare e quando pousei o nome em Macbeth disse pra mim mesmo é isso.
Tentar abordar eles da maneira mais respeitosa o possível, pra que não houvesse tanta diferença entre os modos de agir. Florean eu o tornei mais divertido, por que a story no começo era demasiada pesada, era um clima mais pesado e precisava de alguém pra quebrar o gelo em certas situações. E Macbeth seria o contraponto criando entre os velhos situações que seriam cômicas, mas mesmo assim não cômicas.

PROXIMOS CAPITULOS

Quando eu escrevi A Estrada Sombria eu pensei muito no paradigma de três atos, tambem conhecido como um unicio, meio e fim só que com nomes diferentes e algumas explicações.

APRESENTAÇÃO, onde você introduzia os personagens que seriam importantes para o desenrolar da trama, e é mostrado o determinado problema a ser resolvido no decorrer da story.
DESENVOLVIMENTO DO PROBLEMA, aqui tem um aprofundamento dos personagens e a maioria das informações é sanada, e que levarão ao terceiro ato.
SOLUÇÃO, aqui é onde a story culmina, no clímax, onde tudo chega ao fim e toda a jornada faz sentido.

Na Estrada Sombria, o primeiro ato acabou no cap anterior o oitavo. O Nono e o Décimo seriam o segundo ato, é nesses caps onde toda a informação que deveria ser conhecida para a story fazer sentido é revelada, já o Décimo Primeiro e Segundo são o clímax da story, é aqui que medidas drásticas serão tomadas para que o bem de todos prevaleça. E o Décimo Terceiro é um aparar de arestas onde eu tento dar um alivio para os personagens que eu não tratei tão bem.

Esse modus operante ajuda a balancear a story e o proprio autor se organizar decorrente aos fatos, mas tambem esse mesmo paradgima de tres atos pode ocorrer mais de uma vez dentro de uma story, mas fazer isso na época seria complicado. E claro isso dá ao leitor a sensação de passagem de tempo e claro a aproximação do final gradativamente mesmo que eu ache que o final ocorre rapidamente em decorrencia ao momento em que a story foi publicada.

E antes do ultimo capitulo há um outro especial que faz um balanço sobre o a story. Até lá.

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